Pré Natal Flashcards
Número mínimo de consultas?
6
1 no primeiro TRI
2 no segundo TRI
3 no terceiro TRI
Regularidade das consultas:
Até 28ª semana – mensalmente;
Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
Exames de rotina no pré natal (10):
- Hemograma - 1º e 3º trimestre;
- Tipagem sanguínea e fator Rh;
- Coombs indireto, repetido com 28, 32, 36 e 40 semanas se a paciente for Rh negativo;
- Glicemia de jejum - 1º e 3º trimestre;
- Urinocultura e urina tipo I - 1º e 3º trimestre;
- Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR - 1º e 3º trimestre;
- Anti-HIV - 1º e 3º trimestre;
- Sorologia para toxoplasmose IgM e IgG, repetido a cada 2-3 meses em caso de susceptibilidade;
- Sorologia para hepatite B (H.sag.) - 1º e 3º trimestre;
- Teste de tolerância para glicose com 75 g entre 24 e 28 semanas.
Quando repetir o coombs indireto?
28, 32, 36 e 40 semanas se a paciente for Rh negativo;
Frequencia pra repetir sorologias pra toxoplasmose em gestante suscetível?
2-3 meses
Quando realizar o TOTG 75g?
Entre 24 e 28 semanas.
Exame a ser solicitado se gestante com HAS?
Dosagem de creatinina
Qunado realizar as manobras de Leopold-Zweifel?
A partir do 2º trimestre
Manobras de Leopold-Zweifel:
- Primeiro tempo: o examinador do lado direito da paciente, de frente para ela, com as duas mãos encurvadas delimita o fundo de útero e observa qual polo fetal que o ocupa.
- Segundo tempo: Ideal pra determinar a posição fetal. Deslizam-se as mãos do fundo em direção ao polo inferior para identificar o dorso fetal de um lado e os membros do outro. Conhecer a posição fetal auxilia na procura do foco máximo de ausculta dos batimentos cardíacos do feto.
- Terceiro tempo: visa a exploração da mobilidade da apresentação com o estreito superior da pelve. Procura-se apreender o polo entre o polegar e o dedo indicador ou médio, imprimindo-lhe movimentos de lateralidade para verificar o grau de penetração da apresentação na bacia e confirmar o diagnóstico da apresentação pela comparação com o outro polo identificado no fundo uterino durante a primeira manobra. Quando a apresentação está alta e móvel, o polo da apresentação balança de um lado para o outro.
- Quarto tempo: o examinador deve voltar suas costas para a paciente e colocar as mãos sobre as fossas ilíacas, caminhando-as em direção ao hipogástrio, paralelamente à arcada crural e afastadas uma da outra cerca de 10 cm. Com a ponta dos dedos, procura-se penetrar na pelve abarcando o polo que aí se encontra para averiguar o grau de penetração do concepto no estreito superior da bacia. A entrada dos dedos depende do grau de insinuação do polo apresentado.
Manejo Toxoplasmose: IgG e IgM negativos
Paciente suscetível
Realizar sorologia a cada 2 ou 3meses durante a gravidez e no momento do parto.
Manejo Toxoplasmose: IgG positivo e IgM negativo
PACIENTE IMUNE/INFECÇÃO CRÔNICA.
Em imunodeprimidas, realizar PCR do líquido amniótico
Manejo Toxoplasmose: IgG negativo e IgM positivo
INFECÇÃO AGUDA OU FALSO-POSITIVO.
- Solicitar pesquisa de IgA que, se positiva, confirma a infecção aguda (menos de quatro meses), e se negativa, sugere um IgM falso-positivo. Na prática e pouco usada devido à baixa disponibilidade.
- MS: Iniciar espiramicina 1 g (3.000.000 UI) de 8/8h, via oral. E repetir a sorologia em 3 semanas, visando detectar o aparecimento de anticorpos IgG. A positivação do IgG confirma infecção aguda.
- Caso o anticorpo IgG continue negativo após esse período a espiramicina deverá ser suspensa, considerando a hipótese de um resultado falso-positivo, e a sorologia deverá ser repetida a cada três meses.
Manejo Toxoplasmose: IgG positivo e IgM positivo
INFECÇÃO AGUDA OU CRÔNICA.
