Síndromes Dispépticas Flashcards
Sinais de alarme na síndrome dispéptica e conduta
≥ 60 anos (ou ≥ 40 anos)
Disfagia/odinofagia
Perda de peso
Anemia
Vômitos persistentes
Sangramento digestivo
HF de 1º grau de CA do TGI
Icterícia
Massa abdominal
Linfadenopatia
Fatores de risco para esôfago de Barrett
Conduta: EDA
Alternativa para dispepsia funcional não responsiva a IBP
Antidepressivo tricíclico (amitriptilina)
Diagnóstico de DRGE
- Teste terapêutico com IBP por 8 semanas
- EDA: esôfago de Barrett | esofagite graus C ou D de Los Angeles | estenose péptica | úlcera esofágica
- pHmetria (padrão-ouro): TEA > 6% ou > 80 episódios/dia
Classificação de Los Angeles (esofagite)
Classificação de Los Angeles:
A: ≤ 5 mm (independe da quantidade)
B: > 5 mm
C: erosões contíguas < 75% do esôfago
D: erosões contíguas ≥ 75%
Conduta na DRGE sem melhora com medidas comportamentais + IBP por 8 semanas
Trocar IBP, dobrar dose, uso crônico ou sob demanda
Vonoprazana
DRGE refratária ao tratamento clínico, uso crônico de IBP ou complicações (estenose péptica/úlcera esofágica): conduta
Fundoplicatura de Nissen (360º) = válvula antirrefluxo
Conduta pré-operatória na DRGE
pHmetria + esofagomanometria
Dismotilidade esofágica na manometria pré-operatória de DRGE: conduta
Fundoplicatura parcial: Dor, Thal e Pinotti (anterior) | Lind e Toupet (posterior).
Tratamento do esôfago de Barrett
Uso crônico de IBP +
-Sem displasia: EDA a cada 3-5 anos
-Displasia baixo grau: ablação endoscópica ou EDA a cada 6-12 meses
-Displasia alto grau (CA in situ): ablação endoscópica
-Adenocarcinoma invasivo: T1a = ressecção endoscópica / demais estágios = esofagectomia.
Úlceras pépticas múltiplas e refratárias, diarreia, emagrecimento, sem evidência de H. pylori ou uso de AINES
Gastrinoma (síndrome de Zollinger-Ellison)
Tratamento de úlcera péptica
ABC:
-Questionar/suspender AINE
-Bactéria: testar e tratar H. pylori (CAO): claritromicina 500 mg 2x/dia + amoxicilina 1 g 2x/dia + omeprazol 20 mg 2x/dia por 14 dias
-Cicatrização: IBP 4-8 semanas (ou vonoprazana)
Controle de cura da úlcera péptica
Úlcera gástrica: nova EDA após 8-12 semanas
H. pylori: testar novamente após 4 semanas (não usar sorologia!!!)
Indicações de tratamento cirúrgico de úlcera péptica
Refratariedade ou complicações (hemorragia, perfuração ou obstrução)
Conduta diante de úlcera péptica perfurada
< 2 cm: rafia + patch de omento (Graham)
≥ 2 cm:
-Gástrica: cirurgia definitiva
-Duodenal: exclusão pilórica ou patch de serosa jejunal
Classificação de Johnson (úlcera péptica)
Classificação de Johnson:
Hipercloridria
-Duodenal
-Gástrica tipo II: corpo gástrico
-Gástrica tipo III: pré-pilórica
Hipocloridria
-Gástrica tipo I: pequena curvatura baixa (mais comum!!!)
-Gástrica tipo IV: pequena curvatura alta
-Gástrica tipo V: AINE (qualquer lugar)
Tratamento cirúrgico para úlcera duodenal
Hipercloridria = vagotomia
-Vagotomia troncular + piloroplastia
-Vagotomia troncular + antrectomia + reconstrução
-Vagotomia superseletiva (gástrica proximal)
Tratamento cirúrgico para úlcera gástrica
Tipo I: antrectomia + BI
Tipo II: vagotomia troncular + antrectomia + BII
Tipo III: vagotomia troncular + antrectomia + BII
Tipo IV: gastrectomia subtotal + Y de Roux
Opções de reconstrução do trânsito intestinal no tratamento de úlcera péptica com antrectomia/gastrectomia
Billroth I: gastroduodenostomia
Billroth II: gastrojejunostomia + alça aferente
Y de Roux: gastrojejunostomia + entero-enteroanastomose (sem alça aferente)
Paciente pós-gastrectomia com reconstrução do TGI apresentando distensão intestinal 15-30 min após a alimentação, associada a dor/náuseas/diarreia e taquicardia/rubor/palpitação
Síndrome de Dumping precoce
Paciente pós-gastrectomia com reconstrução do TGI apresentando sintomas de hipoglicemia 1-3 horas após a alimentação, que aliviam com a ingesta de carboidratos
Síndrome de Dumping tardia
Conduta na síndrome de Dumping
Medidas dietéticas
Paciente pós-gastrectomia com reconstrução do TGI apresentando dor abdominal contínua, sem alívio com vômitos biliosos: diagnóstico e conduta
Gastrite alcalina (mais comum em BII)
Conduta: transformar em Y de Roux | colestiramina?
