CIR - ESÔFAGO + ESTOMAGO Flashcards

1
Q

Quais os principais fatores que devem levar a investigação endoscópica em pacientes com dispepsia?

A
  • Idade > 45 anos;
  • História familiar de CA do TGI;
  • Pacientes sem resposta ao IBP;
  • Recidiva após suspensão do IBP;
  • Perda de peso;
  • Anemia;
  • Disfagia;
  • Icterícia;
  • Gastrectomia prévia;
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2
Q

Como utilizar os critério de ROMA IV para diagnóstico de dispepsia funcional?

A

É necessário que existam essas 3 queixas, que ela ocorram pelo menos 3 vezes por semana nos últimos 3 meses, tendo se iniciado há 6 meses.

  • Plenitude pós prandial
  • Saciedade precoce
  • Dor em queimação epigástrica sem evidência de disfunção estrutural.
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3
Q

Descreva a localização das úlceras gástricas.

A

Tipo 1 - úlcera na pequena curvatura do estômago.
Tipo 2 - úlcera no corpo gástrico + úlcera duodenal.
Tipo 3 - úlcera pré pilorica.
Tipo 4 - úlcera proximal, junto da transição esofagogástrica.
Tipo 5 - úlcera relacionada ao uso prolongado de AINE (pode ser difusa no território gástrico).

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4
Q

Quais as úlceras hiperclorêmicas?

A

As tipo 2 e 3.

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5
Q

Qual quadro típico que caracteriza a úlcera duodenal?

A

São úlceras que dói de noite.

Dói, come, passa e dói novamente.

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6
Q

Quais úlceras devem ser biopsiadas?

A

Todas, menos a duodenal.

O CA gástrico pode se apresentar como uma úlcera.

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7
Q

O que é acalásia e qual sua progressão?

A

É uma dificuldade de relaxamento do EEI.

Com o passar do tempo resulta em hipertensão luminal, dilatação e aperistalse ou peristalse anormal.

Atenção: como o esôfago não tem a camada serosa, seu diâmetro pode aumentar bastante.

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8
Q

Qual a lógica da acalásia ser uma condição pre maligna?

A

Pois a fermentação de alimentos não digeridos provoca irritação da mucosa, podendo levar a neoplasia.

O carcinoma de células escamosas é o mais relacionado.

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9
Q

O que é sinal do bico do pássaro ou chama de vela?

A

Mostra estreitamento importante do EEI e está relacionado com a acalásia.

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10
Q

Qual os achados da manometria que falam a favor da acalásia? (é o padrão ouro).

A
  • Hipertensão do EEI (>35 mmHg);
  • EEI que não relaxa com a deglutição;
  • Corpo esofagiano hipertenso;
  • Contrações esepelhadas com peristaltismo disfuncionante;
  • Ondas de baixa amplitude.
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11
Q

O que é o POEM?

A

Miotomia endoscópica perioral.

É fazer a secção da camada circular interna do EEI, que é a camada mais forte.

Vale lembrar que a camada longitudinal externa permanece preservada.

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12
Q

Como tratar a acalásia de acordo com seu grau (classificação de Mascarenhas)?

A
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13
Q

O que é o divertículo de Zenker?

A

Ume herniação da mucosa e submucosa (divertículo falso) pelo triângulo de Killian.

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14
Q

Onde está localizado o triângulo de Killian?

A

Está localizado entre as fibras do músculo faríngeo inferior e o cricofaríngeo.

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15
Q

O que é Anel de Schatzki?

A

É um estreitamento de toda a circunferência esofágica, sendo geralmente mais distais, estando associado à TEG/DRGE.

É a principal causa de afagia.

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16
Q

O que é o DRGE?

A

Uma condição associada com uma baixa pressão basal do EEI, que cursa com relaxamentos transitórios e frequentes.

Também pode estar associado com hérnias de hiato.

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17
Q

Qual a relação da hérnia de hiato com a formação do DRGE?

A

O normal é ter a junção esofagogástrica ao nivel do diafragma.

A herniação desse conteúdo pode contribuir para a formação do DRGE.

