Infectologia Meningite Flashcards

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1
Q

A presença de hipercelularidade com predomínio de polimorfonucleares e proteína

Acima /Abaixo

A

ACIMA de 40mg/dL no líquor sugerem meningite de etiologia bacteriana.

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2
Q

O diagnóstico é através da análise do líquor. As características esperadas são

A

celularidade elevada (frequentemente acima de 1000 células, com predomínio de neutrófilos), glicose muito consumida e proteína elevada (chegando a valores acima de 200mg/dL).

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3
Q

A meningite bacteriana tem como características

A

a apresentação aguda, geralmente evoluindo com gravidade até 24 horas após os primeiros sintomas.

Tríade clássica: febre, rigidez de nuca e alteração do nível de consciência. O sintoma mais comum, no entanto, é a cefaleia.

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4
Q

A análise do gram é muito importante por sugerir alguns diagnósticos etiológicos:

  • coco gram-positivo:
  • coco gram-negativos:
  • bacilos gram-positivos:
  • cocobacilo gram-negativo:
A
  • coco gram-positivo: pneumococo
  • coco gram-negativos: meningococo
  • bacilos gram-positivos: Listeria
  • cocobacilo gram-negativo: Haemophilus influenzae
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5
Q

Meningite tuberculosa e fúngica são quadros

A

subagudos e crônicos.
As características do líquor da meningite criptocóccica são: baixa celularidade (leucócitos <50), com predomínio de linfócitos e monócitos; glicose baixa ou normal; proteínas elevadas; os testes específicos são: teste de aglutinação com látex, Tinta da China, e também a cultura.

A tuberculose causa aumento da celularidade (até 500 células, com predomínio de linfócitos), glicose muito baixa e proteína muito alta.

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6
Q

Na meningite bacteriana o perfil bioquímico do líquor envolve

A

hiperproteinorraquia, hipoglicorraquia, aumento da celularidade às custas de POLIMORFONUCLEARES, especialmente se coletado prévio ao início da antibioticoterapia.

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7
Q

Verdadeiro ou Falso

Crianças menores de nove meses poderão apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea, sendo comum observar também nesse grupo etário vômitos, convulsões, sinais neurológicos focais e coma.

A

Falso

Crianças menores de 1 ano apresentam comumente a fontanela anterior aberta, o que permite o “extravasamento” pressórico da hipertensão intracraniana na meningite bacteriana nessa faixa etária, logo sinais de irritação meníngea são pouco frequentes. O abaulamento da fontanela, por outro lado, pode ser percebido.

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8
Q

O isolamento de Streptococcus pneumoniae resistente a penicilina exige tratamento com

A

vancomicina, e não ceftriaxona

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9
Q

Verdadeiro ou Falsa

A quimioprofilaxia com rifampicina (10mg/kg/dose de 12/12 horas) está indicada para todos os contatos próximos de casos suspeitos de meningite bacteriana, independentemente do agente etiológico, devendo ser iniciada até 48h após a exposição.

A

Falsa

A quimioprofilaxia de contactantes de caso de meningite bacteriana está guardada para os casos com isolamento de N. meningitidis ou Haemophilus.

A etiologia pneumocócica dispensa quimioprofilaxia.

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10
Q

Os quadros de encefalite se caracterizam principalmente por:

A

alteração do nível de consciência, podendo estar associados a convulsões e alterações neurológicas focais (como paresias, paralisia facial e hiperreflexia). Sinais meníngeos estão ausentes quando não há meningite associada.

A apresentação clínica é inespecífica, com febre, cefaleia, nauseas, vômitos e fotofobia.

Herpes é o principal vírus associado à encefalite, mas outras causas devem ser investigadas de acordo com dados epidemiológicos (enterovírus, raiva, varicela, EBV, zika, etc).

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11
Q

O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos (como internações, procedimentos neurocirúrgicos, etc).

Os principais microorganismos envolvidos em meningites em crianças abaixo de 2 meses são

A

Estreptococos do grupo B, Enterobactérias e Listeria monocytogenes. Assim, o tratamento empírico nessa faixa etária deve incluir uma cefalosporina de terceira geração (fazemos Cefotaxima, pela contraindicação de Ceftriaxone nessa faixa etária) associada a Ampicilina

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12
Q

O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos

Em crianças acima de 2 anos, devemos tratar

A

Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae - a escolha antimicrobiana é com Ceftriaxone

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13
Q

O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos

Para adolescentes e adultos sem fator de risco, os microorganismos mais envolvidos são

A

Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae; o tratamento empírico deve ser com Ceftriaxone.

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14
Q

O tratamento empírico das meningites varia conforme idade e riscos específicos

Em gestantes, imunossuprimidos e adultos acima de 50 anos,

A

além da cobertura para Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae, precisamos pensar em infecção por Listeria monocytogenes. A escolha então deve ser Ceftriaxone associado a Ampicilina.

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15
Q

A complicação mais comum da meningite bacteriana é

A

a perda auditiva neurossensorial.

Outras clássicas são coleção subdural e abscesso. Muita atenção com o empiema subdural: é relativamente comum, ocorrendo em 10-30% dos casos, mas na imensa maioria dos casos é assintomático. Por vezes, é visualizado pelo fato de ter sido realizado tomografia na investigação de febre persistente.

A conduta é expectante, a não ser que exista hipertensão intracraniana, quando será indicado drenagem.

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16
Q

Suspeita de Meningite

A

A apresentação é variável, mas habitualmente há uma mescla de síndromes:

síndrome febril. Denotando a presença de infecção.

irritação meníngea. Graus variados de rigidez de nuca e/ou sinais como os de kernig, brudzinski, lasègue…

hipertensão intracraniana. Pode se acompanhar de náuseas/vômitos.

encefalite. Alteração do nível de consciência

atenção. Em crianças com menos de 1 ano os sinais de irritação meníngea podem estar ausentes, e quadro surgir com manifestações como febre, irritabilidade e abaulamento de fontanelas.

