REGÊNCIA Flashcards
O que é Regência?
- Introdução
– Regente: é um elemento que pede um complemento.
– Regido: é o complemento que satisfaz o regente.
– Preposição:
– Transitividade:
– P.O.A (pronomes oblíquos átonos)
– Pronomes relativos (de que, a que, a cujo…)
– CRASE (soma de uma preposição (a) com um artigo (a))
O que é Regência Verbal do verbo PREFERIR?
PREFERIR (verbo transitivo direto e indireto)
Prefiro mais estudar do que trabalhar.
* “Preferir” é um verbo transitivo direto e indireto que não admite termo de intensidade e nem a expressão “do que”.
* A norma culta da língua prescreve que seja complementado por um objeto direto e outro objeto indireto introduzido pela preposição “a”, como no exemplo abaixo:
Prefiro estudar a trabalhar.
O que é Regência Verbal do verbo RENUNCIAR?
RENUNCIAR – (verbo de dupla regência)
Eduardo Cunha renunciou à presidência da Câmara.
* “renunciou” verbo transitivo indireto - termo regente
* “presidência da Câmara” substantivo feminino - termo regido
Ao retirar o sinal indicativo de crase, a correção e o sentido serão preservados?
Eduardo Cunha renunciou a presidência da Câmara.
* Sim, porque o verbo “renunciar” pode ser verbo transitivo direto, nesse caso, “a” sem o sinal indicativo de crase, é apenas um artigo.
Obs.: Verbo de dupla regência não é similar ao verbo transitivo direto e indireto. Em caso de dupla regência, o verbo pode ser utilizado com ou sem a preposição, diferente dos bitransitivos que são verbos satisfeitos por dois objetos, um sem preposição e outro preposicionado.
O que é Regência Verbal do verbo CHEGAR?
CHEGAR (verbo transitivo indireto)
* Expressões locativas
* Destino – Nessa acepção, o verbo exige a preposição “a”, mesmo não sendo comum no uso cotidiano, essa forma é a ideal, prescrita pela norma culta.
Cheguei em casa às 10h.
Cheguei a casa às 10h.
* O termo casa não está especificado, portanto não há artigo definido, apenas a preposição que introduz o objeto complementar do verbo.
C ou E: Que me perdoem os devotos machadianos, eu prefiro Euclides da Cunha e Lima Barreto, com todos os defeitos que ambos possam ter, a Machado de Assis, com todas as suas qualidades. E, até onde pude entender, Millôr Fernandes tem opinião parecida com a minha. Tanto assim que, segundo afirmou, não incluiria qualquer dos livros de Machado de Assis entre os dez maiores romances brasileiros.
1. (CESPE/ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA) Seria mantida a correção gramatical e aprimorada a precisão do texto, se o trecho em que o autor aponta seus escritores preferidos (linhas 1-4) estivesse escrito da seguinte forma: prefiro Euclides da Cunha e Lima Barreto, apesar dos defeitos de suas obras, do que Machado de Assis, cujas qualidades das suas obras são inúmeras.
ERRADA!
Não se utiliza a expressão “do que” para introduzir o complemento do verbo “preferir”, a preposição admitida pelo verbo é “a”. Errada
O que é Regência Verbal do verbo IR?
IR
Admite construções com a preposição “a” e “para”, com diferenças de sentido.
Vou a Goiânia
* Pressupõe a ideia que haverá retorno
Vou para Goiânia
* Pressupõe a ideia de permanência no local de destino
O que é Regência Nominal?
- Os empresários estão ávidos de lucros.
O nome ávidos é o regente, lucros é o regido, é o que completa.
Se estão ávidos, estão ÁVIDOS DE.
O que exigiu esta preposição foi o adjetivo ÁVIDOS (Regência Nominal), foi um nome, não foi um verbo.
Ao substituir a preposição DE por POR, a correção e o sentido serão preservados?
Se o examinador quiser, o aluno errará a Regência Nominal porque é impossível memorizar todas as regências verbais e nominais em todas as acepções.
No dicionário VOLP, a Língua Portuguesa tem mais de 450 mil palavras registradas.
Muitas perguntas sobre regência serão respondidas recorrendo a vocabulário, internalização.
ÁVIDOS = DESEJOSOS
Os empresários estão ávidos de lucros.
Os empresários estão ávidos por lucros.
Ambas estão gramaticalmente corretas e têm o mesmo sentido. - Prestamos assistência às crianças carentes.
