Síndrome da Angústia Respiratória Flashcards

1
Q

O que é Síndrome da angústia respiratória aguda?

A

➢ A síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) pode ser considerada como espectro no desenvolvimento da doença, desde a forma mais leve de lesão pulmonar aguda (LPA)
até a forma mais grave de SARA fulminante e potencialmente fatal.
➢ A SARA caracteriza-se por edema pulmonar súbito e progressivo, infiltrados bilaterais crescentes, hipoxemia que não responde à suplementação de oxigênio e ausência de pressão atrial esquerda elevada.

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2
Q

Quando ocorre a Síndrome da angústia respiratória aguda?

A

➢ A SARA ocorre quando agentes deflagradores inflamatórios iniciam a liberação de mediadores celulares e químicos, causando lesão da membrana alvéolo capilar, além de outra lesão estrutural
dos pulmões. Os fatores associados ao desenvolvimento de SARA incluem lesão direta dos pulmões (p. ex., inalação de fumaça) ou agressão indireta dos mesmos (p. ex., choque).

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3
Q

Quais são a Manifestações clínicas da Síndrome da angústia respiratória aguda?

A
  • Início rápido de dispneia intensa em menos de 72h após o evento inicial;
  • Possíveis retrações intercostais e estertores (acúmulo de líquido);
    Obs.: A retração intercostal ocorre devido ao movimento de abertura e fechamento durante a inspiração e expiração. Durante a inspiração, a musculatura intercostal se expande, enquanto na expiração, essa musculatura se contrai.
    Uma disfunção no relaxamento e na contração intercostal é característica de indivíduos com SARA. Eles podem apresentar respiração paradoxal, onde a inspiração e a expiração
    ocorrem de maneira oposta ao esperado: durante a inspiração, pode haver retração e, na expiração, contração ou vice-versa.
  • Hipoxemia arterial que não responde à suplementação de oxigênio;
  • Lesão pulmonar que progride para alveolite fibrosante com hipoxemia grave persistente;
  • Aumento do espaço morto alveolar e diminuição da complacência pulmonar.
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4
Q

Quais são os Avaliação e achados diagnósticos da Síndrome da angústia respiratória aguda?

A
  • Níveis plasmáticos do peptídeo natriurético cerebral (BNP) para ajudar a diferenciar a SARA do edema pulmonar cardiogênico.
  • Ecocardiografia (ecodopplercardiograma).
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5
Q

Qual o Manejo clínico da Síndrome da angústia respiratória aguda?

A
  • Identificar e tratar a condição subjacente; fornecer cuidados de suporte (intubação endotraqueal e ventilação mecânica; suporte circulatório (ECMO), volume adequado de líquidos e suporte nutricional);
  • Administrar oxigênio suplementar (de alto fluxo) prescrito quando o cliente inicia o quadro de hipoxemia;
  • Monitorar os valores de gasometria arterial (GA), a oximetria de pulso e as provas de função pulmonar;
  • À medida que a doença progride, usar a pressão expiratória final positiva (PEEP);
    Obs.: A PEEP fisiológica média varia entre 5 a 8 centímetros de água. Em casos graves, esta pode aumentar para 10, 12 ou até 14 centímetros de água, indicando uma condição desfavorável para o paciente.
    A PEEP representa uma pressão final no processo expiratório nos alvéolos, impedindo seu colapso durante a expiração.
  • Tratar a hipovolemia cuidadosamente; evitar sobrecarga. (Pode ser necessária a administração de agentes inotrópicos ou vasopressores).
    Obs.: Entre os agentes inotrópicos mais comuns está a dobutamina, e entre os vasopressores, a norepinefrina.
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6
Q

Qual a TERAPIA FARMACOLÓGICA da Síndrome da angústia respiratória aguda?

A
  • Não existe nenhum tratamento farmacológico específico para a SARA, exceto os cuidados de suporte. Numerosos tratamentos farmacológicos estão em fase de investigação para interromper a cascata de eventos que levam à SARA (ex.: terapia de reposição de surfactante (ex.:prostaglandina), agentes anti-hipertensivos pulmonares (ex.: sildenafila) e agentes antissepse).
  • O tratamento adicional para a SARA pode incluir posição de decúbito ventral, ventilação oscilatória de alta frequência e esteroides em baixas doses administrados dentro dos primeiros 14 dias após o início dos sintomas.
    Obs.: A posição de decúbito ventral, conhecida como pronação, tem sido amplamente utilizada desde a década de 1970 e ganhou destaque durante a pandemia de Covid19 para melhorar a troca gasosa em pacientes com SARA. Além disso, o suporte circulatório extracorpóreo (ECMO) tem sido empregado para permitir o descanso
    pulmonar em pacientes graves, especialmente durante a Covid-19.
  • Podem ser utilizados agentes bloqueadores neuromusculares, agentes sedativos e analgésicos para melhorar a sincronização entre cliente e ventilador; o óxido nitroso inalado pode ajudar a reduzir o desequilíbrio de ventilação-perfusão e melhorar a oxigenação.
    Obs.: Agentes bloqueadores neuromusculares podem ser utilizados em situações em que o paciente está ventilando inadequadamente. Para otimizar a ventilação mecânica, o paciente deve ser sedado e bloqueado neuromuscularmente. Um dos bloqueadores musculares comumente usados é o cisatracúrio, especialmente durante a pandemia de Covid-19.
    Além disso, agentes sedativos e analgésicos como fentanil e midazolam são frequentemente utilizados para melhorar a sincronização entre o paciente e o ventilador.
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7
Q

O que é respiração paradoxal?

