Proctologia Flashcards
Doenças proctológicas que cursam com sangramento
Hemorroida interna: indolor
Fissura anal: dolorosa
Doenças proctológicas que cursam com dor
Trombose hemorroidária externa: nódulo
Abscesso anorretal: abaulamento (flutuação ou não)
–> Não sangram, se sangrar pensa-se em fissura anal
Doenças proctológicas que cursam com orifício
Doença pilonidal: região sacrococcígea
Fístula anorretal: qualquer outra região
Sangramento anal indolor + prolapso: hipótese e diagnóstico
Hemorroida interna
Diagnóstico: clínico | colonoscopia se ≥ 45 anos
Classificação e tratamento de hemorroida interna
Grau 1: sem prolapso –> dieta, mudança de hábitos | escleroterapia se estiver sangrando
Grau 2: prolapso com redução espontânea –> ligadura elástica | escleroterapia com fenol 5% se anticoagulação/antiagregação
Grau 3: prolapso com redução manual –> hemorroidectomia | PPH (procedimento para prolapso hemorroidário): grampeamento → só se multimamilar
Grau 4: hemorroidectomia
Mista: hemorroidectomia
Tipos de hemorroidectomia
Aberta (Milligan-Morgan)
Fechada (Ferguson)
Paciente com hemorroida interna grau 2 usuário de AAS e clopidogrel: conduta
Escleroterapia com fenol 5%
Dor ao evacuar + sangramento no papel higiênico: hipótese e localização mais comum
Fissura anal aguda (< 6 semanas)
Local mais comum: linha mediana posterior
Fissura + plicoma anal sentinela + papilite hipertrófica
Fissura anal crônica (> 6 semanas)
Diagnóstico da fissura anal
Clínico | manometria anal para determinar técnica cirúrgica (fissura crônica) | sedoanalgesia com quetamina (fissura crônica agudizada)
Tratamento da fissura anal
Aguda: dieta anticonstipante + tratamento tópico → pomada anestésica (Proctyl)
Crônica:
-Inicial: tópico (diltiazem ou nitrato)
-Hipertonia: esfincterotomia lateral interna (padrão-ouro)
-Hipo ou normotonia: fissurectomia + rotação de retalho
Dor perianal + nódulo azul-violáceo: hipótese e tratamento
Trombose hemorroidária externa
Tratamento:
< 72 horas: excisão local (anestesia local)
≥ 72 horas: analgesia + venotônico (Diosmina/hisperidina) + banho de assento
Mista: hemorroidectomia
Dor perianal + abaulamento + sinais flogísticos + febre: hipótese, diagnóstico e tratamento
Abscesso anorretal
Diagnóstico: clínico +- RNM (abscesso complexo) +- sedoanalgesia
Tratamento: drenagem imediata cirúrgica (aberta) ou guiada por TC/USG +- ATB (celulite, sepse ou imunossupressão). Não colocar compressa morna!!
Tipos de abscesso anorretal
-Perianal (mais comum)
-Supraelevador (pelve): DDX com diverticulite
-Isquiorretal (nádega)
-Interesfincteriano (origem)
-Ferradura: secreção de um lado vai para o outro (em qualquer local)
Orifício na região sacrococcígea (linha mediana) + pus + pelos: hipótese e tratamento
Doença pilonidal
Tratamento:
-Assintomática: depilação a laser + evitar traumas
-Infecção/abscesso: drenagem aberta à beira-leito +- ATB
-Crônica: excisão cirúrgica total +- retalho de Limberg (deixa aberto) | Técnicas não invasivas: Moshe Gips e VAAPS (Video-Assisted Ablation of Pilonidal Sinus)
Orifício perianal + “ânus úmido” + secreção purulenta (fora da linha mediana): hipótese e tratamento
Fístula anorretal (cronificação do abscesso em 35-50%)
Tratamento:
-Simples < 3 cm (baixas = interesfincteriana e transesfincteriana baixa): fistulotomia / fistulectomia
-Complexa > 3 cm: fio de seton cortante (sedenho) | plug anal
-Processo infeccioso ativo: sedenho não cortante (drenar)
Diagnóstico e classificação de fístula anorretal
Diagnóstico: clínica +- RNM
Classificação de Parks:
-Interesfincteriana (mais comum)
-Transesfincteriana
-Supra-esfincteriana
-Extra-esfincteriana (menos comum)
Regra de Goodsall-Salmon (fístula anorretal)
Considera-se o paciente em posição genupeitoral (posterior = dorso / anterior = períneo)
-Posterior: trajeto curvilíneo
-Anterior: trajeto retilíneo
Abscesso anorretal + necrose até o testículo + crepitação local:
a) Hipótese
b) Tipo mais comum
c) Melhor exame
d) Conduta
a) Gangrena de Fournier
b) Tipo I (80%): polimicrobiano (Streptococcus, Staphylococcus, Enterococcus, Bacteroides)
c) TC/RNM de pelve (não é obrigatório)
d) Desbridamento cirúrgico precoce + ATB (ceftriaxone + clindamicina + metronidazol)
-Avaliar colostomia
-Reabordagem a cada 48h
-Curativo a vácuo ou Rayon
-Retalho miocutâneo após a resolução do quadro agudo
Camadas do esfíncter externo do ânus
Profunda
Superficial
Subcutânea