Assistência é regente nominal
Crianças é nome regido.
Quem presta assistência, presta assistência a.
Ao se substituir a estrutura ÀS por PARA AS, a correção e o sentido serão preservados.
É impossível vencer a Regência Nominal com o estudo sistemático de regrinhas. O que há é a internalização, a leitura. - Prestamos assistência para as crianças carentes.
Eu não assisto O jogo ou Eu não assisto AO jogo?
Eu não assisto AO jogo porque o verbo assistir, no sentido de ver, é TRANSITIVO INDIRETO. Com isso, trabalha a REGÊNCIA, que é quando um verbo pede ou não pede preposição e, quando pede, qual é o tipo de preposição que aquele determinado termo pede.
C ou E: Mais: os dados reforçam tendências que vêm causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país.
1. (CESPE/SERPRO) Em “autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país”, o termo “à” poderia ser substituído, sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, por para a.
CERTO!
As autoridades, se são atentas, são atentas A.
Atentas é adjetivo de autoridades, é o regente nominal.
Evolução é regido e aceita o artigo A.
Há pessoas que vinculam a preposição PARA sempre à ideia de finalidade.
Alguém está atento a algo.
Alguém está atento para algo.
As autoridades estão atentas a isso.
As autoridades estão atentas para isso.
Tanto está correto ATENTO A como ATENTO PARA.
O que são Os Pronomes Oblíquos Átomo (P.O.A)?
P.O.A
me
te
se, a, o, lhe
nos
vos
se, as, os, lhes
O uso dos pronomes oblíquos átonos (P.O.A) está aliado à regência, está ligado à transitividade.
Na condição de COMPLEMENTO VERBAL, se estiverem completando verbo:
a, as, o, os = objeto direto
lhe, lhes = objeto indireto
me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto indireto
Estes pronomes podem exercer outras funções.
Você viu o fulano saindo da padaria. (correto)
Você viu ao fulano saindo da padaria. (incorreto)
Eu vou conta-lo um segredo. (incorreto, erro de regência)
Eu vou contar-lhe um segredo. (correto).
Não lhe vejo mais. (incorreto)
Não o vejo mais. (correto)
Não te vejo. (correto)
O verbo VER é Verbo Transitivo Direto (VTD) e nessa condição não admite o LHE, admite o O e o TE (coringa).
No Nordeste do Brasil, principalmente na Bahia, é muito comum a utilização do LHE EM “HÁ QUANTO TEMPO NÃO LHE VEJO!”, “EU NÃO LHE ENCONTREI NA FESTA DOS PROFESSORES” ou “EU NÃO LHE VEJO MAIS” – é um regionalismo, mas, consoante à norma culta, não é correto porque o LHE só deve ser utilizado para Verbo Transitivo Indireto.
Na obra de Jorge Amado há expressões de coronéis para as esposas: “Vá para o quarto que eu vou LHE USAR”. (incorreto)
Quem usa, usa algo, é Verbo Transitivo Direto.
Fazendo uma análise sociolinguística, Jorge Amado, baiano, na sua obra retrata o falar da sua região, é mais uma forma diversificada de comunicação, mas há que se observar o que a norma culta prescreve, pois, nos concursos, os regionalismos não são admitidos.
Acato, mas não o obedeço. (incorreto)
Acato, mas não lhe obedeço. (correto)
Acato, mas não te obedeço. (correto)
Eu obedeço o professor.
Eu obedeço ao professor.
A norma culta prescreve que esse verbo é Verbo Transitivo Indireto, portanto, não admite o O, admite o LHE e o TE (coringa).
Obedeço-lhe ou Obedeço a ele (ambos corretos, 3ª pessoa)
Os Pronomes Oblíquos Tônicos (P.O.T)?
Os Pronomes Oblíquos Tônicos (P.O.T) são sempre acompanhados de preposição
a mim, comigo
a ti, contigo
a si, consigo, a ela, a ele
a nós, conosco
a vós, convosco
a si, consigo, a elas, a eles
(FCC/2019) No trecho… capaz de dar a ele potencial de tomada de decisão, raciocínio, aprendizagem e reconhecimento de padrões (3º parágrafo), o termo sublinhado pode ser corretamente substituído por
a. conceder-lhe
b. munir-lhe de
c. atribuí-lo
d. providenciá-lo
e. propiciar-lhe de
Letra: A
Quem DÁ, dá algo a alguém.
