Ortografia Flashcards

1
Q

C ou E: CESPE/TCE/RJ/2021) A correção gramatical do trecho “Para que ligar-se a um homem que viesse magoá-la, arrancar-lhe a paz de espírito?” (R. 7 e 8) seria mantida caso ele fosse reescrito da seguinte maneira: Ligar-se a um homem que viesse magoá-la, arrancar-lhe a paz de espírito para que?.

A

ERRADO!

Na realidade, a palavra “que” está escrita da forma errada, pois deveria ser acentuada: “quê”.

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2
Q

Como é a acentuação do pronome “QUÊ”?

A
  1. Lembre-se de que se acentua o monossílabo tônico “que” quando ele estiver no final de frase ou quando vier precedido de um determinante (substantivado).
    Exemplos:
    Ela tem orgulho de quê?
    Ela tem um quê de desespero.
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3
Q

Quando se usa o “POR QUE”?

A
  1. O “por que” separado é empregado em duas situações:
    1) Quando puder ser substituído por “pelo qual” ou variações. Nesse caso, teremos o pronome relativo “que” precedido da preposição “por”.
    2) Quando puder ser substituído pelas expressões “por qual razão” ou “por qual motivo”.
    Exemplos:
    A cidade por que passamos não é beneficiada pelo programa.
    Você não me falou por que não estudou.
    Por que você não comprou o livro?
    Obs.: é importante perceber que o “por que” não será sempre separado em razão de constar em uma pergunta. No exemplo acima, ele é separado e está em uma afirmação.
    Emprega-se o “por que” (separado) em interrogativas indiretas ou interrogativas diretas.
    Observação: em algumas situações, o substantivo “motivo”, “razão” vem expresso na sentença logo após o “por que”. Nesse caso, o “por que” (separado) equivale a “por qual”. Todos querem saber por que motivo estou em Brasília.
    Eles trocaram o nosso diretor por que funcionário?
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4
Q

C ou E: (CESPE/2022) Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “pelo qual”
(primeiro período do primeiro parágrafo) fosse substituído por porque.

A

ERRADO!

Nesse caso, haveria erro gramatical. A substituição correta seria pelo “por que”, que tem
valor de “pelo qual”.

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4
Q

Quando se usa o “PORQUE”?

A
  1. O “porque” junto é empregado quando funciona como conjunção, sobretudo explicativa ou causal.
    Exemplos:
    Ela foi embora, porque eu não a amava mais.
    Estude, porque você precisa.
    Ou seja, nos casos acima, o “porque” tem valor de “pois”.
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5
Q

Quando se usa o “PORQUÊ”?

A

– O “porquê” é empregado quando equivale a “motivo, razão”. Neste caso, teremos
uma palavra substantivada. Geralmente, virá acompanhado de um determinante.
Exemplos:
Todos sabem que há um porquê para ela não ter vindo à festa.
Eu entendi o porquê da separação daquele casal.
Qual é o porquê de tanta tristeza

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6
Q

Qual a diferença entre o uso do SENÃO – SE NÃO?

A

Senão: em uma só palavra significa “do contrário”, “de outro modo”, “a não ser”, “mas sim”.
Exemplos:
Estude, senão você será reprovado. (do contrário – de outro modo)
Respondeu-lhe Jesus: E sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (a não ser)
Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer.
Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só. (mas sim).
Se não: Se (conjunção), Não (advérbio). Usa-se em construções em que esta expressão denote alternativa, condição, incerteza.
Exemplo: A fé, se não tiver obras, por si só está morta.

IMPORTANTE
A substituição lexical é cobrada com frequência em provas de concursos públicos.
Observe o item abaixo.

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7
Q

C ou E: (CESPE/SERPRO/TÉCNICO) A locução “a não ser” (linha 3) poderia, sem prejuízo
sintático ou semântico para o texto, ser substituída por senão.

A

CERTO!

Lembre-se de que o “senão” pode ter a ideia de “a não ser”.

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8
Q

Qual a diferença entre o uso do EM PRINCÍPIO – A PRINCÍPIO?

A

Em princípio: significa em tese, de um modo geral.
Exemplo: Em princípio, todo blogueiro deveria primar pelo respeito ao leitor.
A princípio: significa no começo, inicialmente.
Exemplo: A princípio, os estudantes estavam resistentes às mudanças propostas pelos deputados.
O professor Luiz Antonio Sacconi, no seu livro “Não erre mais” (Ed. Moderna, 1979), exemplifica de forma jocosa essa diferença: “Em princípio todo casamento é uma maravilha./Todo casamento é, a princípio, uma verdadeira maravilha. Depois, bem, depois é o fim…”

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9
Q

Qual a diferença entre o uso de ACERCA DE – CERCA DE – HÁ CERCA DE?

