AC 1.6 - Pancreatite aguda Flashcards
Qual a principal causa de pancreatite aguda?
Pedras na vesícula (obstrução do ducto colédoco ou da papila duodenal)
Quais são os fatores de risco para o aparecimento de cálculo na vesícula?
- Mulheres
- Obesas
- Com mais de 50 anos
- Ingestão excessiva de gordura e álcool
Qual a segunda maior causa de pancreatite aguda?
Ingestão excessiva de álcool
Na avaliação do pct com dor abdominal, quais são os dados relevantes na anamnese?
- Região da dor e sua radiação
- Modo de inicio, progressão e episódios anteriores
- Tipo da dor (em cólica p. ex.)
- Piora e melhora da dor com algum fator
- sintomas associados (vômitos e diarreias)
Para que serve e como é feito o sinal de Murphy?
- Interrupção na inspiração na ao comprimir o ponto cistico na colecistite
- É feito para diagnóstico de colecistite

O que é o sinal do psoas e para que serve?
- paciente em decúbito dorsal levantando a coxa contra a resistência lateral; aumento da dor sugere irritação do músculo psoas por um processo inflamatório contíguo ao músculo.
- Sinal clássico sugestivo de apendicite

Quais exames laboratoriais devem ser solicitados em pacientes com dor abdominal aguda?

Com relação aos exames de imagem na dor abdominal.
O que pode ser visualizado na radiografia?
Útil em perfuração de vísceras, quando aparece pneumoperitônio e na suspeita de obstrução intestinal.
Apendicite: quadro clínico
- Dor periumbilical migrando para FID em ate 12h;
- vômitos e anorexia
Apendicite: exame físico
- Febre
- Dor e DB + em FID
Qual raciocínio diagnóstico para dor abdominal aguda em QSD?

Defina pancreatite aguda.
- Definida como uma inflamação aguda, decorrente da ativação precoce de enzimas ainda dentro da glândula.
- É uma doença inflamatória aguda do pâncreas secundária à autodigestão da glândula.

Etiologia da pancreatite aguda.
- Cálculos biliares
- Consumo de álcool
como cálculo causa a pancreatite aguda?
O cálculo passa pelo ducto biliar comum (ducto colédoco) e fica preso no esfíncter de Oddi, interrompendo o fluxo pancreático; com essa obstrução continuada da passagem desse líquido ocorre a ativação dessas enzimas, causando um intenso processo inflamatório pancreático.

Como o álcool causa a pancreatite aguda?
- A pancreatite alcoólica crônica é marcada por vários episódios recorrentes de pancreatite aguda, em geral, desencadeados após libação alcoólica.
- A patogênese da pancreatite aguda alcoólica é desconhecida, mas diversos fatores são implicados:
- Estímulo direto à liberação de grandes quantidades de enzimas pancreáticas ativadas;
- Contração transitória do esfíncter de Oddi;
- Lesão tóxica acinar direta do etanol ou de um metabólito;

Qual o valor de referência para considerar alguém etilista?
o indivíduo já é etilista inveterado (> 25 g etanol/dia segundo estudos recentes e > 100 g/dia classicamente) há pelo menos uns cinco anos (média de 15 anos).
Cite 3 causas de pancreatite aguda, além das já citadas.

Qual a Fisiopatologia da PA?
- Ativação prematura do tripsinogênio -> ativação seriada dos demais zimogênios e da fosfolipase A2 -> autodigestão do parênquima pancreático.
- Essa agressão inicial leva a complicações inflamatórias locais e ao desencadeamento de uma resposta inflamatória sistêmica.
- A migração de grandes contingentes de células inflamatórias para o pâncreas faz com que a agressão se perpetue e possa se generalizar.
Quadro clínico PA
- Pode ser desencadeada pela cólica biliar ou 1 a 3 dias após libação alcoólica
- dor em barra que irradia

Exame físico PA
Quadro leve
- Desconforto abdominal à palpação do epigástrio e do andar superior do abdome.
- É possível notar um plastrão (massa) inflamatório.
- Habitualmente, não são observados sinais de distensão abdominal ou descompensação hemodinâmica.
Exame físico PA
Quadro grave
- Paciente agudamente enfermo, com sinais de toxemia.
- Abdome doloroso e distendido com sinais de irritação peritoneal
- Alguns pacientes desenvolvem SIRS nas primeiras 48 horas.
- Sinais de Grey-Turner (equimose nos flancos) e Cullen (equimose periumbilical) refletem hemorragia intraabdominal em alguns pacientes.
- Outros sinais de gravidade incluem hipotensão, taquicardia, febre.

Como se dá o diagnóstico de pancreatite aguda?
- diagnóstico de pancreatite aguda se faz preenchendo 2 de 3 critérios:
- Dor abdominal em porção superior do abdome.
- Dor abdominal persistente, de forte intensidade, localizada no andar superior do abdome com irradiação para o dorso e associada a náuseas e vômitos.
- Amilase e lipase
- Aumento de enzimas pancreáticas séricas (> 3 vezes o limite superior da normalidade).
- Exame de imagem evidenciando alterações sugestivas de pancreatite aguda.
- Dor abdominal em porção superior do abdome.
Exames laboratoriais na PA
- Hemograma
- Função renal: Ureia e creatinina
- PCR
- Procalcitonina: mais sensível para o diagnóstico de infecção de necrose pancreática.
- Cálcio: Tanto hipocalcemia como a hipercalcemia podem ser causa de PA, embora a hipocalcemia seja mais frequentemente consequência e não causa da PA.
- Amilase sérica: exame mais utilizado para o diagnóstico de PA.
- Lipase sérica: amilase é a primeira a se elevar, porém a lipase é enzima mais específica para doenças pancreáticas.
- Transaminases (TGO e TGP): O aumento da alanina aminotransferase (ALT ou TGP) maior do que 3 vezes o limite superior da normalidade ou maior que 150 u/L tem valor preditivo positivo de 95% para diagnosticar a PA biliar.
- Triglicérides: importante para determinar a etiologia da PA e os níveis de triglicérides séricos acima de 1.000 mg/dL são geralmente necessários para serem considerados causa de PA.
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- As diretrizes da World Society of Emergency Surgery de 2019 consideram que amilase e lipase com valores 3 vezes acima do limite superior da normalidade são consideradas alteradas.
- Obs: TGP termina com P, avalia bem o Pâncreas.
Exame de imagem da PA
- USG: Devido ao tempo ideal para avaliação das complicações da PA ser após pelo menos 72 horas da apresentação, e o contraste poder ser potencialmente danoso, a ultrassonografia permanece como exame de imagem inicial;
- Porém, se existe dúvida diagnóstica, suspeita de necrose ou deterioração clínica, a TC passa a ser mandatória.



