Segurança e Dimensionamento da Cena Flashcards
O que é OCORRÊNCIA?
Podemos conceituar ocorrência como um evento causado pela ação do homem ou por um fenômeno natural, que pode colocar em risco a integridade de pessoas, de bens ou da própria natureza. Essa situação requer ações imediatas para prevenir ou minimizar a perda
de vidas humanas, danos à propriedade ou ao próprio meio ambiente.
O que é ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR?
Compreende a prestação do suporte básico ou avançado à vida, realizado fora do ambiente hospitalar, para vítimas de traumas ou emergências médicas. Esse atendimento deverá ser realizado por pessoal capacitado e habilitado para tal. O objetivo do APH é
iniciar a avaliação e o tratamento das vítimas o mais precocemente possível, garantindo a elas sua estabilização e seu transporte seguro e rápido até um local onde possam receber tratamento definitivo.
Observa-se que os alunos estudam sobre atendimento pré-hospitalar (APH) e acabam esquecendo do início, que envolve avaliar se a cena do acidente é segura. Uma banca pode explorar esse tópico. No atendimento pré-hospitalar, o objetivo é atender o paciente, estabilizá-lo, colocá-lo em segurança e transportá-lo rapidamente para um tratamento definitivo.
O que fazer em uma CHAMADA DE EMERGÊNCIA?
- Principais dados a solicitar:
- Local do acidente;
- Identificação do solicitante;
- Natureza da ocorrência;
- Ações já empreendidas;
- Riscos potenciais.
Quais os DIFERENTES TIPOS DE OCORRÊNCIAS?
- Acidentes de trânsito;
- Incêndios;
- Acidentes aquáticos;
- Emergências médicas;
- Acidentes com produtos perigosos;
O que fazer no RECONHECIMENTO/AVALIAÇÃO DO LOCAL do APH?
Reconhecimento da situação, realizado pelo socorrista no momento em que chega no local da emergência. O reconhecimento é necessário para que o socorrista possa avaliar a situação inicial, decidir o que fazer e como fazer.
Ex.: suponha que você esteja em uma parada de ônibus e observe uma pessoa caída ao chão na próxima parada, a cerca de 500 metros de distância. Embora possa surgir um instinto de ajudar, é crucial avaliar os perigos ao redor e verificar se a situação pode ser uma
armadilha. Ao se aproximar da vítima e chamá-la pelo nome para verificar sua resposta e sinais de vida, deve-se ter em mente a possibilidade de uma situação de risco. Caso a pessoa responda de forma hostil, revelando uma tentativa de assalto, isso reforça a importância de nunca abordar uma situação sem avaliar a segurança do local. Assim, evita-se o risco de se tornar a próxima vítima.
Passos para avaliar o local: Existem três perguntas que o socorrista deve responder quando avalia o local de uma ocorrência; são elas:
* Qual é a situação? “estado atual”;
* Até onde pode ir? “potencial/ riscos”;
* O que farei e como farei para controlar? “operações e recursos.
Quais os INFORMES DEVEM SER PASSADOS DOS SOCORRISTA para a equipe que vai realizar o atendimento?
Após avaliar o local, o socorrista deverá informar à Central de Comunicações os seguintes dados:
* Confirmação do endereço do acidente (local exato);
* Tipo/natureza da ocorrência;
* Número de vítimas e suas condições;
* Necessidades de recursos adicionais.
Quais são as PRIORIDADES PARA ASSEGURAR A CENA (COMO MANTER O LOCAL SEGURO)?
Em um acidente, muitas pessoas se aproximam, incluindo curiosos, e algumas querem ajudar a vítima de qualquer forma. Suponha que, em uma estrada, ocorreu uma colisão, e as pessoas saíram dos carros para atender a vítima em uma subida, ficando todas no meio do asfalto. Um carro, sem saber o que estava acontecendo e sem encontrar qualquer sinalização, pode acabar atropelando várias pessoas, criando múltiplas vítimas.
