Pediatria Flashcards
O colostro, em relação ao leite maduro tem quais componentes?
- Maior quantidade de proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis.
Uma mãe com síndrome gripal pode alimentar seu bebê?
- Sim, não há contraindicação à amamentação, desde que realizada com os devidos cuidados (máscara e higiene adequadas). No entanto, existe contraindicação à doação do leite excedente até a saída dos exames.
O que é a apojadura?
- “Descida do leite”
Cite as fases e características do leite materno
- Colostro 3-5 dias: + proteína, eletrólitos, fatores de proteção;
- Leite de transição
- Leite maduro >10-15 dias
+ Lipídeos, calorias e lactose.
Quais os fatores de proteção do leite materno?
- IgA: Proteção da mucosa;
- Oligossacarídeos (HMO): Impedem a ligação de bactérias na mucosa, modulam microbiota.
- Prebióticos (GOS e FOS) e probióticos: Modulam microbiota;
- Fator bífido: Bifidobactérias (acidifica as fezes)
- Lisozima, lactoferrina, leucócitos.
Qual a única coisa que o leite de vaca tem menos que o leite humano?
- LACTOSE;
- O resto todo ele possui mais: + gorduras, + proteínas, + eletrólitos, no entanto o ferro presente é mal absorvido,
Quais os benefícios do aleitamento materno( bebê)? (7)
- Composição nutricional adequada à demanda e à capacidade digestiva/renal;
- Menor mortalidade infantil;
- Redução de diarréia e infecções respiratórias;
- Redução das alergias;
- Redução das doenças crônicas (sobrepeso, obesidade, DM);
- Melhor desenvolvimento cognitivo e intelectual;
- Desenvolvimento da cavidade oral;
- Vínculo mãe-bebe;
Quais os benefícios do aleitamento materno (Mãe)?(5)
- Vínculo mãe-bebê;
- Redução de hemorragia pós-parto;
- Economia e praticidade;
- Redução do Câncer de mama, ovário, endométrio, amenorréia lactacional;
- Redução de DM2 e depressão pós parto;
Como se faz o armazenamento do leite?
- Primeiramente higiene da mãe (touca, lavagem das mãos, máscara);
- Massagem da mama;
- Ordenha manual (em C) ou com bomba;
- ARMAZENAR EM FRASCO DE VIDRO COM TAMPA DE PLÁSTICO;
- Geladeira 12h, FREEZER 15 dias;
- Descongelar em banho-maria (fogo desligado);
- Oferecer via copo, colher ou dosadora;
Quais as principais dificuldades no aleitamento materno? ( 5)
1- Baixo ganho ponderal;
2- Mastite/abcesso mamário;
3- Candidíase mamária;
4- Ingurgitamento;
5- Trauma mamilar;
** TODAS ESSAS, DEVEMOS CORRIGIR TÉCNICA E MANTER ALEITAMENTO;
Qual a conduta na fissura mamilar?
- Manter mamilo seco;
- Iniciar pela mama menos afetada;
- Interromper a mamada adequadamente (colocar dedo para interromper a vedação e então tirar);
- Ordenhar antes (mama mais flácida após, melhora pega);
- Diferentes posições;
- Não usar intermediários;
- Analgesia materna VO;
- Aplicar LM, lanolina;
Conduta candidíase mamária?
- QC: Dor, prurido, ardor/fisgadas, pele friável, descamação;
- CD: Manter mamilo seco, exposição solar, retirar bicos da criança;
- Tratar mãe (Clotrimazol tópico) e bebê (nistatina VO);
Dx diferencial: Fenômeno de Raynoud mamário - isquemia intermitente dos mamilos (Palidez, dor intensa, fisgadas, queimação).
Conduta em baixo ganho ponderal?
- Não há leite fraco;
- Perda de peso fisiológica (10%) , recuperados em torno de 14 dias de vida;
- Examinar RN;
- Diurese, evacuação (primeiros meses 01 a cada mamada);
- Avaliar técnica de AM;
- CD: Normalmente orientar técnica, manter aleitamento materno e retorno precoce;
*Atenção:
1º trimestre: Ganho 25-30g/dia;
2º trimestre: Ganho 20g/dia;
Quais as contraindicações absolutas ao aleitamento materno?
- Mãe: HIV, HTLV, uso de medicamentos (Quimioterápicos, imunossupressor, fenobarbital, lítio);
- RN: Galactosemia
Em relação a uma mãe com tuberculose bacilífera, é contraindicado o aleitamento materno?
