INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NO ADULTO Flashcards
As principais opções terapêuticas empíricas para cistite aguda não complicada são:
- sulfametoxazol-trimetroprim por 3 dias,
- nitrofurantoína por 5 a 7 dias,
- fosfomicina em dose única
- ou mesmo quinolona em dose única ou até 3 dias.
Os sintomas clássicos de ITU não-complicada (cistite) são
- disúria,
- polaciúria,
- urgência miccional e
- hematúria.
na ausência de sintomas ginecológicos (como leucorreia e irritação vaginal).
o tratamento empírico está indicado em mulheres com
disúria e polaciúria, na ausência de leucorreia e irritação vaginal, devido à elevada probabilidade de infecção urinária.
Caso estejamos lidando com cistite em mulher saudável entre 16 e 50 anos (excluindo-se gestação), exames complementares
não são necessários para confirmação diagnóstica.
define-se infecção urinária recorrente
a doença comprovada por urocultura que tenha ocorrido pelo menos duas vezes em seis meses ou três vezes em um ano.
O método mais eficaz para profilaxia de infecções urinárias de repetição em mulheres é:
A) O uso de preservativo durante as relações sexuais.
B) O suco de cranberry.
C) A reposição hormonal via oral.
D) A antibioticoprofilaxia.
E) O tratamento de candidíase vaginal recorrente.
D) A antibioticoprofilaxia.
A quimioprofilaxia com antibióticos é a principal forma de tratamento, ou seja a mais eficaz, para a ITU de repetição
Fatores de risco para desenvolvimento de ITU de repetição são:
- histórico familiar de ITU,
- atividade sexual (pelo próprio ato e não pela contaminação do parceiro),
- menopausa,
- baixa ingesta hídrica,
- uso de espermicidas,
- elevado resíduo pós miccional (cistocele),
- pacientes institicionalizadas (deterioração funcional),
- histórico de ITU na infância.
Profilaxia em ITU de Repetição
O uso de terapia antimicrobiana profilática possui o melhor resultado e pode ser feito com metade ou 1/4 da dose terapeutica por período de 3 a 6 meses ou, dose única após cada relação sexual.
A terapia estrogênica tópica vaginal e o uso do lisado de E. coli também demonstraram ser efetivas, no entanto, o uso de cranberry ainda é controverso.
Fatores de Risco para ITU
- Uso de diafragma associado a espermicidas;
- atividade sexual;
- atrofia genital(hipoestrogenismo);
- diabetes mellitus;
- obesidade;
- prolapsos genitais;
- uso de medicação anticolinérgica e
- outros fatores que possam diminuir a eficácia do esvaziamento vesical; cateterismo vesical; vaginose bacteriana; gravidez; parto com trauma periuretral
fisiopatogenia.
Principalmente por ascensão microbiológica através da uretra; pode ser, mais raramente,por disseminação hematogênica.
etiologia.
E. Coli (dependendo da população, pode ser responsável por até 95% dos casos) e outras enterobactérias (klebsiella pneumoniae, staphylococcus saprophyticus, enterococcus faecalis,estreptococos do grupo b e proteus mirabilis).
Considerar infeções por pseudomonas em casos de infecção complicada
epidemiologia.
Até 6 meses de idade, mais comum em meninos (pelo maior número de más-formações do TGU);
de 6 meses até 60 anos, MUITO mais comum em mulheres (até pela facilidade morfológica – uretra mais curta - que ajuda a ascensão microbiológica;
após 60 anos, homens começam a apresentar mais itus devido ao aumento da próstata.
classificação.
Apesar de encontrarmos diversas classificações para ITU, vamos aqui classificar em cistite (ITU baixa), pielonefrite (itu alta) e ainda bacteriúria assintomática. O importante é o entendimento da manifestação clínica e tratamento de cada um.
CISTITE (ITU BAIXA)
Manifestações
Os sintomas clássicos são disúria, polaciúria, urgência miccional e hematúria.
CISTITE
diagnóstico.
Em pacientes jovens, sem fatores de risco para doença complicada, com sintomas clássicos,o diagnóstico é clínico – sem obrigatoriedade de exames complementares.
Caso os sintomas persistamcom o tratamento empírico, faz-se necessário urinálise e urocultura com antibiograma.
As alterações mais comuns na urinálise são piúria, hematúria, presença de nitrito e de bactérias.