S12 Hérnias da Parede Abdominal Flashcards

1
Q

Quais os limites do canal inguinal?

A

Parede posterior: fáscia transversalis e músculos oblíquo externo do abdome e transverso do abdome.
Parede anterior: apo MOE.
Anel inguinal interno/profundo: marca o início do canal inguinal e está localizado na fáscia transversalis.
Anel inguinal externo/superficial: marca o fim e está na aponeurose do oblíquo externo.
Superiormente a ele está o oblíquo interno e posterior está o m. transversal.

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2
Q

O que forma o ligamento inguinal? Qual outro nome dele?

A

É formado por um espessamento da aponeurose do m. oblíquo externo, indo da espinha ilíaca antero-superior até o tubérculo púbico. Ligamento de Poupart.

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3
Q

Quais estruturas passam pelo canal inguinal?

A

O funículo espermáticos e o conduto peritôneo-vaginal (CPV) obliterado nos homens e o ligamento redondo do útero nas mulheres (canal de Nuck)

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4
Q

O que é o ligamento de Cooper, qual outro nome e qual sua localização?

A

É um ligamento que sai do ligamento inguinal e se insere na linha pectínea, sendo chamado também de ligamento pectíneo.

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5
Q

O que é o trato íleo-púbico (TI)?

A

É um espessamento da fáscia transversalis que se localiza posteriormente ao ligamento inguinal.

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6
Q

Qual estrutura é de extrema importância nas hérnias inguinais e quais seus limites?

A

O triângulo de Hesselbach, sendo a região de maior fraqueza da fáscia transversalis. É delimitado inferiormente pelo ligamento inguinal, lateralmente pelos vasos epigástricos inferiores (prega abdominal lateral) e medialmente pela borda do m. reto abdominal.

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7
Q

Triangulo de Hessert.

A

Maior fragilidade dentro do hasselbach, em que eu subtraio a area coberta pelo MOI. A borda lat sup é o MOI.

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8
Q

O que delimita o canal femoral?

A

teto: inguinal
medial: lig lacunar
lateral: veia femoral
assoalho: cooper/pectíneo

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9
Q

Orifício miopectíneo de Fruchaud.

A

Área de fragilidade completa - hessert + canal femoral.
Medial: lat do Reto abd
Sup: MOI (arco transversal)
Lateral: ileopsoas
Inferior: assoalho do canal femoral (cooper)

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10
Q

Qual a hérnia de parede abdominal mais frequente?

A

As hérnias inguinais, e dentre as inguinais, a indireta.

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11
Q

Qual a principal localização das hérnias inguinais?

A

À direita.

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12
Q

Por que ocorrem as hérnias inguinais indiretas?

A

Por uma alteração congênica de patência do CPV (processus vaginalis), fazendo uma comunicação entre a cavidade abdominal e o canal inguinal.

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13
Q

Por que ocorrem as hérnias inguinais diretas?

A

Ocorrem por alterações ADQUIRIDAS, havendo um enfraquecimento da parede posterior do canal inguinal (especialmente a fáscia transversalis). Diminuição da hidroxiprolina ou inserção alta do MOI.

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14
Q

Qual a relação das hérnias inguinais com os vasos epigástricos inferiores?

A

A indireta é lateral a esses vasos e a direta é medial.

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15
Q

Quando usar exames de imagem no dx de hérnias inguinais?

A

Dúvida dx.

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16
Q

Qual o QC do paciente com hérnia inguinal?

A

Dor ou sensação de peso na região inguinal, podendo ou não estar associada a abaulamento na região.

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17
Q

Quais os tipos de hérnia de acordo com a redutibilidade?

A

Redutíveis: o saco herniário retorna à cavidade abdominal espontaneamente ou por manobras.
Encarcerada: não é possível redução manual (é irredutível).
Estrangulada: o encarceramento leva ao comprometimento vascular, havendo dor intensa e sinais flogísticos na região.

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18
Q

Quais os principais desencadeadores das hérnias?

A

Condições que aumentem a PIA: constipação, HPB, ascite, tosse crônica (DPOC), tumores abdominais volumosos.

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19
Q

Como deve ser feito o EF do paciente com suspeita de hérnia inguinal?

