Assistência ao trabalho de parto Flashcards
Quais são os quatro períodos do parto?
- Dilatação
- Expulsão
- Dequitação
- 4 período
O que deve ser feito ao entrar na unidade para parto?
Acolher a paciente, identificar alto risco ou risco habitual, verificar escassez de dados sobre o pré-natal e verificar problemas de saúde.
Quais são os objetivos do exame físico ao entrar na unidade para parto?
Determinar se necessita de internação, se está na fase ativa do trabalho de parto e se a paciente pode ser liberada.
Qual é o benefício de uma adequada assistência ao parto e ao nascimento?
Reduzir intervenções desnecessárias no processo de assistência ao parto vaginal e seus agravos.
Por que é importante uniformizar e padronizar as práticas na assistência ao parto?
Para promover um ambiente seguro e acolhedor para mãe e concepto.
O que é o trabalho de parto?
Um processo fisiológico que objetiva expulsar o feto, a placenta e as membranas para o exterior do útero através do canal de parto.
Quando se inicia e termina o primeiro período do parto?
Inicia-se com as contrações uterinas dolorosas que modificam a cérvix e termina com a dilatação completa do colo uterino.
Como se subdivide o primeiro período do parto?
Em fase latente e fase ativa
Quando pode-se fazer a indução do parto com Misoprostol intravaginal?
Durante o primeiro período, para amadurecer (amaciar) o colo do útero.
Quais são as características da fase latente do primeiro período do parto?
Contrações uterinas dolorosas, alguma modificação cervical, com dilatação < 4 cm, sem periodicidade adequada nas contrações e não deve haver internação nesta fase.
Quais são as características da fase ativa do primeiro período do parto?
Contrações uterinas dolorosas e regulares, dilatação cervical progressiva a partir de 4-5 cm (aceita-se 6 cm), mínimo de 2 contrações em 10 minutos, duração de 40-60 segundos.
Quando deve-se abrir o partograma?
Na fase ativa do primeiro período do parto.
Quando se inicia e termina o segundo período do parto?
Inicia-se com a dilatação completa e termina com a saída do feto.
Quando se inicia e termina o terceiro período do parto?
Inicia-se logo após o nascimento e termina com a expulsão da placenta.
Quando se inicia e quanto tempo dura o quarto período do parto?
Inicia-se após a dequitação placentária e persiste na primeira hora pós-parto.
Qual é a duração média do trabalho de parto ativo em primíparas?
Entre 8 a 18 horas, com uma média de 12 horas.
Qual é a duração média do trabalho de parto ativo em multíparas?
Entre 5 a 12 horas, com uma média de 6 a 8 horas.
Por que o partograma é importante?
Para a visualização de todo o processo do parto e para respaldar judicialmente o médico e a paciente.
O que a OMS enfatiza em relação ao trabalho de parto?
O foco é no trabalho de parto espontâneo, com mãe e feto saudáveis e parto eutócico.
A doula é considerada uma acompanhante?
Não, mas é bem-vinda.
Qual é a frequência recomendada para a ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF) durante a fase latente do primeiro período?
A cada 30 minutos.
Qual é a frequência recomendada para a ausculta dos BCF ao entrar na fase ativa?
A cada 15-30 minutos.
Qual é a frequência recomendada para a ausculta dos BCF durante o período expulsivo?
A cada 5 minutos.
Qual é a recomendação sobre os toques vaginais durante o trabalho de parto?
Intercalar e aumentar o período dos toques para evitar infecções.
Por que os opioides não são a primeira escolha para analgesia durante o parto?
Porque podem aumentar a sonolência, impactar no APGAR neonatal e causar náuseas e vômitos.
Qual é a recomendação sobre a ingestão de alimentos se há possibilidade de cesárea ou necessidade de anestesia geral?
Evitar alimentos com resíduos que podem fazer a paciente vomitar e aspirar, mas em geral não deve-se deixar a paciente em jejum.
Quando deve-se administrar ocitocina durante o parto?
Após a saída da cabeça do bebê, como profilaxia contra hemorragia.
Quando deve ser dado o banho no recém-nascido?
Não dar banho até 24 horas para evitar hipotermia.
A massagem perineal é recomendada durante o segundo período do parto?
Não, não se recomenda a massagem perineal durante o segundo período do parto.
O que pode ser considerado para o alívio perineal durante o segundo período do parto?
Aplicação de compressas mornas no períneo.
A aplicação de spray de lidocaína é recomendada para reduzir a dor perineal no segundo período do parto?
Não, não se recomenda a aplicação de spray de lidocaína.
Quais são as duas técnicas que podem ser utilizadas para facilitar o parto espontâneo?
A técnica de ‘mãos sobre’ e a técnica de ‘mãos prontas’.
O que deve ser feito se a técnica de ‘mãos sobre’ for utilizada?
Controlar a deflexão da cabeça e orientar à mulher para não empurrar nesse momento.
A episiotomia deve ser realizada de rotina durante o parto vaginal espontâneo?
Não, não deve ser realizada de rotina.
Se uma episiotomia for realizada, como deve ser feita?
De forma médio-lateral, originando na fúrcula vaginal e direcionada para o lado direito, com um ângulo do eixo vertical entre 45 e 60 graus, assegurando analgesia efetiva antes da realização.
Quais posições são desencorajadas no segundo período do trabalho de parto?
Posição supina, decúbito dorsal horizontal ou semi-supina.
Quais posições são incentivadas durante o segundo período do trabalho de parto?
Posições mais confortáveis, incluindo de cócoras, lateral ou quatro apoios.
O que deve ser feito para apoiar puxos espontâneos no segundo período do trabalho de parto em mulheres sem analgesia?
