QUESTÕES ORTOGRÁFICAS Flashcards

1
Q

Qual a diferença entre “a fim de” e “afim”?

A
  • A fim de = finalidade
  • Afim = afinidade
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Q

Quando se acentua o monossílabo “QUÊ”?

A
  1. Lembre-se de que se acentua o monossílabo tônico “que” quando ele estiver no final de frase ou quando vier precedido de um determinante (substantivado).
    Exemplos:
    Ela tem orgulho de quê?
    Ela tem um quê de desespero.
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2
Q

Quando se utiliza o “POR QUE” separado?

A
  1. O “por que” separado é empregado em duas situações:
    1) Quando puder ser substituído por “pelo qual” ou variações. Nesse caso, teremos o pronome relativo “que” precedido da preposição “por”.
    2) Quando puder ser substituído pelas expressões “por qual razão” ou “por qual motivo”.
    Exemplos:
    A cidade por que passamos não é beneficiada pelo programa.
    Você não me falou por que não estudou.
    Por que você não comprou o livro?
    Obs.: é importante perceber que o “por que” não será sempre separado em razão de constar em uma pergunta. No exemplo acima, ele é separado e está em uma afirmação.

IMPORTANTE
Emprega-se o “por que” (separado) em interrogativas indiretas ou interrogativas diretas.
Observação: em algumas situações, o substantivo “motivo”, “razão” vem expresso na sentença logo após o “por que”. Nesse caso, o “por que” (separado) equivale a “por qual”.
Todos querem saber por que motivo estou em Brasília.
Eles trocaram o nosso diretor por que funcionário?

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3
Q

Quando se usa o “PORQUE” junto?

A
  1. O “porque” junto é empregado quando funciona como conjunção, sobretudo explicativa ou causal.
    Exemplos:
    Ela foi embora, porque eu não a amava mais.
    Estude, porque você precisa.
    Ou seja, nos casos acima, o “porque” tem valor de “pois”.
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3
Q

Qual a diferença entre “SENÃO – SE NÃO”?

A

Senão: em uma só palavra significa “do contrário”, “de outro modo”, “a não ser”, “mas sim”.
Exemplos:
Estude, senão você será reprovado. (do contrário – de outro modo)
Respondeu-lhe Jesus: E sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (a não ser)
Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer.
Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só. (mas sim).
Se não: Se (conjunção), Não (advérbio). Usa-se em construções em que esta expressão denote alternativa, condição, incerteza.
Exemplo: A fé, se não tiver obras, por si só está morta.
MPORTANTE
A substituição lexical é cobrada com frequência em provas de concursos públicos.
Observe o item abaixo.

(CESPE/SERPRO/TÉCNICO) A locução “a não ser” (linha 3) poderia, sem prejuízo sintático ou semântico para o texto, ser substituída por senão.
Lembre-se de que o “senão” pode ter a ideia de “a não ser”.

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3
Q

Quando se usa o “PORQUÊ”?

A

4 – O “porquê” é empregado quando equivale a “motivo, razão”. Neste caso, teremos uma palavra substantivada. Geralmente, virá acompanhado de um determinante.
Exemplos:
Todos sabem que há um porquê para ela não ter vindo à festa.
Eu entendi o porquê da separação daquele casal.
Qual é o porquê de tanta tristeza.

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4
Q

Qual a diferença entre “EM PRINCÍPIO – A PRINCÍPIO”?

A

Em princípio: significa em tese, de um modo geral.
Exemplo: Em princípio, todo blogueiro deveria primar pelo respeito ao leitor.
A princípio: significa no começo, inicialmente.
Exemplo: A princípio, os estudantes estavam resistentes às mudanças propostas
pelos deputados.
O professor Luiz Antonio Sacconi, no seu livro “Não erre mais” (Ed. Moderna, 1979),
exemplifica de forma jocosa essa diferença: “Em princípio todo casamento é uma maravilha./Todo casamento é, a princípio, uma verdadeira maravilha. Depois, bem, depois
é o fim…”

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4
Q

Qual a diferença entre “ACERCA DE – CERCA DE – HÁ CERCA DE”?

A

Acerca de: sobre, a respeito de.
Exemplo:
Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
Cerca de: aproximadamente, perto de, próximo de.
Exemplo:
Quadrilha desarticulada pelo DEIC violava cerca de dez contas por dia na internet.
Obs.: a expressão “cerca de” pode vir precedida da preposição “a”.
Exemplo:
A turma ficou reduzida a cerca de trinta alunos.
Há cerca de: ocorre aqui o emprego da expressão “cerca de” precedida do verbo “há”.
Esta expressão equivale a faz.
Exemplo:
A Maria foi aprovada há cerca de três anos. (faz três anos)

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4
Q

Qual a diferença entre “AFERIR – AUFERIR”?

A

Aferir: conferir, avaliar
Exemplo:
* Alguns professores não estão habilitados para aferir o nosso conhecimento.
Auferir: obter (lucro).
Exemplo:
* No ano passado, a maioria dos bancos auferiram lucros invejáveis.

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5
Q

Qual a diferença entre “AFIM – A FIM DE”?

A

Afim: vocábulo que significa semelhante, próximo.
Exemplo:
* Química e Física são matérias afins.
A fim de: locução que indica finalidade, equivale a para.
Exemplo:
* Alguns aprovados foram à Câmara a fim de pedir as nomeações.
* Esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, a afim de que, tendo pregado a outros,
não venha eu mesmo a ser desqualificado.
É recorrente, em provas, o emprego de “afim” (afinidade) na acepção de “a fim de” (finalidade).
Observe a questão abaixo.

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5
Q

Qual a diferença entre “AO INVÉS DE – EM VEZ DE”?