DAR é Verbo Transitivo Direto e Indireto.
Neste contexto, A ELE corresponde a Objeto Indireto.
A resposta está no pronome de objeto indireto.
b. munir-lhe de; utilização de dois objetos indiretos e sendo o Verbo Transitivo Direto e Indireto deve haver um de cada.
c. atribuí-lo: só se aplica para Verbo Transitivo Direto. Dois objetos diretos.
d. providenciá-lo: dois objetos diretos.
e. propiciar-lhe de: dois objetos indiretos.
Avisar/comunicar/informar/notificar/certificar/aconselhar
Avisei-o do fato ocorrido. (VTDI + OD+ OI)
Avisei-lhe o fato ocorrido. (VTDI+ OI+ OD)
Avisei-o o fato ocorrido. (dois OBJETOS DIRETOS – INCORRETO)
Avisei-lhe do fato ocorrido. (dois OBJETOS INDIRETOS – INCORRETO)
Quem AVISA, avisa ALGUÉM de ALGO, mas também pode-se avisar ALGO a ALGUÉM.
Se o verbo é Verbo Transitivo Direto e Indireto deve haver um objeto de cada.
A correção gramatical do trecho “Tinha às vezes vontade de chamar o feitor e dar ordens” (R.15) seria mantida caso ele fosse reescrito da seguinte forma: Tinha às vezes vontade de chamar o feitor e dá-lo ordens.
“Dá-lo ordens” = Dar-lhe ordens. ou Dar a ele ordens.
(VTDI) (OD)
ERRADO!
Se for utilizado o -lo, existiria dois objetos diretos (OD), o que não é permitido. Portanto, essa afirmação está incorreta.
…o homem é capaz de vivenciar novas experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou explorar o mundo subaquático…
O pronome “lhe” (linha 4) exerce a função de complemento verbal indireto na oração em que se insere.
“As propostas são-lhes úteis.”
(sujeito) (verbo de ligação) (complemento nominal) (adjetivo, predicativo do sujeito)
Para o ‘lhe’ ser objeto indireto (OI) ele deve completar um verbo transitivo indireto (VTI).
“não lhe é cabível exigir ou orientar escolhas melhores”
(VL) (adj, predicativo do sujeito)(suj. oracional)
ERRADO!
Não é cabível ‘a ele/para ele’, sendo, assim, um complemento nominal. O ‘lhe’ não
pode ser objeto indireto, visto que não existe verbo transitivo indireto (VTI). Portanto, a afirmação está incorreta.
Até meados do século XIX, a classe que trafica adquire bens para convertê-los em lucro e benefício. Daí em diante, ela será outra. Um traço para distinguir as duas fases já foi lembrado: o despertar do entorpecimento que lhe causava a predominância social da classe proprietária, por sua vez, na cúpula, recoberta pelo estamento dos que mandam, governam e dirigem a política. Mas, que não haja equívoco: o arrastar na sombra denunciava-lhe prestígio negativo, oriundo da composição de estrangeiros entre seus membros e do tipo de negócios a que se dedicava, sobretudo no comércio negreiro.
Qual a regência do Verbo Transitivo Direto (VTD)?
Verbo Transitivo Direto (VTD)
– Verbo Transitivo Direto com terminação em (r, s, z), usa-se a forma verbal: la,
lo, las, los. O esquema só é aplicado para VTD.
Exemplo: É necessário estudar a matéria. = É necessário estudá-la.
(VTD) (OD)
O verbo ‘estudar’ é VTD, visto que quem estuda, estuda algo. A gramática suprime o ‘r’,
por uma questão eufônica, e, então, vira uma oxítona terminada em -a: estudá-la.
Exemplo: Fiz a prova. = Fi-la.
(VTD)
Essa colocação é apenas para ênclise, somente para o pronome depois do verbo.
Exemplo: Obedecê-lo (INCORRETO) X Obedecer-lhe (CORRETO)
Pois o verbo ‘obedecer’ é indireto.
– Verbo Transitivo Direto com terminação nasal (am, em, ão, õe), usa-se: na, no,
nas, nos. Essa colocação é só para depois do verbo, ou seja, somente para
ênclise. O esquema só é aplicado para verbos transitivos diretos (VTD).
Exemplo: Estudaram a matéria. = Estudaram-na.
(VTD) (OD)