17
Q

Laségue

A
18
Q

Diagnóstico de Meningite

A

É feito através da análise do líquor

líquor normal. Vários parâmetros são avaliados.

aspecto. Límpido, água de rocha.

células. Até 4cels/mm3.

proteínas. 2/3.

glicose. >2/3 da glicemia.

19
Q

Diagnóstico

Nos casos de suspeita de hipertensão intracraniana,

A

uma TC de crânio deve preceder a punção lombar para avaliar o risco de herniação. A maioria dos autores valoriza sinal neurológico focal, alteração de consciência, crise convulsiva recente, história de doença no SNC.

20
Q

Principais Etiologias

A

aguda. Menos de 10 dias de evolução – vírus ou bactéria.

crônica. Mais de 10 dias de evolução – fungo ou micobactéria

21
Q

Meningite Aguda

Viral

A

vírus. Os principais agentes são os enterovírus.

células.. Geralmente <1000/mm3 .

Predomínio de linfócitos.

proteínas. Na maioria dos casos até 100mg/dl (mas pode chegar a 300mg/dl).

22
Q

Meningite Aguda

Bacteriana

A

bactérias. As principais são o pneumococo, meningococo e hemófilo.

células. Pode ultrapassar 1000/mm3. Predomínio de neutrófilos

Cuidado: O uso de antimicrobianos pode modificar o perfil de celularidade, tornando linfócitos mais proeminentes.

proteínas. Pode chegar a 500mg/dl.

glicose. Consumida (inferior a 2/3 da glicemia).

gram. Diplococos gram positivos – pneumococo;

diplococos gram negativos – meningococo;

bacilos gramnegativos – hemófilo

23
Q

A meningite herpética classicamente apresenta

A

alteração de comportamento (como agressividade) e edema em região temporal (hipersinal em T2 na ressonância magnética). O tratamento pode ser feito com aciclovir.

24
Q

são clássicas da doença meningocócica, e geralmente o examinador as usa como pistas para o diagnóstico…Mas cuidado, pois não exclusivas do meningococo! Podem ser vistas em sepse por outros germes, como o pneumococo.

A

A apresentação com petéquias e equimoses (púrpura fulminans)

25
Q

são clássicas da doença meningocócica, e geralmente o examinador as usa como pistas para o diagnóstico…Mas cuidado, pois não exclusivasdo meningococo! Podem ser vistas em sepse por outros germes, como o pneumococo.

A

instabilidade hemodinâmica grave por necrose hemorrágica das suprarrenais (síndrome de waterhouse-friderichsen)

26
Q

Nos primeiros 2 meses de vida os germes mais prevalentes são a

A

queles da sepse neonatal: streptococcus agalactiae, enterobactérias e listeria

27
Q

A listeria, um

A

bacilo gram positivo, deve ser valorizada também como agente adicional em pacientes com mais de 50 anos, grávidas e imunodeprimidos.

28
Q

Meningite Crônica

A

fungo. Principalmente meningite criptocócica, muitas vezes com imunodepressão; na maioria dos casos há hipertensão intracraniana importante.

células. Elevadas, mas geralmente <100/mm3 .

Predomínio de linfócitos.

proteínas. Aumentadas.

glicose. Habitualmente reduzida.

pesquisa direta. Raramente positiva; teste molecular pode ser usado.

adenosina deaminase. Pode auxiliar se elevada, mas há dúvidas sobre o valor de corte.

29
Q

Tratamento

antibiótico empírico.

A

Ceftriaxone por 7 dias (10-14 dias se pneumococo).

CUIDADO. em alguns países nos quais a incidência de pneumococo resistente a penicilina é elevada recomenda-se associar vancomicina ao esquema; no Brasil não é obrigatório.

30
Q

Tratamento

antibiótico adicional.

A

Associar ampicilina se suspeita de listeria.

corticoide. Iniciar para todos e manter nos casos de meningite por pneumococo e hemófilo.

31
Q

PROFILAXIAS NA MENINGITE BACTERIANA

A

meningococo. Contatos íntimos, incluindo profissionais de saúde que realizaram procedimentos como intubação orotraqueal, aspiração de vias aéreas, sem EPI.

Cuidado. Se o paciente não tiver sido tratado com ceftriaxone, também deverá receber profilaxia.

fármaco. Rifampicina (alternativas são ceftriaxone e ciprofloxacino).

hemófilo. Contatos íntimos desde que exista comunicante criança com menos de 4 anos e nãovacinada. A recomendação é de usar rifampicina.

32
Q

Verdadeiro ou Falso

Os sorogrupos A, B, C, Y e W são os principais responsáveis pela ocorrência da doença invasiva.

A

Verdadeiro

A composição antigênica da cápsula polissacarídica permite a classificação do me- ningococo em 12 diferentes sorogrupos: A, B, C, E, H, I, K, L, W, X, Y e Z.

33
Q

Dentre as seguintes etiologias, qual é o agente etiológico mais importante em pacientes imunossuprimidos e principalmente nos etilistas?

A) Listeria monocytogenes. B) Enterovírus. C) Vírus da caxumba. D) Streptococcus do grupo B. E) Citomegalovírus.

A

Listeria monocytogenes.

Listeria monocytogenes são bacilos pequenos, anaeróbios facultativos e Gram positivos, que podem aparecer isolado ou agrupados em pares ou cadeias curtas. É uma espécie de bactéria capaz de provocar doenças em seres humanos, como meningite.