Fratura Diafisária do Úmero Flashcards
Qual a epidemiologia das fraturas diafisárias do úmero?
Bimodal
- 1º pico: Homens 20-30 anos
- 2º pico: 80% Mulheres > 60 anos
1-2% de todas as fraturas
13-14% das fraturas do umero
Quais as localizações da fraturas diafisárias do úmero?
Terço proximal 30% (obliquas)
Terço médio 40%
Terço distal 25%
Periprotética 5%
Qual a fratura com maior chance de neuropraxia radial?
Fratura espiral longa do terço distal do úmero com espiral lateral (Holstein Lewis)
Quais os mecanismo de trauma das fraturas diafisárias do úmero?
QPA (mais comum): Mulheres > 60 anos
Alta energia (Automobilístico): Homens 20-30 anos
Como avaliar o nervo radial nas fraturas diafisárias do úmero?
Motora:
- extensão punho e dedos
- extensão polegar
Sensitivo:
- região dorsal mão até interfalangeana proximal do 1º, 2º, 3º dedo
Descreva a classificação AO para as fraturas diafisárias do úmero.
1 2 A: simples - A1: espiral - A2: obliqua (> 30º) - A3: transversa (< 30º)
B: cunha (com contato entre fragmentos)
- B1: cunha espiral
- B2: cunha flexão
- B3: cunha fragmentada
C: complexa (sem contato entre fragmentos)
- C1: espiral
- C2: segmentar
- C3: cominuída
Descreva quais desvios ocorrem nas fraturas diafisárias proximais do úmero de acordo com a ação das musculaturas (peitoral maior, deltóide, manguito).
Fratura acima do peitoral maior
- força peitoral maior e deltóide se anulam
- manguito abduz e roda externo o fragmento proximal
Fratura entre deltóide e peitoral maior
- peitoral aduz e roda interno o fragmento proximal
- deltóide encurta (traciona) o fragmento distal
Fratura abaixo do deltóide
- deltóide abduz o fragmento proximal
Cite as 2 principais lesões associadas às fraturas diafisárias do úmero.
Neuropraxia do radial em 10-12% dos casos fratura fechada
Fratura exposta em 1,2 a 5% (rara)
Qual a principal complicação precoce da fratura diafisária fechada do úmero?
Neuropraxia radial
Qual a principal complicação da RAFI da fratura diafisária do úmero?
Neuropraxia radial
Descreva de maneira detalhada como qual deve ser a conduta na neuropraxia radial nas fraturas diafisárias do úmero.
Inicialmente expectante (> 90% voltam ao normal em 3-4 meses)
ENMG após 3 semanas (para comparação futura)
ENMG após 4 meses (ausência de atividade = explorar)
Abordar em no máximo 6 meses
Cite as 4 indicações para realizar exploração nos casos de neuropraxia radial.
Lesão vascular com necessidade de reparo
Lesões penetrantes (arma branca, etc)
Expostas
Fratura do úmero com outra fratura ipsilateral
Descreva o que é a fratura de Holstein Lewis.
Quantos % das fraturas do úmero esse tipo representa?
Fratura espiral longa do terço distal do úmero com espiral lateral
7% das fraturas do úmero
Sobre o tratamento conservador fratura diafisária de úmero, cite:
- taxa de bons resultados
- taxa de pseudoartrose
- como deve ser realizado
Consolidação > 90% dos casos
Pseudoartrose 1-10%
Pinça de confeiteiro/Gesso axilopalmar pendente/Velpeau durante 7-10 dias e, após, trocar por órtese/brace funcional SARMIENTO.
Descreva os desvios aceitáveis das fraturas diafisárias do úmero para que possa ser realizado o tratamento conservador, segundo Rockwood.
Cite também os critérios de Klenerman (Skeletal Trauma).
