ORAÇÕES RESTRITIVAS X EXPLICATIVAS Flashcards

1
Q

O que é Oração subordinada adjetiva explicativa?

A

Oração subordinada adjetiva explicativa: refere-se a seres únicos, generaliza a informação anterior, faz referência ao todo – e não a parte do todo. Observe o exemplo a seguir:

A escola tem 180 alunos, / que trabalham durante o dia.
OP Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

Análise
Oração principal: “A escola tem 180 alunos”.
Oração subordinada adjetiva explicativa: “que trabalham durante o dia”.
Pode-se afirmar nesta construção que a escola possui a totalidade de 180 alunos – e todos trabalham durante o dia.
Oração subordinada adjetiva restritiva: limita a significação do antecedente, a informação dada por ela não se aplica ao todo, mas tão somente a uma parte do todo. Observe o exemplo a seguir:
A escola tem 180 alunos / que trabalham durante o dia
OP Oração subordinada adjetiva restritiva

Análise:
Oração principal: “A escola tem 180 alunos”.
Oração subordinada adjetiva restritiva: “que trabalham durante o dia”.
Nesta construção, pode-se afirmar que a escola possui mais de 180 alunos matriculados – nem todos trabalham durante o dia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
1
Q

O que são ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS?

A

1 – Restritivas (em regra, não há vírgula)
2 – Explicativas (há vírgula)

Exemplo 1
Os ministros / que votaram contra a prisão em segunda instância / foram criticados
OP Oração Subordina Adjetiva Restritiva OP

Obs.: A oração 2 equivale a um adjetivo. Ela é uma oração adjetiva porque se refere ao substantivo “ministros”.
Os ministros contrários foram criticados
Adjetivo
Obs.: A oração subordinada adjetiva restritiva traduz a parte do todo. Na frase acima, não foram todos os ministros que votaram contra a segunda instância, foram apenas alguns, isto é, uma parte. Ela é restritiva, pois equivale a um adjunto adnominal e o adjunto adnominal está junto do nome, por isso não há o uso das vírgulas.

Obs.: Se a adjetiva restritiva traduz a parte pelo todo, a adjetiva explicativa a informação é do todo. No caso em tela, o Ministro Aurélio Mello é único.
O ministro Marco Aurélio decano da mais Alta Corte do País votou contra o HC.
Aposto explicativo
Obs.: O aposto explicativo refere-se a nome, é uma expressão substantiva, tem identidade semântica e característica única.
* Diferença entre aposto e oração adjetiva explicativa:
Obs.: A oração possui verbo ao passo que o aposto não possui verbo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

C ou E: (CESPE/PRF/2019) A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho “que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 3 e 4) fosse
isolado por vírgulas.
( ) Certo
( ) Errado

A

CERTO!

que se infiltra: refere-se à “luz urbana” – oração adjetiva restritiva, pois está sem vírgulas.
Caso sejam adicionadas vírgulas, essa oração se transformaria em oração explicativa – a correção seria mantida, mas o sentido seria alterado.
Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida é um sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o domínio sobre a mulher

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

(AOCP/2020) Assinale a alternativa que analisa e classifica corretamente a oração em destaque no seguinte excerto: “[…] uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as outras tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver […]”.
a. Oração substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do nome “comunidade”, sem a qual esse substantivo não teria sentido completo.
b. Oração adjetiva restritiva, pois caracteriza e especifica qual comunidade é agradável.
c. Oração adjetiva explicativa, pois generaliza que toda comunidade tem chance de ser agradável.
d. Oração adverbial final, pois indica a finalidade de comportamento que se espera em uma comunidade.
e. Oração adverbial condicional, visto que apresenta uma condição para que a comunidade seja agradável.

A

Letra: B

em que as pessoas se sentem: refere-se à “comunidade” (substantivo). É uma oração subordinada adjetiva restritiva.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O que são as Orações adjetivas?

