Fratura do Úmero Distal Flashcards

1
Q

Cite os 3 princípios de tratamento das fraturas do úmero distal.

A
Redução articular absoluta
Fixação interna rígida
Mobilidade precoce (evitar rigidez)
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2
Q

Qual a epidemiologia das fraturas do úmero distal?

A

Bimodal

  • Homem 12-20 anos
  • Mulheres 80 anos

Homem = Mulher

2% de todas as fraturas

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3
Q

Quais os mecanismos de trauma das fraturas do úmero distal?

A

QPA com trauma direto: Mulheres idosas (mais comum)

Alta energia (acidente automobilístico): Homens jovens

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4
Q

Sobre a anatomia do úmero distal, cite:

  • Angulações no plano frontal
  • Ângulo carregamento membro superior
  • Angulações no plano sagital
  • Angulação no plano axial (vista inferior)
A

Frontal

  • Coluna medial 45º angulação em relação ao eixo longo úmero
  • Coluna lateral 20º angulação em relação ao eixo longo do úmero
  • Valgo 4-8º (tróclea mais distal que capítulo)

Ângulo carregamento: 10-17º valgo (â eixo úmero-ulna com cotovelo em extensão e supinação)

Sagital

  • Coluna medial no eixo da diáfise
  • Coluna lateral com flexão anterior 40º (capítulo)

Axial (inferior)
- Rotação interna 3-8º

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5
Q

Sobre as fraturas parciais articulares do úmero distal, cite:

  • força responsável pela fratura
  • epidemiologia
A

Força de cisalhamento coronal

Bimodal:

  • Mulheres 19 anos: devido maior ângulo carregamento
  • Mulheres > 80 anos: osteoporose
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6
Q

Cite as 2 principais lesões associadas às fraturas do úmero distal.

A

Neuropraxia incompleta do nervo ulnar (26%)

Fratura exposta (7%)

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7
Q

Qual a complicação mais comum das fraturas do úmero distal?

A

Rigidez articular

- principalmente perda de extensão (20-25º flexo)

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8
Q

O que a tomografia ajuda a visualizar nas fraturas do úmero distal? (3)

A

Padrão fratura
Cominuição
Desvio fragmentos

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9
Q

Descreva a classificação AO para as fraturas do úmero distal.

A

1 3

A: Extra-articular

  • A1: Epicôndilo lateral/medial
  • A2: Metafisária não cominuída
  • A3: Metafisária cominuída

B: Articular parcial

  • B1: Côndilo lateral
  • B2: Côndilo medial
  • B3: Coronais (capítulo e tróclea)

C: Articular completa

  • C1: Articular simples + metafisária simples
  • C2: Articular simples + cominuição metafisária
  • C3: Cominuição articular + metafisária
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10
Q

Descreva os 3 grupos da classificação de Mehne e Matta para as fraturas do úmero distal segundo o local da fratura.

A

I: Intra-articular Intracapsular

  • Coluna simples (coluna lateral alta/baixa, coluna medial alta/baixa, divergente)
  • Dupla coluna (T alto, T baixo, Y, H, Lambda medial, Lambda lateral)
  • Superfície articular (tróclea ou capítula)

II: Extra-articular Intracapsular

  • Transcolunar Alta por Flexão
  • Transcolunar Alta por Extensão
  • Transcolunar Baixa por Flexão
  • Transcolunar Baixa por Extensão
  • Abdução Alta
  • Adução Alta

III: Extra- articular Extracapsular
- Epicôndilo Lateral ou Medial

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11
Q

Descreva a classificação de Bryan-Morrey para as fraturas do úmero distal coronais e faça sua correlação com a classificação AO.

A

Bryan-Morrey = AO 13 B3

Tipo 1: Hahn Steinthal
- Fratura do capítulo com grande fragmento de osso subcondral

Tipo 2: Kocher Lorenz
- Fratura do capítulo com fragmento com capa fina de osso subcondral

Tipo 3: Bryan-Morrey
- Fratura do capítulo cominuída

Tipo 4: McKee
- Fratura do capítulo tipo I com extensão medial para região lateral da tróclea

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12
Q

Quando está indicado o tratamento conservador nas fraturas do úmero distal? (4)

A

Paciente sem condições clínicas
Idoso baixa demanda
Não desviada
B3 (coronais) sem desvio

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13
Q

Como é realizada a redução fechada da fratura coronal do capítulo?

