AC 1.2 - Hematúria Flashcards

Tutoria 2

1
Q

qual termo usado para…

desconforto, dor ou ardência à micção

A

Disúria

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2
Q

qual termo usado para…

aumento da frequência miccional, com eliminação de pequenos volumes de urina. É um sintoma de irritação vesical.

A

Polaciúria

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3
Q

qual termo usado para…

sensação de necessidade impreterível de urinar, mesmo que a capacidade da bexiga não tenha se completado

A

Urgência miccional

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4
Q

qual termo usado para…

dor para urinar

A

Algúria

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5
Q

qual termo usado para…

demora no aparecimento do jato urinário, fazendo com que paciente precise fazer esforço para urinar.

A

Hesitação

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6
Q

qual termo usado para…

É a vontade e necessidade de urinar que obriga uma pessoa a se levantar após ter se deitado para dormir.

A

Noctúria

  • Normalmente o indivíduo não acorda à noite para urinar, devido a uma queda no ritmo de formação da urina.
  • Pode ser devido uma perda da capacidade de concentração urinária, como nas fases precoces da insuficiência renal crônica
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7
Q

Defina

  • Nictúria
  • Incontinência urinária
  • Retenção urinária
  • Pneumatúria
A
  • Nictúria: predomínio da diurese no período noturno. É a inversão do hábito urinário normal, onde uma pessoa urina mais e em maior quantidade durante a noite que durante o dia.
  • Incontinência urinária: perda involuntária de urina, que pode ocorrer após esforços (evacuação, tosse, levantar peso).
  • Retenção urinária: resulta da incapacidade de esvaziar a bexiga, mesmo que a produção de urina pelos rins esteja normal (HPB, estenose da uretra, bexiga neurogênica)
  • Pneumatúria: eliminação de gases pelo trato urinário
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8
Q

Defina as alterações no volume urinário E suas possíveis causas

  • Anúria
  • Oligúria
  • Poliúria
A
  • Anúria: supressão total ou quase total da diurese (< 50 mL/dia ou 100ml/dia)
    • Causas prováveis: obstrução bilateral dos ureteres, interrupção da perfusão renal (artérias renais), insuficiência renal aguda, e raramente, após necrose cortical bilateral ou glomerulopatia rapidamente progressiva.
  • Oligúria: Volume urinário ≤ 400 mL/dia (ou 40 mL/h ou 0,5 mL/kg/h)
    • Causas possíveis: hipovolemia, IC, lesão renal aguda
  • Poliúria: Volume urinário ≥ 2.500 mL/dia
    • Causas possíveis: polidipsia psicogênica, diabetes insipidus, insuficiência renal crônica
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9
Q

Defina as características das alterações da cor da urina

  • urina incolor
  • urina turva
  • urina gordurosa
  • urina acastanha
  • urina espumosa
  • urina vermelha
A
  • Urina incolor: hiperidratação
    • Ex.: uso de diuréticos
  • Urina turva: geralmente indica piúria secundária à infecção, fosfataúria, quilúria
  • Piúria: linfócito / pus
  • Fosfataúria: fosfato
  • Quilúria: gordura
  • Urina acastanhada: colúria, porfiria, drogas (ex.: metronidazol)
  • Urina espumosa: proteinúria
  • Urina vermelha: Hematúria: presença de sangue na urina
    • Macroscópica: vista a olho nu. Em urinas ácidas, o sangue adquire coloração acastanhada e, em urina alcalina, o tom avermelhado é mantido por mais tempo.
    • Microscópica: só detectada por exames da urina
    • Hemoglobinúria: presença do pigmento hemoglobina na urina
      • Habitualmente é resultante de distúrbios hemolíticos intravasculares (induzida por drogas ou transfusão sanguínea incompatível)
    • Mioglobinúria: presença de mioglobina na urina
      • Ocorre quando há grande destruição muscular, necrose induzida por isquemia, infecção ou queimaduras extensas
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10
Q

Quais são as causas de alteração na coloração da urina?

A
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11
Q

Classifique a hematúria quanto a topografia.

