S13 Tireoide e Paratireoides Flashcards

1
Q

Quais as artérias e nervos da tireoide? O que cada nervo inerva e qual a consequência da lesão?

A

Artérias: tireoidea superior (carotida externa) e inferior (tronco tireocervical), tireoidea ima (ramo da braquiocefalica - 10-15% das pessoas apenas).
Nervos (ramos do vago): laringeo superior (tensão das cordas vocais - timbre da voz) e laringeo inferior/recorrente (adução e abdução das CV - rouquidão. Se for bilateral, broncoaspiração ou insuf resp)

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2
Q

Quais as camadas até chegar na tireoide?

A

Camadas anteriores:
Pele > platisma > esterno-hioide > esterno tireoide

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3
Q

Quais os ramos da a. carótida externa?

A

TEM FIGO LA FORA ONDE AQUELA TIA MORA
Tireoidea superior
Faringea ascendente
Lingual
Facial
Occipital
Auricular posterior
Temporal superficial
Maxilar

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4
Q

Lobo piramidal, ligamento de Berry e cadeia de linfonodos.

A

Lobo piramidal sempre no esquerdo da gll.
Lig de berry: prox ao n. laringeo recorrente
Linfonodos: cadeias VI e VII (centrais)

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5
Q

Qual o fluxograma de investigação de nódulo tireoidiano?

A

1° avaliar função tireoidiana:
- Diminuição do TSH -> cintilografia -> quente (benigno - nódulo produtor de HT) // -> frio -> USG
- Aumento do TSH -> USG
USG: hipoecoico, mais alto do que largo, irregular, microcalc, extensão extratireoidiana -> PAAF se > 1 cm.
Se < 1 cm, não PAAF.

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6
Q

CD a depender do TIRADS.

A

I ou II: não PAAF
III PAAF se > 2,5
IV PAAF se > 1,5.
V se > 1.

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7
Q

Achados de nódulo tireoidiano no USG que sugerem benignidade.

A

Anecoiso e espongiforme.

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8
Q

Qual a classificação após a PAAF? Explique.

A

Classificação de Bethesda
I: insatisfatório - repetir PAAF
II: benigno - acompanhar
III: AUS ou FLUS - repetir ou lobectomia. Pode realizar teste genético.
IV: Tumor folicular - lobectomia (lobo + istimo) ou total
V: maligno suspeito- lobectomia (lobo + istimo) ou total
VI: maligno- lobectomia (lobo + istimo) ou total

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9
Q

Quais fatores aumentam o risco do Bethesda IV ser maligno? Qual a CD?

A

masculino
> 45a
histologia agressiva
invasão local
> 4 cm
mx
bilateral
extensão extratireoidiana.
Se presentes = total.
Se ausentes: lobectomia.

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10
Q

Quais os subtipos de ca de tireoide?

A

Diferenciados: pap e folic
Indiferenciados: anap e med

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11
Q

Características do papilífero.

A

É o mais comum (p jovens)
Corpos psamomatosos
Dx com paaf
Metastase linfática (QC nódulo + linfonodomegalia)
Sempre tireoidectomia total, exceto em micropapilífero (< 1 cm) = parcial

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12
Q

Características do folicular.

A

2° mais comum (p idosos)
Celulas foliculares
Dx com histopatológico (peça cx) - invasão capsular e angiolinfática
Mx hematogenica
Se alto risco = total / se baixo risco = parcial. Se na parcial vier cancer, totalizar a tireoidectomia.

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13
Q

Características do medular.

A

Raro (NEM II)
Celulas parafoliculares
Marcadores tumorais: mutação gene RET (NEM 2A = medular + feo + hiperpara 1ário // NEM 2B = medular + feo + ganglioneuromatose + marfanoide), calcitonina
Mt associado a diarreia (serotonina)
Total + linfadenectomia central do VI (mt disseminaçaõ linfática)

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14
Q

Qual a importância da presença da mutação no gene RET?

A

Devo pesquisar se tem hiperpara com PTH e Calcio e feocromocitoma com metanefrinas séricas ou urinárias pelo risco cirúrgico associado.

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15
Q

Características anaplásico.

A

Raro
Muito idosos
Cel indiferenciadas
Marcadores negativos
Aderido, disfagia, dispneia
TQT paliativa + QT

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16
Q

Quais as complicações pós tireoidectomia? CD?

A

Mais temida: hematoma cervical
Pista: dispneia, podendo evoluir para IRpA.
Tto: abertura da incisao cirurgica +/- TQT

Mais grave: lesão do n laringeo recorrente
Pista: rouquidão ou laringoscopia com paralisia ou IRpA logo após a extubação (lesão bilateral)
Pegadinha: controle de tons agudos é lesão de laringeo superior

Mais comum: lesão de paratireoides
Hipocalcemia: parestesia, chvostek, trousseau
Tto: GluCa IV se sintomático ou CaCO3 VO se hipocalcemia lab e sem sintomas

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17
Q

Terminologias para tireoidectomia.