A

Acerca de: sobre, a respeito de.
Exemplo:
Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
Cerca de: aproximadamente, perto de, próximo de.
Exemplo:
Quadrilha desarticulada pelo DEIC violava cerca de dez contas por dia na internet.
Obs.: a expressão “cerca de” pode vir precedida da preposição “a”.
Exemplo:
A turma ficou reduzida a cerca de trinta alunos.
Há cerca de: ocorre aqui o emprego da expressão “cerca de” precedida do verbo “há”.
Esta expressão equivale a faz.
Exemplo:
A Maria foi aprovada há cerca de três anos. (faz três anos)

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9
Q

Qual a diferença entre AFIM – A FIM DE?

A

Afim: vocábulo que significa semelhante, próximo.
Exemplo:
* Química e Física são matérias afins.
A fim de: locução que indica finalidade, equivale a para.
Exemplo:
* Alguns aprovados foram à Câmara a fim de pedir as nomeações.
* Esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, a afim de que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.
É recorrente, em provas, o emprego de “afim” (afinidade) na acepção de “a fim de” (finalidade).
Observe a questão abaixo.

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10
Q

Qual a diferença entre AFERIR – AUFERIR?

A

Aferir: conferir, avaliar
Exemplo:
* Alguns professores não estão habilitados para aferir o nosso conhecimento.
Auferir: obter (lucro).
Exemplo:
* No ano passado, a maioria dos bancos auferiram lucros invejáveis.

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11
Q

C ou E: (CESPE/IPHAN/2018) Pautado pelo princípio teleológico do tempo, o presente irá
atuar nesses discursos como instrumento de mediação para que se conserve a lição do
passado como intocável e permanente.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto, o trecho “para que se
conserve a lição do passado como intocável e permanente” (ℓ. 14 e 15) poderia ser reescrito
da seguinte forma: afim de conservar, intocável e permanentemente, a lição do passado.

A

ERRADO!

Nesse caso, o termo “afim de” teria sentido de finalidade; logo, a escrita correta seria
“a fim de”.

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12
Q

Qual a diferença entre: AO INVÉS DE – EM VEZ DE?

A

Ao invés de: locução prepositiva que significa “ao contrário de”.
Exemplo:
* Ao invés de reclamar, estude.
* Ao invés de chorar, sorria.
Em vez de: locução que indica troca, substituição (equivale a “em lugar de”).
Exemplo:
* Em vez de você ficar pensando nele
* Em vez de você viver chorando por ele
* Pense em mim, chore por mim

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12
Q

Qual a diferença entre: DO QUE – QUE?

A

Para unir elementos de uma comparação, podem-se empregar indiferentemente “do
que” ou “que”.
Exemplos:
* Na sala de aula, existiam mais mulheres do que homens.
* Na sala de aula, existiam mais mulheres que homem.

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12
Q

Qual a diferença entre DE ENCONTRO A – AO ENCONTRO DE?

A

De encontro a: significa oposição, contrariedade.
Exemplo:
* As propostas de alguns parlamentares estão indo de encontro aos interesses da maioria dos empresários.
Ao encontro de: significa em direção, a favor de.
Exemplo:
* A lei dos transgênicos vem ao encontro dos desejos dos produtores rurais

13
Q

Qual a diferença entre: ESTADA – ESTADIA?

A

Estada: permanência de pessoa em um lugar.
Exemplo:
* “Foi breve, mas inesquecível a minha estada em Paris” – disse o ministro.
Estadia: parada, permanência de um veículo em um estacionamento, de um navio em um porto, de um avião em um aeroporto.
Exemplo:
* É fato que a estadia do transatlântico foi proveitosa
Obs.: é comum, na língua portuguesa brasileira, o emprego de “estadia” na acepção de “estada”; todavia, consoante o rigor gramatical, deve-se evitar este emprego.
Exemplo:
* A estadia da seleção brasileira, em Belo Horizonte, será curta. (construção coloquial)
* A estada da seleção brasileira, em Belo Horizonte, será curta. (construção formal)

14
Q

Qual a diferença entre: FAZER QUE – FAZER COM QUE?

A

Fazer que: no sentido de fingir, simular, utiliza-se apenas “fazer que”.
Exemplo:
* O ladrão fez que estava morto.
Fazer com que e fazer que – no sentido de esforçar-se por algo, podem-se utilizar indiferentemente as expressões “fazer com” e “fazer que”.
Exemplos:
* O professor fez com que os alunos entendessem a questão.
* O professor fez que os alunos entendessem a questão.

15
Q

Qual a diferença entre: HÁ – A?

A

Há: está forma verbal é utilizada para indicar fato passado.
Exemplo:
* Eu nasci! Há dez mil anos.
A: indica fato futuro.
Exemplo:
* Estou a cinco horas de João Pessoa.
Obs.: Como a forma verbal há indica tempo passado, o rigor gramatical condena o seu emprego com o advérbio atrás. Raul Seixas, em uma das suas composições, escreveu: “Eu nasci! Há dez mil anos atrás”. É importante salientar que desvios à norma-padrão como este não diminuem a engenhosidade poética. Pelo contrário, muitos deles até contribuem para a musicalidade do texto: a harmonia. Agora observe uma abordagem do Cespe.