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18
Q

Cite os tipos de hérnia de hiato?

A

Tipo 01 - Deslizamento, onde a junção está acima do diafragma.
Tipo 02 - Rolamento, onde está no nível do diafragma mas existe conteúdo herniário.
Tipo 03 - Mista (01+02).
Tipo 04 - Apresenta herniação de outras estruturas.

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19
Q

Como fazer o diagnóstico da DRGE?

A

Primeiro se faz o teste diagnóstico com IBP por 4-12 semanas, avaliando a melhora clínica.

A pHmetria (padrão ouro) é positiva quando > 7% das medidas estão com pH < 4,0.

Geralmente é feita em pacientes não responsivos ao IBP e em pacientes pré operatório de cirurgia (ter certeza).

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20
Q

O que é esôfago de Barret?

A

É a substituição do epitélio esofágico (escamoso) pelo intestinal (colunar).

Na endoscopia tem-se o epitélio cor salmão.

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21
Q

O que indica a presença de células caliciformes na biópsia com EDA?

A

Esôfago de Barret.

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22
Q

Como é a terapêutica do esôfago de Barrett de acordo com o grau de displasia?

A

Sem displasia - EDA a cada 3/5 anos;

Displasia baixo grau - EDA (6 a 12 meses) ou terapia endoscópica.

Displasia alto grau - Esofagectomia distal ou terapia endoscópica.

Adenocarcinoma - Esofagectomia.

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23
Q

Características câncer escamoso de esôfago.

A

Associado com:
- Etilismo e tabagismo;
- Acalasia;
- Tilose palmo plantar;
- Doença autossômica dominante.

Geralmente acomete 1/3 médio do esôfago.

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24
Q

Qual a condição maligna que está intimamente relacionada com o Barret?

A

Adenocarcinoma.