A

Ao invés de: locução prepositiva que significa “ao contrário de”.
Exemplo:
* Ao invés de reclamar, estude.
* Ao invés de chorar, sorria.
Em vez de: locução que indica troca, substituição (equivale a “em lugar de”).
Exemplo:
* Em vez de você ficar pensando nele
* Em vez de você viver chorando por ele
* Pense em mim, chore por mim

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5
Q

Qual a diferença entre “DE ENCONTRO A – AO ENCONTRO DE”?

A

De encontro a: significa oposição, contrariedade.
Exemplo:
* As propostas de alguns parlamentares estão indo de encontro aos interesses da
maioria dos empresários.
Ao encontro de: significa em direção, a favor de.
Exemplo:
* A lei dos transgênicos vem ao encontro dos desejos dos produtores rurais.

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6
Q

Qual a diferença entre “ESTADA – ESTADIA”?

A

Estada: permanência de pessoa em um lugar.
Exemplo:
* “Foi breve, mas inesquecível a minha estada em Paris” – disse o ministro.
Estadia: parada, permanência de um veículo em um estacionamento, de um navio em um porto, de um avião em um aeroporto.
Exemplo:
* É fato que a estadia do transatlântico foi proveitosa
Obs.: é comum, na língua portuguesa brasileira, o emprego de “estadia” na acepção de “estada”; todavia, consoante o rigor gramatical, deve-se evitar este emprego.
Exemplo:
* A estadia da seleção brasileira, em Belo Horizonte, será curta. (construção coloquial)
* A estada da seleção brasileira, em Belo Horizonte, será curta. (construção formal)

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6
Q

Qual a diferença entre “DO QUE – QUE”?

A

Para unir elementos de uma comparação, podem-se empregar indiferentemente “do que” ou “que”.
Exemplos:
* Na sala de aula, existiam mais mulheres do que homens.
* Na sala de aula, existiam mais mulheres que homem.

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7
Q

Qual a diferença entre “FAZER QUE – FAZER COM QUE”?

A

Fazer que: no sentido de fingir, simular, utiliza-se apenas “fazer que”.
Exemplo:
* O ladrão fez que estava morto.
Fazer com que e fazer que – no sentido de esforçar-se por algo, podem-se utilizar indiferentemente as expressões “fazer com” e “fazer que”.
Exemplos:
* O professor fez com que os alunos entendessem a questão.
* O professor fez que os alunos entendessem a questão.

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7
Q

Qual a diferença entre “HÁ – A”?

A

Há: está forma verbal é utilizada para indicar fato passado.
Exemplo:
* Eu nasci! Há dez mil anos.
A: indica fato futuro.
Exemplo:
* Estou a cinco horas de João Pessoa.
Obs.: Como a forma verbal há indica tempo passado, o rigor gramatical condena o seu emprego com o advérbio atrás. Raul Seixas, em uma das suas composições, escreveu: “Eu nasci! Há dez mil anos atrás”. É importante salientar que desvios à norma-padrão como este não diminuem a engenhosidade poética. Pelo contrário, muitos deles até contribuem para a musicalidade do texto: a harmonia. Agora observe uma abordagem do Cespe.

7
Q

Qual a diferença entre “INCIPIENTE – INSIPIENTE”?

A

Incipiente: significa principiante, iniciante.
Exemplo:
* Os deputados oposicionistas afirmaram que o governo é incipiente
Insipiente: significa não sapiente, ignorante, insensato.
Exemplo:
* O Partido dos Trabalhadores não é insignificante, embora os insipientes de plantão falem e vomitem tanta bobagem.

8
Q

Qual a diferença entre “TAMPOUCO – TÃO POUCO”?

A

Tampouco: advérbio que equivale a “também não”.
Exemplo:
* Definitivamente não gostava do aroma de rosas, tampouco de mulheres boazinhas.
Tão pouco: equivale a “muito pouco”.
Exemplo:
* O deputado do PT escreveu tão pouco sobre um assunto tão abrangente.

8
Q

Qual a diferença entre “DESPERCEBIDO – DESAPERCEBIDO”?

A

Despercebido: aquele que não é notado, não é observado.
Exemplo:
* O camarote da cantora Claudia Leitte ainda passa despercebido pela maioria dos artistas.
Desapercebido: significa despreparado, desprevenido, não municiado.
Exemplo:
* No ano passado, houve poucos concursos: o Governo Federal estava desapercebido de recursos.

9
Q

Qual a diferença entre “INFLIGIR – INFRINGIR”?

A

Infligir: aplicar pena.
Exemplo:
* O magistrado infligiu uma pena mínima aos falsários.
Infringir: violar, transgredir uma regra.
Exemplo:
* Câmara vai analisar se deputados infringiram regra ao abrir voto.

10
Q

Qual a diferença entre “PRESCINDÍVEL – IMPRESCINDÍVEL”?

A

Prescindível: o que se pode prescindir, deixar de contar (dispensável).
Exemplo:
* Nas ações de separação e divórcio consensuais, é prescindível a nomeação de um
advogado para representação dos interesses das partes.
Imprescindível: o que não pode faltar (indispensável).
Exemplo:
* Uma imprensa livre, plural e investigativa é imprescindível para um país como o nosso

11
Q

Qual a diferença entre “SOB – SOBRE”?

A

Sob: significa debaixo de (posição inferior).
Exemplo:
* A carteira de identidade estava sob o livro de matemática.
Sobre: significa:
a. em cima de.
* Exemplo: Sempre deixo o celular sobre a mesa.
b. a respeito de.
* Exemplo: Os mais informados falavam sobre política internacional.
c. acima de.
* Exemplo: Amo a Deus sobre todas as coisas.