- NÃO!
- Mantemos o aleitamento materno, a mãe fazendo tratamento e mantendo medidas de higiene, como máscara cirúrgica e ambiente arejado até que se torne abacilífera (2 semanas após o início do TTO).
** ATENÇÃO: No entanto, se mastite tuberculosa, o aleitamento materno está CONTRAINDICADO.
Mãe com influenza ou COVID, qual a conduta em relação ao AM?
- Manter Aleitamento materno com medidas de higiene.
Mae com citomegalovírus (IgG positivo apenas) e RN < 30 semanas ou <1500g, qual a conduta do aleitamento?
- APENAS Leite humano pasteurizado, pois nessas situações, pode haver uma reativação do vírus nas glandulas mamárias desta mãe.
Quando iremos suspender temporariamente a amamentação?
- Herpes na mama afetada: Enquanto persistir a lesão;
- Hepatite C COM FISSURA SANGRANTE;
- Mãe vacina para febre amarela (Bebê<6meses): Suspender 10 dias;
- Mãe com varicela com 5 dias antes do parto ou 2 dias após o parto;
- Mãe com coqueluche: Suspender pelos 5 dias de tratamento;
- Mãe com sarampo: Suspender 4 dias;
O que é o desmame guiado ou conduzido?
- Guiado pela mãe.
-> Aleitamento deixa de ser livre demanda, eliminando mamadas noturnas;
-> Adiamento e encurtamento das mamadas, distração;
O que é o desmame natural?
- Naturalmente ocorre redução, criança entre 2-4 anos;
Como se dá a questão da introdução da alimentação complementar ?
- Início 6 meses (se prematuro corrigir idade), mantendo aleitamento materno até pelo menos 2 anos.
- Com o quê?
> Frutas;
> Papa principal;
Como?
> 6 meses: Fruta + 1 papa principal/dia;
> 7-8 meses: Fruta + 2 papas/dia;
Como é a papa principal?
- 1 alimento de cada grupo:
> 1 cereal/tubérculo (arroz, batata, macarrão);
> 1 leguminosa (feijão, lentilha);
> 1 proteína animal (carne, ovo ou peixe);
> 1 hortaliça (legumes ou verduras)
**ADICIONAR ÓLEO VEGETAL NO PREPARO OU NO PRATO;
> NÃO ADICIONAR SAL ATÉ 1 ANO;
NÃO ADICIONAR AÇÚCAR OU MEL ATÉ 2 ANOS;
Quais as áreas do DNPM?
- Motor grosseiro, adaptativo(motor fino), pessoal-social, linguagem.
Qual a ordem básica do DNPM?
- Fixação ocular -> Sustento cefálico -> Tronco e MMSS -> Quadril -> MMII. *desenvolvimento craniocaudal.
Como é o desenvolvimento motor adaptativo?
- Preensão palmar reflexa -> Cubitopalmar -> Palmar -> Pinça
Quais são os reflexos primitivos?
- Fisiológicos ao nascimento;
- Com maturação e mielinização devem desaparecer;
Desaparecem com:
>Tônico-cervical (esgrimista), procura: 3-4 meses
> Preensão palmar e Moro: 4-6 meses.
> Cutâneo-plantar e preensão plantar: 15-18 meses
Como fazemos a avaliação da caderneta do desenvolvimento da criança?
- Verificar faixa etária atual: Marcos PODEM estar presentes / Faixa etária anterior: DEVEM estar presentes.
**ATENÇÃO: O DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DEVE SER AVALIADO CONFORME IDADE CORRIGIDA EM PREMATUROS.
> Se calcula da seguinte forma: 40semanas - IG do parto. O valor encontrado é subtraído da idade atual. Utilizar até 2 a 3 anos. Idade corrigida também é utilizada para crescimento.
Como se faz a avaliação do DNPM no que diz respeito a conduta?
1- Provável atraso (PC alterado ou alterações fenotípicas ou ausência de > ou = 1 marcos da faixa etária anterior; CD: Encaminhar para avaliação
2- Alerta para desenvolvimento: Ausência de > ou = 1 marco da faixa etária OU COM FATOR DE RISCO. CD: Estimulação e retorno precoce (30 dias);
3- Desenvolvimento adequado: Todos os marcos da faixa etária.
Qual a triagem para rastreio de TEA?
- M-CHAT : Todas as crianças com 9,18 e 30 meses. (questionário aplicado aos pais).
