Fungos endêmicos Flashcards

1
Q

Agente etiológico Paracoccidioidomicose

A

Paracoccidioides brasiliensis

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2
Q

Explique a morfologia do paracoco

A

É um fungo dimórfico
Filamentoso na natureza
Leveduriforme no organismo/ cultura
Infecção ocorre através da inalação dos conídios (infecção primária normalmente é pulmonar)

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3
Q

Epidemiologia da paracoccidioidomicose

A

Habitat natural é o solo
Ocorre nas Américas
Reservatórios: tatu (Dazypus novemcintus)

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4
Q

Por que essa doença acomete principalmente homens?

A

Uma proteína do micélio se liga ao estrogeno
O estrógeno impede a conversão de filamento para a levedura
Testosterona não tem esse potencial

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5
Q

População de risco do paracoco

A

Homens de 30-60 anos
Agricultores
Pessoas em estado de desnutrição

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6
Q

Diagnóstico do paracoco

A

Exame direto: escarro, esfregaço de lesão mucocutânea, biópsias de tecido (exame a fresco, cultura, histopatologia)
DD: Leishmaniose cutânea

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7
Q

Qual é o aspecto da cultura desse fungo?

A

Usa-se Grocott e HE
Aspecto em leme de navio

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8
Q

Qual o exame mais importante?

A

MICROBIOLOGIA! SOROLOGIA NÃO DEFINE DIAGNÓSTICO, SÓ PROGNÓSTICO
Exame a fresco em KOH em ágar Sabouraud

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9
Q

Explique a HND do paracoco

A

Inalação - infecção primária
Doença aguda se disseminação hematogênica (quadro ganglionar SEVERO)
Pode haver lesão quiescente e 2 possibilidades
1. Cura
2. Reativação/doença crônica

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10
Q

Pacientes com HIV tem prevalência aumentada de Paracoccidioidomiose e é uma doença definidora de AIDS?

A

FALSO
HIV não aumenta prevalência
Em imunossuprimidos, pode haver reativação com características de fase aguda e sorologia negativa

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11
Q

Quadro clínico

A

Quadro respiratório
Tosse crônica com expectoração ESBRANQUIÇADA
Perda de peso
Lesões ulceradas na face
Histórico de tabagismo e trabalho rural

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12
Q

Manifestações clínicas na forma aguda clássica

A

Adenomegalias, hepatoesplenomegalia, massas intra-abdominais e intratorácicas, lesões ósseas

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13
Q

Manifestações clínicas raras

A

Comprometimento neurológico
Síndrome oculoglandular de Parinaud (Conjuntivite + linfonodomegalia)
Genital

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14
Q

Manifestações crônicas da paracoccidioidomicose

A

Doença pulmonar (intersticial, reticulo nodular, alveolar)
Adenomegalia
Lesões mucosas e de pele
Comprometimento ADRENAL

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15
Q

Tratamento paracoco

A

Primeira escolha - ITROCONAZOL
*Cuidar com interações medicamentosas e hepatotoxicidade
Outras opções: Cetoconazol, fluconazol (só funciona se fungo for puramente levedura, não é o caso)
Tempo: 3 meses

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16
Q

Tratamento paracoco formas graves

A

Anfotericina B

17
Q

Tratamento neuroparacoccidioidomicose

A

Sulfametoxazol + trimetropima
2 anos

18
Q

Diagnóstico/ controle clínico

A

Exame físico
Sorologia
Exame microbiológico/ micológico
Radiografia de tórax

19
Q

Sequelas paracoco

A

Cicatrizes
Fibrose pulmonar

20
Q

Agente etiológico esporotricose

A

Sporothrix spp.
É um fungo dimórfico

21
Q

Onde está presente o Sporothrix?

A

Solo, plantas, produtos de plantas e vários animais, sobretudo GATOS

22
Q

Transmissão esporotricose

A

Inoculação do fungo em regiões de trauma (por isso doença do jardineiro)
Inalação (Rara)
Zoonótica

23
Q

Quadro da esporotricose cutânea localizada

A

Forma linfocutânea é mais comum
Lesão inicial é papulonodular, geralmente eritematosa e pode ulcerar
Lesões secundárias se formam ao longo do trajeto linfático
Normalmente ocorre em extremidades distais
Lesões são indolores

24
Q

Quadro da esporotricose cutânea disseminada

A

Várias lesões
É incomum
Geralmente ocorre em imunossuprimidos e há disseminação hematogênica
Geralmente envolve pele e tecidos moles, mas pode acometer outros sítios

25
Q

Quadro da esporotricose extra-cutânea

A

-Forma pulmonar (tosse produtiva, febre, sudorese noturna, perda de peso)
Fatores de risco: homens, etilistas, DPOC, DM, TB, sarcoidose, uso de esteróides
-Forma osteoarticular (mais comum, ocorre por proximidade ou disseminação hematogênica, normalmente é monoarticular em imunocompetentes)
-Forma meníngea (Rara)

26
Q

LCR na esporotricose meníngea

A

Pleocitose linfomonocitária
Elevação de proteína
Hipoglicorraquia

27
Q

Diagnóstico esporotricose

A

Padrão ouro: cultura de tecidos e fluidos
Imunocomprometido - histologia mostra pouca resposta inflamatória e muitos fungos
SOROLOGIA É POUCO ÚTIL E PODE HAVER REAÇÃO CRUZADA COM OUTROS FUNGOS

28
Q

Tratamento esporotricose

A

Itrocononazol ou anfoterecina B nas formas graves