A

Oração adjetiva:
* Equivale a um adjetivo
* Refere-se a um substantivo
* Restritiva e explicativa
* Restritiva: em regra, não se usa vírgula
* Explicativa: uso de vírgula
Valor semântico das orações adjetivas.
As orações adjetivas se classificam em restritivas (sem vírgula) e explicativas (com vírgula). Todavia, a diferença entre elas não se dá apenas pela presença ou ausência da vírgula.
Não basta a seguinte simplificação: “se a oração subordinada adjetiva estiver sem vírgula, é uma restritiva; se estiver com vírgula, uma explicativa”. Em muitas abordagens de provas, a simples memorização (restritiva: não emprego vírgula; explicativa: emprego vírgula) não será suficiente para que o candidato acerte a questão, porquanto o examinador fará afirmações em torno do sentido da construção. Portanto, a classificação dessas orações, em muitos casos, será definida pelo contexto oracional – ou seja, pelo valor semântico que se pretende
dar ao substantivo antecedente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Ao que se refere a Oração subordinada adjetiva restritiva?

A

Oração subordinada adjetiva restritiva: limita a significação do antecedente, a informação dada por ela não se aplica ao todo, mas tão somente a uma parte do todo. Observe o exemplo a seguir.
2 – A escola tem 180 alunos que trabalham durante o dia.
Análise
Oração principal: “A escola tem 180 anos”.
Oração subordinada adjetiva restritiva: “que trabalham durante o dia”.
Nesta construção, pode-se afirmar que a escola possui mais de 180 alunos matriculados – nem todos trabalham durante o dia.
1) Os ministros que votaram contra a prisão em segunda instância foram criticados.
Os ministros contrários foram criticados.
2) O ministro Marco Aurélio Mello que é decano da mais Alta Corte do País votou
contra o HC.
O ministro Celso de Mello decano da mais Alta Corte do País votou contra o HC.
O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, confirmou a morte e parabenizou a atuação dos policiais.
3) A Proposta de Emenda Constitucional n. 119/2019, que seguirá para exame de mérito por comissão especial, cria as ações revisionais especial e extraordinária

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

C ou E: (CESPE/STM/Analista/2018) Caso se isolasse por vírgulas o trecho “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida” (linhas 1 e 2), seria pertinente inferir que o autor se referisse a um rapaz já anteriormente mencionado, ou conhecido do interlocutor.
( ) Certo
( ) Errado

A

CERTO!

quis matar a ex-noiva: refere-se ao rapaz. É parte de um todo, pois é oração restritiva (Sem vírgula), logo, existe mais de um rapaz. Se forem adicionadas vírgulas, significa característica única (existe apenas um rapaz).
“esse rapaz”: já mencionado, por causa do uso do termo “esse”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Ao que se refere a Oração subordinada adjetiva explicativa?

A

Oração subordinada adjetiva explicativa: refere-se a seres únicos, generaliza a informação anterior, faz referência ao todo – e não a parte do todo. Observe o exemplo a seguir:
1 – A escola tem 180 alunos, que trabalham durante o dia.
Análise
Oração principal: “A escola tem 180 alunos”
Oração subordinada adjetiva explicativa: “que trabalham durante o dia”.
Pode-se afirmar nesta construção que a escola possui a totalidade de 180 alunos – e todos trabalham durante o dia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

O que é o Que = pronome relativo (classe de palavra – morfologia)?

