S08 TCE TRM ME Flashcards

1
Q

Qual o objetivo principal do tratamento do TCE?

A

Prevenir a lesão secundária.

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2
Q

Valor normal de PIC.

A

5-15. > 20 sustendada está associada a pior prognóstico.

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3
Q

Como pode ser prevenida a lesão cerebral secundária no TCE?

A

Através da oxigenação adequada e manter PA suficiente para manter a perfusão cerebral.

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4
Q

Qual a importância do osso temporal no TCE?

A

É o osso mais fino da abóboda craniana, sendo frequentemente fraturado e, além disso, é onde passa a a. meníngea média, havendo grandes chances de ruptura desse vaso.

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5
Q

Como é o exame neurológico inicial no paciente com TCE?

A

ECG (seriada e comparativa, depois de exluir uso de álcool e drogas), avaliação da função pupilar e déficit motor lateralizado.

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6
Q

Como a lesão expansiva do hematoma epidural promove alteração pupilar?

A

Por produzir efeito de massa, o hematoma epidural promove herniação do úncus, havendo comprometimento do NC III (oculomotor) ipsilateral à lesão (midríase/anisocoria ipsilateral).

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7
Q

Quais achados sugerem herniação de úncus?

A

Anisocoria ipsilateral à lesão, déficit motor contralateral à lesão (por compressão do pedúnculo cerebral ipsilateral, onde passam as fibras do trato corticoespinhal - 1° neurônio motor). Caso a herniação empurre o mesencéfalo e comprima o pedúndulo cerebral contralateral, o déficit motor lateralizado é ipsilateral à lesão e é chamado de Síndrome de Kernohan.

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8
Q

Quando um paciente apresenta TCE grave?

A

Alterações pupilares, ECG < 9, assimetria motora, fratura aberta/exposição de tecido encefálico, fratura de crânio com afundamento e queda maior que 3 pontos na ECG (independentemente da ECG prévia).

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9
Q

Qual exame diagnóstico é realizado no TCE e quanto é realizado?

A

TC, sendo realizado após estabilização hemodinâmica desse paciente. Deve ser repetida de forma seriada caso apareçam alterações neurológicas ou após 12 e 24h caso haja alteração na TC (contusão ou hematoma).

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10
Q

Qual dado da linha média é frequentemente associado a drenagem cirúrgica imediata do hematoma?

A

> 5 mm.

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11
Q

Quais os tipos de TCE de acordo com a ECG? Imagem ECG.

A

TCE leve: 13-15. TCE moderado: 9-12. TCE grave: 3-8. Caso haja discordância entre os lados, usar a MELHOR resposta motora.

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12
Q

Comente sobre a ECG-P.

A

É a adição da avaliação das pupilas na ECG, sendo que eu retiro pontos da ECG caso alterada a reatividade da pupila: 2 pupilas reativas = 0 pontos; 1 pupila não reativa = 1 ponto retirado; 2 pupilas não reativas = 2 pontos tirados da ECG.

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13
Q

Qual o singificado clínico da fratura de crânio?

A

Não apresenta correlação direta com a gravidade do TCE, mas esses pacientes apresenta um risco maior de hematoma intracraniano.

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14
Q

Como são produzidas as lesões cerebrais difusas e quais são elas?

A

São produzidas pela desaceleração súbita do SNC dentro do crânio. Concussão e lesão axonal difusa.

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15
Q

Qual o QC da concussão cerebral?

A

Perda TRANSITÓRIA da função neurológica < 6h (amnésia, confusão ou perda da consciência), sendo um distúrbio NÃO FOCAL.

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16
Q

TC LAD.

A

Os achados de TC podem ser normais, edema cerebral difuso (perda da distinção habitual entre tecido cinza e branco) ou hemorragias pontilhadas em todos os hemisférios cerebrais, principalmente nos limites entre substância cinzenta e branca (LAD).

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17
Q

O que é a LAD?

A

É uma lesão anatomopatológica em que houve ruptura dos axônios.

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18
Q

Qual o QC da LAD?

A

Perda da consciência por mais de 6h.

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19
Q

Como ocorre a LAD?

