Câncer de colo do útero Flashcards
Lesões pré invasivas do trato genital inferior
- Estão limitadas ao epitélio de revestimento
- Não invadem membrana basal
- NIC: maior incidência (crescimento anormal do cérvice - pré cancerigeno)
- NIVa, NIV, NIPA, NIA: história natural não tão conhecida. Relação com HPV
- Epitélio escamoso: NIC I e cervicite por HPV: LIESBG; NIC II, NIC II: LIESAG
- Epitélio colunar\glandular: única camada de células, adenocarcinoma in situ, adenocarcinoma
HPV E ONCOGÊNESE
- Vírus DNA, dupla hélice, capsídeo protéico: infecta células escamosas ou metaplásicas humanas
- Expressão gênica guarda relação com a diferenciação do epitélio escamoso (Zona de transformação)
- Potencial de oncogenicidade: alto risco e baixo risco
- 6, 11, 42, 43, 44: baixo risco, verrugas genitais e infecções subclínicas
- 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 56, 58, 66: alto risco. Infecção persistente risco câncer de colo uterino (99% dos casos)
- Tipos 16 e 18: 70% casos CA de colo uterino
- 6 e 11: verruga
- Cofatores na evolução: carga viral, imunidade local e sistêmica
- HPV de alto risco não é igual a Câncer
Transmissão
- Contato sexual: Pele, mucosas, líquidos corporais
- Transmissão orogenital e manual genital são possíveis
- Mais comum é a genital-genital
Fatores de risco para neoplasia
- Fatores de risco demográficos: etnia, pobres, idade crescente
- Fatores de risco comportamentais: sexo precoce, multiplicidade de parceiros, parceiro masculino com várias parceiras, tabagismo, deficiencias nutricionais
- Fatores de risco médicos: infecção no colo por HPV, hormonios exógenos (ACO), paridade, imunossupressão, rastreamento inadequado
Diagnostico
Lesões clinicas
Colpocitologia oncótica, colposcopia e histologia
Dx definitivo: DNA HPV
Testes DNA HPV: pacientes acima de 30 anos, pós tto
Verrugas, LIEAG (lesão de alto grau) e câncer dispensam DNA HPV
Tratamento lesões no TGI
- Lesões condilomatosas, neoplasia de alto grau ou câncer = tratar
- Alterações citológicas e histológicas de baixo grau e testes HPV-DNA positivos= não há “tratamento “
- Técnicas cirúrgicas:
- Excisão local
- Vulvectomia
Métodos destrutivos (químicos-físicos): - Eletrocauterização
- Criocauterização
- Vaporização a laser de dióxido de carbono
- Terapia fotodinâmica
- Ácido tricloroacético
- Podofilotoxina
- Podofilina
- Imiquimode
Abordagem da paciente com colpocitologia alterada INCA 2016
NICI ou HPV: citologia semestral por dois anos
NIC II ou NICIII: colposcopia =>EZT em lesões delimitadas, sugestivas de alto grau. Biópsia quando sugestivas de baixo grau
Adenocarcinoma in situ: colposcopia e avaliação endometrial >35 anos
Disseminação hematológica
Colposcopia e biópsia em casos suspeitos de invasão
Fluxograma - 25 a 30
Mulher entre 25 a 30 anos -> citologia oncótica -> negativa -> repete em 3 anos
-> positiva -> encaminhar para colposcopia
Fluxograma - 30 a 64 anos
Genotipagem para HPV - negativa repete em 5 anos
positiva 16\18 - colposcopia
positiva outros tipos - citologia
Fluxograma - 30 a 64 anos
Teste de HPV de alto risco - negativo - repete em 5 anos
positivo - citologia - negativa -> repete em 1 ano
- citologia - positiva -> colposcopia
Condutas de acordo com achados histológicos
NIC I: expectante, citologia e colposcopia semestral
NIC II e NICIII: EZT em colposcopia satisfatória, ou Conização em colposcopia insatisfatória
Doença invasiva: encaminhar para unidade alta complexidade
Cuidado em pacientes com prole não definida
Prevenção da infecção pelo HPV
Intervenções comportamentais e preservativos
Vacinas HPV:
Meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos
Portadores de HIV de 9 a 26 anos: três doses
Pessoas em tratamento câncer, radio e quimioterapia eficazes. Intensidade e duração da resposta? 5 anos ou permanente ?
Tetravalente (6, 11, 16 e 18), bivalente (16 e 18)
Mudanças na vacina
Em um ano: vacina contra 9 tipos vírus
OMS já recomenda: dose única, tetravalente, para meninos e meninas até 14 anos.
Fluxograma
- Possivelmente não neoplasico:
- < 25 anos: 3 anos
- 25-29 anos: 12 meses
- > 30 anos: 6 meses
CANCER DE COLO UTERINO
“O câncer de colo uterino é considerado evitável porque o estágio pré invasor é longo, existem programas de rastreamento, e o tratamento das lesões intraepiteliais é eficaz