A
  1. oração subordinada adjetiva: introduz oração adjetiva
  2. o qual: aceita substituição por “o qual”
  3. anafórico: termo anafórico, tem referente anterior (retoma o antecedente)
  4. possui função sintática
    Entenda de uma vez por todas os descontos que podem recair sobre o seu salário
    Refere-se aos “descontos” (termo anafórico)
    Pronome relativo – oração adjetiva
    Esse “que” possui função sintática de “sujeito”: os descontos podem recair
    É uma crise institucional e filosófica do sistema que construímos
    Refere-se ao “sistema”
    Nós construímos o sistema (objeto direto)
    Morfologicamente: pronome relativo
    Sintaticamente: objeto direto
    – QUE: pronome relativo, a oração é adjetiva
    As revistas de que mais gosto são de esporte.
    De que: retoma o termo “revistas”
    “eu gosto das revistas” (objeto indireto)
    Morfologicamente: pronome relativo
    Sintaticamente: objeto indireto
    Obs.: O verbo “gostar” exige a preposição
    Em jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se
    mover e que podem proporcionar lucros aos seus proprietários.
    O “que” retoma “objetos” – os objetos possuem (sujeito) – esse “que” é pronome relativo.

É pronome relativo pois estabelece relação com o substantivo (ou palavra que tenha valor de substantivo) antecedente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

O que é o PRONOME RELATIVO “QUE?

A

Que = pronome relativo
1. oração subordinada adjetiva (introduz oração adjetiva)
2. o qual
3. anafórico
4. possui função sintática
Detesto o escrito que me diz tudo.
Que: pronome relativo
Obs.: quando a substituição por “o qual” soar estranha, é possível redigir a substituição, por exemplo, “o escritor me diz tudo”.
Que, pronome relativo, exerce função anafórica (retoma termo anterior)
Durante as buscas por Lázaro, equipes de inteligência da Polícia Rodoviária Federal
(PRF) também foram incorporadas à força-tarefa, que contou com cerca de 270 agentes das polícias civil e militar de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal (PF), Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO)
“à força-tarefa, que contou com cerca de 270 agentes das polícias civil”
A força tarefa contou… – isso indica que o “que” é pronome relativo – oração adjetiva explicativa.
Fisiologismo refere-se a um tipo de promíscuo de relações de poder político em que as ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores e outros benefícios e interesses privatistas. É um fenômeno que ocorre com relativa frequência em parlamentos de países que adubam sistemas corruptos de poder.
Fisiologismo refere-se a um tipo de promíscuo de relações de poder político em que as ações políticas: o “que” retoma o vocábulo “poder político”
Confirmamos o fenômeno que se deu no Brasil do uso das redes sociais de maneira ampla para a difusão de notícias falsas

Que: retoma o “fenômeno”; o fenômeno se deu no Brasil…
Esse “que” é pronome relativo
A prova a que o professor se referiu foi difícil.
Esse “que” retoma o termo “a prova”
O professor se referiu (VTI) à prova (OI)
Morfologicamente: pronome relativo
Sintaticamente: objeto indireto
Vi muitos beneficiados pelo programa nas cidades por que passamos.
Esse “que” retoma o termo “pelas (por + as) cidades”
Nós passamos pelas cidades (adj adverbial de lugar)
Morfologicamente: pronome relativo (estabelece relação com termo antecedente)
Entenda de uma vez por todas os descontos que podem recair sobre o seu salário.
É uma crise institucional e filosófica do sistema que construímos.
As revistas de que mais gosto são de esporte.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

(FGV/2018) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre as ocorrências do vocábulo que, nesse segmento do texto, é correto afirmar que:
a. são pronomes relativos com o mesmo antecedente;
b. exemplificam classes gramaticais diferentes;
c. mostram diferentes funções sintáticas;
d. são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática;
e. iniciam o mesmo tipo de oração subordinada;

A

Letra: D

os usos da internet, que se ressente: retoma o termo “internet”.
A internet se ressente Morfologicamente: pronome relativo
Sintaticamente: sujeito
Oração adjetiva explicativa (vírgula antes do “que”).
ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos: retoma o termo “legislação”.
A legislação específica coíbe
Morfologicamente: pronome relativo (classe gramatical)
Sintaticamente: sujeito (função sintática)
Oração adjetiva subordinada adjetiva restritiva (ausência de vírgula antes do “que”).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