A

Paciente em pé, avalio a região em repouso e durante Valsalva. Com o dedo no anel, peço Valsalva (Landivar).

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20
Q

Como tentar definir pelo EF se a hérnia é direta ou indireta?

A

O examinador introduz o dedo no anel inguinal externo (palpado através da bolsa escrotal). Solicita-se então que o paciente realize uma manobra de Valsalva. Caso a protrusão venha de encontro ao dedo (ponta do dedo), é indireta. Se a protrusão for sentida na polpa, é direta.

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21
Q

Qual a classificação mais importante das hérnias da região da virilha?

A

A classificação de NYHUS:
I: inguinal indireta com anel profundo preservado (até 2 cm). Mais comum na infância.
II: inguinal indireta com anel profundo alargado, porém parede posterior preservada.
III: defeito na parede posterior - a: direta; b: indireta (alargamento do canal E defeito na parede posterior); c: femoral
IV: recidivante - a: direta; b: indireta; c: femoral; d: mista/combinada.
*Por deslizamento: quando órgãos compõem uma das paredes do saco herniário, como a bexiga.

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22
Q

Qual hérnia inguinal com maior chance de encarceramento?

A

A indireta.

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23
Q

Qual o tto das hérnias inguinais?

A

Tto: se sintomático
Se assintomático ou pouco sintomático: av conduta conservadora (se homem)
Feminino: smp cx (ideal VLP).

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24
Q

Qual minha conduta em caso de hérnia encarcerada?

A

Tento reduzir pela manobra de Taxe (caso sem sucesso, posso tentar fazer analgesia e colocar o paciente em Trendelemburg e tentar reduzir). Caso eu consiga reduzir, cx eletiva. Caso não consiga, cirurgia imediata.

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25
Q

Quando eu não devo tentar reduzir uma hérnia encarcerada? Por quê?

A

Quando há suspeita de estrangulamento (sofrimento isquêmico do conteúdo do saco herniário): achados de obstrução intestinal e sinais de irritação peritoneal, hiperemia no local e hipotensão.

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26
Q

Qual a conduta em caso de hérnia estrangulada?

A

Cx de emergência (inguinotomia). Caso haja necrose do saco herniário, faço ressecção (enterectomia) e anastomose. Caso não haja necrose, apenas reduzo. Caso haja redução inadvertida do saco = LE.

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27
Q

Quando eu devo explorar o canal inguinal contralateral à hérnia indireta em crianças?

A

Não é feita de rotina. Realizar se: prematuros, encarcerada, meninos < 2 anos ou meninas < 4 anos, DVP.

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28
Q

Como é a abordagem anterior e o que difere em cada ténica?

A

Adultos: smp reforço de parede posterior (o que difere é a forma de fazer).
Cca: não faço reforço da parede posterior.

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29
Q

Quais as técnicas de abordagem cirúrgica anterior das hérnias da região da virilha mais usadas? Qual a técnica de escolha?

A

Shouldice, Lichtenstein e McVay. A de escohla é a de Lichtenstein (exceto em crianças).

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30
Q

Explique a herniorrafia à Shouldice.

A

Possui um dos menores índices de recidiva, porém é uma técnica com muita tensão (imbricação dos músculos - suturo um sobre o outro), sendo muito complexa.

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31
Q

Explique a técnica de Lichtenstein.

A

O reforço é com tela de polipropileno suturada junto ao ligamento inguinal, sendo “tension free”, mais simples e com mesmos índices de recidiva.
Tamanho minimo de 6x14 cm e overlap 2 cm no tuberculo pubico

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32
Q

Qual a técnica com o maior índice de recidiva?

A

A de Bassini.

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33
Q

Qual outra abordagem cirúrgica da hérnia inguinal?

A

A abordagem posterior, em que é feito um acesso pré-peritoneal (de dentro para fora).

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34
Q

Quais as técnicas de abordagem posterior das hérnias inguinais? Quais as indicações?

A

Técnica de Stoppa e videolaparoscopia. Estão indicadas em hérnias bilaterais e recidivantes.

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35
Q

Qual a abordagem em hérnias recidivantes?

A

O inverso do que foi feito na primeira.

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36
Q

Como é a técnica de Stoppa?