A

Ocorre através da aceleração rotacional da cabeça, em que o encéfalo gira sobre o tronco encefálico, rompendo os axônios que comunicam essas 2 estruturas.

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20
Q

Como confirmar o Dx de LAD?

A

Através da TC sem lesões expansivas ou HIC.

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21
Q

Qual o melhor exame para detectar as lesões axonais da LAD? Qual o achado no exame?

A

RNM: hipersinal no esplênio do corpo caloso.

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22
Q

Quais as lesões focais e qual a mais encontrada? E as difusas?

A

Focais: hematomas subdural (p), epidural e intraparenquimatoso.

Difusas: concussão, contusão, LAD e lesão hipóxica isquêmica.

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23
Q

Qual população está mais suscetível ao hematoma subdural? Justifique.

A

Idosos e alcóolatras, pois há atrofia cerebral nesses pacientes, fazendo com que as veias que são rompidas na formação do hematoma subdural (bridging veins) fiquem esticadas e mais suscetíveis à rotura.

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24
Q

FR HSD

A

Atrofia cortical e uso de anticoagulantes

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25
Q

Qual a importância da presença de tríade de Cushing?

A

HIC grave: bradicardia, hipertensão e irregularidade respiratória.

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26
Q

Qual exame é usado na avaliação do hematoma subdural? Qual o achado nesse exame sugere esse hematoma?

A

TC. Coleção hiperdensa em crescente (acompanhando a concavidade da calota craniana). Pode haver edema e desvio de linha média (DLM).

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27
Q

Qual a conduta em hematoma subdural?

A

DLM > 5mm: craniotomia ampla.

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28
Q

Como ocorre o hematoma epidural?

A

Ocorre pela ruptura de ramos da artéria meníngea média (mais raramente lesão de seio venoso sagital, veia meníngea média e veias diploicas).

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29
Q

Qual a relevância do hematoma epidural ser de origem arterial (na grande maioria das vezes)?

A

Faz com que ele se instale imediatamente e continue a evoluir progressivamente, podendo alcançar grandes volumes em pouco tempo.

30
Q

Qual o QC do hematoma epidural?

A

Intervalo lúcido: perda da consciência (ou não) após o TCE > recupera > degeneração do quadro com piora súbita da consciência, podendo evoluir com hérnia de úncus.

31
Q

Qual a conduta no hematoma epidural?

A

Sintomático com DLM > 5: craniotomia. Assintomático com DLM > 15 mm: craniotomia.

32
Q

O que é a contusão cerebral?

A

É um comprometimento da superfície do cérebro (córtex e subcórtex) com graus variados de hemorragia petequial, edema e destruição de tecido.

33
Q

Qual o QC da contusão cerebral?

A

Déficit neurológico em graus variados.

34
Q

Quais as complicações da contusão cerebral?

A

Cicatrizes corticais, favorecendo o aparecimento de epilepsia pós-traumática, e efeito de massa - implica em necessidade de TCs seriadas para avaliar mudança no padrão de lesão 24h após a TC inicial.

35
Q

CD no TCE leve.

A

TC se: Head CT ou anticoagulantes.
- Perda de consciência testemunhada
- Amnésia retrógrada > 30 min após o impacto.
- ECG < 15 após 2h
- Fx aberta/afundamento
- Fx base crânio
- Vômitos > 2 ep
- Idade > 65 anos
- Mecanismo: ejeção, atropelamento, QON > 5 degraus ou 0,9 m.

36
Q

Qual a conduta no TCE moderado?

A

TC e AV neurocx sempre. Reavaliação seriada por pelo menos 24h. Nova TC em 24h se alteração na inicial ou piora neurológica.

37
Q

Qual a conduta no TCE grave?

A

Prevenção de lesões 2árias:
PPC > 60 (cabeceira 30-45 / PAS > 100 / CI hipot permissiva)
VAA
Cateter PIC (Se GCS < 9 e alt na TC)
GC nao melhora prognóstico no trauma (exceto abscesso e tumor)
Hipotermia nao melhora prognostico no TCE grave.

38
Q

Alvos laboratoriais e de SSVV no TCE grave.

