S11 Complicações PO Flashcards

1
Q

Quais as principais causas de febre per-operatória (intra-operatória)?

A

Infecções prévias, reação à droga ou à transfusão e hipertermia maligna.

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2
Q

Quais as principais causas de febre nas primerias 24-72h de PO?

A

Atelectasia (principal) e infecção necrosante da ferida cirúrgica.

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3
Q

Quando vou pensar em atelectasia?

A

Manifestação TÍPICA a febre em até 72h do PO, podendo ou não ter taquipneia e dor pleurítica.

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4
Q

Quais as principais causas de febre após 72h de PO?

A

ISC (S. aureus), ITU, pnm, parotidite supurativa, TVP e reação à droga.

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5
Q

O que é e por que ocorre a hipertermia maligna (HM)?

A

É uma desordem rara do MEE, hereditária, que ocorre pela exposição a determinados agentes anestésicos (succinilcolina e inalatórios), deflagrando a crise.

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6
Q

Como os distúrbios metabólicos se desenvolvem na HM?

A

Metabolismo anaeróbico com produção de lactato (acidose metabólica AG elevado), além de morte celular (rabdomiólise), promovendo hiperK, hiperP, mioglobinúria.

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7
Q

Qual o sinal mais precoce e confiável da HM? Comente sobre outros achados.

A

É o desenvolvimento de hipercapnia resistente ao aumento da ventilação minuto. Outros achados são rigidez do masseter, rigidez muscular generalizada (que, na presença de bloqueadores neuromusculares, é patognomônico de HM) e alterações ECG da hiperK.

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8
Q

Quando ocorre a HM?

A

Geralmente após 30 minutos da anestesia, mas pode ocorrer até 24h após a cirurgia.

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9
Q

Qual a conduta em HM?

A

Suspender a cx (caso não seja possível, trocar a droga anestésica), iniciar imediatamente o dantrolene (potente relaxante muscular), resfriamento, bicarbonato, …

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10
Q

Quais as manifestações do seroma?

A

Abaulamento sem dor, sem sinais flogísticos e pode haver drenagem de líquido claro.

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11
Q

Qual o tto do seroma?

A

Como o próprio organismo reabsorve, pode-se aguardar a reabsorção. Porém quando muito volumoso, posso aspirar e fazer curativo compressivo.

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12
Q

O que é o hematoma na FO?

A

É o acúmulo de sangue e coágulos sob a ferida no TCS.

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13
Q

Por que ocorre o hematoma?

A

Por hemostasia inadequada (falha de técnica ou coagulopatia).

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14
Q

Os hematomas são mais preocupantes que os seromas? Explique.

A

Sim, pois há a possibilidade de infecção secundária.

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15
Q

Quais as manifestações do hematoma?

A

Coleção arroxeada, podendo ser dolorosa e drenar conteúdo vinho-avermelhado.

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16
Q

Qual o tto do hematoma?

A

Se volumoso, tratar com abertura da região, limpeza e ressutura.

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17
Q

Quais as manifestações da deiscência aponeurótica? Quando ocorrem?

A

Dor local, abaulamento, saída de secreção sero-sanguinolenta (água de carne), sendo chamada de eventração. Pode ocorrer evisceração (casos graves), e hérnias incisionais

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18
Q

Quais fatores aumentam o risco de deiscência aponeurótica?

A

Cx emergência, má técnica, dificuldade cicatricial, IDADE AVANÇADA, aumento da PIA, INFECÇÃO DA FERIDA, HEMATOMA, seroma, GC, OBESIDADE, DESNUTRIÇÃO, CÂNCER.

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19
Q

Qual o tto da deiscência aponeurótica?

A

Reoperação (evisceração é emergência cirúrgica - manter compressas umedecidas com solução salina nas alças expostas até encaminha ao CC).

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20
Q

O que é a infecção do sítio cirúrgico (ISC)?

A

É uma infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou nos tecidos manipulados em até 30d a 1 ano (próteses) após a cirurgia.

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21
Q

Quais os tipos de ISC? Explique cada uma.