A

Incisão infraumbilical mediana, descolo o espaço pré-peritoneal, reduzo os sacos herniários e coloco uma tela gigante.

37
Q

Quais as peculiaridades da videolaparoscopia?

A

Menor risco de complicações, a pessoa volta antes a suas atividades, usa sempre tela, porém sem diferença no índice de recidivas.

38
Q

Quais as indicações para correção de hérnia inguinal por videolaparoscopia?

A

Hérinas primárias, unilaterais, recidivantes e bilaterais. É o padrão-ouro para mulheres.

39
Q

Quais as técnicas de videolaparoscopia? Quais as diferenças entre elas?

A

TEP (totalmente extraperitoneal) e TAPP (transabdominal pré-peritoneal).
A TEP não penetra a cavidade peritoneal (não forma aderências e menor risco de lesões), acessa bilateralmente a região inguinal (TAPP precisa de incisão peritoneal bilateral) e pode-se fazer sem anestesia geral. Já a TAPP é realizado pneumoperitôneo, anestesia geral, dúvida se é bilateral ou não.

40
Q

Quais as complicações isquêmicas da cirurgia de hérnia inguinal? CD?

A

Osquite isquêmica. Edema testicular 2-5d após a cx. Esperado é a involução do testículo.

41
Q

Qual a complicação mais comum nos reparos abertos livres de tensão?

A

A dor crônica na virilha.

42
Q

Quais hérnias que mais recidivam e em qual período é mais comum as recidivas (de qualquer hérnia)?

A

As diretas. É mais comum nos primeiros 2 anos após a cx.

43
Q

Quais as principais causas de recidivas das hérnias?

A

Técnica incorreta, HPB, DPOC.

44
Q

Qual a hérnia com maior risco de encarceramento?

A

A hérnia femoral. Porém, quando pegamos uma pessoa com hérnia encarcerada na região inguinal, devemos pensar primeiro em inguinal indireta, pois é muito mais frequente que a femoral (é rara).

45
Q

Qual a epidemiologia das hérnias femorais/crurais?

A

É mais comum em mulheres e à D.

46
Q

Qual o tto das hérnias femorais?

A

Sempre cirúrgico, utilizando-se a técnica de McVay (aproximação do tendão conjunto ao ligamento de Cooper). A laparoscopia pode ser empregada, apresentando menor índice de recidivas.

47
Q

Comente sobre a Dor PO hernia inguinal.

A

Dor aguda < 3 meses: tendencia a melhorar
Inguinodinia: dor cronica > 3 meses após correção de hernia (10-12%). Neuropatica cronica: lesão primária do nervo, formação de neuroma, estiramento/esmagamento, lesão por cautério, aprisionamento na tela, fixação da tela no tuberculo pubico.

48
Q

Nervos mais lesados na correção da hernia inguinal

A

Anterior os classicos (II, IH e RGNGF).
Posterior: Cut fem lat, RFNGF e N femoral.

49
Q

Comente sobre a neurectomia profilática

A

Não indicada de rotina. Reduz a incidência de neuralgia, porém leva a alterações sensoriais.

50
Q

Tto dor PO hernia.

A

identificar o nervo (mapear).
- aguda: analgesia
- cronica: analgesia > bloqueio de nervo > ablação percutanea > neurectomia cirurgica.

51
Q

Quais os FR para hernia inguinal na infância? Taxa de encarceramento.

A

BPN e prematuros
Meninos > meninas
taxa de encarceramento 15-30% (indireta tem risco de encarceramento maior do que a direta)

52
Q

Dx hernia inguinal na infância.

A

Posso confiar apenas na história, mesmo com exame físico duvidoso.

53
Q

Tto hernia inguinal na infância.

A
  • Cx o mais rapido possível. Não faz reforço da parede posterior.
  • Realizar ligadura alta do saco herniário.
  • Tentar fazer a redução manual exceto se sinais claros de estrangulamento. Se reduziu, cx imediata ou na mesma internação (24-48h após).
54
Q

Qual principal ddx da hernia inguinal na infância? Comente.

A

Hidrocele:
- Comunicante: não fechamento do conduto peritoniovaginal. Variação do volume
- Não comunicante: liquido residual que não altera o volume.
- Tto: regressão em 12 meses, porém operar se concomitante a hernia inguinal.