A

Glic 80-180
Hb > 7
INR < 1,5
Na 135-145
PO2 > 100
PCO2 35-45
Plaq > 75k
PPC > 60
SaO2 > 94

39
Q

O que é a doutrina de Monro-Kelly?

A

O volume do conteúdo do crânio permanece constante, portanto em lesão expansiva, começa a sair líquor e sangue venoso, mantendo a PIC constante. Porém, chega a um limite da saída dessas substâncias e há, então, aumento da PIC. A próxima substância a sair nessa situação é a massa encefálica.

40
Q

Langfit.

A

Curva de volume e pressão: inicialmente, a pressão varia pouco por mecanismos compensatórios. Quando descompensa, a pressão se eleva mt rapido.

41
Q

Comente sobre a pressão de perfusão cerebral (PPC).

A

PPC = PAM - PIC. O ideal é manter a PPC > 60 mmHg.

42
Q

Comente sobre a hiperventilação no TCE.

A

É uma faca de dois gumes, pois ao mesmo tempo que a queda na PCO2 diminui a PIC, há vasoconstrição cerebral e piora a isquemia cerebral. Portanto deve ser realizada por curtos períodos e apenas quando tudo não deu certo para controlar a PIC.

43
Q

Critérios para abrir protocolo de ME.

A

Coma nao perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente, presença de lesão enfecalica conhecida, irreversível e capaz de causar ME, ausencia de fatores trataveis confundíveis, tto por periodo minimo de 6h (se hipoxico isquemico, 24h).
T > 35, SaO2 94, PAS > 100, PAM > 65

44
Q

Como realizar o dx da ME?

A

2 exames clínicos: coma nao perceptivel e ausencia de reflexo de tronco +
teste de apneia +
exame complementar

45
Q

Quem e como realizar exame clínico para ME.

A

Medicos diferentes e capacitados (1 com RQE emergencia, neuro ou UTI e o outro capacitado (> 1 ano ou > 10 dx em curso).
Intervalo entre exame de 1h.

46
Q

Teste de apneia para ME.

A

Realizar 1 única vez. Ausência de mov resp na hipercapnia (PCO2 > 55)

47
Q

Exames complementares na ME.

A

Ausencia de fluxo: doppler ou arteriografia.
EEG
Atividade metabólica por PETCT

48
Q

Como fazer a avaliação do potencial doador da ME?

A

1) Inexistencia de CI clinica ou laboratorial, como: insuf organica comprometedora: IRA, cardíaca, hepática, pancreatica
2) Doença infecciosa: HIV, chagas
sepse ou SDMOS
3) Doença degenerativa cronica que possa ser passada
4) Cancer (exceto SNC, CBC e CU in situ)

  • Cuidados com o doador:
    em caso de PCR, reanimação, acesso, reposição volemica, DVA
49
Q

Tipos de fx de crânio e tto.

A

1) Linear simples (n precisa tto cx, mas preciso avaliar se cruza território vasc para avaliar hematoma)
2) Afundamento (lesão cerebral adj, nem sempre precisa de fixação. Fixar se a depressão for maior que a espessura da calota)
3) Aberta (rotura da dura: desbridamento e fechar a dura)
4) Base de cranio (TC grande exame, se fístula liquorica, o risco de meningite é de 30%).

50
Q

CD na fístula liquórica.

A

Sempre ATB, cabeceira elevada, repouso, reduzir PIC para diminuir o debito da fístula (cx se refratário).

51
Q

QC fx base crânio.

A

Battle, guaxinim (tem que ser bilateral - placa crivosa), paralisia facial, perda da audição, fístula liquórica.

52
Q

PAS alvo no TCE grave.

A

50-69: > 100
Demais: > 110.

53
Q

Hiperventilação no TCE grave.

A

Não realizar profilático (faca de dois gumes). A PCO2 deve se manter proxima a 35, porém se déficits focais pode-se deixar PCO2 25-30 por breve período.

54
Q

Hipotermia no TCE grave.

A

Reduz a PIC, mas não a mortalidade.

55
Q

Frequência lesão coluna.

A

Cervical > torácica = toracolombar = lombossacra.
10% com lesão cervical possui outra associada.

