Trauma Abdominal e Pélvico Flashcards

1
Q

Conduta geral

A

1)ABCDE
-Hipotensão permissiva ==> PAS em até 70-80 mmHg 4
*se associado com TCE, PAS deve estar em 100mmHg

2)Classificar trauma
-Penetrante ==> arma branca ou fogo
-Fechado ==> contusão

3)Exame abdominal
-toque retal com sangue ==> laceração de alça colonica
-sinais de peritonite
-sinais vitais

4)Condutas específicas para cada caso

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2
Q

Indicações de Laparotomia imediatas

A

1)Trauma penetrante + Choque/ Peritonite / Evisceração

2)Contuso + Peritonite/Pneumoperitonio

3)HDA

4) Sangramento ativo após toque retal
-TGU ou reto

5)TC com contraste alterada

6)Empalamento

7)FAF + instabilidade/transfixante

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3
Q

Conduta para Arma Branca

A

1)Critérios cirúrgicos
-Não respondedor
-Peritonite
-Hematêmese
-Sangue Retal
-Empalamento

2)Exploração manual da ferida ou LPC diagnóstica
-verificar violação do peritônio parietal

3)Alterada ou Duvidosa
-Observação 24h + Hemograma 8h/8h
*sem alteração ==> alta hospitalar

4)Laparotomia se
-Critérios de Abdome cirúrgico
- Leucocitose/ Diminuição de Hb( 3 pontos )
*Sem alteração ==> alta hospitalar

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4
Q

Conduta para trauma Contuso

A

1)Instáveis => FAST OU LPD

FAST/LPD (+) ==> LPT

2)Estáveis => TC de Abdome

*se der, faz TC
*FAST (+) + ESTABILIDADE => NÃO OPERAR

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5
Q

Quadro clínico da Lesão de Baço

A

Sinal de Kehr

-dor referida em ombro
-órgão mais lesado em traumas fechados

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6
Q

Exames específicos

A

Exames específicos para trauma abdominal
-PADRÃO-OURO => TC de Abdome
*necessita de estabilização hemodinâmica

-INSTÁVEIS ==> Lavado peritoneal ou E-FAST

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7
Q

Janelas e sequência do FAST

A

1 - Saco pericárdio: hemopericárdio e tamponamento cardíaco.
2 - Espaço hepatorrenal ou espaço de Morrison: líquido intraabdominal.
3 - Espaço esplenorrenal: líquido intra-abdominal.
4 - Pelve ou fundo de saco de Douglas: líquido intraabdominal.
5 e 6* - Torácico: pneumotórax e hemotórax.
*acrescentados no E-FAST

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8
Q

Indicações de VLP

A
  • Trauma penetrante toracoabdominal: detecção de lesões diafragmáticas
    *Apenas com estabilidade hemodinâmica
  • Ferimentos penetrantes tangenciais em flanco (principalmente obesos): avaliar violação da cavidade abdominal

-Trauma abdominal contuso com suspeita de lesão de víscera oca

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9
Q

Locais mais acometidos em trauma contuso

A

1)Baço

2)Intestino delgado

3)Fígado

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10
Q

Princípios CCD

A

1)Estancar sangramentos
-rafias, ressecção de órgãos se possível ou ligaduras de vasos

2)Controle de contaminação
-reparo rápido ou ressecção intestinal

3)Peritoneostomia
-evitar Sd compartimental no abdome

*evitar a Tríade Letal ==> acidose, coagulopatia e hipotermia

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11
Q

Conduta para trauma de baço

A

1)INSTÁVEL => LPT + Esplenectomia
*Grau I ou II - rafia

2)Não operatório
-Estabilidade hemodinâmica
*(está incluso arteriografia)

3)Arteriografia => Grau III + Blush associado
-grau IV e V + estabilidade hemodinâmica
*Esplenectomia se indisponibilidade de RINT

*Esplenectomia parcial => alta chance de ressangramento (não muito utilizado)

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12
Q

Classificação da lesão de Baço

A

GRAU I => Hematoma ou Laceração
-Hematoma < 10%
-Laceração < 1 cm

GRAU II => Hematoma ou Laceração
-Hematoma 10% - 50%
-Laceração 1cm - 3cm

GRAU III => Hematoma ou Laceração
- Hematoma > 50%
- Laceração maior que 3cm

GRAU IV => Laceração
-Laceração que envolve vasculatura de vasos segmentares ou hilares

GRAU V => Vascular
-Baço destruído

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13
Q

Cuidado pós cirurgico de esplenectomia

A

1)Vacinação até 14 dias

-para germes encapsulados ==> Meningococo, Pneumococo, Haemophilus

2)Vigilância hemodinâmica
-Hemorragia em 2 tempos
-por até 15 dias pós trauma

*existem outras complicações mas menos importante

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14
Q

Conduta para Trauma Hepático

A

1)ESTÁVEIS ==> TC de abdome
-Observação clínica por 24h + avaliar resposta após medidas iniciais
*verificar necessidade de Angioembolização

