Urologia - Câncer de Próstata Flashcards

1
Q

Qual a epidemiologia do ca de próstata?

A

É o câncer mais comum nos homens após o ca de pele não melanoma. Segunda maior causa de morte oncológica nos homens (perde para pulmão).

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2
Q

Quais os FR para ca de próstata?

A

Idade (doença da terceira idade), etnia (negros > brancos > asiáticos), história familiar (especialmente se < 55 anos com ca), mutações em BRCA-1 e -2, mutação no HPC-1, dieta rica em gorduras (carne vermelha e lipídeos), obesidade e IGF-1. HPB NÃO É FR.

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3
Q

O etilismo e o tabagismo são FR para o ca de próstata?

A

NÃO, porém o tabagismo comprovadamente aumenta a morbimortalidade pelo ca de próstata, MAS NÃO É FR.

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4
Q

Quais os fenômenos envolvidos na etiopatogênese do ca de próstata?

A

A iniciação (cria a doença latente) e a progressão (torna a doença clinicamente manifesta), sendo fatores de risco qualquer um que aumente a iniciação ou a progressão.

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5
Q

Qual alteração genética é a mais comum no ca de próstata? Explique essa alteração.

A

A alteração epigenética de HIPERMETILAÇÃO DO GENE GSTP1, presente em 100% dos casos. Este gene codifica uma enzima que protege a célula do estresse oxidativo, fazendo que a metilação dele aumente a exposição do material genético a radicais livres e favoreça o acúmulo de mutações.

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6
Q

Qual o tipo histológico mais comum de ca de próstata? Qual sua localização principal?

A

O adenocarcinoma acinar, tendo localização principalmente na zona periférica (> 70%). Vale ressaltar que esse ca geralmente é multifocal (> 80%).

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7
Q

Quais os achados histopatológicos que sugerem ca de próstata?

A

O tecido neoplásico também se organiza em um padrão glandular e semelhante à próstata normal, porém as glândulas neoplásicas possuem maior proximidade (crowding), pouca ou nenhuma ramificação, ausência de camada externa de células basais, citoplasma anfofílico (tonalidade diferente), nucléolos proeminentes, sem pleomorfismo acentuado e o achado patognomônico é a invasão perineural.

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8
Q

Em caso de dúvida diagnóstica na histopatologia, qual exame pode ser empregado?

A

A imuni-histoquímica com anticorpos contra alfametilacil coenzima A racemase (AMACR).

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9
Q

Qual o significado do achado de proliferação atípica de pequenos ácinos na biópsia da suspeita de ca de próstata e qual minha conduta?

A

Significa dúvida do patologista em relação ao diagnóstico de câncer e devo repetir a biópsia em 6-8 semanas.

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10
Q

O que é o escore de Gleason e para que é usado?

A

É um escore que avalia o grau de diferenciação do adenocarcinoma prostático, classificando a citoarquitetura tecidual em 5 graus distintos, sendo 1 bem diferenciado e semelhante à glândula normal e 5 totalmente indiferenciado com células soltas podendo formar ninhos. Possui relação prognóstica e comportamental do tumor.

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11
Q

Como é dada a pontuação do escore de Gleason?

A

Como a doença é multifocal, é frequente encontrar 2 graus distintos de padrão histológico, sendo que a pontuação é feita pela soma dos dois padrões histológicos mais frequentemente encontrados. A pontuação, portanto, varia de 2 a 10.

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12
Q

Como fazer o escore de Gleason caso haja 3 padrões distintos?

A

Fazer a somatória entre o dominante e o mais indiferenciado, mesmo que este não seja o 2° mais frequente.

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13
Q

Quais as interpretações clínicas do escore de Gleason?

A

2-4: bem diferenciado; 5-6: intermediário; 7: pouco diferenciado -> 5-7 são os mais encontrados quando PSA alterado; 8-10: indiferenciado (alto grau) -> baixa probabilidade de cura.

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14
Q

Qual é o câncer que mais frequentemente invade a próstata em sua evolução?

A

O ca de bexiga por contiguidade (o de reto também pode fazer isso).

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15
Q

Quais as formas de disseminação do ca de próstata e para quais locais ocorre?

A

Local: vesículas seminais e base da bexiga (sintomas de obstrução urinária). Linfática: linfonodos obturadores e depois para aórticos. Hematogênica: principalmente OSSOS, mas também pode ir para outros órgãos e tecidos. A metástase óssea é osteoblástica (radiopaca) e principalmente no esqueleto axial.