A
  • Hematúria alta: a origem é renal ou dos ureteres.
  • Hematúria baixa: a origem é do TU abaixo dos ureteres – bexiga, uretra, próstata e epidídimo.
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12
Q

Cite as principais diferenças entre a hematúria glomérulos e extraglomerular.

A
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13
Q

Classifique a hematúria quanto à origem.

A
  • GLOMERULAR: os eritrócitos apresentam alteração na forma, reflexo da passagem através da membrana basal glomerular lesada.
    • Na prática clínica, essa alteração pode ser evidenciada através da pesquisa de dismorfismo eritrocitário.
  • EXTRAGLOMERULAR: toxinas e cálculos podem causar alterações nos túbulos renais e na mucosa no trato urinário, resultando em sangramento extraglomerular.
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14
Q

Como detecto hematúria microscópica?

A

só é detectado pelo exame de urina (hematúria oculta)

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15
Q

O que é necessário excluir na investigação de hematúria macroscópica?

A

Na investigação é importante excluir:

  • Menstruação;
  • Cateterização vesical;
  • Uso de drogas e alimentos que colorem a urina;
  • Metabólitos como porfirina.
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16
Q

Quais são as causas da hematúria microscópica (em ordem decrescente)

A
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17
Q

Quais são as principais doenças que causam hematúria macroscópica grave

A
  • Processos inflamatórios ou infecciosos vesicais
  • Tumores vesicais
  • Hiperplasia prostática benigna
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18
Q

Hematúria está presente nos casos de síndrome nefrótica, mas não os casos de síndrome nefritica.

verdadeiro ou falso?

A

Falso

Está presente nos casos de síndrome nefritica, mas não nos casos de síndrome nefrótica.

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19
Q

Quais são as doenças que acometem mais cada faixa etária? No caso de hematúria (classifique a hematúria de acordo com a idade).

A
  • Crianças (hematúria macroscópica): ITU
  • Mulheres jovens: ITUs são frequentes E Nefrolitíase
  • Adultos com hematúria persistente: 50% têm origem glomerular:
    • Nefropatia por IgA
    • Doença de Membrana Basal Fina
    • Nefrite Hereditária
  • Pacientes mais velhos (ex: homens com mais de 50 anos):
    • Neoplasia do trato urinário
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20
Q

Como se manifesta a síndrome nefrítica aguda / glomerulonefrite aguda?

A

A glomerulonefrite aguda ou síndrome nefrítica aguda manifesta-se geralmente de forma abrupta e é caracterizada clinicamente pela tríade clássica: edema, hipertensão e hematúria.

geralmente essa síndrome é vista na glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica em crianças

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21
Q

Caracterize a Nefropatia por IgA ou doença de Berger

A
  • mais comum em homens, com pico de incidência entre a 2ª e 3ª década de vida.
  • Apresentação clássica: hematúria macroscópica que se manifesta 2-3 dias após um quadro infeccioso, habitualmente faringite, persistindo por cerca de 10 dias.
  • Tríade clássica: hematúria macroscópica, edema e hipertensão
  • Imunofluorescência - diagnóstico
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22
Q

Em quais doenças pensar quando o paciente relata:

  • Dor lombar
  • Jato urinário enfraquecido
  • Punho percussão normal
A
  • Dor lombar: nefrolitíase
  • Jato urinário enfraquecido: HPB, câncer de bexiga
  • Punho percussão normal: “exclui” causas renal

não significa que não possa ser outra doença, mas temos que pensar nessas possibilidades

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23
Q

Em relação ao diagnóstico diferencial, como diferenciamos as causas de hematúria nefrológicas de urológicas?

A

O principal divisor de águas é a quantidade de proteinúria:

  • Hematúria nefrológica: Quando intensa (> 100 mg/dl ou ≥ 2+ na análise semiquantitativa), a proteinúria indica com segurança uma origem “alta” ou “nefrológica” para a hematúria.
  • Hematúria urológica: Por outro lado, mesmo diante de uma hematúria “urológica” maciça, NÃO devemos esperar aumentos significativos da proteinúria (isto é, ela não vai além de 100 mg/dl ou > 1+ na análise semiquantitativa)
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24
Q

Quais são os fatores que diferenciam a hematúria glomerular de urológica?