C ou E: O preconceito decorre de incompatibilidades entre a pessoa e o ato que ela executa.
2. (CESPE/2019) No trecho “o ato que ela executa” (l.5), o pronome “que” é empregado tanto como conectivo, já que liga duas orações, quanto como elemento referencial, ao retomar o antecedente “o ato”.
( ) certo
( ) errado

A

CERTO!

incompatibilidades entre a pessoa e o ato que ela executa: retoma “o ato”.
– Está unindo orações conectivos: preposições, conjunções e pronomes relativos
– coesão referencial: pois faz referência a um termo antecedente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

C ou E: (CESPE/MPU/Analista/2015) A oração “que, dotado (…) pragas virtuais” (linha 4 e 5) é de natureza restritiva.
( ) Certo
( ) Errado

A

CERTO!

aquele indivíduo que, dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão:
que: retoma “aquele indivíduo” – aquele indivíduo promove
não há vírgula antes do “que”: oração adjetiva restritiva

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

C ou E: Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros que seus personagens leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem o segredo de seu aperfeiçoamento como escritores.
2. (CESPE/SEDF2017) Na linha 2, o pronome “que” retoma “os livros”, e ambos os termos exercem a mesma função sintática nas orações em que ocorrem.
( ) Certo
( ) Errado

A

CERTO!

Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros que seus personagens leram:
O “que” retoma os livros
Nem sempre o “que” tem a mesma função do termo retomado (antecedente), mas na questão acima os termos têm a mesma função.
Seus personagens leram (os livros) – OD
sempre tentam rastrear os livros - OD

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Giraffas, o sabor que “a gente” gosta.
Quem gosta, gosta de algo. O correto seria “Giraffas, o sabor de que “a gente” gosta”
4. (CESPE/IBGE/2021) No trecho “a literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito”, a expressão “a que” poderia ser corretamente substituída por
a. à que.
b. aquele que.
c. que.
d. ao qual.
e. àquela que.

A

Letra: D

a literatura concebida no sentido amplo a que me referi:
que: retoma “sentido amplo” (ao qual)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é Regência?

A

Obs.: a regência também trabalha com uso da preposição.
A proposta a que o deputado se referiu está no plenário.
Que: retoma “a proposta”
a: o “a” é preposição – essa preposição é obrigatória
o deputado: sujeito
(…) se refere a proposta (OI)
Obs.: A proposta que o deputado se referiu (há erro de regência)
Obs.: Não cabe crase nessa frase, pois a palavra “que” não admite o artigo “a”, esse “a” é
apenas preposição. Se fosse “a qual”, caberia crase

9
Q

(FGV/TJPI) A oração adjetiva abaixo sublinhada que deveria vir introduzida com um
pronome relativo precedido de preposição é:
a. “lidar com situações emergenciais e atuar em casos que venham a causar transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”.
b. “O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos que muitas vezes impedem que os procedimentos planejados de emergência sejam adotados”.
c. “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade que se desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
d. “Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego, enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, que impedem a circulação normal de veículos”.
e. “Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, que impedem o fluxo de sangue…”.

A

Letra: D

a. “lidar com situações emergenciais e atuar em casos que venham a causar transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”. Retoma: casos – não precisa de preposição
b. “O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos que muitas vezes impedem que os procedimentos planejados de emergência sejam adotados”.
Retoma: congestionamentos – não precisa de preposição
c. “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade que se desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
Retoma: velocidade o local de uma batida se desfaz com a velocidade – precisa de preposição
d. “Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego, enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, que impedem a circulação normal de veículos”.
e. “Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, que impedem o fluxo de sangue…”. o infarto e o AVC impedem (não precisa de preposição)

10
Q

Como é feita a PONTUAÇÃO NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS?