O que fazer se não reduzir?

Como imobilizar?

A

Supinação + extensão do cotovelo

Se não reduzir: pressão sobre o capítulo + estresse em varo

Imobilização em flexão

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14
Q

Qual o tratamento padrão ouro para as fraturas do úmero distal?

A

RAFI

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15
Q

Cite os 7 acessos cirúrgicos possíveis para tratamento das fraturas do úmero distal.

A
Para-olecraneano
Para-tricipital
Triceps split
Triceps reflecting/sparing (= Bryan-Morrey)
Trans-olecraneano (osteotomia olecrano)
Kocher
Hotchkiss
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16
Q

Sobre o acesso para-olecraneano, cite:

  • acesso
  • dissecção
  • nervo em risco a ser isolado
  • benefício
A

Incisão longitudinal
Split longitudinal triceps + Dissecção parcial ancôneo
Isola nervo ulnar

Preserva inserção triceps

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17
Q

Sobre o acesso Para-tricipital e Triceps Split, cite:

- indicações

A

Extra articulares A2 e A3
Articulares parciais B1 e B2
Articulares sem cominuição C1 e C2

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18
Q

Sobre o acesso Triceps Reflecting/Sparing (Bryan-Morrey), cite:

  • incisão
  • dissecção
  • quando não liberar e quando liberar ligamentos
  • o que reinserir
A

Incisão longitudinal

Disseca ancôneo e triceps
Disseca olécrano e desinsere fibras de Sharpey
Rebate triceps para lateral

Fratura articular: não libera LCL e LCM

Prótese total cotovelo: libera LCL e LCM

Reinsere periósteo com túneis transósseos em formato de estrela e sutura triceps.

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19
Q

Qual a função das fibras de Sharpey?

A

Ligam periósteo ao osso

20
Q

Cite as vantagens em comum dos acessos cirúrgicos abaixo:

  • Para-olecraneano
  • Para-tricipital
  • Triceps reflecting/sparing (= Bryan-Morrey)
A

Evita riscos da osteotomia:
- Rigidez, consolidação viciosa, pseudoartrose, implante sintomático

Mobilidade precoce pois não lesa triceps

21
Q

Sobre o acesso Trans-olecraneano, cite:

  • indicações
  • vantagens
  • riscos
  • osteotomia a ser realizada
A

AO 13 C e 13 B cominutas

Melhor visualização articular

Risco: pseudoartrose, implante sintomático, rigidez

Osteotomia chevron

22
Q

Sobre a Osteotomia de Chevron, cite:

  • Como é feita
  • Quais as vantagens da sua técnica
  • Quais implantes podem ser realizados para fixação
A

Osteotomia em V do olécrano

O “V”:

  • aumenta a área de contato ( maior chance consolidação)
  • evita consolidação viciosa (contato anatômico e melhor estabilidade rotacional)

Implantes:

  • Banda de tensão
  • Placa de compressão
  • Parafuso canulado (menos implante sintomático, menos estabilidade rotacional)
23
Q

Cite 3 vias de acesso utilizadas para as fraturas laterais do úmero distal (AO 13 B1)?

A

Kocher, Kaplan e Para-tricipital

24
Q

Cite 3 vias de acesso mediais utilizadas para as fraturas mediais do úmero distal(AO 13 B2)?

A

Hotchkiss e Taylor-Scham

25
Q

Sobre o acesso Trans-olecraneano, cite:

  • incisão
  • osteotomia
  • nervo a ser isolado
  • sequência de fixação
A

Incisão longitudinal

Osteotomia chevron olecrano

Isola nervo ulnar

1º: Clamp “C” para fechar articulação (“carretel”)
2º: Fixação provisória dos fragmentos com fios de K
3º: Fechar carretel com parafuso compressão 3,5mm
4º Reduzir côndilos e diáfise e fixação com fios de K
5º: Colocação de placas e fixação com parafusos

26
Q

Sobre as fraturas do úmero distal tratadas cirurgicamente com o acesso Trans-olecraneano, cite:

  • tipos de placas que podem ser utilizadas
  • localização das placa
  • como dar estabilidade intercondilar
A

Placas paralelas

Placas ortogonais: 1 posterolateral e 1 de suporte medial

Parafusos das placas devem conectar as duas colunas

27
Q

Na fixação das fraturas coronais, quais as 2 vantagens de passar o parafuso de posterior para anterior?

