Dor e cefaleias Flashcards

1
Q

Quais são os principais tipos de cefaleia primária?

A

Enxaqueca
Cefaleia tensional (mais comum)
Cefaleia em salvas
Hemicrania paroxística
Cefaleia cervicogênica
Hemicrania contínua
Neuralgia do trigêmeo

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Q

Em relação à enxaqueca:

  1. Duração dos ataques
  2. Sexo mais prevalente
  3. Dor unilateral ou bilateral
  4. Qualidade e localização da dor
  5. Relação com exercício físico
  6. Sinais e sintomas associados
A
  1. 4-72 horas, intercalados por períodos assintomáticos
  2. Feminino
  3. 2/3 dos casos é unilateral, mas alternante (pode ser ora de um lado, ora de outro)
  4. Pulsátil, na frente e no lado, intensidade moderada a acentuada
  5. Piora com exercícios físicos leves
  6. Fotofobia, fonofobia, náusas, êmese
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3
Q

O que é a enxaqueca comum?

A

É a enxaqueca sem aura, a mais comum

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4
Q

O que é enxaqueca clássica?

A

É a enxaqueca com aura

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5
Q

O que é a aura?

A

A aura se desenvolve 5-20 minutos antes das crises e duram menos de uma hora. A mais frequente é a visual (90%), podendo se manifestar como linhas visuais ou escotomas (sintomas positivos), ou como distúrbios sensoriais, na fala ou motores (sintomas negativos)

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6
Q

Quais são fatores que podem desencadear crises de enxaqueca?

A

Crises de enxaqueca podem ser desencadeadas em alguns pacientes por determinados alimentos, como queijo, chocolate, frutas cítricas e vinho. Em alguns casos, as crises podem acompanhar os ciclos menstruais, melhorando muito durante as gestações

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7
Q

Em relação à cefaleia do tipo tensional:

  1. Sexo que mais acomete
  2. Bilateral ou unilateral
  3. Características da dor
  4. Relação com atividade física
  5. Sintomas associados
A
  1. Feminino
  2. Bilateral
  3. Em pressão ou aperto, não pulsátil, de intensidade leve a moderada
  4. Não piora com atividade física
  5. Pode estar presente fotofobia e fonofobia
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8
Q

Quais são fatores relacionados à cefaleia tensional?

A

Mm do pescoço e pericranianos podem estar doloridos e contraídos, mas nem sempre essas anormalidades são detectadas. Tampouco existe necessariamente tensão emocional, mas o fator psicogênico às vezes é bem evidente, representado por ansiedade, depressão ou transtorno dissociativo

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9
Q

Como é a temporalidade da cefaleia tensional?

A

Pode durar 30 minutos - 7 dias

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10
Q

Em relação à cefaleia em salvas:

  1. Sexo que acomete
  2. Característica da dor
  3. Localização da dor
  4. Tempo dos ataques de dor
  5. Frequência dos ataques
  6. Unilateral ou bilateral
  7. Momento do dia mais comum
A
  1. Sexo masculino
  2. Muito intensa (10/10)
  3. Fronto-orbitária, por vezes temporal. Atrás do olho
  4. 15 - 180 minutos
  5. 1 ataque a cada 2 dias até 8 ataques por dia, por 6-12 semanas
  6. Unilateral
  7. Noite, desencadeados pelo sono (álcool também)
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11
Q

Sinais e sintomas associados à cefaleia em salvas

A

Distúrbios autonômicos no lado da dor - injeção conjuntival, lacrimejamento, obstrução nasal, rinorreia, sudorese, miose, ptose palpebral, edema das pálpebras

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12
Q

Como é o tratamento da cefaleia em salvas?

A

Inalação de oxigênio

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13
Q

Em relação à hemicrânia paroxística:

  1. Sexo mais comum
  2. Como é a dor?
  3. Tempo das crises
  4. Unilateral ou bilateral
  5. O que desencadeia?
  6. Tratamento
A
  1. Feminino
  2. Semelhante à da cefaleia em salvas
  3. 2 - 45 minutos (mais curtos, mas mais frequentes)
  4. Unilateral
  5. Movimentação cervical ou digitopressão em estruturas cervicais desencadeadores (10-15% dos casos)
  6. Indometacina
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14
Q

Em relação à hemicrania contínua:

  1. Sexo que mais atinge
  2. Unilateral ou bilateral
  3. Característica da dor
  4. Outras manifestações
  5. Principal característica
A
  1. Feminino
  2. Unilateral
  3. Contínua e não muda de lado. Intensidade moderada
  4. Desacompanhada de outras manifestações - cursa com sensação de corpo estranho no olho do lado da dor
  5. Responsividade à indometacina (desaparece completamente)
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15
Q

Qual é a principal diferença entre a cefaleia cervicogênica e a enxaqueca sem aura?

