10 - Concurso de Pessoas Flashcards

1
Q

Em relação ao concurso de pessoas, responda:
i) Cada um é unissubjetivo ou plurissubjetivo?
ii) Conceitue.
iii) É necessário que a pluralidade seja culpável para que pluralidade responda?

a) Crimes de Concurso Eventual
b) Concurso necessário
c) Delito eventualmente plurissubjetivo (ou coletivo)

A

BIZU: se tipo prevê concurso, só 01 precisa ser culpável

a) Unissubjetivo - não precisa, mas pode concurso.
Todos culpáveis p/ concurso. (Aplica CP, 29)

b) Plurissubjetivo - tipo prevê + de 01 pessoa p/ consumar.
Só 01 precisa ser culpável (aplica o tipo e não CP, 29)

c) Eventualmente Plurissubjetivo - Elementar unissubjetivo + concurso como qualificadora ou aumento de pena (tipo derivado)
Só 01 precisa ser culpável (aplica o tipo e não CP, 29)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Em relação ao concurso de pessoas, conceitue Concurso Próprio relacionando com a previsão do tipo penal sobre possibilidade de concurso de agentes.

A

Concurso Próprio = unissubjetivo (tipo sem concurso) + aplica CP,29

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Em relação à concurso de pessoas, conceitue:
a) Participação Necessária Própria
b) Participação Necessária Imprópria

A

Partic.Necess. (tipo prevê concurso) = PRÓPRIA (fora da elementar: eventualmente subjetivo) ou IMPRÓPRIA (elementar prevê)

a) P.N. Própria: crime eventualmente plurissubjetivo (ex: furto)
b) P.N. Imprópria: plurissubjetivo (associação criminosa; bigamia; rixa)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Segundo CP, 29, qual é a relevância causal da conduta para que haja concurso de agentes e em que momento deve se dar a conduta (antes ou depois da consumação)?

A

Conduta relevante: que de qualquer forma contribui p/ crime.
Conduta antes ou depois (ajustada anteriormente) da consumação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Sobre o vínculo subjetivo necessário para que se configure coautoria, responda:
a) É indispensável a adesão subjetiva à vontade do outro?
b) Beltrano e Cicrano combinam de praticar determinado crime. Fulano passa e ouve o ajuste dos dois e resolve participar da empreitada e sem avisar com antecedência, aparece na data e pratica o crime em conjunto. Fulano responde pelo crime em concurso com Beltrano e Cicrano? (Ou seja, é necessário a combinação prévia entre os agentes para configurar concurso de pessoas?)

A

a) Sim, é necessário a mesma intenção de todos (VÍNCULO SUBJETIVO)
b) Não precisa combinação prévia, só VINCULO SUBJETIVO.
Fulano responde em concurso com Beltrano e Cicrano.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Fulano cometeu um roubo. Após a consumação, ajustou com Cicrano para auxílio em esconder produto. Houve concursos de pessoas?

A

Não! Ajuste posterior exclui Vínculo Subjetivo do Concurso
Cicrano - crime autônomo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Explique as seguintes Teorias sobre concurso de agentes (coautores e partícipes) e infração penal e diga se são adotadas pelo CP.
a) T. Monista
b) T. Pluralista
c) T. Dualista

A

a) coautor e Partícipe = mesmo crime na medida de sua culpabilidade. (regra do CP)
b) Coautores ≠ (crimes distintos) exceção: corrupção ativa e corrupção passiva.
c) coautores ≠ partícipes (Doutrina) autor responde por 01 crime e partícipe por outro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Explique as seguintes Teorias sobre Autoria e diga se alguma adotada pelo CP,29:
a) T. Subjetiva ou Unitária
b) T. Extensiva

A

Autor = Partícipe (nenhuma adotada no CP)
a) Autor = partícipe (não importa núcleo) (Base: T. Equiv. Anteced.)
b) Autor = partícipe, mas pena é menor (Base: T. Equiv. Anteced.)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Sobre a relacao entra autor e partícipe, explique T. Objetiva e diga suas espécies.

A

Autor ≠ Partícipe
Espécies: T. Objetivo-Formal e Objetivo-Material

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Sobre as espécies de T. Objetiva no concurso de agentes (relação coautor e partícipe), explique:
a) T. Objetiva-Formal
b) T. Objetiva-Material
c) Segundo a T. Objetivo-Formal, o autor intelectual é coautor ou partícipe?

