Infectologia Meningite Flashcards
A presença de hipercelularidade com predomínio de polimorfonucleares e proteína
Acima /Abaixo
ACIMA de 40mg/dL no líquor sugerem meningite de etiologia bacteriana.
O diagnóstico é através da análise do líquor. As características esperadas são
celularidade elevada (frequentemente acima de 1000 células, com predomínio de neutrófilos), glicose muito consumida e proteína elevada (chegando a valores acima de 200mg/dL).
A meningite bacteriana tem como características
a apresentação aguda, geralmente evoluindo com gravidade até 24 horas após os primeiros sintomas.
Tríade clássica: febre, rigidez de nuca e alteração do nível de consciência. O sintoma mais comum, no entanto, é a cefaleia.
A análise do gram é muito importante por sugerir alguns diagnósticos etiológicos:
- coco gram-positivo:
- coco gram-negativos:
- bacilos gram-positivos:
- cocobacilo gram-negativo:
- coco gram-positivo: pneumococo
- coco gram-negativos: meningococo
- bacilos gram-positivos: Listeria
- cocobacilo gram-negativo: Haemophilus influenzae
Meningite tuberculosa e fúngica são quadros
subagudos e crônicos.
As características do líquor da meningite criptocóccica são: baixa celularidade (leucócitos <50), com predomínio de linfócitos e monócitos; glicose baixa ou normal; proteínas elevadas; os testes específicos são: teste de aglutinação com látex, Tinta da China, e também a cultura.
A tuberculose causa aumento da celularidade (até 500 células, com predomínio de linfócitos), glicose muito baixa e proteína muito alta.
Na meningite bacteriana o perfil bioquímico do líquor envolve
hiperproteinorraquia, hipoglicorraquia, aumento da celularidade às custas de POLIMORFONUCLEARES, especialmente se coletado prévio ao início da antibioticoterapia.
Verdadeiro ou Falso
Crianças menores de nove meses poderão apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea, sendo comum observar também nesse grupo etário vômitos, convulsões, sinais neurológicos focais e coma.
Falso
Crianças menores de 1 ano apresentam comumente a fontanela anterior aberta, o que permite o “extravasamento” pressórico da hipertensão intracraniana na meningite bacteriana nessa faixa etária, logo sinais de irritação meníngea são pouco frequentes. O abaulamento da fontanela, por outro lado, pode ser percebido.
O isolamento de Streptococcus pneumoniae resistente a penicilina exige tratamento com
vancomicina, e não ceftriaxona
Verdadeiro ou Falsa
A quimioprofilaxia com rifampicina (10mg/kg/dose de 12/12 horas) está indicada para todos os contatos próximos de casos suspeitos de meningite bacteriana, independentemente do agente etiológico, devendo ser iniciada até 48h após a exposição.
Falsa
A quimioprofilaxia de contactantes de caso de meningite bacteriana está guardada para os casos com isolamento de N. meningitidis ou Haemophilus.
A etiologia pneumocócica dispensa quimioprofilaxia.
Os quadros de encefalite se caracterizam principalmente por:
alteração do nível de consciência, podendo estar associados a convulsões e alterações neurológicas focais (como paresias, paralisia facial e hiperreflexia). Sinais meníngeos estão ausentes quando não há meningite associada.
A apresentação clínica é inespecífica, com febre, cefaleia, nauseas, vômitos e fotofobia.
Herpes é o principal vírus associado à encefalite, mas outras causas devem ser investigadas de acordo com dados epidemiológicos (enterovírus, raiva, varicela, EBV, zika, etc).
O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos (como internações, procedimentos neurocirúrgicos, etc).
Os principais microorganismos envolvidos em meningites em crianças abaixo de 2 meses são
Estreptococos do grupo B, Enterobactérias e Listeria monocytogenes. Assim, o tratamento empírico nessa faixa etária deve incluir uma cefalosporina de terceira geração (fazemos Cefotaxima, pela contraindicação de Ceftriaxone nessa faixa etária) associada a Ampicilina
O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos
Em crianças acima de 2 anos, devemos tratar
Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae - a escolha antimicrobiana é com Ceftriaxone
O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos
Para adolescentes e adultos sem fator de risco, os microorganismos mais envolvidos são
Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae; o tratamento empírico deve ser com Ceftriaxone.
O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos
Em gestantes, imunossuprimidos e adultos acima de 50 anos,
além da cobertura para Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae, precisamos pensar em infecção por Listeria monocytogenes. A escolha então deve ser Ceftriaxone associado a Ampicilina.
A complicação mais comum da meningite bacteriana é
a perda auditiva neurossensorial.
Outras clássicas são coleção subdural e abscesso. Muita atenção com o empiema subdural: é relativamente comum, ocorrendo em 10-30% dos casos, mas na imensa maioria dos casos é assintomático. Por vezes, é visualizado pelo fato de ter sido realizado tomografia na investigação de febre persistente.
A conduta é expectante, a não ser que exista hipertensão intracraniana, quando será indicado drenagem.