DIABETES MED MOB Flashcards
DIABETES : DEFINIÇÃO
A diabetes mellitus (DM) é um distúrbio que leva ao aumento patológico dos níveis de glicose e a graus variados de resistência periférica à ação da insulina. A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é a mais comum, correspondendo a 90% dos casos. Já a diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica, causada pela deficiência de insulina após a destruição das células beta pancreáticas, com maior incidência na infância.
QUAL AÇÃO DA INSULINA E CONTRA INSULINICOS?
QUADRO CLÍNICO DM?
A maioria dos pacientes com DM é assintomática no início da doença, cujo diagnóstico é feito, geralmente, através de exames laboratoriais de rotina.
Os sinais e sintomas mais comuns são:
· Poliúria;
· Polidipsia;
· Polifagia;
· Noctúria;
· Perda de peso inexplicável;
· Turvação visual.
Em casos raros, os pacientes com DM2 podem abrir o quadro com complicações agudas, como:
· Estado hiperosmolar hiperglicêmico (EEH).
· Cetoacidose diabética (CAD).
Já os pacientes com DM1 costumam apresentar quadro clínico bastante sugestivo, com poliúria, perda ponderal, polidipsia e polifagia. A cetoacidose diabética (CAD) é a segunda forma mais comum de apresentação de DM1, sendo o quadro inicial da DM1 em cerca de 30% dos casos. Os sintomas são semelhantes aos da DM1, porém geralmente são mais graves do que aqueles encontrados em pacientes sem acidose. Além das manifestações clínicas clássicas, os pacientes com CAD podem apresentar hálito cetônico e alterações neurológicas, como sonolência e letargia.
CLASSIFICAÇÃO DM
Classificação da diabetes:
· Diabetes tipo 1: imunomediado ou idiopático;
· Diabetes tipo 2;
· Diabetes gestacional;
· Outros tipos de Diabetes:
Defeitos monogênicos na função das células beta: MODY (Mature Onset Diabetes of the Young), diabetes neonatal transitório ou permanente e diabetes mitocondrial;
Defeitos genéticos na ação da insulina: síndrome de resistência à insulina tipo A, leprechaunismo, síndrome de Rabson-Mendenhall e diabetes lipoatrófico.
Doenças do pâncreas exócrino: pancreatite, trauma ou pancreatectomia, neoplasia pancreática, fibrose cística, hemocromatose e pancreatopatia fibrocalculosa.
Associado a endocrinopatias;
Secundário a drogas;
Secundário a infecções;
Formas incomuns de DM;
Outras síndromes genéticas associadas ao DM.
DIAGNÓSTICO DE DM
De acordo com as últimas diretrizes de Diabetes da SBD (2024), o diagnóstico de diabetes mellitus (DM) deve ser estabelecido pela identificação de hiperglicemia. Para isto, podem ser usados a glicemia plasmática de jejum, o teste de tolerância à glicose oral (TTGO) de 1 hora e 2 horas, a glicemia ao acaso + sintomas e a hemoglobina glicada (A1c). Em algumas situações, é recomendado rastreamento em pacientes assintomáticos.
QUAIS SÃO OS CRITERIOS LABORATORIAIS PARA DIAG DE DM E PRÉ DM ?
DE ACORDO COM A NOVA DIRETRIZ COMO O DIAGNÓSTICO DA DM PODE SER CONFIRMADO?
Atenção: de acordo com a nova diretriz de diabetes da SBD (2024), o diagnóstico agora pode ser confirmado também pelo TTGO 1 hora ≥ 209 mg/dL.
SOMENTE UM TESTE É SUFICIENTE PARA DIAGNÓSTICO DE DM ?
O diagnóstico só deve ser feito após a repetição dos exames laboratoriais com manutenção dos níveis glicêmicos alterados. Entretanto, o diagnóstico deve ser considerado caso o paciente apresente glicemia de jejum ≥ 126mg/dL + HbA1c ≥ 6,5% na mesma amostra de sangue.
Importante: outra forma de diagnóstico de DM é a presença de sintomas inequívocos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso inexplicada, desidratação) associados à glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl.