Paciente pós-gastrectomia com reconstrução a Billroth II apresentando dor abdominal que piora com a alimentação e alivia com vômitos em jato: diagnóstico e conduta
Síndrome da alça aferente (só BII)
Conduta: transformar BII em Y de Roux
Tipos de hérnias de hiato
Tipo I: deslizamento (JEG herniada + fundo gástrico normal) –> mais comum
Tipo II: rolamento (JEG normal + fundo gástrico herniado)
Tipo III: mista (JEG e fundo gástrico herniados)
Tipo IV: estômago + outras vísceras herniadas
Tratamento das hérnias de hiato
Tipo I: conservador (só corrige se for operar por DRGE)
Tipos II, III e IV: cirurgia se hérnia volumosa (> 5 cm) e/ou sintomática
Local mais comum do gastrinoma (síndrome de Zollinger-Ellison)
Primeira porção duodenal, no trígono do gastrinoma (trígono de pássaro): junção entre a 2-3ª porção duodenal + colo do pâncreas + ducto cístico
O gastrinoma está associado a qual condição?
Neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM-1): gastrinoma + adenoma de hipófise + adenoma de paratireoide
Diagnóstico do gastrinoma (síndrome de Zollinger-Ellison)
Gastrina > 1.000 pg/ml + pH gástrico < 2
TC de abdome ou cintilografia com octreotide (octreoscan) para localização e estadiamento
Tratamento do gastrinoma (síndrome de Zollinger-Ellison)
IBP em doses elevadas + enucleação tumoral
Metástase: ressecção hepática (principal local de metástase) | octreotide | QT
Indicações de remoção endoscópica de emergência (< 2 horas) após ingestão de corpo estranho
-Sintomas obstrutivos ou respiratórios
-Objetos de alto risco: baterias, pontiagudos, longos (> 5 cm) e imãs
-Objeto no esôfago por > 24h
Monitoramento após ingestão de corpo estranho (objetos sem risco)
Radiografia seriada semanal + remover se o objeto não tiver sido eliminado após 4 semanas ou se surgirem sintomas obstrutivos
Artéria com maior probabilidade de levar à hemorragia num contexto de úlcera perfurada na 1ª porção do duodeno
Artéria gastroduodenal (ramo da a. hepática comum)
Hérnias hiatais paraesofágicas
Tipos II (rolamento) e III (mista)
Conduta na obstrução por úlcera péptica
Dilatação endoscópica com balão –> cirurgia (gastrojejunostomia)
Critérios de Roma IV para dispepsia funcional
≥ 1 dos seguintes sintomas nos últimos 3 meses, com início ≥ 6 meses antes do diagnóstico, excluídas causas estruturais:
-Plenitude pós-prandial
-Saciedade precoce
-Dor ou queimação epigástrica
Ligamentos do estômago
Omento menor:
-Hepatogástrico
Omento maior:
-Gastrocólico
-Gastroesplênico
-Gastrofrênico
Ramos do tronco celíaco
Artéria gástrica esquerda
Artéria esplênica: artérias gástricas curtas e artéria gastro-omental esquerda
Artéria hepática comum: artéria hepática própria e artéria gastroduodenal
Irrigação da pequena e grande curvatura do estômago
Curvatura menor:
-Artéria gástrica direita: ramo da hepática própria (ramo da hepática comum)
-Artéria gástrica esquerda: ramo direto do tronco celíaco.
Curvatura maior:
-Artéria gastro-omental direita: ramo da gastroduodenal (ramo da hepática comum)
-Artéria gastro-omental esquerda: ramo da artéria esplênica
Drenagem venosa da pequena e grande curvatura do estômago
Curvatura menor: veias gástricas direita e esquerda → diretamente na veia porta
Curvatura maior:
-Veia gastro-omental esquerda: drena para a veia esplênica → veia porta
-Veia gastro-omental direita: drena para a veia mesentérica superior → veia porta
Tipos de linfadenectomia do estômago
Linfadenectomia à D1: retira até a cadeia 7 (linfonodos intimamente ligados ao estômago)
Linfadenectomia à D2: retira até a cadeia 12a
Inervação simpática e parassimpática do estômago
Simpática: plexo celíaco
Parassimpática:
-Nervo vago anterior: ramos gástricos anteriores, pilóricos e hepáticos
-Nervo vago posterior: ramos gástricos posteriores e celíacos