A

Superficial: somente a pele e/ou TCS, sendo limitada pela fáscia muscular.
Profunda: envolve a camada musculoaponeurótica, poupando órgãos e cavidades.
De órgãos ou cavidades: qualquer região manipulada durante a operação (empiema pleural, abcesso subfrênico, …).

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22
Q

Quais as manifestações e o tto da ISC superficial?

A

Manifestações: dor, flogose, febre e pus. Tto: retirar os pontos, drenar e lavar com SF. Não preciso fazer ATB em um primeiro momento (apenas se não melhorar).

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23
Q

Quais as manifestações e o tto da ISC profunda?

A

Manifestações: dor, febre, flogose e pus. Pode haver fasciíte necrosante (gravíssimo, crepitação da ferida). Tto: abrir os pontos, lavar com SF e fazer ATB.

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24
Q

Quais as manifestações e o tto da ISC de órgãos ou cavidades?

A

Manifestações: febre, distensão, toxemia. Tto: ATB + drenagem. Posso ter que reoperar.

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25
Q

Quais fatores aumentam o risco de ISC?

A

DM, desnutrição, idade avançada, obesidade, IMSP, infecção remota coexistente, tempo prolongado de cx (a chance dobra a cada hora de cirurgia).

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26
Q

Quais as principais complicações GI?

A

Deiscência de anastomose, fístulas e obstrução intestinal.

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27
Q

Quais os FR para deiscência de anastomose GI?

A

.

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28
Q

Quais os fatores favoraveis e desfavoraveis para fechamento de fístula?

A

Favoraveis
trajeto > 2 cm
nao epitelizado
orificio unico
sem obst
sem abscesso
lateral
baixo fluxo < 200-500

Desfavoraveis
trajeto < 2 cm
epitelizado
orif multiplo
obst
com abscesso
fist terminal (exceto duodeno - contrario)
> 200-500

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29
Q

Qual a conduta e o tto da deiscência de anastomose GI?

A

A conduta é uma TC para confirmar.

Dieta zero (para promover repouso intestinal), explorar cirurgicamente a região caso peritonite, hemorragia intra-abdominal ou deiscência aponeurótica com evisceração.

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30
Q

O que são as fístulas GI?

A

Fístulas são uma comunicação entre 2 estruturas, sendo que uma delas sempre é uma víscera oca. As GI podem ser entre 2 órgãos ou entre 1 órgão digestivo e uma estrutura não relacionada (pele, bexiga, vagina),

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31
Q

Quais as causas de fístulas GI?

A

As principais são iatrogênicas: deiscência de anastomose, lesão inadvertida do intestino não percebida pelo cirurgião.

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32
Q

Quais os tipos de fístulas GI de acordo com a fisiologia?

A

Alto débito (> 500), médio (200-500) ou baixo débito (< 200 ml/24h). O principal local de alto débito é o íleo.

33
Q

Como as fístulas enterocutâneas se manifestam?

A

Secreção entérica pelo dreno ou pela incisão cirúrgica. Nas fístulas de ID proximal, pode haver grande perda de líquido e eletrólitos

34
Q

Quais os distúrbios hidroeletrolíticos mais comuns nas fístulas enterocutâneas?

A

Depende do conteúdo da fístula: 1. Gastroduodenais: perda de K e H -> hipocalemia e alcalose metabólica, além da desidratação por perda de Na (hiponatremia por ADH).

35
Q

Qual a HN das fístulas GI?

A

A maioria se fecha espontaneamente, mas alguns pacientes necessitam de tratamento específico.

36
Q

Qual o tto das fístulas GI?

A

Reposição hídrita, correção dos eletrólitos, ATB para sepse, dieta zero e suporte nutricional, somatostatina/octreotide (reduz secreções GI). A ferida operatória deve ser aberta e drenada.

37
Q

Quais condições afetam o fechamento espontâneo das fístulas GI?

38
Q

Quais fístulas GI necessitam de tto cirúrgico?

A

Aquelas que não fecham espontaneamente.

39
Q

Qual alteração intestinal é comum após a manipulação de alças ou a abordagem cirúrgica delas?