A

Nodulectomia: exérese de nódulo (definido que é adenoma de Plummer - hipertir + nodulo quente; No entanto, hoje é feito lobectomia nesses casos). Não é mais realizado.
Lobectomia: lobo + istmo
Total: toda
Subtotal: manter 1-2g da gll bialteralmente
Quase total: 1-2g unilateral.
Linfadenectomia na tireoide é sempre central: segmento VI e VII - pre traqueal, para traqueal - medular ou papilífero com acometimento linfatico

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18
Q

Qual o passo a passo da tireoidectomia?

A
  • Incisão: incisão de kocher (entre as bordas internas do ECM, dois dedos acima da furcula ou 1 abaixo da cart cric)
  • Dissecção por planos (descolar o platisma superiormente até a proeminencia laringea e inferiormente até a furcula)
  • Incisão na rafe mediana (longitudinal para separar os ventres dos m. esterno hioide e esterno tireoides)
  • Dissecção e ligadura do pediculo superior (a. tireoidea superior)
  • Identificação do n. laringeo recorrente
  • Dissecção e ligadura do pediculo inferior
  • Retirada da peça
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19
Q

Terminologia paratireoidectomia. Quando indicar cada uma?

A

1) Seletiva/Direcionada: 1-2 gll
- Hiperpara primário (adenoma solitário)
2) Subtotal: deixo 1
3) Total com autotransplante:
- Hiperpara 2ário (DRC) + perspectiva de transplante
- NEM (hiperplasia multiglandular)
3) Total sem autotransplante:
- Hiperpara 2ário sem perspectiva de transplante.

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20
Q

Onde reimplantar as paratireoides?

A

Antebraço, peitoral e cervical (ECM)

21
Q

Como realizar a localização pre operatória do adenoma solitário de paratireoide?

A

Usg cervical
Cintilografia com sestamib
Tc 4d
Exploração cirurgica de todas as gll e ver qual está acometida (congelação)
Monitorização intraop do PTH (redução >= 50% 10 min após a ressecção)

22
Q

O que deve ser feito na paratireoidectomia sem autotransplante?

A

Reposição de calcitriol e calcio, dialise com banho de calcio 3,5, alotransplante de paratireoide (cadaverico).

23
Q

Diferença entre hipertireoidismo e tireotoxicose. Causas.

A

Hipertir (aumento da produção de hormônios tireoidianos): graves, bocio multi toxico, Plummer
Tireotoxicose (efeito da elevação dos hormônios na corrente sanguínea): tireoidite subaguda, tireoidite facticia (ingestão exógena), medicamentos (amiodarona)

24
Q

Fisiopatogenia, QC e DX de Graves.

A

Autoimune (ac trab) - se liga ao recep e ativa ele
QC: bocio e tireotoxicose (insonia, agitação, intolerancia ao calor, perda de peso, pele quente e umida, retração palpebral, lidlag, HAS, taqui sinusal).
Idosos: apatia
Graves: dermopatia (mixedema pre tibial), acropatia (baq digital), oftalmopatia
Dx: queda do tsh e elevação t4 (dosar t3 se t4 N)
Trab - avalia prognóstico e ddx
USG não é necessário, mas ajuda no ddx.
Graves x tireoidite: RAIU 24h.
Graves: hipercaptante
Tireoidite: baixa captação

25
Q

Tto Graves.

A
  • BB (sintomático)
  • Drogas antitireoidianas (bloq da tireoperoxidase): propitiuracil (inibe desiodase 1) e metimazol (droga de escolha, melhor tolerado, dose única diária).
  • Radioiodo: se recidiva, contraindicação ao medicamento ou reação tóxica ao medicamento. CI: gestante, grandes bocios, oftalmopatia grave.
  • Cx (tireoidectomia total, subtotal ou quase total): gestante refrataria com DAT, bocio muito grande e oftalmopatia mais grave. Preparo adequado com DAT (4-6s) e iodo (lugol).
26
Q

Ddx Graves e características de cada um.

A
  • Graves: bocio difuso, cintilo com hipercapt difusa, tto ok
  • Plummer: nódulo unico, nodulo quente, cx ou radioiodoterapia
  • BMT: multinodular, varios nodulos quentes, cx ou radioiodoterapia
  • Tireoidite: inflamação, cintilografia hipocaptante, tto sintomático.
27
Q

Comente sobre a crise tireotóxica.

A

QC: confusão mental, psicose, CV (arritmia, taqicardia), febre, ictericia
Disfução organica pelo hipertir
Tto: PTU + iodo + BB + GC

28
Q

Comente sobre o Graves na gestação.

