Fraturas da Escápula Flashcards

1
Q

Qual a epidemiologia das fraturas da escápula?

A

Homens (72%)
20-50 anos
Alta energia
Incomuns (0,4% de todas as fraturas)

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2
Q

Quais os 3 ângulos da escápula?

A

Superior (espinomedial): fica superomedial

Lateral: origem a glenóide

Inferior:

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3
Q

Onde ocorrem a maioria das fraturas da espinha da escápula?

A

Ângulo Superior (espinomedial) - área de fraqueza

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4
Q

Cite os músculos que formam o tendão conjunto e qual sua origem e inervação.

A

Formado pela cabeça curta do bíceps + coracobraquial

Origem: Processo coracóide

Inervação: nervo musculocutâneo

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5
Q

Qual musculatura possui sua origem no acrômio?

A

Deltóide

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6
Q

Qual musculatura possui origem e qual possui inserção na espinha da escápula?

A

Deltóide posterior (origem)

Trapézio (inserção)

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7
Q

Quais os pilares que suportam a glenóide?

A

Pilar espinal e lateral

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8
Q

Quais músculos são inervados pelo nervo supraescapular?

A

Supraespinhal

Infraespinhal

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9
Q

Quais os 2 “nós” atravessados pelo nervo supraescapular?

A

Nó supraescapular (medial ao coracóide)

Nó espinoglenoidal (região posterolateral espinha + posterior glenóide)

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10
Q

Qual principal local de compressão do nervo supraescapular nos casos de lesão labral posterior?

A

Nó espinoglenoidal

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11
Q

Quais os principais locais de fratura da escápula?

A

Corpo (50%)
Glenóide (24%)
Outras (20%): espinha, acrômio, coracóide
Colo (6%)

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12
Q

Quais as 7 estruturas que compõem o Complexo Suspensório Superior do Ombro (GOSS)?

A
Glenóide
Acrômio
Articulação acromioclavicular
Ligamento acromioclavicular
Clavícula lateral
Ligamento coracoclaviculares
Processo coracóide
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13
Q

Quais as 3 estruturas que são Arcabouço de SUSTENTAÇÃO para as estruturas do Complexo Suspensório Superior do Ombro (GOSS)?

A

Corpo da escápula
Parte lateral da Espinha da escápula
Terço médio clavícula

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14
Q

Descreva as 3 divisões de GOSS para o Complexo Suspensório Superior do Ombro.

A

Estruturas Acromioclaviculares

  • Articulação acromioclavicular
  • Ligamento acromioclavicular
  • Terço lateral clavícula

Corpo da escápula
- Glenóide

Estruturas Coracoclaviculares

  • Ligamento coracoclaviculares
  • Processo coracóide
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15
Q

Cite os 4 mecanismos de trauma das fraturas da escápula e qual o mais comum.

A

Direto: mais comum

Indireto: impacção da cabeça umeral

Luxação: fratura bordos glenóide

Contração muscular (choque elétrico e convulsão): processos (coracóide, acrômio…)

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16
Q

Qual a % de lesões associadas às fraturas da escápula?

Cite as principais lesões associadas.

A

70-85% Lesões associadas

Fratura costela 27-65% (mais comum)
Tórax: 16-77%
Cintura escapular: 8 a 47%
Cabeça 10-40%

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17
Q

Qual local de fratura da escápula apresenta maior quantidade de lesões associadas?

A

Fraturas do corpo (alta energia)

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18
Q

Qual a taxa de mortalidade nos pacientes com fratura de escápula?

A

2 a 15%

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19
Q

Como deve ser a abordagem inicial das fraturas da escápula?

A

ATLS!

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20
Q

Cite as 8 radiografias que podem ser realizadas na suspeita de fratura da escápula.

Cite quais estruturas podem ser avaliadas em cada radiografia.

A

AP de todo o cíngulo +

AP verdadeiro escápula (Grashey/Neer I): 30º rotação

  • espaço glenoumeral
  • ângulo glenopolar
  • deslocamento cavidade glenoidal em relação borda

Perfil verdadeiro escápula (Neer/Neer II)

  • fraturas do corpo
  • relação acrômio com clavícula

Axilar ou Velpeau

AP Tórax: avaliar as duas escápulas

Stryker: coracóide e Hill-Sachs
- 10º para cranial para o coracóide

Apical oblíqua de Garth

  • mão no ombro contralateral
  • glenóide (borda anterior - Bankart ósseo)
  • angulação medial 35-45º e caudal 45º

West point view

  • decúbito ventral
  • glenóide (borda anteroinferior - Bankart ósseo)
  • direcionado na glenóide: cranial 25º e lateral 25º
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21
Q

Qual o padrão ouro para diagnóstico das fraturas da escápula?

A

Tomografia computadorizada

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22
Q

Cite 4 critérios radiográficos utilizados para determinação do tratamento cirúrgico nas fraturas do CORPO da escápula.

A

RX PERFIL

  • Angulação dos fragmentos > 30-45º
  • Translação 100%

RX AP

  • Ângulo glenopolar < 20º ou > 60º
  • Medialização > 1-2 cm
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23
Q

Qual critério radiográfico é o melhor preditor para o desfecho funcional das fraturas da escápula?