A

A atonia intestinal do pós-operatório, ocorrendo no segmento distal à ressecção e anastomose, por exemplo. A resposta metabólica e endócrina ao trauma contribuem para isso.

40
Q

Quais os tipos de obstrução intestinal precoce do PO e até quando ocorrem?

A

Podem ser funcionais ou mecânicas, ocorrendo em até 30 dias do PO.

41
Q

Quais as obstruções intestinais precoces do PO funcionais?

A

Íleo pós-operatório

42
Q

Explique o íleo pós-operatório.

A

Não há fator precipitante e a adinamia se resolve em 2-4 dias. Faz parte, provavelmente, de uma resposta normal à anestesia e à cirurgia.

43
Q

Qual a principal causa de obstrução mecânica no PO?

A

As bridas (aderências).

44
Q

Qual a importância das bridas?

A

São a principal causa de obstrução intestinal mecânica fora do período pós-operatório.

45
Q

Como diferenciar íleo de obstrução mecânica?

A

A principal forma é pela TC.

46
Q

Como prevenir a obstrução intestinal no PO?

A

Técnica correta, pouco manuseio das alças, manter eletrólitos normais, cuidar com opiáceos.

47
Q

Qual o tto das obstruções intestinais?

A

Funcional: eritromicina?, hidratação venosa, correção hidroeletrolítica, suspender opiáceos, … Mecânica: abordagem cirúrgica.

48
Q

Qual a principal causa de óbito em idosos após cirurgia não cardíaca?

49
Q

Quando ocorre mais comumente o IAM PO?

A

Em até 48h de PO (geralmente).

50
Q

Qual a importância do IAM no PO?

A

Apesar de diversas técnicas novas em relação ao manejo do IAM, o IAM PO ainda possui mortalidade de 30%.

51
Q

Após quanto tempo de IAM eu posso fazer uma cx eletiva?

A

4-6 semanas.

52
Q

Em quais pacientes eu vou fazer a espirometria pré-op?

A

Alta carga tabágica, necessidade de O2 contínuo (ex: DPOC), ressecção pulmonar, incapacidade de subir 1 lance de escadas, idosos desnutridos e asmáticos.

53
Q

Qual a complicação pulmonar mais frequente? Por que ocorre?

A

Atelectasia. Ocorre por um colapso alveolar segmentar.

54
Q

Qual o QC da atelectasia?

A

Discreto, com febre e pode haver desconforto respiratório (é a causa mais comum de febre em até 72h de PO).

55
Q

Por que devemos ter cuidado com a atelectasia?

A

Pois prejudica a drenagem da secreções do parênquima acometido, aumentando o risco de crescimento bacteriano e pnm.

56
Q

Como prevenir a atelectasia?

A

Incentivar ele a tossir e respirar fundo. Além disso, conduzir bem a cx e fazer uma analgesia adequada no PO (reduz a hipoventilação).

57
Q

Qual o tto da atelectasia?

A

Além ads medidas profiláticas, VPP não invasiva e fisioterapia respiratória.

58
Q

Comente sobre a pnm no PO.

A

Aquela que se desenvolve de uma atelectasia costuma ocorrer no 5° dia de PO, devendo ser tratada de forma agressiva com ATB parenterais e culturas.

59
Q

Qual o QC da broncoaspiração?

A

Vômitos seguidos de dispneia, sibilância torácica e tosse. Podem estar presentes estertores crepitantes e infiltrado bilateral, sendo comum hipoxemia.

60
Q

Qual o tto da broncoaspiração?

A

Suporte ventilatório (IOT + VM), então aspirar a VA, podendo ou não iniciar ATB. GC não são eficazes.

61
Q

Qual a principal complicação da broncoaspiração?

A

A infecção 2ária.

62
Q

Quais os principais FR para doença tromboembólica em pacientes cirúrgicos?

63
Q

Qual o QC do TEP?

A

Evento cardiorrespiratório súbito. O principal sinal é a taquipneia e o principal sintoma é a dispneia.
TEP maciço: hipotensão, cor pulmonale.

64
Q

Conduta na suspeita de TEP.

