S01 - Materias cirúrgicos e tecnologias Flashcards
Fios absorvíveis e inabsorvíveis.
Abs: polidoxanona (PDS), poliglactina (Vicryl), categute cromado, poliglecaprone (Monocryl, Caprofyl)), categute simples.
Inabs: algodão, seda, nylon/poliamida, polipropileno, poliéster (Ethibond), aço inodixável.
Fios monofilamentares e multifilamentares.
Mono: nylon/poliamida, PDS, poliglecaprone, polipropileno.
Multi: algodão, seda, poliglactina, poliéster, categut.
Diferenças entre fios monofilamentares e multifilamentares.
Mono apresentam maior memória e menos maleabilidade (pliabilidade). Traumatizam menos os tecidos e carregam menos microrganismos (menor risco de infecção).
Multi: menor memória, maior pliabilidade, maior trauma, mais infecções.
Calibre dos fios.
Mais zeros, menos o calibre.
00: 1-0.
000: 2-0.
etc.
Fios naturais e sintéticos (e diferenças).
Naturais: maior resposta inflamatória. Categute, seda, aço. Absorção por fagocitose e proteólise.
Sintéticos: menor resposta inflamatória. Poli-, algodão. Absorção por hidrólise.
Categute.
Submucosa do intestino de ovinos e bovinos. Perde a forsa tênsil rapidamente.
Absorção poliglactina x polidoxanona.
Vicryl 30-60 dias. Aponeurose sem tensão.
PDS: > 120d. Aponeurose com tensão.
Tipos de agulha e aplicabilidade.
Cortante: pele, fáscia e músculo. Prismática ou triangular.
Atraumáticas: vasos, vísceras e aponeurose sob tensão. Cilíndricas
Tamanho da agulha.
1/4 e 3/8 : pequenas, proc mais superficiais
1/2 e 5/8 : cavidades, musculos.
Nome sutura U.
U horizontal, Wolff, Halsted.
Lembert.
Invaginante.
Connel e Cushing.
Barra grega de lado. Connel pega todas as camadas e Cushing apenas serosa e muscular.
Porta agulha.
Mayo-Hegar é o normal. O que não tem cremalheira é o de Mathieu.
Funcionamento cautério monopolar.
Gerador (máquina), o eletrodo de aplicação (caneta) e o eletrodo de retorno (placa). O corpo do paciente torna-se parte do circuito.
Do que depende o calor gerado pelo cautério?
Área de contato (caneta é pequeno e placa é grande), potência da corrente, tempo de ativação e modo da onda (contínua ou intermitente).
Modo CUT.
Onda contínua/sinusoidal e de alta frequência (> 4 mHz), com muito calor sendo gerado de forma rápida, com mínima dispersão térmica lateral. Corta sem coagular os vasos.
Modo COAG.
Onda intervalada/modulada/pulsada e de baixa frequência (~1,5 mHz), permitindo a dissipação superficial da energia e do calor, coagulando os vasos e desidratando o tecido.
Cautério bipolar.
Circuito entre as pás, sem necessidade de placa de aterramento. Aumenta a precisão da coagulação (mais eficiente).
Funcionamento laser.
Usam fótons para excitar as moléculas dentro do tecido alvo e gerar calor. Pouco dano ao tecido ao redor.
Plasma de argonio.
Cria um circuito elétrico monopolar entre uma sonda e o tecido, estabelecendo um fluxo de eletrons. Ação térmica bem superficial. Melhor para vísceras sólidas, ruim para vasos profundos.
Bisturi Harmônico.
Utiliza a tecnologia do ultrassom, com dano mínimo aos tecidos laterais. Vibra em alta frequência para cortar os tecidos. Não utiliza energia elétrica. Maior dispersão de energia que o ligasure.
Sonda de levine.
Nasogástrica. Usada para descompressão gástrica.
Fouchet.
Orogástrica, mais calibrosa.
Dobb-Hoff.
SNE. Ponta metálica.
Nelaton.
Aspiração. Semelhante a levine mas mais curta.
Composição curativo a vácuo.
Esponja de poliuretano, cobertura adesiva, bomba de sucção e sistema de coleta.
Efeitos dos curativos a vácuo.
Diretos: manutenção do meio úmido, redução do edema, deformação da ferida (contração, adesão de enxerto e retalho).
