Diabetes Gestacional Flashcards

1
Q

Definição

A

Intolerância aos carboidratos, que se inicia durante a gravidez podendo persistir ou não após o fim desta

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2
Q

Fisiopatologia

A

A transferência para o feto de glicose e de aminoácidos, que participam da gliconeogênese, tende a reduzir a glicemia no jejum e acentuar a utilização dos ácidos graxos e a cetogênese.
• Com a progressão da gravidez, ocorre aumento dos hormônios que antagonizam a ação da insulina, o que culmina com a resistência insulínica e com a hiperglicemia pós-prandial.

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3
Q

FR (10):

A

1 Idade ≥ 35 anos;
2 IMC > 25 kg/m² (sobrepeso e obesidade);
3 Diabetes gestacional em gestação prévia;
4 Antecedente familiar de diabetes mellitus (parentes de primeiro grau);
5 Macrossomia ou polidramnia em gestação anterior;
6 Óbito fetal sem causa aparente em gestação anterior;
7 Malformação fetal em gestação anterior;
8 Uso de medicamentos hiperglicemiantes (corticoides, diuréticos tiazídicos);
9 Síndrome dos ovários policísticos;
10 Hipertensão arterial crônica.

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4
Q

Rastreamento

A
  1. Iniciar com a glicemia de jejum na primeira consulta. Mesmo que não haja fatores de risco.
  2. TOTG 75g deve ser realizado entre 24 e 28 semanas.
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5
Q

Valores de ref. pra TOTG 75G

A
  1. glicemia de jejum ≤ 92 mg/dl;
  2. 1 hora ≤ 180 mg/dl;
  3. 2 horas ≤ 153 mg/dl.
    o Qualquer valor alterado confirma o diagnóstico nos três protocolos.
    • Se a glicemia de jejum for > 126 mg/dl ou do TOTG 75 g após a segunda hora > 200mg/dl ou maior, o diagnóstico será de DM prévio em qualquer momento da gestação e não apenas no primeiro trimestre.
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6
Q

Manejo

A

1 Aferir glicemia capilar 3-5x/dia
2 Glicemia de jejum e pós-prandial semanal para as gestantes com diagnóstico de DG;
3Função renal com dosagem trimestral de ureia, creatinina e proteinúria nas diabéticas prévias;
4 Fundo de olho trimestral nas diabéticas prévias.
5 Dieta: Adequar à realidade da paciente;
6 Atividade Física: A atividade física regular;
7 Insulinoterapia

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7
Q

Condições pra indicar insulinoterapia:

A

1 Todas as pacientes que já faziam uso antes da gravidez;
2 Diabéticas tipo 2 em substituição aos hipoglicemiantes usados previamente à gestação;
3 Diabéticas gestacionais que não obtêm controle satisfatório com a dieta e os exercícios físicos após duas semanas (95mg/dL no jejum, 140mg/dL após uma hora das refeições e 120 mg/dl após duas horas).

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8
Q

Dose insulina

A

Insulina de ação intermediária (NPH) deve ser de 0,3 a 0,5 U/kg, preferencialmente em mais de uma dose diária.
Se necessário, associar insulinas de ação intermediária e rápida, dando preferência ao emprego de insulina humana.

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9
Q

Acompanhamento obstétrico

A
  1. Consultas quinzenais até 30-34 semanas;
  2. Consultas semanais a partir de 34 semanas até o parto;
  3. Ácido fólico pré-concepcional, na dose de 4 a 5 mg por dia;
  4. Urinocultura trimestral;
  5. USG morfológica e ecocardiograma fetal (este com 26 semanas), visando detectar malformações fetais nas diabéticas prévias;
  6. Contagem dos movimentos fetais, realizada uma a três vezes ao dia durante uma hora em decúbito lateral, a partir de 28 semanas após uma refeição;
  7. Dopplerfluxometria das artérias uterinas a partir de 26 semanas: pra rastreio de pré-eclâmpsia. Não há benefício na realização da dopplerfluxometria da artéria umbilical em gestantes com dia betes, exceto nos casos de vasculopatia;
  8. Ultrassonografia seriada mensal a partir de 28 semanas para avaliação da estimativa de peso e volume de líquido amniótico;
  9. Perfil biofísico fetal ou cardiotocografia basal: é recomendada semanalmente ou duas vezes por semana a partir de 32 semanas nas pacientes com diabetes prévio.
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10
Q

Interrupção da gestação

A

Gestantes com ótimo controle metabólico e sem antecedentes obstétricos de morte perinatal ou macrossomia, ou complicações associadas, como hipertensão, podem aguardar a evolução espontânea para o parto até o termo.

  • Não é recomendável que a gestação ultrapasse 40 semanas nas pacientes controladas com dieta e 39 semanas nas pacientes que utilizam insulina.
  • A partir de 39-40 semanas, a indução do parto deve ser planejada.
  • A via de parto deve ser vaginal. Indicando-se cesariana apenas em caso de fetos macrossômicos.
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11
Q

Controle da glicemia no pós parto

A

Se normal, reavaliar entre 6 a 12 semanas pós-parto com novo TOTG 75.

Se alterada, iniciar a insulina em 1/3 da dose utilizada no fim da gestação.

Se começou a usar insulina só durante a gravidez - Suspender a insulina e avaliar voltar pra dose pré gestação.

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