A

Há dois tipos de orações adjetivas: restritivas (não há vírgula) e explicativas (há vírgula).
Agora, será vista a pontuação nas orações subordinadas substantivas. Se houver oração principal + oração subordinada substantiva – em regra –, não se emprega vírgula. Observe o exemplo abaixo retirado de um informe publicitário:
“Tentamos mostrar, que o idoso tem sua importância.”
Esse período tem uma oração principal “tentamos mostrar” e a subordinada “que o idoso tem sua importância”. O verbo “mostrar” é transitivo direto, portanto a oração subordinada é substantiva objetiva direta. A oração principal seguida de uma substantiva não pode ser separada por vírgula.
Porém, existe um caso em que há vírgula entre a oração substantiva. Exemplo:
“Tentamos mostrar: o idoso tem sua importância.”
Nota-se que essa oração subordinada substantiva aceitou dois pontos, mas para isso foi preciso a omissão da conjunção. Isso é permitido porque é um recurso linguístico com a finalidade de dar elegância ao período. Quanto à análise sintática “o idoso tem sua importância”, continua sendo uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Porém, nesse caso, ela é uma oração justaposta, pois está ao lado de outra oração sem um conectivo.
Outro exemplo de oração justaposta:
“E vejam agora com que destreza, com que arte faço eu a maior transição deste livro.
Vejam: o meu delírio começou em presença de Virgília”. (Machado de Assis)
O verbo “ver” é transitivo direto, portanto “o meu delírio começou em presença de Virgília” é o objeto direto. A conjunção integrante “que” foi omitida e se acrescentou a vantagem estilística dos dois pontos.

11
Q

No filme Justiça, por meio de interação de réus e magistrados, surge uma evidência
importante, que é o papel ordenador da linguagem.
O “que” destacado se classifica como pronome relativo ou conjunção integrante?

A

Para tirar a prova se o “que” é pronome relativo, basta substituir o “que” pelo termo antecedente. Nesse caso, o termo antecedente é “uma evidência importante”. Com a substituição, a oração ficaria “uma evidência importante é o papel ordenador da linguagem”. O termo substituído fez o papel de sujeito na oração e essa oração é lógica, provida de sentido, portanto esse “que” é pronome relativo e a oração é subordinada adjetiva restritiva.

12
Q

Faço apenas um pedido, que você reveja sua opinião sobre esse assunto.
O “que” destacado se classifica como pronome relativo ou conjunção integrante?

A

Para tirar a prova se o “que” é pronome relativo, basta substituir o “que” pelo termo antecedente. Nesse caso, o termo antecedente é “um pedido”. Com a substituição, a oração não teria lógica, ficaria desprovida de sentido. A oração principal tem sujeito e objeto direto, portanto a oração subordinada não pode ser nem subjetiva nem objetiva direta. Ela também não pode ser completiva nominal, nem objetiva indireta porque não há preposição antes do “que”. Essa oração subordinada será substantiva apositiva e o “que” é uma conjunção integrante.
A oração subordinada apositiva esclarece uma oração, por isso ela se parece muito com uma oração subordinada adjetiva explicativa. Tanto a apositiva como a adjetiva explicativa têm cunho explicativo, porém o “que” é pronome relativo na oração subordinada adjetiva.
Além disso, é importante lembrar que a vírgula, entre orações substantivas, só é permitida nas orações apositivas, por causa desse caráter explicativo das orações apositivas.

13
Q

Espero uma coisa, que você me ame.
O “que” destacado se classifica como pronome relativo ou conjunção integrante?

A

Para tirar a prova se o “que” é pronome relativo, basta substituir o “que” pelo termo antecedente. Nesse caso, o termo antecedente é “uma coisa”. Com a substituição, a oração não teria lógica, ficaria desprovida de sentido. Portanto, o pronome não é relativo. A oração subordinada está esclarecendo algo que ficou vago, afinal o sujeito espera uma coisa. Essa coisa que ele espera está esclarecida na oração subordinada. Portanto, essa oração é subordinada substantiva apositiva e o “que” é uma conjunção integrante. Importante lembrar que a vírgula é exigida entre a substantiva apositiva e a oração principal.