A

Ângulo glenopolar

  • ponto polo superior da glenóide até polo inferior escápula
  • ponto polo inferior da glenóide
  • medir angulação
  • Se < 20 ou > 60º = cirurgia
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24
Q

Descreva a classificação de Ideberg e Goss para as fraturas da escápula.

A

Ia: bordo anterior glenóide
Ib: bordo posterior da glenóide

II: bordo lateral da glenóide

III: bordo superior da glenóide

IV: transversa até a borda medial da escápula

Va: corpo escápula + borda lateral
Vb: corpo escápula + borda superior
Vc: corpo escápula + borda lateral e superior

VI: cominuída glenóide (complexa)

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25
Q

Descreva a classificação de Ada e Miller para as fraturas da escápula.

A

I: processos

  • a: acrômio
  • b: espinha
  • c: coracóide

II: colo

  • a: colo cirúrgico
  • b: transespinal do colo
  • c: colo abaixo da espinha

III: cavidade da glenóide

IV: corpo

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26
Q

Descreva a classificação de Jan Bartonícek para as fraturas da escápula baseada na reconstrução 3D da TC.

A

Corpo escápula (50%)

  • Pilar lateral (77%): 2 partes / 3 partes / cominuta
  • Pilar espinal (6%)
  • Dois pilares (17%)

Glenóide (24%)
- Superior, Bordo anterior, Bordo posterior, Inferior, Cominuta

Processos (20%)

Colo (6%)

  • Colo anatômico (lateral ao coracóide)
  • Colo cirúrgico (medial ao coracóide)
  • Transespinal (medial ao nó supraescapular)
27
Q

Qual o local mais frequente de fratura da escápula?

A

Pilar lateral do corpo da escápula

28
Q

Qual a fratura mais comum do corpo da escápula?

A

Pilar lateral (77%)

29
Q

Qual fratura da escápula está associada à desvio distal e valgo?

A

Fratura do Colo anatômico

30
Q

Qual a única fratura da escápula que aumenta o ângulo glenopolar (N: 20 a 60º)?

A

Fratura do Colo anatômico

31
Q

Qual a fratura mais comum do colo da escápula?

A

Fratura do Colo cirúrgico

32
Q

Quais as 3 estruturas responsáveis pela estabilidade das fraturas do colo cirúrgico?

A

Processo Coracóide
Ligamento Coracoacromial
Ligamento Coracoclavicular

33
Q

Quais os tipos das fraturas articulares da glenóide?

Faça a correlação das fraturas com o tipo de Ideberg e Goss.

A

Inferior (42%): Ideberg e Goss II

Bordo anterior (25%): Ideberg e Goss Ia

Superior (16%): Ideberg e Goss III

Cominuta (11%) : Ideberg e Goss VI

Bordo posterior (6%): Ideberg e Goss Ib

34
Q

Descreva o trajeto do traço da fratura do colo cirúrgico da escápula (4 estruturas como referência).

A

Nó supraescapular
Nó espinoglenoidal
Medial ao coracóide
7cm abaixo da glenóide

35
Q

Qual o tipo mais comum de fratura da glenóide, qual seu mecanismo de trauma e classificação Ideberg Goss?

A

Glenóide inferior (42%)

Trauma direto com ombro abduzido (eixo do úmero)

Ideberg e Goss: II

36
Q

Descreva a indicação e como realizar o tratamento conservador das fraturas da escápula.

A

Fraturas extra-articulares com pouco desvio

2 semanas com tipoia
Iniciar mobilização passiva
Mobilização ativa em 1 mês
Força após 3 meses

37
Q

Qual o critério para tratamento cirúrgico das fraturas do processo coracóide/acrômio?

A

Desvio > 1 cm

38
Q

Cite 3 critérios para tratamento cirúrgico das fraturas articulares da glenóide.

A

Desvio articular > ou = 3mm E > 20-30º da articulação

Subluxação glenoumeral persistente

Instabilidade glenoidal

39
Q

Sobre o acesso cirúrgico de Judet para tratamento das fraturas da escápula, cite:

  • Local da incisão
  • Passos iniciais
  • Plano internervos
  • Indicações
A

Judet

Incisão iniciada no acrômio por toda espinha da escápula descendo pelo bordo medial da escápula

Faz flap cutâneo para lateral
Desinsere o deltóide da espinha + Separar deltóide da fáscia trapezoidal
Desinsere o infraespinhal

Plano internervos
- Músculo infraespinhal (nervo supraescapular) e Redondo menor (nervo axilar)

Indicações:
- Ideberg e Goss: Ib, II, III, IV e V

40
Q

Sobre o acesso anterior (deltopeitoral) para tratamento das fraturas da escápula, cite:

  • Local da incisão
  • Indicações
  • Riscos
A

Incisão entre coracóide e prega axilar, sulco deltopeitoral.