M-CHAT> ou = 8 -> Alto risco para TEA, encaminhada para avaliação com especialista.
Qual o manejo do TEA?
- Intervenção precoce interdisciplinar - fono, psicologia, terapia ocupacional - Terapia ABA;
- Treinamento parental- estímulo da criança;
- Avaliação nutricional - se seletividade alimentar;
- Farmacológico se irritabilidade, agressividade: Risperidona, aripiprazol;
- Desatenção/hiperatividade: Psicoestimulantes;
Quais os critérios diagnósticos para TDAH?
- Trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento, com início precoce <12 anos.
- Prejuízo funcional;
**- + DE 2 AMBIENTES;
LEMBRAR
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E/OU HIPERATIVIDADE
Triagem: SNAP-4: >= 6 em cada área sugere diagnóstico.
DX PELO DSM 5.
Qual o principal diagnóstico diferencial do TDAH?
- Transtorno de aprendizagem em ambiente escolar;
Quais as características de ganho ponderal do RN?
- Primeiramente, perde 10% do peso ao nascer, restabelecendo este peso aos 10-14 dias de vida.
- Duplica o peso de nascimento até os 4 meses;
- Triplica o peso até 01 ano;
Regra do 7,6,5,4.
1 trimestre: 700g/mes
2 trimestre: 600g/mes
3 trimestre: 500g/mes
4 trimestre: 400g/mes
** Ganha 2 kg ao ano entre 2 anos e puberdade.
Quais as caracteristicas de ganho de estatura?
- Ao nascimento: 50cm
0-12meses: +25cm
1-2 anos: + 12cm
2-4 anos: + 7-8cm/ano
4-6 anos: +6 cm /ano
6 anos-> Puberdade: + 5-7 cm /ano
Puberdade:
meninas: 8-12cm/ano (m3)
Meninos: 10-14 cm/ano (G4)
***ATENÇÃO: A velocidade de crescimento NUNCA é menor de 5 cm por ano. ATENTAR-SE.
Quais as características de perímetro cefálico?
- Nasce com 35 cm;
- 1cm /mês no primeiro ano;
- 2cm por mês no 1º trimestre;
- 1cm/mês no 2º trimestre;
- 0,5cm/mês 2º simestre
com 2 anos 85% do perímetro cefálico do adulto.
Qual a definição de baixa estatura?
- Desvio padrão < -2 para sexo e idade;
- Estatura < -2 para estatura alvo
Estatura alvo:
Média das alturas pai e mãe
Menina - 6,5
Menino + 6,5
Alvo: Pode variar +/- 8,5cm
Obesidade + baixa estatura = ?
-> PROCURAR CAUSAS ENDÓCRINAS;;
Qual o quadro de baixa estatura familiar?
- Velocidade de crecimento normal;
- Estatura alvo baixa;
- Idade óssea normal;
Qual o quadro de atraso constitucional do crescimento?
- Velocidade de crescimento normal + Estatura alvo normal + Idade óssea atrasada
> Puberdade pode estar atrasada;
> História familiar semelhante;
> Estatura final normal;
O que pensar em baixa estatura com velocidade de crescimento normal?
- Variantes normais:
> Baixa estatura familiar?
> Atraso constitucional?
-> Anamnese + exame físico + cálculo de estatura alvo + IDADE ÓSSEA (radiografia de mãos e punhos).
O que pensar em baixa estatura com velocidade de crescimento baixa?
- Causas patológicas:
> Sistêmica? Genéticas? Endocrinológicas?
> Investigar: IgA + Antitransglutaminase, Ur, Cr, eletrólitos, IGF-1 e IGFBP-3, CARIÓTIPO EM MENINAS SEMPRE!.
Quais as classificações conforme o IMC da OMS?
- Z score:
Lembrar que: -2 ao 1: eutrófico para maior e menores de 5 anos.
1-2: Risco de sobrepeso <5 anos / Sobrepeso>5 anos
2-3: Sobrepeso < 5 anos / Obesidade >5 anos
>3: Obesidade < 5 anos / Obesidade grave > 5anos
< -2: Magreza
< -3: Magreza ACENTUADA
- Há sempre uma diferenciação entre < e > que 5 anos;
Quais as causas primárias de dislipidemia?
- Hipercolesterolemia familiar
- Hipertrigliceridemia familiar;
Quando fazemos rastreio de dislipidemia na pediatria?