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25
Qual o significado de uma terceira onda presente na esofagometria?
Denota uma patologia. O normal é se ter uma onda primária na deglutição e uma onda secundária que empurra o alimento em direção ao EEI.
26
Qual o exame de escolha para avaliar o esvaziamento gástrico?
A cintilografia. No exame normal há presença de contraste no estôago em tempo 0, 30 minutos depois chega no duodeno, 60 minutos depois já saiu totalmente do estomago e 120 minutos depois está no intestino.
27
Até que grau de acálasia podemos considerar a cirurgia de Heller?
Grau III.
28
Qual a principal artéria lesada nas úlceras duodenais posteriores?
Artéria gastroduodenal.
29
Qual o achado isolado mais comum dos tumores neuroendócrinos?
A diarreia. Está presente em até 80% dos casos.
30
Qual quadro clínico do Divertículo de Zenker?
- Disfagia; - Massa cervical; - Halitose (acúmulo de alimentos); - Regurgitação de alimento não digerido; - Acúmulo de contraste em região cricoide no enema baritado de esôfago; - Aspiração.
31
O que consiste disfagia de transferência?
É a dificuldade de transferir o alimento da boca para o esôfago. O paciente se engasga.
32
O que consiste a disfagia de condução?
É a dificuldade de transferir o alimento do esôfago para o estômago. O paciente se entala.
33
Qual a principal causa de Acalásia?
Degeneração do plexo de Auerbach. Pode ser causada por estresse, trauma, Doença de Chagas.
34
Qual o quadro clínico da Acalásia?
- Disfagia de condução; - Regurgitação; - Perda de peso.
35
Como fazer o diagnóstico da Acalásia?
- Esofagograma baritado: Imagem de "bico de pássaro" ou "chama de vela" (mostra EEI estreitado). - Manometria do esôfago: Mostra hipertensão do EEI (>35), sem relaxamento adequado, contrações espelhhadas.
36
Como se dá a classificação de Mascarenhas e Rezende para a acalásia?
O achado radiológico de "Bico de pásssaro" ou "chama de vela" remetem ao grau III.
37
Em que consiste a Miotomia de Heller?
É o procedimento cirúrgico mais efetivo para tratamento da acalásia até grau III. Consiste em ressecar a camada circular interna e a camada longitudinal externa do EEI. Como consequência, pode gerar um relaxamento excessivo do EEI, predispondo a refluxos. Por isso, se faz a fundoplicatura PARCIAL Toupet (270º posterior) ou Dor (180º posterior).
38
Quando a esofagectomia está indicada nos casos de acalásia?
No grau IV. - Paciente com megaesôfago; - Casos refratários a miotomia; - Estenose importante; - Câncer esofágico.
39
Quais são os 03 tipos de divertículos esofagianos?
- Divertículo de Zenker (falso); - Divertículo parabrônquico (verdadeiro); - Divertículo epifrênico (falso).
40
Qual a epidemiologia característica do Divertículo de Zenker?
- Homem; - Idoso; - Quadrante posterior esquerdo do esôfago.
41
Qual a localização do divertículo epifrênico e parabrônquico?
- Epifrênico: no terço distal do esôfago. - Parabrônquico: no terço médio do esôfago.
42
O que é o esôfago em quebra nozes?
É quando temos a hipertrofia da camada muscular esofágica e ondas peristálticas de grande amplitude ( >180 mmHg).
43
Como se dá a classificação de Chicago para a Acalásia?
Classificação realizada através da manometria em que se avalia aperistalse e relaxamento do esôfago em relação ao EEI. Não é uma classificação progressiva (onde o quadro piora). Aqui prestar atenção nas palavras-chave.
44
Como se dá a classificação de Los Angeles na DRGE?
É uma classificação das erosões na DRGE.
45
Qual a base terapêutica da DRGE?
- MEV (evitar líquidos antes e depois das refeições, elevar cabeceira, perder peso, exercício físico, etc); - IBP por 4-12 semanas; - Se resposta insatisfatória, dobrar a dose (objetivo é deixar a menor dose possível para paciente assintomático); - Tratamento cirúrgico se refratariedade, impossibilidade de tratamento clínico ou paciente muito jovem.
46
Quais os tratamentos cirúrgicos possíveis para tratamento da DRGE?
Fundoplicaturas. - Nissen 360º ou parcial; - Dor-Thal (parcial-anterior); - Lind-Toupet (parcial-posterior).
47