A
  • Quantidade de proteinúria
  • Morfologia das hemácias
  • Cilindros
  • coágulos
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25
Q

Explique como diferenciar hematúria glomerular de hematúria urológica através da morfologia das hemácias.

A
  • Hematúria de origem glomerular: hemácias dismorficas
  • Hemácia tubulointersticial ou urológica: o formato arredondado permanece intacto!
26
Q

Explique como diferenciar hematúria glomerular de hematúria urológica através da presença de coágulos e cilindros.

A
  • Cilindros: aparecem na hematúria glomerular
  • Coágulos: origem no trato urinário (os túbulos contêm a enzima uroquinase – fibrinolítico endógeno – e por isso uma hematúria glomerular ou tubulointersticial não apresenta coágulos)
27
Q

Analise, então, as seguintes possibilidades:

  • Hematúria + proteinúria importante;
  • Hematúria sem proteinúria importante;
  • Hematúria com coágulo;
  • Hematúria + proteinúria importante, na ausência de dismorfismo ou cilindros hemáticos
  • Hematúria + proteinúria + dismorfismo + cilindros hemáticos.
A
  • Hematúria + proteinúria importante: origem renal
  • Hematúria sem proteinúria importante: origem no trato urinário
  • Hematúria com coágulo: origem no trato urinário
  • Hematúria + proteinúria importante, na ausência de dismorfismo ou cilindros hemáticos: origem tubulointersticial (raramente glomerular)
  • Hematúria + proteinúria + dismorfismo + cilindros hemáticos: origem glomerular
28
Q

Se na história existir infecção recente de vias aéreas superiores pensar em…

A
  1. Nefrite pós-faringitica ou doença de Berger (nefrite sinfaringitica)
29
Q

Se na história existir disúria e febre pensar em…

A

Infecção urinária

30
Q

Na história existe dor lombalgia aguda, com irradiação para saco escrotal, história familiar ou pessoal de cálculo renal pensar em…

A

Nefrolitíase

31
Q

Se na história existir prática de exercícios físicos vigorosos pensar em…

A

Doença de berger, tumor na bexiga ou hematúria transitória idiopática

32
Q

O que é necessário avaliar nos exames laboratoriais?

A
  • investigação inicial e antecedendo a exames de imagem incluem hemograma completo, avaliação da função renal (ureia, creatinina e proteinúria), estudos de coagulação e cultura de urina.
  • Já vimos que a primeira pergunta a ser feita é: “trata-se de hematúria nefrológica ou urológica?”. Ela pode ser respondida pela quantificação da proteinúria associada.
    • No caso das hematúrias “nefrológicas”→ precisamos definir ainda se ela é “glomerular” ou “não glomerular”;
    • Já vimos também quais são os exames que nos permitem realizar essas distinções (pesquisa de cilindros hemáticos e dismorfismo → EAS).
33
Q
A
34
Q

O que sugere um relato de rash petequial em membros inferiores e nádegas?

A

Doença de Berger

35
Q

Qual o teste soro lógico fazer para cada doença abaixo? E qual “problema” está associada cada uma?

A
36
Q
A
37
Q

O que a proteína pode mostrar na uriálise para hematúria?

A
38
Q

O que a bilirrubina e o urobilinogenio podem mostrar na uriálise para hematúria?

A
39
Q

O que as hemácias e leucócitos podem mostrar na uriálise para hematúria?

A
40
Q

O que os piocitos e cilindros podem mostrar na uriálise para hematúria?

A
41
Q

O que as células epiteliais e cristais podem mostrar na uriálise para hematúria?

A
42
Q

Quais exames são solicitados utilizando as amostras de urina?

A
  1. EAS tipo 1 (É realizado análise microscópica do sedimento hinário, que ajuda na distinção entre hematúria glomérular e não glomérular)
  2. Urocultura + antibiograma
  3. proteinuria de 24h (mede a quantidade de proteína excretada na urina para uma melhor avaliação do grau de proteinúria)
43
Q

Explique o exame de urocultura + antiBiograma e proteinúria de 24h.