A

Uma disfunção no relaxamento e na contração intercostal é característica de indivíduos com SARA. Eles podem apresentar respiração paradoxal, onde a inspiração e a expiração
ocorrem de maneira oposta ao esperado: durante a inspiração, pode haver retração e, na expiração, contração ou vice-versa.

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8
Q

Qual o MANEJO DE ENFERMAGEM da Síndrome da angústia respiratória aguda?

A
  • Monitorar rigorosamente o cliente na UTI; avaliar, frequentemente, a efetividade do tratamento (ex.: administração de oxigênio, terapia com nebulizador, fisioterapia respiratória, intubação endotraqueal ou traqueostomia, ventilação mecânica, aspiração, broncoscopia).
  • Considerar outras necessidades do cliente (ex.: posicionamento, ansiedade, repouso).
  • Identificar quaisquer problemas com a ventilação que possam causar uma reação de ansiedade: bloqueio do tubo, outros problemas respiratórios agudos (ex.: pneumotórax, dor) diminuição súbita no nível de oxigênio, nível de dispneia ou mau funcionamento
    do ventilador.
    Obs.: Pneumotórax: ar na pleura.
  • A sedação pode ser necessária para diminuir o consumo de oxigênio do cliente, possibilitar ao ventilador o fornecimento de um suporte completo da ventilação e diminuir a ansiedade do cliente.
  • Se os agentes sedativos não tiverem efeito, podem ser administrados agentes paralisantes (usados durante o menor intervalo de tempo possível e com sedação adequada e controle da dor). Tranquilizar o cliente de que a paralisia resulta da ação do medicamento e que ela é temporária, e descrever o propósito e os efeitos dos agentes paralisantes à família do cliente.
    Obs.: O paciente deve ter o bloqueio neuromuscular e uma sedoanalgesia.
  • Usar estimuladores de nervos periféricos para avaliar a transmissão de impulsos nervosos na junção neuromuscular de determinados músculos esqueléticos quando agentes bloqueadores neuromusculares são usados, a fim de avaliar se os estímulos
    estão, efetivamente, bloqueados.
  • Monitorar rigorosamente os clientes tratados com agentes paralisantes: assegurar que o cliente não fique desconectado do ventilador, e que todos os alarmes do ventilador e do cliente estejam ligados o tempo todo; fornecer cuidados aos olhos (umidificar o globo ocular para evitar úlceras oculares), minimizar as complicações
    relacionadas com o bloqueio neuromuscular e antecipar as necessidades do cliente quanto a dor e conforto.
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9
Q

O que é Pneumotórax?

A

Pneumotórax: ar na pleura.

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10
Q

C ou E: Pacientes sob o uso de cisatracúrio ou outros bloqueadores neuromusculares não devem ser desconectados da ventilação mecânica, e todos os alarmes dos ventiladores e monitores multiparamétricos devem estar ativados. A sedoanalgesia é crucial,
combinando medicação para sedação e analgesia para garantir conforto e evitar dor.

A

CERTO!

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11
Q

Como é a IRA (INJÚRIA RESPIRATÓRIA AGUDA) E O PACIENTE DPOC?

A
  • Pacientes portadores de pneumopatias crônicas, tais como DPOC, podem apresentar, cronicamente, níveis acentuados de hipoxemia e hipercapnia (aumento da PaCO2), em condições basais.
  • Nesses indivíduos, a caracterização gasométrica de uma descompensação aguda pode ser feita, comparando-se os valores dos gases de momento com exames colhidos em momentos de estabilidade clínica.
  • Deve-se observar o pH arterial. A presença de alcalose respiratória (aumento do pH e diminuição da PaCO2) pode indicar hiperventilação por acentuação da hipoxemia, enquanto a acidose respiratória indica retenção aguda de Co2.
    Obs.: O pH varia entre 7,35 e 7,45.
    A PaCO2 varia entre 35 e 45.
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12
Q

Quais são os Sinais e sintomas de gravidade da Síndrome da angústia respiratória aguda? (Quando suspeitar de IRA - insuficiência respiratória aguda)

A

Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
* Paciente com dificuldade respiratória ou alteração de ritmo e/ou frequência ventilatória de início súbito e de gravidade variável.
Obs.: A frequência respiratória normal em adultos é de 12 a 20 respirações por minuto.
Alteração do nível de consciência (agitação, confusão, sonolência, inconsciência);
− Cianose;
− Uso de musculatura acessória, retrações subcostais e/ou de fúrcula;
− Dificuldade na fala (frases curtas e monossilábicas);
− Alteração na frequência cardíaca (bradicardia ou taquicardia >140 bpm); e
− Hipoxemia (Sat O2 < 90%)

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13
Q

A relação PaO2/FiO2 é um dos critérios utilizados para classificar a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) em leve, moderada ou grave.
Assinale a opção que indica essa relação em SDRA leves.
a) <50mmHg.
b) <100 mmHg.
c) > 200mmHg e <300mmHg.
d) entre 50mmHg e 100mmHg.
e) entre 100mmHg e 200mmHg

A

Letra C

Quando se tem uma Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), a relação está abaixo de 200mmHg. De 201 até 300mmHg, tem-se lesão pulmonar aguda.