2)INSTÁVEIS
1° - packing hepático
2° - Manobra de Pringle
3° - Tamponamento/ Reparo direto/ Ressecção lobar/REBOA

*REBOA => balão intra aortico => sangramento refratários à manobra de Pringle

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15
Q

Complicação pós cirurgico de trauma hepático

A

Hemobilia é a complicação mais comum

-Quadro Clínico: TRÍADE DE SANDBLOOM
Dor abdominal- HCD
HD alta
Icterícia
*semanas a meses pós trauma

-Diagnóstico: Angiotomografia
-Conduta: Embolização de A. hepática

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16
Q

Classificação

A

1)Contuso
-órgãos mais acometidos: baço e fígado

2)Penetrante
- arma branca ==> intestino delgado e grosso
- arma de fogo ==> fígado e intestino

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17
Q

Sinais de Lesão Pancreas

A

1)Trauma de alta energia

2)Fratura de Chance associada => fratura transversa da coluna

*pode ter evolução tardia
*amilase não é específica

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18
Q

Conduta para Trauma Duodenal

A

1)Rafia em 2 planos => lesões pequenas

2)Derivação com reconstrução => lesões grandes

GDP => destruição maciça

*Ténica de Vaughan => Rafia + Gastrojejunostomia + Exclusão pilórica

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19
Q

Quadro clínico de Retropneumoperitonio

A

1)Escoliose antálgica

2)Dor lombar irradiando até região escrotal

3)Crepitação ao toque retal

4)RX ==> ar em torno dos rins

*Quaisquer órgãos retroperitoneais podem causar esse quadro
*o que mais causa é o Duodeno

20
Q

Quadro clínico laceração de Duodeno

A

Hematoma de parede duodenal
-Sintomas : Obstrução gástrica, náuseas e vômitos

RX===> Mola em empilhamento de moeda

21
Q

Suspeita de lesão de Intestino Delgado

A

Sinal do cinto de segurança

22
Q

Conduta para lesão de Intestino

A

1)Instáveis => Damage Control
-Sepultamento e revisão

2)Estáveis =>
-Lesões pequenas - rafia
-Lesões grandes - Colectomia segmentar + Anastomose
*delgado segue a mesma ideia

3)Colostomia
-casos específicos (não cai)

*serve para colon e delgado

23
Q

Conduta para lesões pancreáticas

A

1)INSTÁVEL => LPT
-verificar e tratar conforme o grau

2)ESTÁVEL=> TC => CPRE
-a CPRE apenas se paciente piorar/ TC alterada

3)Controle clínico
-SNE
-Jejum
-Avaliação seriada (amilase e lipase e TC)

24
Q

Zonas vasculares retroperitoneais

A

Dividimos em 3 zonas:

1)Zona I
Aorta, tronco celíaco, A. Mesentérica Sup, V. Mesentérica inf., Veias cavas

2)Zona II
-Parênquima e vasos renais, adrenais

3)Zona III

25
Q

Conduta para lesões vasculares

A

1)Lesões penetrantes ==> abordagem cirurgica

2)Lesões contusas
a- Zona I ==> cirurgia
b- Zona II ==> Hematoma em expansão ou Instabilidade hemodinâmica sem outra causa
c- Zona III ==> explorar apenas em últimos casos

26
Q

Tipos de Fraturas de Pelve

A

1)Compressão lateral =>

2)Compressão vertical => cisalhamento

3)Compressão antero-posterior ==> Livro Aberto
-gera instabilidade hemodinâmica
-abertura de mais de 2,5cm

*as duas primeiras causam lesão visceral
*a última causa instabilidade hemodinâmica

27
Q

Conduta fratura de Pelve + Instabilidade HMD

A

1)ABCDE

2)Avaliar a pelve
-inspeção
-mobilização => crepitação
-EF alterado => positivo para fratura e não mexer mais

3)Amarrar a pelve
-altura dos trocanteres maiores

4)Estável ou Instável

Estável => TC de corpo inteiro
Instável => FAST +PTM

5.1)FAST (+) => Tamponamento pélvico extra peritoneal => LPT para abdome
-LPT supra umbilical

5.2)FAST (-) => Tamponamento extra peritoneal

6)Fixação externa da pelve

7)Arteriografia s/n

28
Q

Suspeita de Lesão de pelve

A

1)Instabilidade hemodinâmica

2)Equimoses e hematomas na região pélvica

3)Ureterorragia, sangramento retal

4)Membros em rotação unilateral

29
Q

Complicações tardias trauma hepático

A

HDA ==> Hemobilia

-Tríade de Sandblom => Dor em HCD + Hemorragia Digestiva + icterícia

30
Q

Indicação de Angioembolização no Fígado

A

Estabilidade hemodinâmica + Extravasamento do contraste

-sinais de sangramento ativo também entram
-a estabilidade hemodinâmica pode ser transitória