Como se dá a progressão da doença no esôfago de Barret?
Metaplasia Intestinal >> Displasia de Baixo grau >> Displasia de Alto grau >> Neoplasia (adenocarcinoma).
48
Qual achado na EDA sugere Esôfago de Barret?
Epitélio na cor salmão. O diagnóstico é fechado através da biópsia (células caliciformes).
49
Qual úlcera geralmente dói a noite?
A úlcera duodenal.
50
Quais os principais fatores de risco / etiologia para a doença ulcerosa péptica?
- H. pylori; - AINES; - Síndrome de Zollinger-Ellison.
51
Como se distribui a epidemiologia da doença ulcerosa péptica?
- Duodenal: pessoas mais jovens; - Gástrica: pessoas > 40 anos.
52
Qual o quadro clínico típico da úlcera gástrica?
Paciente que sente dor em região epigástrica após comer, ingerir alimento.
53
Como deve ser feita a investigação e seguimento de cura da infecção pelo H. pylori?
- Sorologia ELISA (não serve como controle de cura); - Teste de ureia respiratória - Teste da urease (serve como controle de cura); - Pesquisa de antígeno fecal; - Biópsia.
54
Qual a base terapêutica da doença ulcerosa péptica?
- IBP por 4-8 semanas; - ATB por 7-14 dias (Claritromicina + Amoxicilina ou Metronizadol); - Tratamento cirúrgico, quando indicado.
55
Quais os 02 tipos de tratamento cirúrgico que podem ser aplicados para tratamento da úlcera duodenal?
- Vagotomia troncular com piloroplastia; - Vagotomia troncular com antrectomia (Billroth I ou II).
56
Qual o tratamento cirúrgico preconizado para tratamento das úlceras gástricas tipo: I: II e III: IV:
I: Antrectomia II e III: Vagotomia + antrectomia IV: gastrectomia subtotal + Y de Roux.
57
Qual medida tomar diante das principais complicações das úlceras: - Sangramentos: - Perfurações:
- Sangramentos: EDA + IBP + Estabilização - Perfurações: Ulcerorrafia com patch + IBP OU Tratamento cirúrgico indicado Algumas questões trazem que se paciente estável, com bom acesso a serviço de saúde e quadro leve, pode-se ter tratamento conservador.
58
Ingestão excessiva de alimentos condimentados tende a ser um fator de risco para H. pylori. V ou F?
Falso. Alimentos condimentados tendem a ter menor proliferação bacteriana devido ao alto teor de sal que possuem.
59
Cite alguns fatores de risco para infecção pelo H. pylori.
- Consumo de água não potável; - Residência em situação de aglomeração; - Exposição a conteúdo gástrico de pessoas colonizadas.
60
Quais as 03 regiões de estreitamento (constricção) do esôfago?
- No músculo cricofaríngeo (EES); - Na passagem região aórtica (broncoaórtica); - Diafragmática.
61
Quando temos indicação de realizar o tratamento cirúrgico na DRGE?
- Refratariedade ou controle insatisfatório com IBP; - Impossibilidade de fazer tratamento clínico; - Opção pessoal; - Pacientes jovens. Questão: Questões geralmente trazem paciente jovem, já em uso de IBP e que persistem com sintomas.
62
Cite algumas condições que são recomendações inequívocas para realizar a erradicação do H. pylori.
- Linfoma MALT; - Após gastrectomia por adenocarcinoma gástrico; - Úlcera gástrica; - Uso prolongado de AINE em paciente com passado de úlcera péptica. Questão: Trouxe dispepsia não ulcerosa como uma recomendação, o que está errado.
63
Quais os principais fatores de risco para o esôfago de Barret?
- Sexo masculino; - Raça branca; - História familiar; - idade > 50 anos; - DRGE erosiva; - Obesidade abominal.
64
Qual pode ser uma conduta preconizada nos pacientes com Barret e displasia de baixo grau?
Repetir a biópsia após 8 a 12 semanas da terapia antissecretora agressiva (dose dobrada de IBP). Objetiva-se confirmar a displasia de baixo grau e recomendar ressecção endoscópica ou seguimento anual.
65
O refluxo gastroesofágico é um processo fisiológico normal, que ocorre em todas as pessoas. V ou F?
Verdade.
66
Qual a posologia ideal do IBP quando se deseja aumentar a dose?
40 mg 2x/dia.
67
Defina os procedimentos de reconstrução: - Billroth I: - Billroth II:
- Billroth I: Gastroduodeno-anastomose. - Billroth II: Gastrojeuno-anastomose.
68
Qual é a base terapêutica para tratamento de úlcera duodenal ativa?