55
Q

Qual a primeira divisão devo fazer ao estar diante de uma hérnia umbilical?

A

Dividir entre adultos e crianças.

56
Q

Por que ocorre a hérnia umbilical e qual o conteúdo de seu saco herniário?

A

Crianças: ocorre por um defeito congênito em que não há fechamento do anel umbilical.
Adultos: enfraquecimento adquirido.
O conteúdo geralmente é de gordura pré-peritoneal ou omento, sendo raro ter alças intestinais.

57
Q

Qual o tto da hérnia umbilical em crianças?

A

Como na grande maioria dos casos haverá fechamento espontâneo com redução da hérnia, o tratamento pode ser inicialmente conservador. Porém em algumas situações, o tto cirúrgico se faz necessário.

58
Q

Quando fazer o tto cirúrgico das hérnias umbilicais em crianças?

A
  1. Concomitante a hérnia inguinal.
  2. > 2 cm.
  3. Associada a DVP.
  4. Não fecha com 4-6 anos.
59
Q

Qual o tto da hérnia umbilical nos adultos? Quais os FR?

A

Cx se: sintomático, grande, encarceramento ou ascite volumosa.

60
Q

Qual a epidemiologia da hérnia umbilical nos adultos?

61
Q

Comente sobre as hérnias epigástricas.

A

Entre xifoide e cic umb.
3-5% da pop, cruzamento aponeurotico unico na linha média
Def peq e múltiplos
Dor desproporcional ao tamanho

62
Q

Técnica cx para hernia umbilical.

A

Tec de Mayo: apenas sutura
Menores 1-2cm: síntese primária. Maiores: tela.
VLP é uma opção: grandes defeitos, recidivas e obesos.

63
Q

Cx de hernia umbilical no cirrótico.

A

alto risco de hernia umbilical (desnutrição, PIA, disf sistemica).
Se pouco sintomático e ascite não volumosa: manejo da ascite e correção no momento do transplante.
Cx imediata se: encarcerada, rotura, sintomático ou afinamento acentuado da pele (rotura iminente: secreção de líquido, escara no ápice).

64
Q

O que são e por que ocorrem as hérnias incisionais?

A

São hérnias ocasionadas pela deiscência aponeurótica, herniando na região de uma incisão cirúrgica.

65
Q

Quais os FR das hérnias incisionais?

A

FR: obesidade, ISC, idade avançada, gravidez, desnutrição, DM, GC, DPOC, ascite volumosa, QTx, falha na técnica

66
Q

Classificação de hernia incisional.

A

Sociedade europeia.
M: linha média. M1 (mais dificuldade na correção cx) (até 3 cm abaixo do xif), M2 até 3 cm acima da CU, M3 CU, M4 abaixo 3 cm da CU, M5 3 cm acima da SP.
L: lateral - L1 do rebordo costal até 3 cm acima da CU, L2 idem M3, L3 3 cm abaixo da CU, L4 lombar
Tamanho:
Largura (W):
W1 < 4
W2 4-10
W3 >=10

67
Q

Tto hernia incisional.

A

Incisional < 1 cm: sempre tela
Incisional 1-10 cm: tela obrigatória, seja convencional ou VLP.
1-4cm: reparo aberto (VLP se obeso ou infecção)
4-10cm: aberto ou VLP
> 10 cm (hernia complexa): pode haver perda de domicílio, com encarceramento cronico. Avaliar separação de componentes e domicílio abdominal

68
Q

Localização da tela na hernia.

A

Onlay: acima da aponeurose. Menos trabalho, maior risco de ISC.

Sublay: rives-stoppa, abaixo do m reto abd e acima do peritonio

Underlay: IPOM - abaixo do peritonio, VLP

Inlay: entre a aponeurose, no próprio defeito, quando não consigo realizar a aproximação.

69
Q

Quando indicar pneumoperitônio progressivo pre operatório na hernia incisional? Comente.

A

Método de Tanaka: relação entre o volume da hernia e o volume da cavidade abdominal: qnd > 25%, indicar o PPPO.
Avaliar PIA no intra e pós op.
Avaliar Tox botulínica.

70
Q

Qual o nome e como realizar a separação de componentes?

