Doenças das vias biliares Flashcards

1
Q

Indicações de CVL na colelitíase assintomática

A

Vesícula em porcelana
Cálculo associado a pólipo
Cálculo > 2-3 cm
Anomalia congênita da vesícula
Anemia hemolítica (cálculos pretos)
Pré-operatório de cirurgia bariátrica

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2
Q

Padrão-ouro para diagnóstico de colecistite aguda

A

Cintilografia biliar

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3
Q

Complicações da colecistite aguda

A

Gangrena = perfuração da vesícula (livre ou fístula com duodeno)

Colecistite enfisematosa (Clostridium, ar na parede)

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4
Q

Classificação da síndrome de Mirizzi e conduta

A

Classificação de Csendes:
I: Sem fístula –> CVL
II: fístula < 1/3 da via biliar –> rafia + dreno de Kehr
III: fístula 1/3-2/3 –> CVL + coledocoplastia
IV: fístula em todo o diâmetro –> CVL + coledocoplastia ou derivação biliodigestiva
V: fístula colecistoentérica (Va sem íleo biliar | Vb com íleo biliar) –> enterotomia com retirada do cálculo + colecistectomia

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5
Q

Critérios diagnósticos de colecistite pelo guideline de Tóquio 2018

A

Inflamação local + inflamação sistêmica + imagem típica:

A: inflamação local
-Sinal de Murphy
-Dor, massa palpável ou sensibilidade no QSD

B: inflamação sistêmica
-Febre > 38ºC
-Leucocitose
-Aumento de PCR

C: imagem típica
-USG, TC, RNM ou cintilografia com espessamento ≥ 5 mm, distensão, líquido peri, gás, debris.

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6
Q

Critérios diagnósticos de colangite pelo guideline de Tóquio 2018

A

Inflamação sistêmica + colestase + imagem

A: inflamação sistêmica
-Febre > 38ºC ou calafrios
-Leuco < 4 mil ou > 10 mil
-Aumento de PCR ≥ 1 mg/dl

B: colestase
-Icterícia ou BT > 2 mg/dl
-Aumento de AST/ALT
-Aumento de FA ou GGT

C: imagem
-Dilatação da via biliar (USG, TC, RNM)
-Etiologia definida (cálculo, estenose ou stent)

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7
Q

Guideline de Tóquio 2018 - critérios de gravidade (grau II)
a) Colecistite
b) Colangite

A

a) -Leuco > 18 mil
Massa palpável/dolorosa no QSD
-Evolução > 72h
-Sinais de complicação local

b) -Leuco < 4 mil ou > 12 mil
-Febre > 39ºC
-Idade ≥ 75 anos
-BT ≥ 5 mg/dl
-Hipoalbuminemia

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8
Q

Guideline de Tóquio 2018 - critérios de disfunção orgânica para colecistite e colangite (grau III)

A

“TOQUIO”:
-Tontura (rebaixamento do sensório)
-Oxigênio baixo (PaO2/FiO2 < 300)
-Queda de plaquetas < 100 mil
-Uso de aminas vasoativas
-INR > 1,5
-Oligúria ou Cr > 2

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9
Q

Colangiocarcinoma mais comum e sua classificação

A

Tumor de Klatskin (colangiocarcinoma peri-hilar)

Classificação de Bismuth:
I: ducto hepático comum
II: junção dos ductos hepáticos esquerdo e direito
III: ducto hepático direito (IIIa) ou esquerdo (IIIb)
IV: ambos os ductos hepáticos

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10
Q

CA de vesícula
a) Sexo e faixa-etária
b) Tipo histológico mais comum
c) Estadiamento e conduta

A

a) Mulheres 60-70 anos

b) Adenocarcinoma

c)-T1a (lâmina própria): colecistectomia convencional / T1b (muscular): colecistectomia estendida (+ IVB e V fígado)

-T2 (> muscular): colecistectomia estendida (+ IVB e V fígado)

-T3 (invade serosa e/ou invasão do fígado e/ou 1 órgão adjacente): colecistectomia radical (+ IV até VIII fígado)

-T4 (invade v. porta, a. hepática ou ≥ 2 estruturas além do fígado): paliativo

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11
Q

Cistos de via biliar
a) Classificação
b) Tratamento
c) Principal consequência tardia

A

a) Classificação de Todani:

I (50-80%): IA = dilatação sacular de toda a via biliar | IB = dilatação sacular limitada ao colédoco ou ducto hepático comum | IC = dilatação fusiforme do ducto hepático comum ou colédoco (é o que mais cai)

II (1-5%): extra diverticular

III (10-20%): intraduodenal/coledococele

IV (35%): múltiplos extra + intra (IVa) ou só extra (IVb)

V ou doença de Caroli (< 10%): múltiplos intra-hepáticos

b) I, II e IV: ressecção da via biliar extra-hepática + colecistectomia + hepaticojejunostomia em Y de Roux
III: esfincterotomia por CPRE
V: restrito = hepatectomia parcial / difuso = transplante hepático

c) Colangiocarcinoma

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12
Q

Visão crítica de segurança

A

Triângulo de Calot dissecado + infundíbulo da vesícula dissecado da placa hilar + 2 estruturas entrando na vesícula (artéria cística e ducto cístico)

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13
Q

Classificação de lesão iatrogênica de via biliar

A

Classificação de Strasberg (FEFFE):

A: fístula ducto pequeno (cístico ou Luschkas)
B: estenose ducto hepático D aberrante
C: fístula ducto hepático D aberrante
D: fístula ducto principal
E: estenose ducto principal
- E1: > 2 cm da placa hilar
- E2: < 2 cm da placa hilar
- E3: placa hilar
- E4: placa hilar + um dos ductos hepáticos
- E5: via biliar principal + ducto hepático D aberrante