Rockwood:
- Varo: 15º
- Valgo: 20º
- Anteroposterior: 20º
- Rotacional: 30º
- Encurtamento: 2 a 3 cm
Klenerman:
- 30º varo
- 20º anterior
- 15º rotacional
- 3 cm encurtamento
Qual o tempo médio de consolidação das fraturas diafisárias do úmero?
10 semanas
Qual o padrão ouro para tratamento conservador das fraturas diafisárias do úmero?
Órtese/brace funcional Sarmiento
Cite 10 indicações “absolutas” e 5 indicações relativas para tratamento cirúrgico das fraturas diafisárias do úmero.
“Absolutas”
- fraturas ipsilaterais associadas
- fraturas bilaterais
- politraumatizados
- desvios inaceitáveis
- lesões vascular que necessite reparo
- lesão plexo (mesmo que não precise reparo)
- piora da neuropraxia
- neuropraxia pós redução
- doença de Parkinson
- extensão para articulação
Relativas
- exposta
- segmentares
- obesos
- obliqua longa do terço proximal
- tipo A do terço médio
Qual o padrão ouro para tratamento cirúrgico das fraturas diafisárias do úmero?
RAFI
Quais as 2 principais vias de acesso da RAFI nas fraturas diafisárias do úmero?
Cite qual terço da fratura é melhor abordado em cada acesso.
Anterolateral: terço proximal e médio
Posterior: terço médio e distal
Sobre a via de acesso anterolateral para as fraturas diafisárias do úmero, cite:
- terço da fratura melhor abordado
- posicionamento da placa
- técnica cirúrgica (via de acesso e dissecção)
- nervo em risco
Fraturas do terço proximal e médio:
1) Placa anterolateral
- Via de acesso pela extensão da via deltopeitoral
- Incisão lateral ao biceps
- Descola parcialmente peitoral maior
- Realiza split do músculo braquial (devido nervo musculocutâneo medial ao seu ventre)
- Nervo radial (isola nervo radial na região lateral)
Sobre a técnica cirúrgica de Belangero para as fraturas diafisárias do úmero, cite:
- terço da fratura melhor abordado
- técnica utilizada
- tipo de placa
- acessos cirúrgicos e colo colocar a placa de acordo com o local da fratura
- ordem, quantidade e posicionamento dos parafusos
- posicionamento dos parafusos
- como realizar e conferir a redução da fratura
Fraturas do terço médio e distal
- Placa em ponte
- Placa DCP estreita de 4,5mm com 12 furos
- Acesso proximal: medial ao deltóide e lateral ao bíceps
- Acesso distal na fratura do terço médio: lateral ao bíceps e realiza split braquial. Correr placa de proximal para distal.
- Acesso distal na fratura do terço distal: acesso de Kocher. Modelar a placa e correr de distal para proximal (proteger nervo radial)
- 1º parafuso = mais distal sem apertar
- 2º parafuso = mais proximal
- Apertar o distal e o proximal
- Utilizar 2 ou 3 parafusos em cada fragmento
- Se 2 parafusos = fazer divergentes
- Redução: Abdução 60º + Tração.
- Conferir: observar cabo longo do bíceps no meio do eixo bicondilar do úmero
Sobre as hastes intramedulares no tratamento das fraturas diafisárias do úmero, cite:
- tipos
- ponto de entrada
- complicações/riscos específicos
- complicações em comum
Anterógrada
- Entrada através do tendão supraespinhal
- Complicações: rigidez e dor no ombro
- Risco lesão nervo axilar nos bloqueios proximais e musculocutâneo no bloqueio distal
Retrógrada
- Entrada: incisão posterior úmero distal + osteotomia em janela na região distal do úmero
- Complicação: fratura do úmero distal
Complicações em comum:
- Maior necessidade de revisão
- Maior chance de pseudoartrose
Cite as 3 principais complicações inerentes ao tratamento cirúrgico das fraturas diafisárias do úmero.
Rigidez articular
Pseudoartrose
Infecção
- RAFI fratura fechada: 1 a 2%
- RAFI fratura exposta: 5%