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16
Q

Quais fatores são usados no estadiamento do ca de próstata?

A

O TNM, o nível do PSA pré-tratamento e o grupo de grau (escore de Gleason).

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17
Q

Quais são os grupos de grau do escore de Gleason?

A

Grupo 1: gleason ≤ 3+3 = 6. Grupo 2: gleason 3+4 = 7. Grupo 3: gleason 4+3 = 7. Grupo 4: gleason = 8. Grupo 5: gleason 9-10.

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18
Q

Tabela estadiamento TNM.

A
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19
Q

Qual a relação do PSA com o prognóstico?

A

Quanto maior o PSA, maior a chance de ser invasivo e/ou grave, principalmente se > 10.

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20
Q

O diagnóstico de ca de próstata ocorrem mais comumente em que fase da neoplasia?

A

>60% dos diagnósticos ocorrem em fases assintomáticas devido ao screening.

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21
Q

Quais as manifestações clínicas do ca de próstata?

A

Geralmente ocorrem em fase mais avançada da doença, sendo um tumor já grande ou disseminado. Sintomas de obstrução urinária (hesitação, jato fraco, intermitente, …), hematúria, hematospermia (sugere muito ca de próstata), edema de MMII (disseminação linfática) e/ou desconforto pélvico crônico, dores ósseas crônicas (metástase).

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22
Q

Quais as controvérsias a respeito do screening do ca de próstata?

A

Apesar de o screening obter sucesso em detectar paceintes assintomáticos com crescimento apenas local e pequeno, não há evidência robusta de redução expressiva na mortalidade GERAL e nem na específica pelo ca de próstata por efeito do screening.

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23
Q

Comente sobre a explicação dada para as controvérsias do screening do ca de próstata.

A

A explicação é que a maioria dos ca de próstata são insignificantes e permanecerão silenciosos e sem progressão mesmo se não tratados, fazendo com que a detecção precoce nesses paicentes e o tratamento produzam mais malefícios do que benefícios (complicações da cirurgia). Por outro lado, uma minoria de tumores são altamente agressivos, já havendo micrometástases no momento de detecção pelo screening, não havendo impacto pois já houve disseminação dele. A mudança disso poderia ocorrer no descobrimento de algum biomarcador que identificasse apenas esses tipos mais agressivos e em um momento anterior às micrometástases.

O NNT do screening é mais de 1400.

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24
Q

Quais as indicações de screening pela American Urological Association?

A
  • Não realizar o screening em indivíduos < 40 ou ≥ 70a nem em indivíduos com menos de 10 anos de expectativa de sobrevida. - Entre 40-55 anos, considerar o screening em indivíduos com alto risco (negros e história familiar). - Considerar screening para homens entre 55-69a. - Fazer o TR (toque retal) em toda consulta e indicar biópsia caso alterado (induração ou nódulo). - Dosar o PSA a cada DOIS anos e indicar biópsia caso > 3 ng/ml (avaliar individualmente pelo tamanhoa da HPB e possível inflamação prostática e idade do paciente).
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25
Q

Quais as indicações de screening pela Sociedade Brasileira de Urologia.

A
  • Fazer em todos os homens entre 50-75 anos com expectativa de sobrevida > 10 anos. - Se alto risco (negros, história familiar), começar com 45 anos. - PSA + TR. - TR positivo indica biópsia independente do PSA. - Indicar biópsia quando PSA > 4 ou > 2,5 para < 60 anos.
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26
Q

Quais tumores o TR detecta?

A

Apenas os tumores maiores, implicando maior chance de doença avançada. Além disso, detecta apenas os tumores com topografia posterior ou lateral.

27
Q

Quando eu digo que o TR foi positivo?

A

Quando há nodularidade, induração ou assimetria lobar acentuada.

28
Q

Quais condições podem aumentar os níveis de PSA?

A

HPB, prostatite, infarto prostático, pós-biópsia prostática (devo esperar 8-10s para dosar o PSA a fim de evitar FP), cistoscopia, RTU de próstata (idem biópsia), retenção urinária, ejaculação (não ejacular por 48h antes de dosar), trauma perineal e massagem prostática. *O toque retal sem massagem da próstata não aumenta significativamente o PSA.

Deve-se lembrar que o PSA no ca de próstata apresenta menor fração livre e na HPB maior fração livre.

