Hemorragias da primeira metade - parte 2 Flashcards
Doença trofoblástica gestacional maligna (neoplasia trofoblástica gestacional) - tipos
Mola invasora, 70 a 90%, raro metastizar, boa resposta a mono ou poliquimioterapia mesmo se metástase
Coriocarcinoma, 10 a 30%, mais agressivo, boa resposta a mono ou poliquimioterapia mesmo se metástase
Tumor trofoblástico de sítio placentário, raro, má resposta a QT (priorizar histerectomia precoce)
Doença trofoblástica gestacional - clínica
Sangramento vaginal leve, útero muito aumentado para idade gestacional (principal diferencial com gestação gemelar), hiperêmese, clínica de hipertireoidismo), pré-eclâmpsia precoce (antes de 20 semanas), emissão de vesículas (patognomônico)
Doença trofoblástica gestacional - diagnóstico (exames)
USG - material amorfo, em flocos de neve (múltiplas áreas anecogênicas), com ou sem embrião, cistos tecaluteínicos no ovário
beta hCG altíssimo
APM - padrão ouro diagnóstico
Doença trofoblástica gestacional - conduta
- avaliar (anemia, hipertireoidismo, PE, insuficiência respiratória)
- imunoglobulina profilática para paciente Rh negativo
- esvaziamento uterino (AMIU, curetagem, histerectomia se prole e sem desejo de gestar)
Doença trofoblástica gestacional - seguimento após resolução
hCG semanal ate negativar, hCG mensal após negativar (por 6 meses a 1 ano)
contracepção, preferencialmente DIU, para não perder o parâmetro de acompanhamento (hCG)
USG (acometimento útero, regressão de lesão ovariana) e Rx tórax (pulmão principal sítio de metástases)
Incompatibilidade Rh - quando há risco, fisiopatologia
risco quando mãe Rh negativo e pai Rh positivo
resposta imune primária da mãe contra o Rh fetal, os anticorpos não atravessam a placenta no primeiro contato (IgM), apenas em uma segunda gestação de filho Rh+, quando já há IgG, fazendo hemólise e anemia grave
Incompatibilidade Rh - seguimento laboratorial
Dosar Coombs indireto: se negativo, repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas; se positivo mas menor que 1:8, repetir mensalmente; se maior que 1:8, fazer Doppler de ACM para detectar anemia
Incompatibilidade Rh - seguimento ultrassonográfico
Doppler ACM menor ou igual a 1 múltiplo de mediana (MoM) - repetir em 1 a 2 semanas
Doppler ACM de 1 a 1,5 MoM - repetir em 5 a 10 dias
Doppler ACM maior que 1,5 MoM - cordocentese pra ver se há anemia (ou a interromper se >34s)
Incompatibilidade Rh - tratamento anemia
Anemia importante >34s, interromper gestação (nem precisava colher sangue de cordão)
Anemia importante <34s, transfusão intraútero por cordocentese (mais seguro após 20s IG - cordão mais espesso) de sangue Rh negativo e ABO compatível com a mãe
*anemia importante = hematócrito inferior a 30% (ou hidropsia fetal, ACM >1,5 MoM, padrão sinusoidal na CTG…)
Incompatibilidade Rh - profilaxia
Prescrever Ig anti-Rh (Ig anti-D 300mcg via IM) para profilaxia em todas as mulheres Rh negativo Coombs indireto negativo (não sensibilizadas) grávidas e que não sabem Rh do filho ou se Rh positivo nos seguintes momentos:
- com 28 semanas
- até no máximo 72 horas pós-parto
- após intervenção invasiva ou sangramento
Sinais de: Proust, Laffont e Cullen - o que são e o que sugerem
(abaulamento fundo saco post)(irritação nervo frenico)(equimoses periumbilicais),
Durante toque vaginal, presença de dor à mobilização do colo uterino, além de abaulamento e dor no fundo de saco de Douglas
Doença trofoblástica gestacional - se hCG não negativa após 6 meses, mantém após 3 semanas, ou aumenta em 2 semanas, significado
Neoplasia trofoblástica gestacional (mola malignizou)
*se negativar após 6 semanas, liberar paciente para engravidar
Risco quando ocorre a retenção do aborto por tempo prolongado
Coagulopatia de consumo materna (pode ocorrer queda nos níveis séricos de fibrinogênio e aumento de produtos da degradação da fibrina)
Doença trofoblástica gestacional benigna - mola completa
Sem embrião, 46, XX (oócito vazio + 1 espermatozoide que duplica o próprio material), hCG mais elevado (>100000) e mais complicações clínicas
*com menos frequência, pode ocorrer de dois spmtz fecundarem um óvulo vazio
Doença trofoblástica gestacional benigna - mola incompleta
Com partes fetais, triploide, 69 (fecundação dispérmica do oócito), hCG <100000, complicações clínicas raras, evolução para neoplasia menos frequente