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14
Q

Tratamento de lesão iatrogênica de via biliar

A

Intraoperatório:
-Ducto principal: dreno de Kehr (< 30%) ou biliodigestiva (> 30%)
-Ducto secundário: ligadura (< 3 mm) ou biliodigestiva (> 3 mm)

Pós-operatório:
-Fístula ducto cístico: drenagem percutânea + CPRE p/ dilatar
-Fístula ducto principal: drenagem trans-hepática + biliodigestiva
-Estenose cicatricial: CPRE com prótese ou biliodigestiva

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15
Q

Adenocarcinoma da ampola de Vater
a) Clínica
b) Indicador de metástase

A

a) Redução da icterícia + melena e anemia ferropriva (necrose esporádica) + vesícula palpável

b) CA 19-9 elevado

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16
Q

CA de pâncreas
a) Principal tipo histológico
b) Diagnóstico
c) Estágios irressecáveis

A

a) Adenocarcinoma da cabeça do pâncreas

b) TC de abdome com contraste +- CA-19.9

c) T4: invasão vascular > 180º (tronco celíaco ou AMS)
M1: metástase

17
Q

Tratamento CA de pâncreas

A

Ressecável:
-Cabeça: Whipple (duodenopancreatectomia)
-Corpo/calda: ou pancreatectomia distal + esplenectomia

Borderline: QT/RT adjuvante + cirurgia

Irressecável: paliação (stent biliar, anastomose biliodigestiva)

18
Q

Preditores de médio risco de coledocolitíase e conduta

A

Alterações laboratoriais
Colédoco dilatado
> 55 anos
Clínica de pancreatite biliar

Não pode operar: colangioRM ou USG endoscópica

Pode operar: CVL + colangiografia intraoperatória

19
Q

Preditores de alto risco de coledocolitíase e conduta

A

Cálculo no USG
Colangite
BT > 4 + colédoco dilatado > 8 mm

Conduta: CPRE + programar CVL

20
Q

Conduta quando não é possível visualizar a visão crítica de Strasberg

A
  1. Colecistectomia subtotal (cirurgia de Torek)
  2. Técnica retrógrada (fundus first procedure)
  3. Conversão para cirurgia aberta
21
Q

Artéria cística é ramo de qual artéria

A

Artéria hepática direita

22
Q

Principais agentes da colecistite aguda

A

Gram-negativos entéricos: E. coli, Klebsiella e Enterobacter

Gram-positivo: Enterococcus

23
Q

Paciente pós-CVL de colecistite complicada com empiema, apresentando febre e dor localizada em HD, anictérica
a) Hipótese
b) Conduta

A

a) Abscesso hepático piogênico

b) Drenagem percutânea guiada por TC + ATB (ceftriaxone + metronidazol)

24
Q

Paciente pós-CVL com dor em HD, icterícia e aumento de FA e GGT: hipótese

A

Coledocolitíase residual

25
Q

Paciente pós-CVL com dor abdominal difusa intensa, febre e taquicardia: hipótese

A

Lesão iatrogênica de via biliar –> coleperitônio

26
Q

Paciente pós-CPRE com dor em andar superior do abdome, náuseas, vômitos, febre e taquicardia, sem peritonite, TC com ar na cavidade abdominal e coleções líquidas retroperitoneais: hipótese

A

Perfuração duodenal retroperitoneal (simula pancreatite aguda) –> classificação de Stapfer

27
Q

Tumores periampulares

A

Cabeça do pâncreas
Colangiocarcinoma distal
Ampola de Vater
Segunda porção do duodeno

28
Q

Principal diagnóstico diferencial do CA de vesícula

A

Colecistite xantogranulomatosa

29
Q

Limites do triângulo de Calot

A

Ducto hepático comum
Ducto cístico
Borda hepática

30
Q

Conduta na coledocolitíase diagnosticada:
a) Antes da CVL
b) Intraoperatório
c) Após a CVL

A

a) CPRE + programar CVL na mesma internação

b) Explorar o ducto biliar ou programar a CPRE –> melhor desde que o cálculo não esteja impactado e for < 2 cm

c) CPRE (se não der, faz exploração biliar)

31
Q

Conduta quando a extração do cálculo de colédoco não for possível por CPRE ou exploração biliar - (cálculos > 1,5-2 cm)

A

Derivação biliodigestiva (anastomose coledocoduodenal)

32
Q

Exame padrão-ouro para neoplasias periampulares

A

TC de abdome com contraste

33
Q

Indicações de colecistectomia nos pólipos de vesícula

A

-Pólipo + cálculo
-Idade ≥ 50 anos + pólipo de 6-9 mm
-Tamanho > 1 cm
-Crescimento documentado na USG em 3-6 meses
-Colangite esclerosante associada
-Pólipo sintomático depois de afastadas outras causas
-Pólipo séssil (base ampla)

34
Q

Proliferação do epitélio de revestimento da vesícula e penetração através da camada muscular, que se encontra geralmente hipertrofiada

A

Adenomiomatose

35
Q

Conduta após perfuração da vesícula durante CVL

A

Aspirar a bile e realizar lavagem peritoneal abundante com soro fisiológico estéril

36
Q

Cistos de via biliar mais comuns

A

Tipo I (fusiforme) > tipo IV (múltiplos extra-hepáticos) > tipo III (coledococele)

37
Q

Fissura identificada durante a CVL que guia a visão crítica de Strasberg

A

Fissura de Rouviere

38
Q

Classificação de perfuração duodenal retroperitoneal pós-CPRE

A

Classificação de Stapfer:
-I: perfuração duodenal lateral
-II: perfuração duodenal medial
-III: lesão de vias biliares
-IV: pneumoretroperitônio, sem perfuração (pode observar se assintomático)