Indiretos: maior vascularidação, redução da inflamação e bactérias, estímulo a chegada de células.
*Pressão negativa excessiva (175 mmHg) diminui o fluxo sanguíneo.
Contraindicações ao vácuo.
Estruturas vitais (ossos, vasos, enxertos vasculares), infecção contínua (desbridamento antes do vácuo), neoplasia, feridas isquêmicas, pele frágil.
Complicações do vácuo.
Sangramento (mais grave), infecção, fístula enterocutânea***.
Tipo de tela em relação a porosidade.
Macro: mais leve, menos material, menos reação inflamatória, < 50g, menor gramatura. Melhor incorporação
Micro: mais pesada, mais material e maior gramatura. Mais inflamação.
Qual a melhor tela em relação à porosidade?
Macro: menos seroma, inflamação, dor.
NÃO ALTERA RECIDIVA DE HÉRNIA.
GIA x e-GIA
e-GIA: 3 linhas de grampo (uma a mais).
Classificação CVC.
Tempo (curto x longo) e implantação (semi x totalmente).
CVC tempo.
Curto: até 30 dias. Shilley.
Longo: > 30 dias. Permcath, Portocath, duplo e triplo lumen. QT, hemodiálise, TMO (Hickmann).
Semi x totalmente implantáveis.
Semi: Hickmann (TMO), Permcath (HD), Intracath. Balonete de dacron.
CTI (Portocath): menos infecção. QT. Segurança, conforto, estética.
Qual veia canulada de preferencia no CVC?
VJID ou subclávia.
Complicação do CTI.
Pinch-off: compressão do cateter entre a 1a costela e a subclávia, fragmentando o cateter e embolizando ele. Mais comum no subclávio.
CTI e lateralidade no ca de mama.
Contralateral, pelo maior risco de linfedema se ipsi.
Local do portal no CTI.
Infraclavicular ou peitoral medial de adultos. Em crianças, o melhor é na lateral do tórax (espaço entre a borda laterael do peitoral maior, a borda do grande dorsal e a fossa axilar.
Qual gás usar na VLP? Justifique.
CO2. Mais barato, não é inflamável, altamente solúvel, sendo facilmente tamponado e eliminado na respiração.
Técnica de 1a punção.
Aberta x fechada.
Fechada: Verres.
Aberta: Hasson (minilaparotomia).
Valores do gás na VLP.
Fluxo: inicialmente 1-3L para evitar a bradicardia da insuflação inicial. Depois máximo.
Pressão: 12-15.
Fonte de luz: 30.
Repercussões pneumoperitônio na VLP.
Respiratórias: diminuição da complacência pulmonar, do volume corrente, do volume respiratório, capacidade vital. Hipóxia e hipercarbia. Aumento da FR, PEEP e FiO2 para compensar.
CV: reduz retorno venoso e débito cardíaco, aumento pressão intratorácica, FC e da RVP.
Urinário: redução da TFG e oligúria.
SNC: aumento da PIC (diminui retorno e aumenta fluxo) e PIO.
Qual uma complicação rara porém potencialmente fatal do pneumoperitônio na VLP? Explique.
Embolia gasosa. O paciente apresenta choque cardiogênico inexplicado, com aumento da PCO2, redução no CO2 do capnógrafo e dessaturação. Tratamento com desinsuflação do pneumo, aumento da FiO2, SF e posição de Durant (DLE + Tren).
Qual a principal arritmia do pneumo? Explique.
Bradicardia sinusal por reflexo vagal. Ocorre no início da insuflação. A conduta é desinsuflar o pneumo. Se não responder, atropina.
Vantagens da VLP.
Menor risco de hérnias, infecção, brida, íleo, TEV*, estresse cirúrgico.
Desvantagens VLP.
2 dimensões (perda da profundidade), perfuração com trocarte.
CI VLP.
Doença cardiopulmonar grave, instabilidade hemodinâmica, incapacidade de tolerar a anestesia geral, coagulopatia, cirrose avançada com hipertensão portal (para CVLP), peritonite franca.
Vantagens robótica.
Ausência de efeito fulcro, tridimensional (2 óticas - pode haver em VLP), estabilidade, ergonomia, remota.
Desvantagens robótica.
Treinamento, custo, tempo cirúrgico, falhas no sistema/mecânicas.