Evitar puxos dirigidos.
O que pode ser oferecido se o puxo espontâneo for ineficaz ou solicitado pela mulher?
Suporte, mudança de posição, esvaziamento da bexiga e encorajamento.
A manobra de Kristelle deve ser realizada no segundo período do trabalho de parto?
Não
O que é a manobra de Kristelle?
Técnica agressiva, que consiste em pressionar a parte superior do útero para acelerar a saída do bebê
Qual é a duração normal da fase ativa do segundo período do trabalho de parto para primíparas sem peridural?
0,5–2,5 horas.
Qual é a duração normal da fase ativa do segundo período do trabalho de parto para primíparas com peridural?
1–3 horas, podendo prolongar-se mais 1 hora.
Qual é a duração normal da fase ativa do segundo período do trabalho de parto para multíparas sem peridural?
Até 1 hora.
Qual é a duração normal da fase ativa do segundo período do trabalho de parto para multíparas com peridural?
Até 2 horas.
O que deve ser avaliado em caso de falha de progresso do segundo período?
Avaliar parto vaginal operatório se o nascimento não for iminente.
O que deve ser considerado em caso de contrações inadequadas durante o segundo período do trabalho de parto?
Considerar ocitocina ou amniotomia se as membranas estiverem intactas.
O que é amniotomia?
Rotura ou ruptura artificial das membranas ovulares através de um instrumento esterilizado inserido na cérvice por meio do toque vaginal
O que caracteriza o 3º período do parto, também conhecido como dequitação placentária?
Desde o nascimento da criança até a expulsão da placenta e membranas.
Qual é a duração média do 3º período do parto?
Duração média de 30 minutos.
O que envolve a conduta ativa no 3º período do parto?
Uso rotineiro de substâncias uterotônicas, clampeamento e secção precoce do cordão umbilical, e tração controlada do cordão após sinais de separação placentária.
O que a OMS orienta em relação ao clampeamento do cordão umbilical?
A OMS orienta para retardar o clampeamento se tudo ocorrer normalmente.
Quais são os pontos de observação rigorosa da mulher durante o 3º período do parto?
Condição física geral, coloração de pele e mucosas, respiração, sensação de bem-estar, perda sanguínea, acesso venoso calibroso e informação à puérpera sobre a situação e os procedimentos previstos.
Por que a conduta ativa é recomendada na assistência ao 3º período do parto?
Está associada com menor risco de hemorragia e necessidade de transfusão sanguínea.
O que envolve a monitorização materna nas primeiras 2 horas após o parto?
Monitorização de dados vitais, observação rigorosa de sangramento, avaliação da diurese espontânea, exame da placenta e membranas, avaliação precoce das condições emocionais e revisão do trajeto para detectar traumas ou lacerações.
Quais dados vitais devem ser monitorados a cada 30 minutos nas primeiras 2 horas pós-parto?
Temperatura, pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC)
O que deve ser observado rigorosamente em relação ao sangramento nas primeiras 2 horas pós-parto?
Lóquios e contração uterina, incluindo a avaliação de hipotonia uterina, atonia ou tônus normal.
O que deve ser avaliado na placenta e membranas após o parto?
Suas condições, estrutura, integridade e vasos umbilicais.
Por que é importante avaliar precocemente as condições emocionais da mulher após o parto?
Para entender a resposta emocional da mulher ao trabalho de parto e ao parto.
O que deve ser feito se houver necessidade de sutura de lacerações pós-parto
Realizar analgesia com infiltração de até 20 ml de lidocaína 1%, preferindo fio vicryl devido à sua melhor força tênsil e maior duração.
Quais são as características do fio vicryl que o tornam preferível para suturas pós-parto?
Resposta tecidual leve, absorção total em 60-90 dias, diminuição da dor a longo prazo.
O que deve ser avaliado em relação à micção nas primeiras 2 horas pós-parto?
Avaliar se a micção foi bem-sucedida
Quais são as indicações de parto instrumental que podem levar ao uso de fórceps?
Falha de progresso do 2º período do parto, ausência de segurança quanto ao bem-estar fetal, exaustão materna ou patologias cardíacas/pulmonares/neuromusculares associadas.
Quais são as condições necessárias para a aplicabilidade do fórceps no parto?
Colo totalmente dilatado, bolsa amniótica rompida, apresentação baixa (+2/+3 de Lee), posição cefálica em Occipito-púbico (OP) ou Occipito-sacro (OS), e bexiga vazia.
O que deve ser feito em relação à anestesia antes de realizar o parto instrumental com fórceps?
Idealmente, deve ser realizada anestesia regional. Se não estiver disponível, pode-se optar pelo bloqueio de pudendo associado à anestesia perineal local.
Como a paciente deve ser envolvida no processo antes do uso do fórceps?
Deve-se informar a paciente sobre cada etapa do procedimento e obter seu consentimento verbal.
O que fazer se não houver sucesso nas manobras anteriores antes de considerar o uso do fórceps?
Se não houver sucesso nas manobras anteriores, deve-se considerar a realização de uma cesariana.
Quando se deve considerar o uso de parto instrumental, incluindo fórceps?
Deve-se considerar o uso de parto instrumental, incluindo fórceps, se não houver segurança quanto ao bem-estar fetal ou se houver prolongamento do segundo período do parto.
O que fazer em relação à anestesia se a mulher recusar ou não estiver disponível para o parto instrumental com fórceps?
Mesmo nessas circunstâncias, deve-se oferecer anestesia, seja bloqueio de pudendo combinado com anestesia local do períneo, mesmo em caso de preocupação com o bem-estar fetal, ou se o tempo for limitado.