A

A cervicogênica permanece em um único lado, ou bilateral, mas com clara predominância em um dos lados - sendo essa uma das principais diferenças entre a cefaleia cervicogênica e a enxaqueca sem aura, na qual as dores, também unilaterais, ocorrem ora à direita, ora à esquerda.

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16
Q

Em relação à cefaleia cervicogênica:

  1. Sexo predominante
  2. Característica da dor
  3. Duração dos ataques
  4. Sintomas associados
A
  1. Feminino
  2. Pulsátil de intensidade moderada. Inicia na região occipital e cervical, irradiando-se para a frente do mesmo lado e tornando-se mais intensa
  3. Horas a semanas
  4. Náuseas e vômitos, fotofobia e fonofobia
17
Q

O que pode precipitar a cefaleia cervicogênica?

A

Caracteristicamente, os ataques são provocados por movimentação do pescoço, ou ao apanhar algo em uma prateleira alta, ou ao dormir em posição inapropriada, ou após trauma cervical

18
Q

Em relação à neuralgia do trigêmeo:

  1. Características da dor
  2. Sexo predominante
  3. Desencadeantes
  4. Ramos mais atingidos
  5. A dor alterna de lado?
A
  1. Ataques breves do tipo choque na distribuição de um ou mais ramos desse nervo
  2. Feminino
  3. Estímulos superficiais em áreas sensíveis, mas também pode ser espontâneo
  4. Inferiores
  5. Sempre do mesmo lado, não muda
19
Q

Quais são possíveis causas da neuralgia do trigêmeo?

A

Compressão do nervo trigêmeo por estruturas vasculares ou por lesões centrais, como na esclerose múltipla ou infarto do tronco encefálico

20
Q

Outros tipos de cefaleia:

A

Cefaleia por ingestão de alimentos gelados
Cefaleia do exercício
Cefaleia associada à atividade sexual
Cefaleia por uso abusivo de analgésicos
Arterite temporal (de células gigantes)

21
Q

Sinais e sintomas que fazem pensar em cefaleia secundária:

A

Febre, trauma, paralisia, alteração em sinal neurológico, CA diagnosticado em outro local, HIV, rigidez da nuca

22
Q

O que é o processo de transdução?

A

Processo pelo qual um estímulo nocivo é convertido em um sinal elétrico que pode ser interpretado pelo sistema nervoso central

23
Q

O que é o processo de transmissão da dor?

A

Por intermédio do neurônio sensorial de primeira ordem, o potencial elétrico despolarizante conduz o estímulo ao sistema nervoso central (neurônios sensoriais de segunda e terceira ordens), com sinapse no corno dorsal da medula espinal (a maioria) ou no tronco cerebral, estando os corpos das células nervosas localizados no gânglio da raiz dorsal e no gânglio trigeminal

24
Q

Tipos de fibras nervosas

A

Adelta - pequeno diâmetro, finamente mielinizada, 2-30 m/s, 20% das fibras

C - pequeno diâmetro, não mielinizadas, 0,5-2 m/s, 80%

Abeta - grande diâmetro, mielinizadas, não participam da nocicepção

25
Q

O que é o processo de modulação da dor?

A

Há estruturas responsáveis por sua supressão, denominadas vias modulatórias, as quais são também ativadas pelas vias nociceptivas. As sinapses entre os neurônios de primeira e segunda ordem ocorrem por modulação de transmissão medular espinal, dependente de neurotransmissores, dentre os quais destacam-se o glutamato, a substância P e o peptídio relacionado com o gene do cálcio.

26
Q

O que é uma dor nociceptiva?

A

É causada pela ativação dos nociceptores. A dor nociceptiva é percebida simultaneamente com a estimulação provocada pelo fator causal, em geral, facilmente identificado. A remoção da causa quase sempre é acompanhada de alívio imediato da sensação dolorosa.