Dissecção do tendão do subescapular

Indicações:

  • fraturas do coracóide
  • Ideberg e Goss: Ia

Riscos:

  • Nervo musculocutâneo
  • Veia cefálica
41
Q

Sobre o acesso superior (Goss) para tratamento das fraturas da escápula, cite:

  • Plano intermuscular
  • Estruturas em risco
  • Indicações
A

Entre espinha da escápula e clavícula

Espinha escápula e acrômio

Risco: nervo acessório e nervo supraescapular

Ideberg e Goss: III e V

42
Q

Cite as principais complicações do tratamento conservador (1) e cirúrgico (3) das fraturas da escápula.

A

Conservador:
- Consolidação viciosa

Cirúrgico

  • Quebra do implante (7%)
  • Complicações de pele/infecção 4,2%
  • Lesão nervo supraescapular (fratura colo e RAFI 2,4%)
43
Q

Descreva a NOVA definição de “Ombro flutuante” e cite 2 situações que o caracterizam.

A

Fratura instável do colo da glenóide com desconexão do esqueleto axial com o esqueleto apendicular.

Fratura do Colo da Escápula + Fratura do processo coracóide
OU
Fratura do Colo da Escápula + Lesão Ligamento coracoacromial e Lesão Ligamento coracoclavicular

44
Q

Qual deve ser o tratamento para o “ombro flutuante”?

A

Cirúrgico!

1º RAFI clavícula + avaliar necessidade RAFI do colo da escápula

45
Q

Em relação a definição ANTIGA, como caracterizar o ombro flutuante?

A

Quebra de 2 ou 3 estruturas do complexo suspensório superior do ombro.

46
Q

Quando se deve suspeitar de Dissociação Escapulotorácica?

A

Luxação esternoclavicular + Fratura da clavícula afastada lateralmente + Lesão acromioclavicular + Alargamento distância coluna para escápula

47
Q

Descreva a classificação de Zelle para Dissociação Escapulotorácica.

A

I: Lesão musculoesquelética isolada

IIa: Lesão musculoesquelética + Vascular

IIb: Lesão musculoesquelética + Neurológica incompleta

III: Lesão musculoesquelética + Neurológica incompleta + Vascular

IV: Lesão musculoesquelética + Neurológica completa

48
Q

Qual o principal preditor de prognóstico resultado funcional na Dissociação Escapulotorácica?

A

Lesão do plexo braquial

49
Q

Quando está indicada amputação acima do cotovelo na Dissociação Escapulotorácica?

A

Lesão neurológica completa não reversível

50
Q

Como deve ser o tratamento cirúrgico na Dissociação Escapulotorácica?

A

1º: Reparo vasculonervoso
2º Fixação clavícula
3º Estabilizar esternoclavicular e acromioclavicular

51
Q

Qual lesão nervosa mais frequente nos casos de fratura do colo da glenóide?

A

Nervo supraescapular

52
Q

No ombro flutuante, qual o estabilizador mais importante (única conexão ligamentar direta) entre os fragmentos proximal e distal da fratura do colo da glenóide?

A

Ligamento acromioclavicular e coracoclavicular

53
Q

Qual estrutura une a escapula ao esqueleto axial?

A

Clavícula (esternoclavicular e acromioclavicular)

54
Q

Qual ramo do nervo axilar é o principal responsável pela inervação do deltóide?

A

Ramo posterior (70%)

55
Q

Descreva o que é o Sinal de Comolli e o que sugere.

A

Edema triangular da região posterior do tórax sobrejacente à escápula.
Sugere hematoma local que resulta em aumento da pressão compartimental.

56
Q

O que o ângulo glenopolar < 20º indica?

A

Indica mais de 40º de angulação do colo da escápula (desvio do colo da escápula)

  • indicação cirúrgica!
57
Q

Qual a taxa de bilateralidade do Os Acromiale?

A

45-62%

58
Q

Descreva a classificação AO para as fraturas da escápula.

A

14

A1: coracóide
A2: acrômio
A3: espinha

B: corpo

F1: fossa da glenóide simples
F2: fossa da glenóide multifragmentada

59
Q

Sobre a via de acesso de Ebraheim para fratura da escápula, cite:

  • Local da incisão
  • Passos iniciais
  • 2 desvantagens
A

Incisão ao longo da espinha e vai vertical al longo da margem lateral (“Judet reverso”)

Explora intervalo entre infraespinhal e redondo menor

Liberação do deltóide posterior e risco de lesão do nervo axilar

60
Q

Cite as 3 principais lesões associadas às fraturas do coracóide.

A

LAC (principal)
Músculo deltóide
1/3 distal da clavícula
Manguito rotador

61
Q

Descreva os 2 tipos de Ogawa para as fraturas do processo coracóide, indicando o tipo mais comum.

A

Tipo 1: proximal aos ligamentos coracoclaviculares (mais comum)

Tipo 2: distal aos ligamentos coracoclaviculares (avulsão)

62
Q

Quais os principais estabilizadores do ombro?

A

Lábio glenoidal e Ligamento glenoumeral inferior

63
Q

No ombro flutuante, quais desvios do colo da glenóide são indicativos de cirurgia?

A

> 2,5 a 3 cm de desvio

> 40º angulação