A

T. Objetiva: autor diferente de partícipe

a) (formal-lei-núcleo do tipo)
Autor pratica núcleo ≠ Partícipe pratica outra conduta (adotado CP,29)
b) (material - relevância da conduta sem importar núcleo)
Autor conduta mais relevante ≠ Partícipe conduta menos relevante
c) Partícipe pois não pratica núcleo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Explique a T. do Domínio do Fato (ou objetivo-subjetiva) de Hans Welzel.

A

Autor pratica núcleo + tem domínio total/controle finalístico da ação delituosa (decide quando começa e acaba)
Partícipe paticipa da ação, mas não tem domínio total.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Explique a T. do Domínio do Fato (ou objetivo-subjetiva) de Roxin à partir das 03 espécies:
a) Autoria Imediata
b) Autoria Mediata (02 subespécies)
c) Domínio Funcional do Fato.

A

(Welzel não desenvolve as espécies de domínio)

Autor = CONTROLE FINALÍSTICO e DOMÍNIO (imediato ou da ação; mediato ou vontade; e fato)

Partícipe= não tem controle ou Domínio

a) Autoria Imediata (Domínio da ação): autor pratica ele mesmo o núcleo.

b) Autoria Mediata (Domínio do Fato): b.1) Por Instrumento: utiliza inculpável pra ação
b.2) De Escritório/Mediata Especial: utiliza pessoa substituível na organização.

c) Domínio Funcional do Fato: todos tem tem domínio funcional do fato (divisão igualitária das tarefas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

A T. do Domínio do Fato aplica-se a crimes omissivos (próprio ou impróprio) ou culposos?

A

Nenhum dos dois.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Cabe autoria mediata em crime próprios ou de mão-própria?

A

Crimes Próprios: cabe (Autor mediato + imediato c/ qualidade especial

Crimes mão-própria: não cabe (agente c/ qualidade especial precisa praticar núcleo)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Conceitue autoria por determinação de Zaffaroni.

A

Pune: autor por determinação + 3º inimputável/erro/coação para crime próprio ou mão-própria

Pune autor por determinação, pois contribuiu com fato (CP,29)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Sobre autoria imprópria, responda:
a) Conceitue autoria imprópria.
b) Os agentes envolvidos responderão por concurso de crimes (coautores ou partícipes) ou por crime autônomo?

A

a) Agentes realizam conduta concomitante contra a mesma pessoa, mas sem um saber do outro.
b) Cada 01 responde por crime autônomo. Não há vínculo subjetivo.

17
Q

Sobre autoria incerta leia a situação e depois responda:
a) A e B atiram no mesmo momento na vítima C e não é possível identificar de qual arma saiu o tiro que matou C. Como responderão A e B?
b) A e B tantam envenenar vítima C colocando veneno ao mesmo tempo. A vítima morre, mas percebe que existia veneno e talco no copo e não é possível indicar quem colocou veneno e quem colocou talco. Como responderão A e B?

A

Impossibiliade individualizar conduta = todos respondem pelo menos grave (in dubio pro reo)
a) Tentativa (A e B)
b) Crime Impossível (A e B)

18
Q

Sobre participação, responda:
a) Conceitue participação no concurso de crimes.
b) Partícipe responde pelo crime que auxiliou?
c) Como responde partícipe se participação for de menor importância?

A

a) Agente não pratica núcleo da conduta + colaboração pra auxiliar autor (induz, instiga ou auxilia efetivamente).
b) Sim!
C) Diminuição 1/6 a 1/3 (= erro proibição inescusável)

19
Q

Conceitue Teoria da Acessoriedade em relação ao partícipe.

A

T. Acess. = autor precisa praticar conduta p/ que partícipe seja responsabilizado.

20
Q

Sobre T. da Acessoriedade em relação ao partícipe, conceitue e diga qual é adotada no CP:
a) T. Acess. Mínima
b) T. Acess. Limitada
c) T. Acess. Máxima
d) T. da Hiperacessoriedade

A

BIZU: Tanto que autor precisa praticar p/ partícipe ser punido (mínimo = pouco e vai aumentando)
a) Autor precisa praticar FATO TÍPICO
b) Autor precisa praticar FATO TÍPICO + ILÍCITO (adotado CP,31 “crime precisa pelo menos ser tentado”)
c) Autor precisa praticar FATO TÍPICO+ILÍCITO+CULPÁVEL
d) Autor precisa praticar FATO TÍPICO+ILÍCITO+CULPÁVEL+PUNIÇÃO EFETIVA

21
Q

Cabe coautoria ou participação c/ 3o sem condições especiais em crimes próprios ou de mão-própria?