A

URO + ANTIBIOGRAMA

  • Discrimina quadro de infecção e informa quais antibióticos o agente é sensível ou resiste.
  • Positivo: quando é possível identificar > 100.000 colônias de bactérias, sendo também indicado qual a bactéria identificada no exame.

PROTEINÚRIA DE 24 HORAS

  • Mede a quantidade de proteína excretada na urina em um período de 24 horas, o que é uma avaliação mais acurada do grau de proteinúria do que um teste em urina aleatória.
44
Q

Em relação ao exame de imagem para hematúria, Como proceder?

A
  • inicialmente uma ultrassonografia (USG) dos rins e vias urinárias:
    • desvantagem: não é capaz de detectar a existência de cálculos nos ureteres e na bexiga e tem utilidade limitada na avaliação dos cálculos renais.
  • Pacientes > 40 anos de idade → devemos fazer também uma urografia excretora.
  • Se a suspeita de neoplasia urológica for muito elevada → devemos associar uma cistoscopia.
45
Q

Quais são os fatores risco para neoplasia urológica?

A

Fatores de risco para neoplasia de bexiga:

  • homens com mais de 50 anos
  • tabagistas
  • usuários de medicações como ciclofosfamida
  • análise citológica da urina foi positiva para células neoplásicas.
46
Q

Quais são as indicações para biópsia renal?

A
47
Q

Quais são as contraindicações absolutas e relativas para biópsia renal?

A
  • Absolutas: gravidez; paciente não-cooperativo; coagulopatia não passível de correção; HAS severa não-controlada; hidronefrose; infecção renal, peri-renal ou na área de punção.
  • Relativas: rim único; obesidade; rim em ferradura; cistos renais; rim de tamanho reduzido, menor que < 9 cm; doença renal crônica com rins ecogênicos; uremia sintomática com níveis de uréia maiores que 100 mg/dL.
48
Q

Como é feito tratamento de ITU?

A
49
Q

Como tratar trauma renal?

A
50
Q

Como investigar e tratar pielonefrite?

A
51
Q

Como investigar e tratar litíase?

A
52
Q

Como investigar e tratar tumor renal?

A
53
Q

Como investigar e tratar doença glomerular?

A
54
Q

Como investigar e tratar causa de hematúria causada por atividade física?

A
55
Q

Como é feita abordagem inicial para avaliação da etiologia da hematúria microscópica assintomática?

A
56
Q

Hematúria microscópica assintomática. Como proceder?

A
57
Q

Hematúria macroscópica. Como proceder?

A
58
Q

Classifique a hematúria quanto a fase da micção em que ocorre.

A
  • Inicial (aparece no início da micção): associadas a doença do trato urinário baixo -> Lesões entre a uretra distal e o colo vesical
  • Terminal: quando identificado ao final da micção (sangramento geralmente proveniente do colo vesical ou uretra posterior)
  • Total: urina uniformemente tingida de sangue
59
Q

Caracterize a glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica.

A
  • Incidência: crianças 6-10 anos
  • ocorre cerca de 10 dias após um quadro infeccioso, principalmente faringite ou piodemite
  • quadro clássico: imatura macroscópica, edema, hipertensão e sinais de hipervolemia
  • paciente apresentou elevação de marcadores imunológicos como anticorpo ASLO
60
Q

Caracterize a litíase/calculose renal.

A
  • Podem causar apenas cólica renal ou grave infecção do trato urinário
  • Apresentação clínica: cólica renal (dor importante no flanco região lombar, com radiação para bexiga, testículos ou grandes lábios), podendo ser acompanhada de hematúria macroscópica, disúria, náuseas e vômitos.
  • exame físico: faces de dor, pálido, taquicárdico, as vezes hipertenso. É necessário fazer o sinal de punho percussão (sinal de giordano)
  • exames a serem solicitados: hemograma completo (leucocitose - infecção), ureia, creatinina, potássio, EAS (hematúria sugere lesão de via urinária; leucocitúria e nitrito presente sugerem associação à ITU), radiografia (PA), ultrassonografia.
61
Q
A