A

Risco materno fetal
Tto com DAT (evitar no 1° tri). Se precisar, preferir PTU. Após, trocar para MMZ
BB pelo menor tempo possivel
Radio iodo CI
CX no 2° tri

29
Q

QC hipotireoidismo

A

Intolerancia ao frio, ganho de peso (retenção hidrica)
Bradipsiquismo, depressao, deficit cognitivo (demencia no idoso)
Bradicardia, hipertensao diastolica

30
Q

Características tireoidites

A

Aguda: infecciosa (bacteriana - ATB)
Subaguda: linfocitica indolor e granulomatosa de quervain. Podem fazer tireotoxicose momentanea, Tireotox > hipotir > eutir
Cronica: hashimoto e riedel (bocio infiltrado, endurecido - riedel)

31
Q

Quervarin

A

infeccao viral
dor na tireoide.
bocio + ev trifásica
tto com aine e GC, BB se tireotoxicose

32
Q

Linfocitica indolor

A

infiltração linfocítica
indolor
ev em 3 fases, autoanticorpos positivos transitórios
tto: bb, gc se refratario

33
Q

Hashimoto

A

40-60a
no Br é a principal causa de hipotir (mundo é def iodo)
infiltração lonfocitica + anticorpos (anti TPO, anti Tg)
associação com linfoma
QC:
hipotir + bocio (elevação de tsh)
tireotoxicose inicial, mixedema, elevação de prolactina, dislipidemia.
dx: QC + lab
tto: levotiroxina 1,6 mcg/kg/d

34
Q

Hipotir medicamentoso.

A
  • Amiodarona
    Pode fazer hipotir ou tireotoxicose
    Tireotoxicose 2 tipos
    AIT 1: aumento da biossintese
    AIT 2: destruição da gll.
35
Q

Anatomia e fisiologia da paratireoide.

A

Irrigação principal: tireoidea inferior

PTH: principal controlador da calcemia
Ossos: reabsorção óssea aumentando o Ca sérico
Rins: vit D para aumentar abs Ca e o rim reabs Ca.

36
Q

Causas e consequências do hiperpara 1ário.

A

Aumento PTH e Ca e diminuição de P (fosfatúria)
Adenoma solitário de paratir (PET CT com fluorocolina é o mais sensível. Outros: USG, cintilo com sestamibi).

37
Q

QC hiperpara 1ário

A

QC: maioria assint
1) HiperCa: fraqueza muscular, poliúria
2) Ação do PTH
- Osteoporose, fx
- Nefrolitíase (hipercalciúria)

38
Q

Tto hiperpara 1ário.

A

Paratireoidectomia se sintomático ou:
- Ca > 1 mg/dl acima do LSN
- LOA (hipercalciúria, - nefrolitiase/nefrocalcinose, ClCr < 60)
- LOA (osteoporose, fx)
- Idade < 50

39
Q

Fisiologia e causas hiperpara 2ário.

A

Condição sistemica promovendo hiperpara (DRC ou hipovitaminose D)
Ca reduzido ou normal.
DRC (alto P) e hipovitaminose D (baixo P)

40
Q

QC hiperpara 2ário.

A

QC: maioria sint
Osteíte fibrosa cística:
DRC com elevação de P e redução do Ca
Reabsorção óssea intensa (alto turn over ósseo) - reabsorção subperiosteal, cranio sal e pimenta, coluna em rugger jersey.
Labs aumento P, baixo Ca.

41
Q

Tto hiperpara 2ário.

A

Restringir P na dieta
Quelante de P: sevelamer (pref), CaCO3
Vit D (calcitriol)
Calciomimético: cinacalcete
Refratário (nível de PTH alto persistente, hiperpara 3ário (hipercalcemia)): paratireoidectomia total c autoimplante ou subtotal (deixo parte de uma - maior recidiva)
Fome óssea: hipoCa e hipo P pós op.

42
Q

Causas, QC e tto hipopara.

A

Causas:
pós operatório de tireoidectomia (p), congenito, autoimune, doenças infiltrativas, …
Maioria do PO é transitório

QC:
tetania
Chvostek e trousseau
parestesia perioral e de membros
Calcificações (nefrocalcinose, sindrome de Fahr - deposito nos nucleos da base com sintomas extrapiramidais)
Alteração do intervalo QT e convulsões

Tto:
agudo (sintomático): GluCa EV até melhorar dos sintomas
cronico: carbonato de calcio + vit D e/ou calcitriol
risco de hipercalciúria (reduzir com tiazídico)

43
Q

Quando suspeitar de carcinoma de paratireoide?

A

Hiperpara 1ário mt grave:
- hiperCa grave com PTH mt elevado
- massa cervical
- doença óssea e renal grave

44
Q

DX carcinoma paratireoide.

A

Dx: Cirurgico - invasão de estruturas contíguas ou mx linfonodal ou a distancia
PAAF nao faz dx

45
Q

TTo carcinoma paratireoide.

A

TTO: ressecção em bloco +/- lobo tireoidiano +/- esvaziamento cervical central e cadeia ipsilateral.
Irresecável: controlar a calcemia. Prognóstico ruim

46
Q

Comente sobre o bocio mergulhante.

A

Pode ser tóxico ou atóxico.
Sintomas obstrutivos é indicação de cx.

47
Q

Qual achado de imagem sugere mx linfonodal?

A

Linfonodos > 5 mm com calcificações finas ou degeneração cística. Outros: contornos irregulares e espiculados

48
Q

Hipopara definitivo x transitório pós autoenxerto.

A

Definitivo após 6m de PO.