- MEV; - Cessar tabagismo; - IBP. Questão: Paciente já fazia uso de IBP, a conduta então seria dobrar a dose. Alternativa: associar o Sucralfato ao IBP.
69
Qual é a cirúrgia antirrefluxo que costuma estar associada à Heller?
Toupet.
70
A pequena curvatura do estômago é irrigado por que artérias?
Gástrica esquerda + direita.
71
A grande curvatura do estômago é irrigado por que artérias?
Gastroepiplóicas direita e esquerda + Gástricas curtas.
72
A artéria gástrica esquerda é ramo do ___.
Tronco celíaco.
73
A artéria gástrica direita é ramo da ____.
Artéria hepática comum.
74
A artéria gastroepiplóicas direita é ramo da ____.
Artéria gastroduodenal.
75
Quais as duas artérias que se originam da artéria esplênica na irrigação do estômago?
Gastroepiplóicas esquerda + Gástricas curtas.
76
Enquanto que a veia gástrica esquerda é tributária da veia porta, a gástrica direita é tributária do sistema ázigos. V ou F?
Falso. Ambas são tributárias da veia porta.
77
O vago é um nervo eminentemente sensitivo, estando envolvido na secreção ácida, sem ter ação motora sobre o estômago. V ou F?
Falso. Basta lembrar que paciente que realizam vagotomia apresentam gastroparesia, com diminuição do peristaltismo.
78
O fundo fibrinoso é um achado que sugere benignidade em uma úlcera. V ou F?
Verdadeiro.
79
Cite alguns achados sugestivos de malignidade nas úlceras.
- Diferentes colorações; - Bordas elevadas; - Pregas assimétricas; - > 2,5 a 3 cm.
80
Disfagia e dificuldade de eructação são complicações clássicas da cirurgia de Nissen. A técnica Floppy Nissen sugere uma alternativa que visa melhorar esses efeitos. O que seria?
Se faz sutura mais frouxa, realizando apenas 03 pontos anteriores ao esôfago. Questão: Cobrou o local onde a sutura é posicionada, no caso, anteriormente.
81
Quais as condições que permitem um acompanhamento clínico para úlceras perfuradas?
- Paciente estável, pouco sintomático; - Úlcera pequena (< 2 cm); - Ausência de contaminação grosseira ou extravasamento; - Possibilidade de acompanhamento de perto (incluindo RX contrastado). As próprias estruturas abdominais tendem a tamponar o local.
82
O teste da urease é o melhor teste custo-efetivo para avaliar a eficácia do tratamento de erradicação do H.pylori. V ou F?
Falso. A antígeno fecal é o exame com melhor acurácia.
83
Qual é a úlcera gástrica mais comum?
A tipo I (pequena curvatura).
84
Quais os divertículos esofagianos que são gerados por pulsão? O que explica esse fato?
- Zenker; - Parafrênico. São os pseudodivertículos que são gerados pelo aumento da pressão no esôfago. Geralmente distúrbios de motilidade.
85
Qual o divertículo esofagiano que é gerados por tração? O que explica esse fato?
- Parabronquico. O divertículo verdadeiro. Tradicionalmente é aceito que decorram de reações inflamatórias intratorácicas ou intramediastinais (literaturas recentes falam também em distúrbios de motilidade).
86
A somatostatina é estimulada pela gastrina e colecistoquinina, tendo um dos seus efeitos ____.
A redução na secreção do HCl pelas células parietais, através da inibição da secreção de Gastrina. - **Gastrina:** É um hormônio produzido pelas células G do antro gástrico e do duodeno. Estimula a secreção de ácido clorídrico (HCl) pelas células parietais do estômago. - **Somatostatina:** É um hormônio inibitório produzido pelas células D no estômago, pâncreas e intestino. Ela reduz a secreção de vários hormônios, incluindo a gastrina. A somatostatina inibe a secreção de ácido clorídrico ao agir diretamente nas células parietais e ao reduzir a liberação de gastrina.
87
Durante uma antrectomia por doença úlcerosa péptica, quais células são retiradas?
A células G produtoras de gastrina. Essas células localizam-se no antro.
88
Em que consiste a técnica cirúrgica de Serra-Doria?
É uma possibilidade de técnica para o megaesofago avançado. Consite em ampla anastomose esofago-gástrica, gastrectomia parcial com Billroth II associada a Y de Roux.
89
O que são os pólipos de glândulas fúndicas?
São pólipos de natureza benigna, comumente associados aos pacientes com uso crônico de IBP.
90