29
Q

Qual fator pode reduzir o PSA?

A

O uso de inibidores da 5-alfa-redutase, reduzindo em 50% os níveis de PSA (tenho que multiplicar por 2 o PSA do paciente para chegar no PSA real).

30
Q

Após quanto tempo da prostatectomia e da radioterapia eu espero PSA indetectável? Qual minha conclusão caso ele torne-se indetectável e depois volte a subir?

A

6s e 3-5m (não zera na radioterapia, apenas atinge um nadir idealmente abaixo de 0,5), respectivamente. Caso volte a subir, indica recidiva do tumor.

31
Q

Qual a relação dos níveis de PSA e a provável doença do paciente?

A

HPB geralmente fica entre 4-10, sendo que > 10 é altamente específico para câncer e > 100 para metástase.

32
Q

Quais as complicações da Bx-TRUS (biópsia transrretal de próstata guiada por USG)?

A

São geralmente brandas e transitórias, sendo elas: heamtúria, hematospermia, hematoquezia e picos febris. É raro sepse pros Bx-TRUS.

33
Q

A Bx-TRUS pode ser usada como método de screening?

A

Não, pois apresenta baixa acurácia com altos índices de FN e FP, além de ser de alto custo e alta complexidade.

34
Q

Qual minha conduta caso o resultado da biópsia seja negativo mas a suspeita seja muito alta?

A

Repetir a bx em 8 semanas.

35
Q

Comente sobre a TC de pelve e abdome para ca de próstata.

A

Ruim para avaliar extensão extraprostática (T do TNM), mas é boa para acometimento linfonodal (N do TNM). Realizar nos pacientes com alto risco de disseminação linfática: T3/T4, gleason ≥ 8 e PSA > 10.

36
Q

Comente sobre a RNM com sonda endorretal.

A

Exame de escolha tanto para avaliação do T quanto do N, sendo superior à TC. O tecido neoplásico apresenta hiposinal em relação ao tecido prostático normal.

37
Q

Qual exame é usado para detectar metástases ósseas? Quando indicá-lo?

A

A cintilografia óssea, devendo ser indicada apenas em PSA > 20, Gleason ≥ 8, T3/T4 e sintomas de metástase óssea (dor óssea crônica, fratura patológica, …).

38
Q

Quais fatores influenciam na decisão terapêutica no ca de próstata?

A

A extensão da doença e as condições clínicas do paciente.

39
Q

Quais as principais complicações da prostatectomia? Explique.

A

A impotência sexual (25-89%) e a incontinência urinária (2-47%). Ambas estão presentes no pós-op imediato e podem melhorar com o passar do tempo, mas quando há radioterapia, ambas tendem a estar ausentes no pós-op imediato mas surgem com o passar do tempo (dose cumulativa da radiação).

40
Q

Como avaliar a recidiva tumoral?

A

Pela curva de PSA, sendo que uma curva ascendente evidencia a recidiva. Não necessariamente significa recidiva, mas pode ser.

41
Q

Quais as estratégias terapêuticas de acordo com cada estágio da doença?

A

I e II: conduta expectante (active surveillance), prostatecto radical (aberta, laparoscópica ou assistida por robôs), radioterapia externa e braquiterapia. III e IV (doença avançada): hormonioterapia (deprivação androgênica).

42
Q

Em quais pacientes é feito a conduta expectante?

A

Em pacientes com sobrevida menor que 10 anos, principalmente se há fatores de bom prognóstico do tumor (PSA baixo, Gleason 2-4 e pequeno volume da lesão).

43
Q

Como é feita a conduta expectante?

A

Regularidade de exame clínico (TR) e dosagem do PSA (a cada 6 meses) considerando repetição da biópsia caso indício de progressão.

44
Q

O que é a prostatectomia radical?

A

É a remoção completa da próstata e das vesículas seminais, podendo ou não fazer uma linfadenectomia pélvica (especialmente quanto T3-T4, Gleason > 7 e/ou PSA > 10).

45
Q

Quais as principais complicações e estruturas lesadas na prostatectomia radical?

A

Os nervos cavernosos (impotência sexual) e o esfíncter urinário externo (incontinência urinária).

46
Q

Devo fazer hormonioterapia neoadjuvante antes da cirurgia de prostatecto radical?

A

Não, pois não mostrou benefício.

47
Q

Em quais pacientes é preferível a radioterapia?