Portanto, garantir um cenário seguro é crucial. É necessário tomar medidas as seguintes medidas para assegurar a segurança no local:
* Enumerar as prioridades para manter seguro o local de uma ocorrência.
* Estacionar adequadamente o veículo de emergência;
* Sinalizar e isolar o local;
* Eliminar os riscos potenciais presentes na cena (desconectar baterias, fechar registros de gás, etc.)
Quais são as FORMAS BÁSICAS PARA OBTENÇÃO DE ACESSO AO PACIENTE?
- Ferramentas Básicas: Alicates (simples, isolado, tipo corta-fio);
- Martelos (de orelha, simples, marreta, etc.);
- Machados (cabeça chata, picareta, etc.);
- Serra para metais;
- Serrote;
- Jogo de chaves (de boca, tipo phillips, de fenda);
- Canivete;
- Corta-frio;
- Alavancas (tipo pé de cabra, em “S”, etc.);
- Material de sapa (enxadas, pás, picaretas, etc.).
Quais são os EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI para o APH?
Conceito: EPIs são equipamentos destinados à proteção da integridade física do socorrista, durante a realização de atividades onde possam existir riscos potenciais à sua pessoa.
* EPIs básicos:
* Luvas descartáveis;
* Máscaras ou protetores faciais;
* Óculos de proteção;
* Máscaras de RCP de bolso;
* Colete reflexivo;
* Avental (opcional).
De acordo com o PHTLS, o processo de avaliação geral do paciente divide-se em quatro fases distintas a saber:
* Avaliação da Cena (Dimensionamento da Cena);
* Avaliação Primária;
* Avaliação Secundária;
* Monitoramento e reavaliação.
Como é feita a AVALIAÇÃO/DIMENSIONAMENTO DA CENA?
Nesta fase tem uma série de atribuições que a equipe do ASU tem antes de ter o contato direto com o paciente, portanto, antecede o início da abordagem e das intervenções às vítimas envolvidas no evento.
O marco principal da avaliação da cena é a segurança, a equipe de socorro deve garantir sua própria condição de segurança, a das vítimas e a dos demais presentes. De nenhuma forma qualquer membro da equipe deve se expor a um risco com chance de se transformar em vítima, o que levaria a deslocar ou dividir recursos de salvamento disponíveis para aquela ocorrência.
Esta rápida avaliação do cenário da emergência inclui:
* A revisão das informações do despacho;
* A adoção de medidas de proteção pessoal (precauções universais);
* A verificação das condições de segurança:
− Segurança pessoal;
− Segurança do paciente;
− Segurança de terceiros (familiares, acompanhantes, testemunhas e curiosos);
* A observação dos mecanismos de trauma ou a natureza da doença;
* A verificação do número de vítimas e da necessidade do acionamento de recursos Adicionais.
Na busca de padronização da equipe, o socorrista líder (S1) durante o deslocamento tem a função de revisar a informações do despacho, o socorrista motorista (S3) tem a função de deslocar com segurança e equipe até o local, no local da cena o S3 estaciona a VTR, sinaliza e isola a cena, simultaneamente o S1 reporta a central dando o J 10 e checa a necessidade de recursos adicionais, posteriormente em conjunto com o socorrista assistente (S3) gerencia o meio (estado atual, riscos potenciais e eliminação dos riscos).
Quais são as FONTES RÁPIDAS DE INFORMAÇÃO NO LOCAL DA CENA?
- A cena por si só;
− O paciente (se estiver consciente e em condições de responder);
− Familiares, testemunhas ou curiosos;
− Os mecanismos do trauma e a posição do paciente, qualquer deformidade maior ou lesão óbvia;
− Qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência médica.
Após avaliar a cena e identificar os perigos, o socorrista deverá iniciar o gerenciamento dos riscos presentes e o controle dos mesmos. Esta tarefa geralmente inclui medidas de sinalização do local, isolamento, estabilização de veículos, controle de tráfego, desligamento de cabos elétricos energizados, desligamento de motores automotivos, desativação de
sistemas de air bags, remoção de vítimas em situação de risco iminente, entre outros.