Quais achados estão associados a doença de Ménétrier?
Gastropatia com hiperplasia das células do fundo gástrico. Geram hipocloridria com perdas de proteínas.
91
Qual a região do estômago onde mais comumente se localiza a colonização pelo H. pylori?
O antro gástrico. Nos casos em que se deseja avaliar a presença dessa bactéria, é essa a região a ser biopsiada.
92
Em que consiste a Síndrome de Zollinger-Ellison?
É a hipersecreção ácida gerada por um gastrinoma (tumor neuroendócrino). Tem quadro clínico com: Úlcera em duodeno + Múltiplas úlceras gástricas + Casos refratários.
93
Como pode ser feito o diagnóstico da Síndrome de Zollinger-Ellison?
- Dosagem de gastrina em jejum; - Teste da estimulação com secretina ou cálcio.
94
A sorologia para H. pylori deve ser feita em todos os pacientes com úlceras do TGI que não apresentem história de uso crônico de AINES, mesmo naqueles já infectados e tratados previamente. V ou F?
Falso. A sorologia não serve com controle de reincidiva, pois tende a permanecer positiva por muito tempo ou para sempre. Para avaliar uma suposta reinfecção pelo H. pylori, deve-se biopsiar o antro gástrico.
95
Quais os pacientes que tem indicação de realizar EDA na DRGE como primeira conduta?
- Maiores que 45 anos; - Passado de gastrectomia; - Sinais de alarme (perda de peso, massa palpável, hematêmese, pesquisa sangue oculto +); - História familiar em parentes de primeiro grau.
96
O IBP em dose padrão, por 08 semanas, cicatriza 86% dos pacientes com esofagite erosiva. V ou F?
Verdadeiro.
96
A obesidade é uma complicação do DRGE. V ou F?
Falso. A obesidade é uma causa de DRGE, mas não uma complicação. Complicações seriam: Estenoses, sangramentos, esofagites, aspiração.
96
O uso de IBP nos pacientes com esôfago de Barret é ineficaz e desnecessário. V ou F?
Falso. Evita a progressão da doença.
97
Qual é o principal fator de risco para disfagia permanente pós fundoplicatura de Nissen?
A presença de disfagia pré-operatória. Por isso, é importante realizar uma esofagomanometria para avaliar algum grau de disfunção no órgão prévia ao procedimento.
97
Qual é um importante efeito colateral dos IBP's?
Relação com a saúde óssea. Logo, paciente que apresentem reabsorção óssea importante, devem ter seu uso muito bem indicado e acompanhado.
98
Em uso de IBP, o teste da urease torna-se menos sensível. V ou F?
Verdade. Por isso, indica-se suspender o IBP 04 semanas antes de realizar o teste.
99
Nos casos do tratamento para H. pylori, torna-se obrigatória a realização de uma nova EDA pós tratamento adequado. V ou F?
Verdadeiro.
100
O retalho de Graham inclui a execução de um Y de Roux para fechamentos de grandes orifícios de perfuração (> 2,5 cm). V ou F?
Falso. O retalho de Graham baseia-se no fechamento do local de perfuração com o omento, não realizando a reconstrução em trânsito intestinal.
101
Diante do paciente com uma úlcera perfurada, podemos afirmar: Se paciente estável, pouco sintomático e acompanhado de perto (incluindo RX contrastado), podemos inicialmente indicar tratamento clínico dessa perfuração. V ou F?
Verdadeiro.
102
O divertículo de Zenker é formado pela fragilidade da parede anterior da hipofaringe. V ou F?
Falso. É formando pela fragilidade do triângulo de Killian.
103
Qual exame padrão ouro para diagnóstico do divertículo de Zenker?
Esofagografia baritada.
104
A principal queixa costuma ser _____.
Disfagia.
105
Quando pensar em esofagite eosinofílica?
Esofagite em paciente com queixa de disfagia (mais que pirose e regurgitação) + Biópsia esofagiana com achado de mais de 15 eosinófilos por campo. Paciente tembém costuma ter atopia (rinite alergica, por exemplo).
106
Cite um sinal/sintoma que não se configura sinal de alarme na avaliação do risco cirúrgico da DRGE.
Rouquidão. Questão SES-PE. Considerou sinais de alarme: - Vômitos; - Perda de peso; - Melena; - Disfagia. Tosse crônica e rouquidão seriam sintomas.
107
Quais os sintomas TIPICOS da DRGE?
- Regurgitação - Pirose Rouquidão, salivação frequente, pigarro, dor de ouvido, broncoespasmo, apneia, estridor, tosse, todos esses são atípicos.
