CRISE HIPERTENSIVA Flashcards
C ou E: As emergências hipertensivas serão bem mais graves comparadas às urgências.
CERTO! Começa-se com o seguinte raciocínio: A, E, I, O e U. “E” de emergências hipertensivas. “U” de urgências hipertensivas.
Primeiramente, dá-se prioridade às emergências hipertensivas. Elas têm prioridade no que tange às urgências.
O que são as urgências hipertensivas?
São situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da pressão arterial, definida arbitrariamente como PA sistólica maior ou igual a 180; e uma diastólica maior ou igual a 120 mmHg, sem lesão aguda e progressiva em órgãos-alvo. Portanto, nas urgências hipertensivas, há um aumento acentuado dos níveis pressóricos.
Esse aumento é sintomático, mas sem lesão aguda em órgãos-alvo. Outro aspecto muito forte: sem risco iminente de morte.
O que são as emergencias hipertensivas?
Já as emergências hipertensivas são situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da pressão arterial, definida arbitrariamente como uma PA sistólica maior ou igual a 180 ou uma PA diastólica maior ou igual a 120. No entanto, diferentemente das urgências, aqui existem lesões em órgãos-alvo. Essas lesões em órgãos-alvo são agudas e progressivas, com risco iminente de morte.
A emergência hipertensiva não é definida pelo nível da pressão arterial – apesar de frequentemente muito elevada –, mas
redominantemente pelo status clínico do paciente. Ou seja: pode se manifestar como um evento cardiovascular (infarto, quadro
de angina), cerebrovascular (AVC hemorrágico), renal ou com envolvimento de múltiplos órgãos, ou mesmo na forma de pré-eclâmpsia com sinais de gravidade. Exemplo: indivíduo convulsionando.
Quando uma pressão é considerada ótima?
Quando a pressão arterial sistólica é menor do que 120 e a pressão arterial diastólica é menor do que 80. Tudo o que é menor do que 12 e menor do que 8 é ótimo.
O que seria uma pressão dita normal?
Uma pressão arterial sistólica entre 120 a 129; e uma diastólica entre 80 a 84.
O que seria uma pré-hipertensão?
É aquela pressão arterial sistólica entre 130 a 139 e uma pressão arterial diastólica entre 85 a 89
Como se classifica um indivíduo hipertenso estágio 1?
Classifica-se como um indivíduo hipertenso estágio 1 aquele que tem uma pressão arterial sistólica entre 140 a 159; e uma pressão arterial diastólica entre 90 a 99.
Como se classifica um indivíduo hipertenso estágio 2?
O hipertenso de estágio 2 tem uma pressão arterial sistólica entre 160 a 179; e uma pressão arterial diastólica entre 100 a 109.
Como se classifica um indivíduo hipertenso estágio 3?
Já o hipertenso de estágio 3 é aquele que se enquadra dentro das características das urgências e das emergências hipertensivas. Sua pressão arterial sistólica é maior ou igual a 180; e a pressão arterial diastólica é maior ou igual a 110.
Quando um indivíduo terá uma urgência hipertensiva?
Desse modo, o indivíduo terá uma urgência hipertensiva quando ele tiver uma pressão arterial sistólica a partir de 180 ou uma pressão arterial diastólica a partir de 120. Ele terá uma emergência hipertensiva também quando a pressão arterial sistólica for maior
ou igual a 180 e a diastólica for igual ou maior a 120. No entanto, a diferença é que, na urgência, ele não tem lesões em órgãos-alvo. Já nas emergências hipertensivas, ele tem lesões em órgãos-alvo
O que seria uma pseudocrise hipertensiva?
É a elevação da pressão arterial diante de um evento emocional doloroso, de algum desconforto como: enxaqueca, tonturas rotatórias, cefaleias vasculares ou de origem musculoesquelética, além de manifestações da síndrome do pânico. Exemplo: o indivíduo pode ter uma pseudocrise hipertensiva associada ao uso de substâncias ilícitas, como a cocaína.
Qual a epidemiologia das emergência hipertensiva dentro das crises hipertensivas?
Já a emergência hipertensiva, por 25% de todos os casos de crises hipertensivas.
Por que o indivíduo pode ter uma pseudocrise hipertensiva associada ao uso de substâncias ilícitas, como a cocaína? Qual o tratamento?
Quando ele está sob efeito da droga, essa droga faz vasoconstrição. Ele pode evoluir para um quadro de síndrome do pânico e apresentar uma pseudocrise hipertensiva. Um dos tratamentos para esse indivíduo, quando chega na emergência, é utilizar betabloqueador, a fim de diminuir a frequência cardíaca, para tentar restabelecer esses níveis pressóricos, esse débito cardíaco.
O que é pré-eclâmpsia e eclâmpsia?
Quando a mulher está gestante e possui os níveis pressóricos alterados até a 20ª semana de gestação, ela tem hipertensão arterial (e essa pressão arterial já é crônica). Quando ela desenvolve, a partir da 20ª semana de gestação, essa pressão arterial, essa hipertensão está associada à gestação. Se ela tiver um distúrbio de retenção de líquido (que fisiologicamente já tem), aumento da pressão arterial, com perda de proteína na urina – sem chegar a convulsionar – ela terá uma pré-eclâmpsia.
Ou seja: aqui, ela não convulsionou. Quando ela tem edema generalizado ou edemaque é fisiológico, mas não é fator característico para a definição (…). A definição é: aumento da pressão arterial, presença de proteína na urina. Nesse caso, se ela convulsionar, ela já passará a ter a eclâmpsia, que é bem mais grave. Assim, a emergência hipertensiva não é definida pelo nível da pressão arterial. Ela é definida pelo nível da pressão arterial e como se encontra o paciente, quais são os eventos que ele está manifestando.
Qual a epidemiologia das crises hipertensivas?
A crise hipertensiva responde por 0,45% a 0,59% de todos os atendimentos de emergência hospitalar.
Quais são as situações mais encontradas nas emergências hipertensivas?
O Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI) e o Edema Agudo de Pulmão (EAP) são as situações mais encontradas nas emergências hipertensivas. Ou seja: tem-se, aqui, lesões em órgãos-alvo. Deve-se deixar bem claro que, do ponto de vista epidemiológico, entre 04 a 06 dos atendimentos são de crises hipertensivas nas emergências. E 25% são de emergências hipertensivas (de todos os casos de crise hipertensiva).
O que é a pressão arterial sistêmica?
Tendo em vista que a pressão arterial sistêmica é resultante do produto do débito cardíaco (DC = Fc x VS) pela resistência vascular periférica, elevações agudas da pressão arterial podem resultar de alterações nessas variáveis. Desse modo, quando há aumento da pressão arterial, pode haver aumento do volume intravascular, da resistência vascular periférica, da produção reduzida de vasodilatadores endógenos; e/ou ativação de sistemas vasoconstritores podem precipitar maior vasorreatividade, resultando em crises hipertensivas. Ou seja: uma característica aqui é o aumento da resistência vascular periférica. Pode-se ter aumento do volume intravascular, produção reduzida de vasodilatadores e aumento da vasoconstrição.
Qual seria o prognóstico das crises hipertensivas? O que se espera dessas situações?
A letalidade da emergência hipertensiva, caso não tratada, é de aproximadamente 80% ao final de um ano; e o tratamento anti-hipertensivo efetivo associa-se a uma melhora substancial em seu
prognóstico. A sobrevida de até 5 anos é maior em indivíduos com urgência hipertensiva do que com a emergência hipertensiva.