QUANDO É COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO DM 1 ?
Diagnóstico de DM1:
Geralmente é feito antes de 20 anos (10-15 anos na média) e comumente possui início abrupto, sintomático (emagrecimento, poliúria e/ou polidipsia). Na maior parte dos casos, a glicemia encontra-se acima de 200 mg/dL e existe a presença de autoanticorpos positivos (anti-GAD, ICA, IA2, IAA e anti-ZNT8), além de peptídeo C indetectável ou muito baixo. A DM1 não responde aos antidiabéticos orais, sendo necessário o uso de insulina. A doença costuma coexistir com outras doenças autoimunes, como a doença tireoidiana autoimune e a insuficiência adrenal.
CRITÉRIOS PARA RASTREAMENTO DE DM ?
Rastreamento de DM:
O rastreamento de acordo com a ADA e a SBD, o rastreamento é indicado para:
Idade acima de 35 anos: todos;
Idade abaixo de 34 anos com sobrepeso ou obesidade, e mais um fator de risco:
História familiar de DM2 em parente de primeiro grau.
História de doença cardiovascular;
HAS;
HDL abaixo de 35 mg/dL;
Triglicerídeos acima de 250mg/dL;
Síndrome dos ovários policísticos;
Acantose nigricans;
Sedentarismo
Pré-diabetes em exames prévios;
Diabetes gestacional prévio ou recém-nascido grande para a idade gestacional;
Questionários FINDRISC alto ou muito alto.
É RECOMENDADO utilizar a glicemia de jejum e/ou a HbA1c como primeiros testes de rastreamento de DM2. Já naqueles com pré-diabetes, definido previamente por glicemia de jejum e HbA1c, é recomendado a realização do TTGO-1h para diagnóstico de casos de DM2 não anteriormente detectados (se maior ou igual a 209 mg/dL) ou para predizer risco futuro de DM2 (se maior ou igual a 155 mg/dl e menor do que 209 mg/dl).
AVALIAÇÃO DE RISCO PARA DM
FREQUENCIA DE REPETIÇÃO DE RASTREAMENTO DM CONFORME A SITUAÇÃO CLÍNICA APRESENTADA NA INVESTIGAÇÃO INICIAL
Abordagem geral da DM:
O controle glicêmico é decisivo para a prevenção das complicações micro e macrovasculares do DM. Grandes ensaios como o UKPDS, ADVANCE e DCCT mostraram que reduzir a HbA1c para níveis abaixo de 7% promove diminuição dos desfechos microvasculares (retinopatia, doença renal e neuropatia). O UKPDS mostrou que a cada redução de 1% na HbA1c ocorre diminuição de risco de 14% de IAM e de 12% em AVE fatais e não fatais.
Metas no tratamento da DM:
CLASSIFICAÇÃO DO IDOSO COM RELAÇÃO AS COMORBIDADES , ESTADO FUNCIONAL E COGNITIVO
COMO DEVO SOLICITAR A HBA1C ?
A vida média da hemácia é de 3-4 meses e esse é o período para avaliar a HbA1c. Deve-se solicitar a hemoglobina glicada ao menos duas vezes ao ano ou a cada 3 meses caso não atinja o alvo ou tenha o esquema alterado.
Qual a importancia do controle do nivel glicemico?
O controle glicêmico é decisivo para a prevenção das complicações micro e macrovasculares do DM. Grandes ensaios como o UKPDS, ADVANCE e DCCT mostraram que reduzir a HbA1c para níveis abaixo de 7% promove diminuição dos desfechos microvasculares (retinopatia, doença renal e neuropatia). O UKPDS mostrou que a cada redução de 1% na HbA1c ocorre diminuição de risco de 14% de IAM e de 12% em AVE fatais e não fatais.
Comente sob aspectos gerais DM 2 , prevalencia.
A DM2 é o tipo mais comum de diabetes, sendo também uma das doenças mais prevalentes na população adulta, atingindo 9,3% das pessoas entre 20 e 79 anos.