31
Q

Indicação de Esplenectomia

A

1) Instabilidade hemodinâmica + GRAU IV ou V

2)Refratariedade a tratamento não operatório

32
Q

Situações de dificuldade no FAST

A

1)Obesidade

2)Hemorragia retroperitoneal

3)Ascite prévia

4)Enfisema Subcutâneo

33
Q

Conduta para FAB em dorso e flancos

A

TC com triplo contraste

34
Q

Conduta FAF com estabilidade hemodinâmica

A

1)TC de abdome

2)CIRURGIA => LESÃO DE VÍSCERAS OCAS

3)OBSERVAÇÃO => se não houver lesão

35
Q

Lesões obrigatoriamente cirurgicas

A

1)Líquido livre

2)Diafragma => grande chance de hérnia diafragmática

3)Vasos => sangramento ativo

4)Bexiga => com urina intraperitoneal

*achados de TC ou de LPT

36
Q

Manobra de Pringle

A

Clampeamento do Hilo Hepático:
-A. Hepática
-V.Porta
-Ducto colédoco

RESULTADOS:
-Sangramento parou => um dos dois vasos
-Sangramento não parou => Cava retro hepática ou ramos da A. hepática ou V. Porta

37
Q

Angioembolização no Baço

A

1)Pseudoaneurisma

2)Hemoperitônio

3)Blush na TC

4)Grau III e IV

38
Q

Conduta terapêutica Pâncreas

A

TC de Abdome => CPRE

1)Verificar lesão do ducto

SEM LESÃO ==> GRAU I ou II
COM LESÃO ==> GRAU III ou IV

2)GRAU I OU II => Conservador => Debridamento + Rafia + Observação

3)GRAU III OU IV => Pancreatectomia distal

III =>afeta o ducto prancreático DISTAL => Pancreatect. Distal + Drenagem + Debridamento

IV e V => afeta o ducto pancreático PROXIMAL => Damage control

*lesões avançadas sempre verificar lesão de baço associada

39
Q

Conduta trauma de reto

A

1)EMPALAMENTO => retossigmoidoscopia

2)INTRAPERITONEAL =>
-pequena => rafia primária
-Grande => Retirada do local danificado e rafia

3)EXTRA PERITONEAL =>
-Alto => mesma abordagem Intraperitoneal
-Baixo => 4 D’s

40
Q

Indicação de exploração de retroperitônio

A

Presença de Hematoma retroperitoneal durante a LPT
-varia conforme o local e o mecanismo

1)PENETRANTE
ZONA I => explorar
ZONA II =>. varia conforme local afetado
ZONA III => Explorar

2)CONTUSO
Zona I => explora
Zona II => explorar apenas se falha de tratamento
Zona III => Não explorar

3)HEMATOMA NA TC => Não explorar
-apenas se indicação cirúrgica ou falha de tratamento

41
Q

Indicação de Arteriografia no trauma de pelve

A

Refratariedade da instabilidade
Presença de blush na arteriografia

42
Q

Conduta Trauma pelviperineal complexo

A

1)Lavagem, debridamento e hemostasia ==> CC
-tratar outras lesões antes

2)Não fechar ferimento de forma primária => fechar à vacuo

3)ATB

4)Nutrição parenteral

5)Profilaxia TEV

6)Trato urinário
-SVD ou Cistostomia

7)Colostomia em alça => se trauma no reto

43
Q

Alterações na TC que indicam LPT

A

1)Lesão no TGI
2)Lesão vesical intraperitoneal
3)Lesão do pedículo renal
4) Presença de líquido livre na cavidade
5)Lesão intraparenquimatosa grave

44
Q

Vasos mais acometidos no trauma pélvico

A

1)A. glútea superior

2)A. pudenda interna

45
Q

Lesão na transição toraco-abdominal

A

No geral => Conduta cirurgica
-LPT se instável
-LPC se estável

*Ferimento no lado D => pode ser Observação se estável e sem alterações no EF e USG

46
Q

Manobras

A

1)MATTOX => tração no lado E
-Explorar hematoma no lado E ou Zona I

2)CATTEL-BRASCH => tração lado D
-Duodeno e Pâncreas

3)PRINGLE => clampeamento hilo hepático
-diferenciar sangramentos hepáticos e retrohepáticos

4)WHIPPLE => dissecção da cabeça do Pâncreas
-acesso a V. mesentérica superior

47
Q

Complicações pós trauma de pâncreas

A

1)PANCREATITE AGUDA
-Conduta: CPRE

2)Fístula => principal complicação
-Baixo débito - observar
-Alto débito (> 200 mL) - CPRE