- Realizar o teste da avidez do IgG. O teste de avidez avalia a força de ligação antígeno- anticorpo.
- O diagnóstico de baixa avidez (< 30%) sugere uma infecção aguda (com menos de quatro meses) -> alto risco. Enquanto uma alta avidez (> 60%) é sugestiva de infecção antiga (com mais de quatro meses).
Na toxoplasmose aguda:
MS recomenda a realização de ultrassonografia mensal em busca de complicações fetais. A ultrassonografia normal, no entanto, não afasta infecção congênita.
Sinais de infecção congênita por toxoplasma no USG (4) :
Hidrocefalia
Calcificações cerebrais
Ascite fetal
Alterações de ecotextura hepática e esplênica.
Manejo da toxoplasmose no comprometimento fetal:
SAFP
1. sulfadiazina (1.500 mg, VO, 12/12 horas) + pirimetamina (25 mg, VO, 12/12 horas) + ácido folínico (10 mg/dia).
Este tratamento tríplice deve ser alternado com a espiramicina a cada 3 semanas até o termo.
A pirimetamina deve ser evitada antes de 20 semanas de gestação, devido ao potencial efeito teratogênico (classe C), e o uso da sulfadiazina no terceiro trimestre deve ser monitorado devido à possibilidade de kernicterus no recém-nascido.
Caso o PCR do líquido amniótico seja negativo, está indicada a manutenção da espiramicina até o fim da gestação.
Tratamento de cistite ou bacteriúria assintomática:
Nitrofurantoína – 100 mg, 6/6 horas, por 7dias;
Ampicilina – 500 mg, 6/6 horas, por 7-10 dias;
Cefalexina – 500 mg, 6/6 horas, por 7-10 dias;
Amoxicilina – 500 mg, 8/8 horas, por 7-10 dias; Sulfametoxazol-trimetoprim – 500 mg, 6/6 horas, por 7 dias (deve ser evitado no terceiro trimestre pelo risco de kernicterus).
Indicação de profilaxia pra ITU até o parto quando:
2 ou mais ITU’s e urinocultura deve ser feita mensalmente
USG’s:
Ideal USG transvaginal após confirmação laboratorial da gestação para determinação da idade gestacional e definição do local de implantação ovular;
1º trimestre, entre 11 e 14 semanas;
2º trimestre, entre 18 e 20 semanas.
Rastreio infecção pra estreptococcus do grupo B:
Swab no introito vaginal e reto para todas as gestantes com IG entre 35-37 semanas
Conduta pra gestantes infectadas por estrptococcus do grupo B
ATB durante o TP ou no momento da amniorrexe
Na indisponibilidade da cultura, recomenda-se a avaliação do risco para infecção
Fatores de risco pra infecção por estrptococcus do grupo B:
- TP < 37 semanas;
- Temperatura intraparto maior ou igual a 38ºC;
- Amniorrexe há mais de 18 horas.
Deverão receber profilaxia intraparto para GBS (4) :
gestantes submetidas a cesariana não precisam de profilaxia pra GBS mesmo após ruptura de membrana.
- Gestantes com cultura vaginal ou retal positiva entre 35 e 37 semanas;
- Gestantes com fatores de risco;
- Gestantes com bacteriúria por GBS em qualquer fase da gravidez (mesmo após tratamento adequado) *controverso.
- Gestantes com filhos acometidos por infecção por GBS em gestação prévia*controverso.
Esquema profilático pra infecção por estreptococcus do grupo B:
- Penicilina G Cristalina - 5 milhões UI, IV, dose de ataque seguidas de 2,5 milhões, de 4/4 horas até o parto (esquema preferido);
- Ampicilina – 2 g, IV, de dose de ataque seguidas de 1 g, 4/4 horas até o parto (alternativa);
- Em pacientes alérgicas:
3a. Cefazolina – 2 g, IV, de dose de ataque seguidas de 1 g, 8/8 horas até o parto;
3b. Clindamicina – 900 mg, IV, 8/8 horas até o parto;
3c. Eritromicina – 500 mg, IV, 6/6 horas até o parto (não disponível no Brasil).