Diagnóstico da gestação e fisiologia da gestação normal - parte 2 Flashcards
Sinais ultrassonográficos e semana em que aparecem
Em USTV de primeiro trimestre:
- 4 semanas - saco gestacional
- 5 semanas - vesícula vitelínica
- 5 a 6 semanas - embrião, CCN (comprimento cabeça-nádega)
- 6 semanas - batimento cardíaco embrionário
- via abdominal - atraso de 1 semana para visualizar as estruturas
Sinais laboratoriais - qual, quando positiva, quando é o pico e valor de corte
beta-hCG, liberado pelo trofoblasto
positiva de 9 a 11 dias após a fecundação
pico de 8 a 12 semanas (associado aos sinais de presunção)
qualitativo: > 25 positivo e < 5 negativo
quantitativo: valor dobra a cada 2 a 3 dias (quando gestação tópica única)
Melhor USG datar gravidez - método, período, parâmetro aferido e acurácia
Transvaginal, de 6 a 12 semanas - cálculo CCN
- média de erro da DUM - 7 dias no primeiro tri, 10 dias no segundo tri e 14 dias no terceiro tri
- no 2º e 3º tri por via abdominal, menor acurácia
Quando pensar em gravidez ectópica (USG e hCG)
beta hCG > 1500, sem estruturas visualizadas no ultrassom
Quando pensar em gestação inviável (USG)
CCN > 7mm e BCF ausente
ou
Saco gestacional > 25mm, sem embrião
Modificações hematológicas no evoluir da gestação
Aumento em 45 a 50% de volume sanguíneo, aumento em 30% da massa eritrocitária, leucocitose relativa, sem desvio (até 25 mil), trombocitopenia leve
Hemodiluição (Hb > 11 é normal) - anemia hemodiluicional mais comum, seguida pela ferropriva
Hipercoagulabilidade - aumento de fibrinogênio e outros fatores de coagulação e redução dos fibrinolíticos (exceção: aumento da antitrombina III e da proteína C, diminuição dos fatores XI e XIII)
Gestação e principalmente puerpério cursam com manifestações tromboembólicas (puerpério cursa com a lesão endotelial do parto, a estase do puerpério e a hipercoagulabilidade)
Modificações cardíacas no evoluir da gestação
Aumento do volume sistólico, levando a aumento de 50% no débito cardíaco - risco para cardiopatias NYHA 3 e 4
FC aumenta em 15 a 20bpm, PA diminui, especialmente a diastólica, pela queda da RVP (pela placenta e aumento de produção endotelial de óxido nítrico)
Redução retorno venoso em 20% pela compressão da VCI
Sopros sistólicos, extrassístoles, desdobramentos B1
Modificações respiratórias no evoluir da gestação
Frequência respiratória mantida, aumento do tempo expiratório, aumento do volume corrente, diminuindo a capacidade residual funcional, levando a alcalose respiratória compensada pelo HCO3 (produz e elimina mais CO2)
Modificações renais e urinárias no evoluir da gestação
Polaciúria, nicturia, compressão ureteral principalmente à direita (hidronefrose), aumento fluxo plasmático glomerular (aumento da TFG em torno de 50%)
- pode haver glicosúria e, mais raramente, proteinúria
- creatinina 1,1 já é considerada alterada (pois era pra cair 50%) - sinaliza pré-eclampsia
- urolitíase é incomum
Modificações intestinais no evoluir da gestação
Progesterona reduz o tônus da musculatura lisa, retarda o trânsito gastrointestinal, causa constipação, retarda o esvaziamento gástrico, causa pirose, relaxamento do esfíncter esofágico inferior, podendo causar refluxo, predispõe colelitíase
Modificações osteomusculares no evoluir da gestação
Progesterona amolece articulações para facilitar parto (estruturas ficam mais flexíveis)
Modificações endócrinas no evoluir da gestação (metabolismo da glicose)
Lactogênio placentário cria resistência periférica à insulina - diminui uso periférico glicose - hiperglicemia e hiperinsulinemia , principalmente de 24 a 28 semanas de gestação