Placenta prévia (2ª sg) Flashcards
Definição
Implantação placentária no segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação (pois a posição costuma se alterar durante a gravidez até cerca de 28 semanas).
2 principais relações
Idade materna
Paridade
Implantação tópica
inserção da placenta em seu sítio habitual, no corpo uterino.
Implantação heterotópica
inserção na matriz uterina, mas em local anômalo. Pode ser:
o Angular ou Cornual: nos ângulos da cavidade do útero.
o Baixa: no segmento inferior, mas a margem da placenta não alcança o orifício interno.
o Cervical: na cavidade do colo uterino.
Classificação
Sempre em relação ao orifício interno (OI) do colo uterino
1 Placenta Prévia Completa ou Central Total ou Total: quando “obstrui” todo o orifício interno.
2 Placenta Prévia Parcial ou Central Parcial: quando recobre parcialmente o orifício interno do colo.
3 Placenta Prévia Marginal: a placenta apenas tangencia a borda do orifício interno.
4 Placenta de Inserção Baixa ou Lateral: placenta localizada no segmento inferior do útero, porém a borda placentária não alcança o óstio interno, mas situa-se muito próxima a ele. No geral, bem abaixo da histerotomia no momento da cesariana.
Fisiopatologia
Decidualização pobre no útero por qualquer motivo que seja ->placentação heterotópica visando uma região mais vascularizada para nutrir o ovo.
FR (8)
1 Idade materna; 2 Multiparidade; 3 Endometrite: na vigência desta condição, a placenta desvia-se pra outro local. 4 Abortamento Provocado; 5 Curetagens Uterinas; 6 Cicatrizes Uterinas Prévias 7 Distensão uterina; 8 Tabagismo;
Principal fator de risco
Cicatriz uterina anterior, especialmente a que resulta de cesariana anterior;
Q.C
- Sangramento vermelho que não costuma provocar dor.
- Costuma ocorrer no 2º e 3º trimestres.
- Não costuma guardar relação com esforços físicos e traumas.
4 O sangramento se exterioriza sempre e totalmente, ao contrário dos casos de DPP.
5 Na presença de acretismo é comum não haver sangramento até o momento do parto.
6 Pode haver contrações uterinas, mas sem aumento do tônus entre as contrações.
Sangramento sentinela
Sangramento ao final do segundo e início do terceiro trimestre. O sangramento é intermitente e abundante, de coloração vermelho vivo.
E.F
1 Nunca esquecer de colher/estudar os sinais vitais da paciente.
2 Palpação abdominal: analisar tônus uterino, e situação fetal.
3 Ausculta: BCF é fundamental.
4 Ao exame especular: Sempre de maneira cuidadosa tentando visualizar a origem e a quantidade do sangramento.
5 Sobre o toque vaginal: NUNCA DEVE SER REALIZADO NA SUSPEITA DE INSEÇÃO ANÔMALA DA PLACENTA, ATÉ QUE SE TENHA CONHECIMENTO DA EXATA LOCALIZAÇÃO PLACENTÁRIA.
Exames laboratoriais
1) Hemograma;
2) Tipagem sanguínea e fator Rh;
3) Coagulograma.
No exame de imagem
1 Ultrassonografia
o No caso de placenta a mais de 2cm do orifício interno, o parto pode ser via vaginal.
o Nos casos de margem da placenta a menos de 4 cm do orifício interno tem maior risco de hemorragia no pós parto.
2 Dopplerfluxometria
• Ideal pra complementar a USG e determina a inserção do funículo placentário.
• É complementar à ultrassonografia.
• Auxilia no diagnóstico de acretismo placentário.
3 RNM
DIA
Levar em conta os fatores de risco e sobretudo pensar nas causas de sangramento da segunda metade da gestação pensando nos seguintes diagnósticos diferenciais:
o Descolamento Prematuro de Placenta (DPP);
o Rotura uterina;
o Rotura do seio marginal e da vasa prévia.
o E pensar em lesões cervicais, vaginais e vulvares.
Manejo no pré termo
1 Conduta expectante.
2 Pré natal de alto risco.
3 Não há evidências que sugiram que essa gestante deva permanecer hospitalizada até o parto, salvo em condições específicas como difícil acesso ao hospital.
4 Explanar à gestante a necessidade da abstinência de relações sexuais;
5 Considerar maturação pulmonar com corticoides;
6 Tocolíticos apenas em caso de comprometimento hemodinâmico.