A

Naqueles com alto risco cirúrgico.

48
Q

Quais as modalidades de radioterapia e quais as diferenças entre elas?

A

A radioterapia externa e a braquiterapia (implante de sementes radioativas no interstício prostático). A primeira possui melhor taxa de controle local da doença.

49
Q

Quais os principais efeitos adversos da radioterapia?

A

A proctopatia e a cistopatia induzida por radiação, ambos sendo mais comuns na radioterapia externa.

50
Q

Quando indicar deprivação androgênica?

A

Na vigência de metástases, pois a doença não é mais curável por cirurgia ou radioterapia.

51
Q

Qual o mecanismo de ação da deprivação androgênica?

A

As células tumorais são, em um primeiro momento, dependentes de androgênios para sobrevivência e proliferação, fazendo com que a deprivação androgênica promova diminuição tumoral.

52
Q

Quais as modalidades de deprivação androgênica?

A

O padrão ouro é a castração cirúrgica (orquiectomia bilateral), porém não é muito aceito pelos pacientes. Outras modalidades são: agentes que reduzem a produção de androgênios (castração química) e agentes que bloqueiam o receptor de androgênio.

53
Q

Como é feita a deprivação androgênica por agentes que reduzem a produção de androgênios?

A

É feita pela administração exógena de agonistas do GnRH, estimulando um downregulation nos receptores de GnRH nos gonadotrófos hipofisários, reduzindo a produção de FSH e LH, o que diminui a síntese testicular de androgênios.

54
Q

Qual o principal efeito colateral da castração química?

A

Inicialmente, o uso desse método promove um aumento na liberação de FSH e LH, promovendo aumento da produção de androgênios e levar a uma proliferação do tumor (disease flare). Por isso, são CI em pacientes com sintomas importantes de obstrução urinária, dor refratária associada ao câncer ou compressão epidural da medula espinhal. Outra complicação importante é a síndrome da deprivação androgênica (~climatério).

55
Q

Qual a opção para pacientes que não podem usar agonistas do GnRH pelo disease flare?

A

O degarelix, uma droga que bloqueia o receptor de GnRH sem estimulá-lo.

56
Q

Como posso evitar o disease flare?

A

Através da adm nas primeiras semanas do tratamento com agonistas do GnRH de uma droga que bloqueie a ligação dos androgênios com seu receptor.

57
Q

Comente sobre os bloqueadores do receptor de androgênio.

A

São medicações que impedem a ligação dos androgênios com seu receptor. Evita ou ameniza a síndrome de deprivação androgênica, sendo o motivo de escolha desse tratamento por alguns pacientes. No entanto, a monoterapia com essa medicação apresenta menor sobrevida em comparação com os que sofrem alguma forma de castração. Pode-se fazer o bloqueio duplo (castração + essas medicações).

58
Q

O bloqueio triplo é mais eficaz que a monoterapia?

A

Não, o bloqueio triplo (castração + bloqueador do receptor de androgênio + inibidor da 5-alfa-redutase) não se mostrou mais eficaz que a monoterapia com agonistas do GnRH.

59
Q

Como é a resposta à terapia de deprivação androgênica?

A

É previsível: em um primeiro momento a resposta é excelente, evoluindo de forma satisfatória com estabilidade da doença. Porém, após alguns anos, aqueles que sobrevivem entram na fase castração-resistente, com progessão da doença a despeito da terapia de deprivação androgênica.

60
Q

Quando fazer a quimioterapia?

A

Naqueles pacientes na fase castração resistentes, podendo usar o decetaxel (escolha).

61
Q

Como tratar as complicações do ca de próstata?

A

Paliação da dor óssea (mx ósseas) com radioterapia externa sobre a área metastática ou radiosiótopos. Pode-se usar bisfosfonados para reduzir risco de fraturas.

62
Q

Qual o prognóstico do ca de próstata?

A

De um modo geral, quanto mais avançada a doença, menor a chance de cura, mas é variável pois estágios III podem ser curáveis e estágios I já podem ter micrometástases.

63
Q

Comente sobre a prevenção do ca de próstata.

A

Não existe evidência de que alguma substância ou medicação possa reduzir o risco de desenvolver ca de próstata, inclusive de inibidores da 5-alfa-redutase, NÃO SENDO RECOMENDADOS PELO RISCO-BENEFÍCIO NÃO SE PAGAR.