A

Técnica de Ramirez:
Incisão na bainha posterior do reto a meio cm da margem fascial do defeito, com dissecção do plano muscular até a linha semilunar (avanço do reto abd para permitir o fechamento do defeito)
Permite avanço de até 10 cm
Posso fazer da parede anterior, posterior ou de ambas.

71
Q

Quando realizar a separação de componentes?

A

Índice de carbonel OU relação reto-defeito OU classificação de LOVE
Relação entre a largura do reto direito, reto esquerdo e da hernia
(LRD + LRE)/Larg defeito herniario
> 2: não precisa de separação
< 1,5: provavel separação
Hernias M1: sempre realizar separação de componentes.

72
Q

Qual o objetivo e como fazer o uso da toxina botulínica?

A

Tox botulínica: 4 semanas antes da cx, no MOI e MOE (poupo o transverso) - obj evitar a separação de componentes.
Facilitar o pneumo pre op
É uma opção em relação à separação de componentes.

73
Q

CI relativas à correção das hérnias incisionais.

A

Tabagismo (4-6s)
Obesidade (ideal < 35-40)
DM (HbA1c < 8%)

74
Q

O que é a hérnia de Spiegel? Tto e dx.

A

Hérnia entre a borda lateral do m. reto do abdome e a linha de Spiegel (semilunar), geralmente sobre/abaixo a linha arqueada de Douglas.
Hernia interparietal (entre os folhetos, sendo difícil palpar o colo).
Dx com TC.
Sempre tto cx.

75
Q

Comente sobre as hérnias lombares.

A

Se formam nos triângulos lombares inferior e superior. A hérnia no triângulo superior (borda inf 12a cost, m paraespinhais, m grande dorsal) é a de Grynfelt (é a mais comum) e no inferior é a de Petit (acima da crista iliaca, MOE e grande dorsal). Não tendem a encarcerar e as pequenas são, geralmente, assintomáticas. Quando grandes –> dor lombar.

76
Q

Hernia de Littre

A

O conteúdo do saco herniário é o divertículo de Meckel.

77
Q

Amyand

A

apendice na inguinal

78
Q

Garengeot.

A

Garangeot: apendice na femoral.

79
Q

Pantalona

A

Pantalona: hernia mista (Direta + indireta).

80
Q

Qual a hérnia que pode fazer isquemia (estrangular) sem haver obstrução intestinal?

A

A de Richter, ocorrendo por pinçamento da borda antimesentérica. É mais comum na femoral.

81
Q

Explique a anatomia videolaparoscópica do acesso trans-abdominal pré-peritoneal.

A

É a imagem dos 5 triângulos delimitados pleo T invertido: os triângulos são:

  • Triângulo do desastre (DOOM): formado pelos vasos deferentes medialmente e espermáticos lateralmente, correspondendo à localização dos vasos ilíacos externos.
  • Triângulo da dor: é a passagem do nervo cutâneo lateral da coxa, do ramo femoral do nervo genitofemoral e e do nervo femoral.
  • I: hérnias indiretas.
  • D: hérnias diretas.
  • F: hérnias femorais.
82
Q

Mais imagens.

83
Q

Qual a epidemiologia e o conteúdo da hérnia obturadora?

A

Mulheres idosas e do lado direito, sendo que o conteúdo, geralmente, é ID.

84
Q

Por que ocorre a hérnia obturadora? FR?

A

Enfraquecimento da membrana obturadora.
FR: mulheres multiparas, idosas, obesas

85
Q

Qual o QC da hérnia obturadora?

A

Pela compressão das estruturas vasculonervosas da região (p nervo obturador): Howship-Romberg (dor na face anteromedial da coxa aliviada pela flexão da coxa).

86
Q

Qual o tto da hérnia obturadora?

A

Abordagem posterior com sutura simples ou pequeno segmento protético.

87
Q

Quais os achados de TC da hérnia obturadora?

A

Insinuação da hérnia entre os mm. obturador externo e o pectíneo.

88
Q

Qual uma CI importante ao uso da tela?

A

Quando houver necrose, perfuração e contaminação local pela hérnia estrangulada, estando associada ao aumento no risco de infecção e piora da morbimortalidade relacionada ao procedimento.