15
Q

Qual a diferença: INCIPIENTE – INSIPIENTE?

A

Incipiente: significa principiante, iniciante.
Exemplo:
* Os deputados oposicionistas afirmaram que o governo é incipiente.
Insipiente: significa não sapiente, ignorante, insensato.
Exemplo:
* O Partido dos Trabalhadores não é insignificante, embora os insipientes de plantão
falem e vomitem tanta bobagem.

16
Q

Qual a diferença entre: INFLIGIR – INFRINGIR?

A

Infligir: aplicar pena.
Exemplo:
* O magistrado infligiu uma pena mínima aos falsários.
Infringir: violar, transgredir uma regra.
Exemplo:
* Câmara vai analisar se deputados infringiram regra ao abrir voto.

17
Q

Qual a diferença entre: TAMPOUCO – TÃO POUCO?

A

Tampouco: advérbio que equivale a “também não”.
Exemplo:
* Definitivamente não gostava do aroma de rosas, tampouco de mulheres boazinhas.
Tão pouco: equivale a “muito pouco”.
Exemplo:
* O deputado do PT escreveu tão pouco sobre um assunto tão abrangente

18
Q

Qual a diferença entre: DESPERCEBIDO – DESAPERCEBIDO?

A

Despercebido: aquele que não é notado, não é observado.
Exemplo:
* O camarote da cantora Claudia Leitte ainda passa despercebido pela maioria dos artistas.
Desapercebido: significa despreparado, desprevenido, não municiado.
Exemplo:
* No ano passado, houve poucos concursos: o Governo Federal estava desapercebido de recursos.

18
Q

Qual a diferença entre: PRESCINDÍVEL – IMPRESCINDÍVEL?

A

Prescindível: o que se pode prescindir, deixar de contar (dispensável).
Exemplo:
* Nas ações de separação e divórcio consensuais, é prescindível a nomeação de um advogado para representação dos interesses das partes.
Imprescindível: o que não pode faltar (indispensável).
Exemplo:
* Uma imprensa livre, plural e investigativa é imprescindível para um país como o nosso.

19
Q

Qual a diferença entre: SOB – SOBRE?

A

Sob: significa debaixo de (posição inferior).
Exemplo:
* A carteira de identidade estava sob o livro de matemática.
Sobre: significa:
a. em cima de.
* Exemplo: Sempre deixo o celular sobre a mesa.
b. a respeito de.
* Exemplo: Os mais informados falavam sobre política internacional.
c. acima de.
* Exemplo: Amo a Deus sobre todas as coisas

20
Q

C ou E: A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas
de comunicação sem fio, facilitando as operações de socorro e limpeza.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, o trecho “As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda” (segundo parágrafo) poderia ser reescrito da seguinte forma:
Usaram-se as tecnologias da comunicação afim de coordenar a ajuda.

A

ERRADO!

A reescrita proposta altera a estrutura do trecho original, passando de uma voz passiva analítica (“As tecnologias da comunicação foram utilizadas”) para uma voz passiva sintética (“Usaram-se as tecnologias da comunicação”). Entretanto mantêm o mesmo significado. Na voz passiva
analítica, o sujeito paciente da aÁ„o (as tecnologias da comunicação) é destacado, enquanto na voz passiva sintética a aÁ„o realizada sobre o sujeito (usar) È enfatizada. Nesse caso, mantêm-se a ideia de que as tecnologias da comunicação serviram para a finalidade especifica de coordenar a ajuda. Todavia veja-se que a expressão “afim”, que indica afinidade, deveria ser grafada “a fim”, para denotar finalidade.

21
Q

C ou E: Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação.
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
Caso a forma verbal “tem” (segundo período do segundo parágrafo) fosse grafada com acento circunflexo — têm —, de forma a concordar com a expressão “os cadáveres expostos”, que a antecede, as relações sintáticas entre os termos seriam alteradas, mas a correção gramatical
seria mantida.

A

ERRADO!

Na frase, a forma verbal “tem” concorda no singular com “relação”, núcleo do sujeito “a relação”. Caso “tem” fosse grafado com acento circunflexo, para concordar com “cadáveres”, a frase ficaria sintaticamente incorreta, pois o substantivo “relação” È que determina a relação de concordância verbal com “tem”. Com a substituição proposta, o termo “os cadáveres expostos”, que integra o sentido de “relação”, passaria a ser sujeito de “tem uma dimensão social”, e desvincular-se-ia sintaticamente desse substantivo, gerando uma frase de sentido incompleto, pois o sentido de “relação” exige semanticamente os termos “nós” e “os cadáveres expostos” (relação entre dois elementos).

22
Q

C ou E: Acerca de aspectos gramaticais do texto 2A2-III, julgue o item subsequente.
No último período do primeiro parágrafo, a substituição de “antidireito” por anti-direito faria o texto ficar em desacordo com a ortografia oficial vigente no Brasil.

A

CERTO!

O prefixo anti é separado do segundo elemento por hífen apenas quando ele se inicia por h ou i. Portanto, a grafia correta é “antidireito”.