Avaliação pós-operatória Flashcards
Tromboprofilaxia no pós-operatório
Primeiramente deve-se definir risco:
- Baixo risco:
1. Pacientes < 40 anos, sem fatores de risco
Fatores de risco inerentes ao paciente: prótese valvar, história de evento tromboembólico ou cardioembólico recentes, trombofilias, uso de ACO, neoplasias, restrição ao leito ou acamados, doença cardiovascular.
2. Cirurgias de baixo risco
Fatores de risco inerentes ao processo cirúrgico: politraumas, ortopédicas (p.ex., artroplastia de quadril, cirurgias de joelho), cirurgias oncológicas extensas, duração > 60 min.
Nesses casos preconiza-se tratamento não farmacológico apenas - deambulação precoce, meias elásticas compressivas, compressão pneumática intermitente.
- Alto risco:
1. Pacientes > 40 anos com múltiplas comorbidades
2. Cirurgias de alto risco ou de duração prolongada
Nos casos de alto risco, devemos indicar dupla profilaxia, com tratamento não farmacológico + tratamento farmacológico:
Heparina fracionada 5000 UI SC 12/12 h ou 8/8 h ou;
Enoxaparina 40 mg 1 vez ao dia
Anticoagulantes orais (p.ex., rivaroxabana 10 mg) por 30-35 dias - Situações de moderado risco, como as cirurgias de grande porte aplicadas em pacientes < 40 anos, sem comorbidades ou ainda procedimentos de baixo risco em pacientes > 40 anos e/ou portadores de fatores de risco importantes, devemos individualizar quanto à indicação de profilaxia mecânica isolada ou associada à farmacológica. Pode-se utilizar o escore de Caprini para definição da conduta. Pontuações > 3, normalmente apontam para cenários de alto risco.