A

C. Próprios: coautoria e participação.

C. Mão-própria: só participação, salvo Falso Testemunho (testemunha e adv em coautoria - STF)

22
Q

Cabe coautoria ou participação:
A) crimes culposos?
B) Crimes omissivos próprios

A

A) Culpsos: Coautoria sim! Participação não (s/ liame subjetivo).
B) Om.Próprio: coautoria não.
Participação por ação (instigação)

23
Q

Cabe coautoria ou participação em crimes omissivos próprios?

A

Coautoria NÃO!
Participação sim, mas por ação (participação moral como instigação)

24
Q

Sobre coautoria e participação em crimes omissivos impróprios, analise as seguintes situações:
I) Policial, que tem o garante legal de agir, vê pessoa sendo assaltada e não faz nada pois estava no telefone.
II) Pai e mãe, em comum acordo e com ânimus necandi, resolvem deixar filho bebê sem comer.
Responda:
a) Em relação à crimes omissivos impróprios, cabe coautoria ou participação?
b) Como irão responder as pessoas nas situações I e II?

A

a) Cabe coautoria (assumir responsabilidade ou criar risco) e participação (agente com garante legal)
b) I - partícipe roubo (garante legal)
II - Coautores homicídio doloso

25
Q

Sobre cooperação dolosamente distinta, responda:
a) Diferencie participação de menor importância e participação dolosamente distinta.
b) Qual a causa de aumento de pena?

A

a) Menor Importância - responde pelo crime, mas c/ diminuição 1/3 a 1/6
Dolosamente Distinta - quis participar de crime menos grave e aplica-se a pena deste.
b) Se resultado mais grave era previsível, aumenta 1/2 da pena do crime menos grave.

26
Q

Sobre cooperação dolosamente distinta, responda:
a) O resultado mais grave não pretendido pelo agente que alega cooperação dolosamente distinta precisa necessariamente não ter sido combinado entre os agentes ou pode ter sido combinado anteriormente?
b) É possível aplicação para coautores ou partícipes?

A

a) Resultado + grave precisa ter sido imprevisível.
b) Coautores e partícipes

27
Q

Leia as situações e respondasegundo jurisprudência STF e STJ:
a) João participa de roubo armado com Pedro. Pedro, durante roubo, atira e mata vítima.João e Pedro respondem por qual crime?
b) João participa de roubo armado com Pedro. Durante ação, uma das vítimas chama a polícia e João e Pedro fogem. João vai para um lado e Pedro vai para outro. O policial persegue Pedro, que atira e mata o policial. João e Pedro respondem por qual crime?

A

a) Latrocínio consumado (os dois)
b) João - tentativa roubo circunstanciado por arma
Pedro - latrocínio consumado (houve rompimento do nexo causal)

“Em regra, o coautor que participa de roubo armado responde pelo latrocínio ainda que o disparo tenha sido efetuado só pelo comparsa. Essa é a jurisprudência do STJ e do STF. Entretanto, se um dos agentes quis participar de crime menos grave, ser- lhe-á aplicada a pena deste. Logo, se o coautor que não atirou não queria participar do latrocínio, não responderá por esse crime mais grave. STF. HC 109151/RJ de 2012 (Info 670).”

28
Q

Sobre circunstâncias incomunicáveis (CP,30), responda:
a) Conceitue.
b) Diferencie circunstância de caráter pessoal de circunstância real e diga se alguma se comunica entre agentes.
c) Diferencie circunstância de caráter pessoal de elementares.

A

a) Circunstâncias de caráter pessoal não se comunica, salvo se for elementar do crime.

b) C.Pessoal - sobre agente
C. Real (ou objetiva) - sobre o crime

c) C. Pessoal - pessoa do agente.
Elementares - dados fundamentais da conduta. Se tirar é ATIPICIDADE ou DESCLASSIFICAÇÃO

29
Q

Sobre circunstâncias incomunicáveis (CP,30), responda se tais situaçõs comunicam entre os agentes:
a) A, com relevante valor moral, contrata B para matar estuprador. B mata vítima.
b) A contrata B para matar vítima e B usa meio cruel.
c) A, servidor público, pratica peculato com auxílio de B, que não é servidor público.

A

a) Não comunica: Relev. Valor Moral é circunstância de caráter pessoal.
A homicídio privilegiado e B homicídio simples.
b) Comunica: Meio cruel é circ. caráter real. A e B homicídio qualificado.
c) Comunica, pois elementar.