AC 1.4 - Insuficiência cardíaca Flashcards
Edema pulmonar
explique o mecanismo de acúmulo de líquidos.
- A pressão hidrostática favorece a saída dos líquidos dos capilares para o interstício.
- A pressão oncótica, que é determinada pela concentração proteica do sangue, favorece a entrada dos líquidos nos vasos sanguíneos.
Qualquer alteração nesse balanço causa acúmulo de líquidos no pulmão.
Como é causado o edema pulmonar cardiogenico?
- As anormalidades cardíacas que aumentam a pressão venosa pulmonar alteram o equilíbrio de forças entre os capilares e o interstício.
- A pressão hidrostática aumenta e os líquidos saem dos capilares a uma taxa mais elevada, resultando em edema intersticial e, nos casos mais graves, em edema alveolar.
Quais são os primeiros sinais de edema pulmonar cardiogênico?
- Entre os primeiros sinais de edema pulmonar estão a dispneia aos esforços e a ortopneia
- O edema progressivo das vias respiratórias causa roncos e sibilos
O que é radiografia de tórax mostra no edema pulmonar cardiogênico?
As radiografias de tórax mostram espessamento peribrônquico, acentuação das tramas vasculares nas regiões superiores dos pulmões e linhas B de Kerley
Como é causado edema pulmonar não cardiogênico?
Com o edema pulmonar não cardiogênico, a quantidade de água dos pulmões aumenta em razão da lesão do revestimento dos capilares pulmonares com consequente extravasamento de proteínas e outras macromoléculas para os tecidos; os líquidos acompanham as proteínas à medida que as forças oncóticas são desviadas dos vasos para os tecidos pulmonares circundantes.
No edema pulmonar o que é possível perceber no exame físico?
Qual a diferença entre edema pulmonar cardiogênico e edema pulmonar não cardiogênico?
EAP CARDIOGÊNICO
- Exame físico
- Elevação das pressões intracardíacas → galope por B3, elevação do pulso venoso jugular, edema periférico
- Estertores e/ou sibilos à ausculta torácica
- Radiografia
- Aumento da silhueta cardíaca
- Redistribuição vascular
- Espessamento intersticial
- Infiltrados alveolares peri-hilares
- Derrames pleurais são comuns.
- Por fim, a hipoxemia associada ao edema pulmonar cardiogênico é atribuída principalmente à desproporção entre V̇/Q̇ e melhora com a administração de oxigênio suplementar.
Qual a diferença entre edema pulmonar cardiogênico e edema pulmonar não cardiogênico?
EAP NÃO CARDIOGÊNICO
- exame físico
- predominam as alterações secundárias ao distúrbio desencadeante, embora os achados pulmonares possam ser relativamente normais nos estágios iniciais.
- As radiografias de tórax mostram:
- Coração com dimensões normais
- Infiltrados pulmonares estão distribuídos mais uniformemente pelos pulmões
- Derrames pleurais não são comuns.
Por outro lado, a hipoxemia do edema pulmonar não cardiogênico é causada principalmente pelo shunt intrapulmonar e geralmente persiste apesar da inalação de concentrações altas de oxigênio.
Qual definição de insuficiência cardiaca?
Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento (pré-carga).
Como é feita a classificação da insuficiência cardíaca?
- Duração
- Localização
- Débito cardíaco
- Grau de redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ou direito (FEVD)
- Classe funcional
- Progressão das doenças/ estágios
- Estabilidade
- Perfil hemodinâmico
- Distúrbio mecânico
10.
Insuficiência cardíaca
Quanto a duração.
- Aguda < 6 meses
- Crônica > 6 meses
Insuficiência cardíaca
Quanto a localização.
- Insuficiência cardíaca esquerda
- Insuficiência cardíaca direita
- Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca esquerda
Quais sinais e sintomas?
Caracteriza-se pela presença de sinais e sintomas de congestão pulmonar:
- Dispnéia aos esforços;
- Tosse noturna;
- Dispnéia paroxística noturna;
- Ortopnéia;
- Crepitações pulmonares.
Exemplos: infarto agudo do miocárdio, cardiopatia hipertensiva (por “sobrecarga” ventricular), miocardiopatia idiopática.
Também pode ser causada por doença valvar (ex: estenose mitral com aumento da pressão no átrio esquerdo, sem alterações na pressão do VE).
Insuficiência cardíaca direita
quais sinais e sintomas?
- Estase jugular
- edema de membros inferiores
- hepatomegalia dolorosa
- ascite
Insuficiência cardíaca biventricular (= IC congestiva)
quais sinais e sintomas?