14
Q

“O” antes de “que”

A

É muito importante saber que quando o “o” for igual ao pronome demonstrativo e estiver seguido de um “que”, esse “que” será pronome relativo. Existem construções em que o pronome relativo “que” é antecedido pelos pronomes demonstrativos “a, as, o, os”. Nestas construções, muitos candidatos classificam a palavra “que” como conjunção – e não como pronome relativo.
Vejam os exemplos:
“Os alunos sabem o que eu fiz.”
Muitos podem achar que a oração “o que eu fiz” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, porque coube a troca com o pronome “isso”. Mas está errado, porque há um pronome demonstrativo antecedendo o “que”. Esse “o” equivale a “aquilo”. Portanto, “o” faz a função de objeto direto nessa oração. Logo, o “que” será um pronome relativo, pois retoma o
termo anterior “o”, enquanto a oração “que eu fiz” será subordinada adjetiva restritiva.
“Todos sabem o que o deputado acusado fez.”
Análise: no exemplo acima, o vocábulo “o” é um pronome demonstrativo – e o “que”, um pronome relativo. Para chegar a esta classificação, devem-se seguir alguns passos: 1) Faça a substituição lexical: “Todos sabem aquilo que o deputado fez”.
2) Divida as orações entre o demonstrativo “o” e o relativo “que”: todos sabem o | que o deputado fez”.
3) Estabeleça a relação anafórica, ou seja, o “que” pronome relativo, como estudado, retoma o termo imediatamente anterior – que, neste caso, é o pronome demonstrativo “o” (aquilo).
4) Agora, depois da retomada do antecedente, classifique sintaticamente o pronome relativo “que”: “o deputado fez aquilo” (aquilo =objeto direto). Ressalte-se que a função do vocábulo “aquilo”, na oração 2, é a função sintática do pronome relativo “que” (objeto direto), porquanto este pronome retoma o demonstrativo “o” (aquilo).
“Tais feitos brilham os olhos daqueles que almejam uma carreira bem-sucedida na
advocacia.”
Esse “que” retoma o termo “daqueles”. É possível fazer a substituição e manter o sentido lógico na oração seguinte “aqueles almejam uma carreira”. Portanto, o “que” é pronome relativo e faz o papel de sujeito na oração subordinada adjetiva restritiva. Além do mais, o “daqueles” poderia ser escrito de outra forma: “de” + “os”, pois o “os” também é um pronome demonstrativo.

15
Q
A
15
Q

(AOCP/2020) Em relação à classificação sintática dos termos destacados nas frases
seguintes, assinale a alternativa correta.
a. Em “No parquinho há crianças de todo tipo […]”, o termo destacado é o sujeito, por ser o tema da oração.
b. No trecho “A criançada brinca no parquinho como se o dia nunca fosse acabar.”, o verbo destacado é considerado transitivo indireto, por exigir um complemento verbal com preposição.
c. Em “Os birrentos são os que dão mais trabalho.”, o pronome relativo destacado funciona como sujeito da segunda oração.
d. Na frase “Quando eu crescer, vou querer ser jogador de futebol!”, o termo destacado é um complemento nominal, pois completa o sentido do nome “jogador”.
e. Em “É claro que nem toda criança gosta de bola”, o verbo em destaque é intransitivo, pois não exige um complemento.

A

Letra: C

a. O verbo haver com sentido de “existir” é impessoal, portanto não precisa de sujeito e “crianças” é o objeto direto.
b. O verbo “brincar” é intransitivo e “no parquinho” é adjunto adverbial de lugar.
c. É possível substituir o “os” por “aqueles”. A frase ficaria “os birrentos são aqueles que dão mais trabalho”.
d. O termo “de futebol” é adjunto adnominal porque “jogador” é um substantivo concreto.
e. O verbo “gostar” é transitivo indireto e “de bola” é objeto indireto.

15
Q
A