A

Síntese mais estáveis

Não viola articulação

28
Q

Cite a indicação de artroplastia total do cotovelo no tratamento de fraturas do úmero distal.

A

Fratura cominutiva e osteoporótica no idoso de baixa demanda (indicação padrão ouro)

Especialmente quando houver doença preexistente no cotovelo (exemplo: artrite reumatóide)

29
Q

Sobre a fixação das fraturas do úmero distal com placas, cite qual posicionamento apresenta maior rigidez e estabilidade.

A

Placas bloqueadas paralelas 0º

30
Q

Cite 3 contraindicações para a artroplastia total do cotovelo.

A

Paciente jovem e ativo (principal)
Infecção
Condições de partes moles

31
Q

Qual a via de acesso a ser utilizada para realização da artroplastia total do cotovelo?

A

Bryan-Morrey (triceps reflecting/sparing)

- não preservando o LCL e LCM

32
Q

Cite as 5 complicações gerais inerentes ao tratamento das fraturas do úmero distal.

A
Rigidez articular (grande maioria)
Neuropatia ulnar 26%
Infecção ferida 0-10%
Pseudoartrose 6% (quando exposta = 15%)
Ossificação heterotópica
33
Q

Sobre a pseudoartrose no tratamento cirúrgico das fraturas do úmero distal, cite:

  • principal causa
  • principal localização
A

Falha da fixação

Principalmente Supracondiliana

34
Q

Sobre a ossificação heterotópica, cite:

  • Qual posicionamento das placas mais relacionado
  • Como prevenir
A

Placa perpendicular mais que na paralela

Prevenção com indometacina ou radioterapia

35
Q

Cite os 3 fatores de risco para ossificação heterotópica em que está indicado o uso de indometacina para prevenção.

A

AVC
Politrauma
Grande lesão partes moles

36
Q

Quais as 3 complicações relacionadas às osteotomias?

A

Pseudoartrose 0-10%
Implante sintomático
Rigidez articular

37
Q

Cite as 6 principais complicações relacionadas à artroplastia total do cotovelo.

A
Infecção
Neuropatia ulnar
Insuficiência do triceps
Instabilidade
Soltura
Fratura periprotética
38
Q

Qual teste deve ser feito na avaliação primária do paciente com fratura do úmero distal com suspeita de lesão vascular?
Qual valor normal desse teste?

A

Índice pressão braquio-braquial com Doppler (N > 0,85 a 0,95)

39
Q

Qual a região da tróclea que quando contida no fragmento da fratura gera instabilidade no cotovelo?

A

Crista troclear lateral

40
Q

Descreva os 3 tipos (1,2,3) e 2 subtipos (A, B) da classificação de Dubberley para as fraturas coronais do úmero distal.

A

Tipo 1: fratura do capítulo com ou sem rebordo lateral da tróclea

Tipo 2: fratura do capítulo e maior parte da tróclea como peça única

Tipo 3: fratura do capítulo e maior parte da tróclea em fragmentos separados

A: sem cominuição posterior
B: com cominuição posterior

41
Q

Cite como é a técnica do “saco de ossos” para tratamento conservador da fratura do úmero distal?

A

Tipoia punho-colar com cotovelo entre 90 - 120º flexão por 2 semanas e, após, inicia mobilização.

42
Q

Qual a principal indicação de hemiartroplastia do cotovelo nas fraturas do úmero distal?

A

Jovem e ativo demais para artroplastia total

43
Q

Cite as 4 estruturas que devem estar presentas para que a hemiartroplastia do cotovelo tenha bom resultado.

A

Cabeça do rádio
Coronóide
LCM
LCL

(estabilizadores estáticos e dinâmicos)

44
Q

Na Miosite ossificante pós traumática do cotovelo, cite:

- musculaturas mais acometidas

A

Braquial e Tríceps

45
Q

Qual deve ser a angulação entre as placas no tratamento das fraturas do úmero distal para promover maior estabilidade?

A

90º