Insuficiência cardíaca
quanto ao débito cardíaco.
- Insuficiência cardíaca de alto débito (raro)
- Insuficiência cardíaca de baixo débito (mais comum)
Caracterize a insuficiência cardíaca de baixo débito.
- Caracteriza-se por sinais de má perfusão (pele fria, sudorese) e congestão.
- Sinais e sintomas: pele fria, palidez, hipotensão, perfusão capilar lentificada, cansaço, fadiga muscular, tontura, desmaio, lipotimia;
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- A disfunção sistólica do VE reduz o DC, causando hipoperfusão tecidual:
- Nas fases iniciais o DC pode se manter normal no estado de repouso, mas durante esforço físico o aumento fisiológico do DC não acontece;
- Na fase avançada, por sua vez, o DC estará reduzido mesmo em repouso, trazendo constantes limitações ao paciente!
Explique o que é fração de ejeção
Parte que foi ejetada para fora do coração sobre a quantidade que ficou
- Não tem como ejetar tudo direto (alteraria o arcabouço valvar e colabaria as paredes, atrapalhando o próximo enchimento), então, fica um volume residual
- DC (6L/min) = volume sistólico (100mL) x FC (60bpm)
- FEV normal: 50 a 70%
Explique o que é a fração de ejeção reduzida.
Quando a fração de ejeção de ventrículo esquerdo/direito é comprometida, é chamada sistólica.
- Constitui 50-60% dos casos;
- O problema está na perda da capacidade contrátil do miocárdio;
- Redução significativa da fração de ejeção (≤ 40%) → diminui força de contração
- Geralmente ocorre:
- Dilatação ventricular (cardiopatia dilatada)
- Baixo débito cardíaco;
- Aumento do volume de enchimento (VDF) e, portanto, da pressão de enchimento ventricular, a qual será transmitida aos átrios e sistema venocapilar (congestão);
Exemplos: IAM, isquemia miocárdica, fase dilatada da cardiopatia hipertensiva e miocardiomiopatia dilatada idiopática.
Insuficiência cardíaca
Quanto a classe funcional.
- Avalia a limitação de esforço em pacientes com IC.
Insuficiência cardíaca
quanto a progressão da doença/estágios.
- Estágio A: pacientes sob risco de desenvolver IC, mas ainda sem doença estrutural perceptível e sem sintomas atribuíveis à IC à só tem o fator de risco;
- Estágio B: pacientes que adquiriram lesão estrutural cardíaca, mas sem sintomas atribuíveis à IC à doente, mas assintomático;
- Estágio C: pacientes com lesão estrutural cardíaca e sintomas atuais ou pregressos de IC (entra a classificação da NYHA) à sintomático;
- Estágio D: pacientes com sintomas refratários ao tratamento convencional, e que requerem intervenções especializadas ou cuidados paliativos à refratário ao tratamento.
Em relação aos estágios da insuficiência cardíaca qual abordagem deve ser tomada diante cada estágio.
Estagio A
Controle de fatores de risco para IC:
- tabagismo
- dislipidemia
- hipertensão
- etilismo
- diabetes
- obesidade.
- Monitorar Cardiotoxicidade
Em relação aos estágios da insuficiência cardíaca qual abordagem deve ser tomada diante cada estágio.
Estagio B
- Considerar IECA
- betabloqueador
- antagonistas mineralocorticoide
Em relação aos estágios da insuficiência cardíaca qual abordagem deve ser tomada diante cada estágio.
Estagio C
Tratamento clínico otimizado
Medidas adicionais
considerar manejo por equipe multidisciplinar
Em relação aos estágios da insuficiência cardíaca qual abordagem deve ser tomada diante cada estágio.
Estagio D
Todas medidas acima
considerar transplante cardíaco e dispositivo de assistência ventricular
Insuficiência cardíaca
quanto a estabilidade
A insuficiência cardíaca pode ser compensado ou Descompensada
descompensada:
aparecimento de sinais/sintomas, como edema ou hipoperfusão ou hipotensão, que determinam uma nova estratégia terapêutica de ambulatório ou a partir de admissão hospitalar.
Cite cinco fatores que podem causar descompensação da insuficiência cardíaca?
Insuficiência cardíaca
quanto o perfil hemodinâmica
A partir da presença de congestão e da hipoperfusão, foi desenvolvida a classificação clínico-hemodinâmica, sendo dividida em 4 situações distintas que apresentam implicação terapêutica e prognóstica.
Paciente está congestão não se usa BB