  • Normalmente, quando se tem PaO2/FiO2 menor do que 150mmHg, indica que a situação está gravíssima. O paciente irá para a prona; começa a se falar de ECMO.
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14
Q

A síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) pode ser considerada como espectro no desenvolvimento da doença, desde a forma mais leve de lesão pulmonar aguda (LPA) até a forma mais grave potencialmente fatal.
Sobre as manifestações clínicas:

A

I – Hipoxemia arterial que não responde à suplementação de oxigênio
II – Lesão pulmonar que progride com hipoxemia grave persistente

Um paciente com SARA:
* Tem instalação aguda dos sintomas;
* Apresenta Raio-X com infiltrado bilateral;
* Apresenta pressão capilar pulmonar menor ou igual a 18mmHg.
− Tem de ter ausência de sinais clínicos de insuficiência cardíaca.

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15
Q

Para que serve a prona?

A

Para melhorar a relação PaO2/FiO2.
Desde 1970, faz-se o procedimento de pronar o paciente. Trata-se do famoso posicionamento de decúbito ventral.
Um procedimento foi recomendado, em março, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pacientes com COVID-19 em Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Trata-se de uma posição (decúbito ventral) em que o paciente é colocado a fim de melhorar os parâmetros respiratórios, facilitando a abertura de alvéolos pulmonares, proporcionando melhores trocas gasosas

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16
Q

C ou E: Na avaliação de insuficiência respiratória aguda em adultos, um caso é considerado suspeito da doença quando o paciente apresenta dificuldade respiratória ou alteração de ritmo e(ou) frequência ventilatória de início súbito e de gravidade variável.

A

CERTO!

17
Q

C ou E: O paciente com insuficiência respiratória aguda possui uma lesão estrutural irreversível e apresenta maior tolerância a hipercapnia, a qual resulta de uma adaptação rápida do organismo a sua condição anormal

A

ERRADO! Normalmente, esse paciente vai apresentar uma PaO2 menor ou igual a 60mmHg; a saturação de oxigênio estará menor de 90% e a PaCO2 estará maior ou igual a 45mmHg. Trabalha-se muito para recuperar esse paciente em SARA indo à causa-base. O paciente é intubado, colocado em ventilação mecânica e bloqueado (com bloqueadores neuromusculares).
Ademais, lhe é feito sedoanalgesia. Ele fica sob monitorização rigorosa na UTI.
O ventilador deve estar com todos os seus parâmetros ajustados, com todos os seus alarmes ajustados. Outrossim, não se deve desconectar o paciente do ventilador mecânico.

18
Q

Na síndrome do desconforto respiratório em recém- -nascidos, utiliza-se __________ exógeno em tubo endotraqueal para reduzir a morbidade e melhorar o prognóstico de pacientes em ventilação mecânica.

A

Surfactante.
Um recém-nascido, principalmente o que não tem ainda a maturação do seu sistema, vai ficar em uma UTI neonatal. Não raro, esse tipo de paciente nasce com deficiência de surfactante, precisando repor.
Dentro da terapia intensiva, usa-se também a prostaglandina como mecanismo que auxilia aquele processo.
Quando se falar de lubrificação, de melhorar a relação da troca gasosa nos alvéolos, o candidato deve lembrar de surfactante.

19
Q

A oxigenoterapia fornece suplementação de oxigênio para o alívio ou a prevenção da hipóxia, mas, em se tratando de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a administração de uma alta concentração de oxigênio remove o impulso respiratório,
podendo levar à insuficiência respiratória aguda. Assim, no caso desses pacientes, quando se administra oxigênio, são utilizadas taxas baixas, além de monitoração da frequência respiratória e da saturação de oxigênio.

A

CERTO! Não é raro que o paciente com DPOC já tenha hipoxemia instalada e que já seja retentor de CO2.
A depender da classificação do DPOC, quanto mais oxigênio ofertar para o indivíduo, pior fica a sua situação. Desse modo, quando se administra oxigênio, são utilizadas taxas baixas, além de monitoração da frequência respiratória e da saturação de oxigênio.

20
Q

A notificação compulsória da síndrome respiratória aguda grave associada a corona vírus deve ser feita em até 48 horas, apenas para a Secretaria Municipal de Saúde.

A

ERRADO! A notificação compulsória da síndrome respiratória aguda grave associada a corona vírus deve ser feita em até 24 horas para a Secretaria Municipal de Saúde, para o Ministério da Saúde e para a Secretaria Estadual de Saúde.