A

Wells: >= 4 é suspeito
Cancer 1
Hemoptise 1
Imobilização 1,5
Clinica TVP 3
Outro dx descartado 3
Taquicardia 1,5
Episódio previo 1,5
>= 4 = angioTC
< 4 = d-dimero (> 500 = angio TC // < 500 descartado)

65
Q

Pistas dx TEP.

A

Hipoxemia e hipocapnia, s1q3t3, corcova de hampton (atelectasia) e sinal de westermark (perda da trama vascular), ecoTT disf vd, tropo aumentada e bnp aumentado.

66
Q

Qual o tto do TEP?

A

Anticoagulação plena (enoxa 1 mg/kg 12/12h). Trombólise caso TEP maciço (choque = estreptoquinase em até 14d). Se CI trombólise = embolectomia.
CI à anticoagulação (complicou com a anticoag, AVC recente, TEP recorrente com anticoag) = filtro de VCI.

67
Q

Quando deve ser iniciada, se necessária, a profilaxia para TEP?

A

Imediatamente antes ou logo após a cirurgia, sendo mantida até a alta hospitalar, quando o pcte já estiver deambulando.

68
Q

Quais cirurgias o paciente deve ser mantido com heparina no PO de forma prolongada (4-6 semanas)?

A

Cirurgias ortopédicas com alto risco para TEP (artroplastia do quadril) e grandes cirurgias oncológicas abdominais.
Rivaroxa 20 mg/dia.

69
Q

Classificação Clavien Dindo

A

Grau de gravidade das complicações
I: desvio do ideal, sem tto necessário (pode antiemético, analg, diuretico, fisioterapia, drenagem de ferida no leito)
II:
tto farmacologico e transfusão
npt
medicamentos q nao estao na g1
III:
necessitou de intervencao
A: nao preciso de anest geral
B precisou de anest geral
IV: disf org e risco de vida
A so 1 disf org
B muilt org.

70
Q

FR sd intestino curto.

A

grandes ressec de id (> 70% ID), não preservar ileoterminal e valva ileocecal

71
Q

Causas SIC

A

Resseccao unica maciça (IMA, volvo, lesão traumática VMS), multiplas ressec (Crohn).

72
Q

TTO SIC

A

AGUDA: reposição HE, NPT, controle de diarreia (IBP, colestiramina, loperamida, octreotide). 3-4s

CRONICO: progredir dieta, liquidos isotonicos (DU > 1 L/dia), loperamida (+/- octreotide), AV tx intestino.

73
Q

Classificação da ferida para tétano

A

Risco mínimo: superf, limpa, sem desvitalizado, sem CE
Alto risco: prof, CE, sujidade, queimadura, mordedura, FAB, FAF, puntiforme, politrauma, fx exposta, tec desvitaliz.

74
Q

Quando fazer ATB para mordedura?

A

Cao e humano tem que fazer amoxi clav/ ampi sulbactam, doxi, cipro) /(gato: cipro) // cca clinda

75
Q

Como classificar o animal para raiva?

A

Apenas mamífero:
- Cao e gato se é observável e se está saudável
- Mamifero domestico de interesse economico x silvestre
- Qnd for morcego, fazer tudo sempre

76
Q

Como classificar a ferida para raiva?

A

Indireto: dar de comer, lambida em pele integra
Leve: modida ou arranhadura superf (exceto maos e pes)
Grave: qqer mao pe cabeca, prof, puntiforme, multipla, etc

77
Q

Até qual dia deve fazer o soro?

A

Até o 7° dia da vacina (ideal D0)

78
Q

Comente sobre mistanasia e suicídio assistido.

A

Suicidio assistido/eutanasia passiva/morte assistida: dou para o paciente os insumos, e ele se suicida. Proibido no Brasil.

Mistanasia: morte por erro do estado. Eg morte aguanrdando a cx pela causa q seria tratada pela cx.

79
Q

Comente sobre os tipos de cuidados paliativos.

A

Proporcionais: ações paliativas e menos ações curativas (porém posso fazer cx). Morte em semanas/meses.
Exclusivos: apenas ações paliativas, morte em dias a horas.