Agressões externas, dor visceral, neuralgia do trigêmeo, dor articular

27
Q

O que é dor evocada?

A

Pode ser desencadeada por manobras como a de Lasègue na ciatalgia, ou lavar o rosto e escovar os dentes, no caso de pacientes com neuralgia do trigêmeo. Esses estímulos reproduzem a dor sentida espontaneamente pelo paciente.

28
Q

Qual é a diferença de alodinia, hiperpatia e hiperalgesia?

A

Alodinia: sensação desagradável provocada pela estimulação tátil de uma área com limiar aumentado de excitabilidade (região parcialmente desaferentada). “O simples contato da roupa ou do lençol é extremamente doloroso.”

Hiperpatia: sensação desagradável, mais dolorosa que a comum, provocada pela estimulação nóxica, sobretudo a repetitiva, de uma área com limiar de excitabilidade aumentado, indicando região parcialmente desaferentada

Hiperalgesia: resposta exagerada aos estímulos aplicados em uma região com limiar de excitabilidade reduzida. Pode manifestar-se sob a forma de dor a estímulos inócuos ou dor intensa a estímulos leves ou moderados

29
Q

O que é dor neuropática?

A

Este tipo de dor é gerado no sistema nervoso, independentemente de estímulo externo ou interno. Quando um neurônio é privado de suas aferências (desaferentação), aparecem diversas alterações, que tornam as células desaferentadas hipersensíveis, daí a denominação de células explosivas. Sua hiperatividade é espontânea, visto que são integrantes das vias nociceptivas. Este seria o mecanismo fisiopatológico da dor descrita como em queimação ou formigamento.

30
Q

O que é dor somática superficial?

A

É a forma de dor nociceptiva provocada pela estimulação de nociceptores do sistema tegumentar. Tende a ser bem localizada e relatada como picada, pontada, queimor, sempre de acordo com o estímulo que a provocou

31
Q

O que é e característica da dor somática profunda?

A

É uma dor nociceptiva decorrente de ativação dos nociceptores de músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações. Mais difusa que a somática superficial, de localização imprecisa.

32
Q

O que é dor visceral e seus tipos:

A

É a dor nociceptiva decorrente da estimulação dos nociceptores das vísceras. É profunda e tem características similares às da dor somática profunda, ou seja, é difusa, de difícil localização e descrita como um dolorimento ou dor surda, que tende a se acentuar com a atividade funcional do órgão acometido

Dor visceral verdadeira
Dor referida
Dor irradiada

33
Q

O que é a dor visceral verdadeira?

A

Tende a se localizar na projeção anatômica do órgão onde se origina
A qualidade da dor é específica para cada tipo de víscera. Assim, a dor das vísceras maciças e dos processos não obstrutivos das vísceras ocas é descrita como surda; a dos processos obstrutivos das vísceras ocas é do tipo cólica; quando há comprometimento da pleura parietal, em pontada ou fincada; na isquemia miocárdica é constritiva ou em aperto; e quando há aumento da secreção do ácido clorídrico (gastrite, úlcera gástrica ou duodenal), em queimação.

34
Q

O que é dor referida?

A

Sensação dolorosa superficial percebida distante da estrutura onde se a originou (visceral ou somática). Obedece claramente à distribuição metamérica

Dor na face interna do braço (dermátomo T1) em pacientes com infarto agudo do miocárdio
Dor epigástrica ou periumbilical (dermátomos T6 a T10) na apendicite
Dor no ombro (dermátomo C4) em indivíduos com lesão diafragmática ou irritação do nervo frênico

35
Q

O que é dor irradiada?

A

Caracteriza-se por ser sentida à distância de sua origem, mas em estruturas inervadas pela raiz nervosa ou em um nervo cuja estimulação é responsável pela dor
Exemplos: ciatalgia provocada pela compressão de uma raiz nervosa por hérnia de disco lombar; neuralgia occipital, …

36
Q

Decálogo semiológico da dor

A

Localização
Irradiação
Qualidade ou caráter
Intensidade
Duração
Evolução
Relação com funções orgânicas
Fatores desencadeantes ou agravantes
Fatores atenuantes
Manifestações concomitantes