Sífilis Flashcards
Etiologia
Treponema pallidum
É uma bactéria que gosta de umidade, por isso acomete mucosa
Especificidades da sífilis
Não faz cultura (risco biológico)
Não existe PCR para sífilis
Por que é conhecida como grande imitador?
Porque gera vários sintomas sistêmicos (pele, SNC, neuropsiquiátricos, abortos)
Qualquer vacina pode gerar resultado de sífilis positivo
Verdadeiro
Em quais fases há maior transmissibilidade?
Primária e secundária, maior número de troponemas
Transmissão
Contato com lesão cutânea ou de mucosa de parceiro sexual com sífilis primária ou secundária
É transmitido por microfissuras na pele ou pela mucosa mesmo (grande capacidade de absorção)
Se vertical, a transmissão é pela placenta nas fases iniciais da gravidez
Generalidades sífilis primária
Ocorre cerca de 20 dias após a infecção
Lesão primária: cancro duro, local de entrada da espiroqueta
Locais onde ocorre o cancro duro
Homens: glande e região perianal
Mulheres: grandes lábios, vagina, região perianal
Evolução do cancro
Pápula indolor - úlcera indolor com margens endurecidas e base limpa e úmida
Acompanhado de linfonodomegalia
Aspecto morfológico da sífilis
Endarterite proliferativa acompanhada de infiltrado inflamatório plasmocitário
Preservativo protege muito nas fases iniciais da sífilis?
Não, pois contato com qualquer mucosa pode transmitir e a carga bacteriana está alta
Generalidades sífilis secundária
Ocorre se não tratar a primária
Demora cerca de 2 meses para acontecer
Há linfadenopatia generalizada e lesões mucocutâneas variadas
Espiroquetas na corrente sanguínea
O exantema é acastanhado e descamativo, acomete mãos e pés
Pode haver condiloma plano em áreas úmidas
Outras manifestações: hepatite, doença renal, doença ocular, anormalidades GI
Após essa fase, há latência inicial
Latência precoce x tardia
Precoce ocorre em menos de 1 ano após a lesão primária e a tardia mais de um ano
Se não souber quando ocorreu a lesão primária, considera tardia (maior dose de medicamento no tratamento)
Generalidades sífilis terciária
Ocorre após um período de latência de 5 anos ou mais
Acometimentos mais comuns: cardiovascular, neurossífilis, goma (benigna)
Sífilis cardiovascular
Aortite sifílitica
cerca de 80% dos casos de sífilis terciária
Neurossífilis
10% dos casos
Comum em pacientes com HIV
Sintomas cefaleia, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, tabes dorsalis, acometimento de NC, manifestações de AVC (depende da área acometida), paresia
Formas: meníngeas, vasculares e mielopatias
Diagnóstico neurossífilis (LCS)
Pleocitose (+ que 5 leucócitos)
Aumento de proteína (+45)
VDRL + (altamente específico, pouco sensível)
FTA-ABS é mais sensível, mas não indica necessariamente a doença (pode positivar por transferência passiva de ac ao LCS)
Um FTA-ABS - exclui neurossífilis
Goma sifilítica
Locais: osso, pele, membranas mucosas das vias respiratórias e boca
Sífilis congênita generalidades
Transmissão através da placenta
TEM QUE TRATAR PARCEIRO SEMPRE PRINCIPALMENTE NA GESTANTEEE
Mais comum infectar nos estágios iniciais da doença
Sinais de sífilis congênita só se desenvolvem a partir do 4°mês
Manifestações sífilis congênitas
Natimortalidade (hepatomegalia, anormalidades ósseas, fibrose pancreática, pneumonite)
Sífilis infantil (lactentes, há rinite crônica e lesões mucocutâneas, além de lesões viscerais semelhantes aos dos natimortos)
Sífilis congênita tardia (sífilis não tratada com mais de 2 anos de duração, gera tríade de Hutchinson)
Tríade de Hutchinson
Dentes incisivos centrais com aspecto de V
Cegueira
Surdez
Tratamento geral
Penicilina, totalmente sensível
Tratamento forma primária, secundária ou latente precoce
Penicilina G benzatina VIM dose única
Se alergia a penicilina, pode ser usado doxiciclina ou tetraciclina
Tratamento forma latente tardia, CV ou goma
Penicilina G benzatina, 1 dose semanal durante 3 semanas
Tratamento neurossífilis
Penicilina G cristalina IV 10-14 dias
Tratamento na gravidez
SÓ PODE TRATAR COM PENICILINA
Por que ocorre reação de Jarisch-Herxheimer
Ocorre em resposta a lipoproteínas liberadas pela morte da bactéria
Não descontinua o tratamento
Testes treponêmicos para diagnosticar sífilis
Normalmente é o primeiro teste a se tornar positivo
Positiva entre 4-6 semanas após a infecção
Útil principalmente na fase primária, pois os testes não treponêmicos podem estar negativos
São usados para diagnósticar primoinfecção ou confirmar infecção prévia, pois permanecem positivos para sempre
São eles: FTA-ABS e TPPA, dosam ac espefícios contra o T. pallidum
Explique o fenômeno da prozona que pode ocorrer com o FTA-ABS
Os anticorpos podem estar agrupados e dar um falso-negativo (prozona)
Precisa diluir bem a amostra para dar positivo
Testes não treponêmicos sífilis
Medem ac anti cardiolipina-lecitina-colesterol
VDRL e RPR
É quantitativo e o título reflete atividade da doença (após tratamento, deve cair pelo menos 4 títulos para mostrar que o tratamento está sendo efetivo)
Positivam no mesmo tempo que os testes treponêmicos, porém, costuma ser negativa no estágio primário
Se forte suspeição, repetir o teste em poucas semanas e já tratar empiricamente
Muitos falsos positivos, sobretudos doenças autoimunes
A partir de qual fase, obrigatoriamente, tanto os testes treponêmicos e não treponêmicos precisam estar positivos
A partir da fase secundária os dois anticorpos estão altos e já são detectáveis
Se não detectar um deles e tiver suspeição de fase secundária, não é sífilis
Exames diretos, usar ou não?
Não, baixa sensibilidade
Seriam esses exames microscopia, IFD, ampliação de AN
O que é cicatriz sorológica
Teste treponêmico ou não treponêmico positivo mesmo após tratamento adequado e 2 anos de seguimento
Situações com VDRL falso positivo transitório
Vacinas, IAM, doenças infecciosas febris (malária, hepatite), gravidez
Situações com VDRL positivo permanente
Uso de drogas injetáveis, doenças autoimunes, HIV, hanseníase, hepatite crônica, idade avançada