56
Q

Dermátomos x nível na coluna.

A

C5 ombros e deltoide
T2 axilas
T4 mamilos
t8 xifoide
t10 umbigo
t12 sinf pub
L3 joelho (L desce).
S4 e S5 esfincter perianal. S sobe

57
Q

Rx de coluna cervical.

A

Ocipício até T1, perfil e AP.

58
Q

Fx instável de coluna.

A

Risco iminente de deslocamento com lesão medular = necessitam de fixação interna. Nas estáveis, apenas imobilização externa é suficiente.
Instável se comprometimento de 2 ou mais das colunas (anterior, média e posterior).

59
Q

Retirada do colar cervical.

A

Canadian:
- GCS 15
- sem FR: > 65a, mecanismo
- parestesia em extremidades
- avaliação é segura? Fat confusional
- rotação 45° ativa. manter sem dor = retirar

NEXUS:
Não pode ter nenhum
- Neurologic deficit
- Etanol (intoxicação)
- Xtreme distracting injuries.
- Unable to provide history (alteração NC)
- Spinal tenderness

60
Q

Comente sobre a luxação atlanto occipital.

A

Bebe sacudido (flexao e distração).

61
Q

Comente sobre a fratura de C1.

A

Fx de Jeferson: Fx de C1, mergulho de agua rasa com pressão no eixo axial.
Explosão 4 partes
Arco anterior e posterior

62
Q

Subluxação por rotação em C1.

A

Pode ocorrer espontaneamente, o dente do axis não está equidistante às massas laterais do atlas. Torcicolo. Não reduzir.

63
Q

Fx do odontoide.

A

P fx de c2. Tipos:
I: extremidade do odontoite. Tto com CC.
II: na base, mais comuns. Tto com colete rígido ou cx.
III: na base e se extendem ao corpo do axis. Tto colete.

64
Q

Fx de axis posterior.

A

Fx de Hangman: do enforcado, enveolve a parte interarticular, por hiperextensão. Fx instável, porém raramente com lesão medular pelo diâmetro do canal na região. Tto com colar ou cx se compressão.

65
Q

Sd cauda equina.

A

Perda da função motora, sensitiva e reflexa de L4 a S5, com paraparestesia (perda parcial dos movimentos das pernas), anestesia em sela (sacral), ausência de reflexos sacrais e tônus retal, sem Babinski e com disfunção esfincteriana (bexiga neurogênica). Fx de coluna lombar.

66
Q

Fx impactada.

A

Idosos com osteoporose, dor na coluna e cifose, redução na altura do corpo vertebral, tto com repouso, órtese toracolombar em extensão e exercícios.

67
Q

Fx de Chance.

A

Hiperflexão vertebral (cinto 2 pontos), muito associado ao trauma abdominal. Achatamento do corpo e abertura do espinhoso. Tto cx.

68
Q

Sd secção medular.

A

Tetraplegia e perda de td pra baixo.

69
Q

Choque medular x neurogênica.

A

Choque neurogenico: choque = hipotensão
Lesão do simpatico, com bradi/normocardia e hipotensão.
Torácica alta (T6 acima).
Tto volume + DVA +/- atropina

Medular: pancada na medula
Não tem hipotensão
Arreflexia pos trauma medular
Pode reverter após 1-2d. Se manter, dificilmente há recuperação posterior

70
Q

Sd medulares incompletas.

A

Sd centromedular:
- hiperextensão
- perda de força muscular e sensib nos MMSS (p maos) e preservado nos MMII

Sd medular anterior:
- retropulsao do disco ou frag do corpo para o internor do canal
- tetraplegia e perda da sensib dolorsa, porem nao altera sensib tatil, propriocepcao e vibração

Brown-seqard:
- Hemissecção medular (FAB geralmente)
- hemiplegia + perda da propriocepção ipsi + perda da sensib dolorosa contralateral.

71
Q

CD TRM.

A

Sem distração vertebral (alargamento do espaço discal): tração craniana para estabilizar a coluna a reduzir luxações.

72
Q

Quando cx de descompressão de urgência?

A

Qnd lesão medular incompleta por compressão por fragmentos ósseos no canal.