108
Qual o teste com melhor custo efetivo para avaliar a eficácia do tratamento de erradicação do H. pylori?
Antígeno fecal. O teste da urease poderia ser uma opção, contudo apresenta menor acurácia.
109
O que remete a posição antálgica (Síndrome de Sandfer)?
É uma das complicações da DRGE.
110
Cite algumas complicações clássicas de DRGE.
- Posição antálgica (Síndrome de Sandfer); - Presença de úlceras; - Esofagite; - Infecções de repetição (aspiração pulmonar).
111
A pHmetria esofágica de 24 horas detecta episódios de refluxos não ácidos. V ou F?
Falso. Detecta refluxos ácidos.
112
Em lactente de 1 mês com suspeita de DRGE a USG esofágica é recomendada para avaliação clínica de rotina. V ou F?
Falso. Não é recomendada.
113
O exame contrastado do esôfago, estomago e duodeno é de baixo custo e fácil execução, mas inadequado para DRGE. V ou F?
Verdade.
114
Cite alguns sinais atípicos da DRGE.
- Rouquidão; - Salivação frequente; - Pigarro; - Dor de ouvido.
115
Qual é o pH gástrico ideal na prevenção de úlceras gástricas?
Acima de 4-5. No máximo até 5,5. Abaixo de 4,0 já existe risco aumentado. A profilaxia de ser feita com IBP nos primeiros dias do internamento e desmamado a posteriori.
116
Qual o grau da acalásia visualizado abaixo? Qual seria o melhor tratamento cirúrgico a ser proposto?
Acalásia grau III. Não se observa perda do eixo. Também é possível visualizar o sinal do "bico do pássaro". Heller + Fundoplicatura parcial a Toupet ou Dor.
117
Os procinéticos têm a propriedade de acelerar o esvaziamento gástrico, porém não tem ação sobre os relaxamentos transitórios do EEI. V ou F?
Verdade. Logo, conclui-se que eles não devem ser uma causa de DRGE.
118
Qual a localização mais comum das úlceras duodenais?
Na parte anterior do bulbo duodenal.
119
A associação com o H. pylori é maior na úlcera __(duodenal/gástrica)__.
Duodenal. Alguns autores falam que essa associação chega a 95%, enquanto que nas gástricas esse número é entre 70-80%.
120
Nos usários de AINES, a prevalência maior está na úlcera __(duodenal/gástrica)__.
Gástrica. AINES tem influência maior na prevalência das úlceras gástricas.
121
Os achados de erosões esofágicas ao exame endoscópico são menos comuns nas manifestações atípicas da DRGE. V ou F?
Verdade. Nas manifestações típicas, devemos esperar erosões em aproximadamente 1/3 dos casos. Nas manifestações atípicas, esse número é ainda menor.
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A monitorização do pH do esôfago pode documentar, mas não quantificar, o refluxo nos quadros de DRGE. V ou F?
Falso. Também pode quantificar, sendo inclusive o padrão-ouro para diagnóstico.
123
A úlcera gástrica pode ser tratada com rafia simples mais patch omental. V ou F?
Falso. Ela também deve ser biopsiada. Essa conduta é feita para as úlceras duodenais.
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A ____ é a terapia com mais impacto na prevenção das lesões gastroduodenais nos pacientes com indicação.
Erradicação do H. pylori.
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A obstrução é uma complicação rara na doença ulcerosa péptica, contudo, quando presente, prevalece na úlcera __(duodenal/gástrica)__.
Duodenal.
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Qual o principal tratamento indicado para H. pylori?
Amoxicilina ou Metronidazol + Claritromicia. Nos casos que não respondem, pode-se associar a Azitromicina.
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Cite alguns efeitos sistêmicos da Somatostatina.
- Bloqueia secreção pancreática de insulina e glucagon; - Bloqueia secreção exócrina do pâncreas; - Reduz peristaltismo gastroduodenal. - Reduz secreção de HCl gástrico. DICA: SomatostatOFF. Desliga tudo.
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Na estratégia de desprescrição do IBP, pode-se optar, com recomendação forte, por diminuir a dose do IBP ou modificar para um antagonista do receptor H2. V ou F?
Falso. Antagonista do receptor H2 não deve ser usado como terapia crônica, pois com o passar do tempo eles vão perder a sua potência.