- < 2 anos: Sem indicação
- 9-11 anos e 17-21 anos, triagem universal.
2-8 anos ou 12-16 anos, somente se fator de risco:
História familiar de doença cardiovascular precoce;
História familiar de hipercolesterolemia;
História familiar desconhecida;
Pacientes com fatores de risco cardiovascular (HAS, DM, OBESIDADE, TABAGISMO PASSIVO, KAWASAKI, DRC, HIV); - RASTREIO NORMAL:
- RASTREIO LIMÍTROFE: MEV
- RASTREIO ANORMAL: PROCURAR CAUSAS SECUNDÁRIAS / MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA
Quando está indicado tratamento medicamentoso em pacientes obesos pediátricos?
- Quando se tentou MEV por 6 meses ou mais. A medicação aprovada é LIRAGLUTIDA (Incretinomimético GLP-1) para jovens > 12 anos.
Como classificamos a desnutrição na pediatria para pacientes menores que 2 anos?
- Classificação de Gomez (mod por Bengoa):
Nesta fase o peso é o parâmetro mais sensível.
Peso da criança / Peso do percentil 50% da idade
> 91-110%: Eutrófica
> 76-90%: Desnutrição Leve;
> 61-75%: Desnutrição moderada (2º grau);
< ou = 61%: Desnutrição grave (3º grau) - Se houver edema será grave.
Qual a idade de puberdade para crianças do sexo feminino e masculino?
- Masculino: 8-13 anos;
- Feminino: 9-14 anos
De 2-10 anos, como realizamos o diagnóstico de desnutrição?
- Utilizamos a classificação de Waterlow:
Eutrófico: E/I: > ou = 95% / P/E: > ou = 90% do p50.
Desnutrido agudo: E/I: > ou = 95% / P/E: < 90% do p50.
Desnutrido crônico: E/I: < 95% / P/E: < 90% do p50.
Desnutrido pregresso: E/I: <95% / P/E> 90% do p50.
Desnutrição crônica, como lembrar na prova?
- Sempre lembrar, desnutrição crônica = impacto em estatura.
Quais os sinais de desnutrição aguda grave, podendo haver sobreposição ao Stunting (desnutrição crônica da OMS, Z score < -2 moderada / < -3 Grave)?
- Circunferência do braço < 115mm;
- Peso pra altura com Z score< -3;
- Edema depressível bilateral;
O que é o MARASMO?
- Baixo peso para altura e circunferência do braço reduzida;
- Causa: baixa ingesta energético-protéica;
- Pouca massa (tanto músculo quanto gordura);
O que é o Kwashiorkor?
Baixa ingesta protéica, com ingesta calórica adequada. Atrofia muscular com tecido adiposo relativamente preservado.
-> Edema periférico gravitacional, podendo chegar a anasarca. Peso pode ser normal.
Qual o manejo da desnutrição aguda grave no paciente em internação?
- Primeira semana: Estabilização
> Prevenir e tratar: Desidratação, hipoglicemia, hipotermia;
> Tratar infecção: ATB empírico
> Iniciar alimentação lentamente, não prescrever ferro nessa fase; - 2-7 semanas : Reabilitação
> Retorno do apetite;
> Dieta hiperprotéica e hipercalórica;
> Iniciar suplementação de ferro;
> Atualizar vacinas antes da alta;
O que é a síndrome da realimentação? Qual o seu marcador mais importante?
- Ocorre na primeira semana de tratamento do paciente desnutrido;
- ATENÇÃO: HIPOFOSFATEMIA é o marcador mais importante da síndrome;
- Pode ocorrer retenção hídrica, hipomagnesemia, hipocalemia, redução da tiamina.
- Clínica: Rabdomiólise, arritmias, convulsão;
Qual a tríade da pelagra e qual a vitamina em deficiência?
- Dermatite (em bota e luva, pescoço, áreas fotoexpostas) , diarréia e demência;
- Deficiência de niascina (B3);
O que costuma cair em prova de repercussão clínica da deficiência de piridoxina?
- CONVULSÕES em NEONATOS, quadro convulsivo com resposta débil a anticonvulsivantes;
Quais as repercussões por deficiências das vitaminas do complexo B?
- B1 (tiamina): Beri-beri e Wernicke;
- B2 (riboflavina): Queilite;
- B3 (Niascina): Pelagra;
- B6 (piridoxina): Convulsões em neonatos.
- B7 (Biotina): Teste do pezinho
- B9 (Folato): Defeito de fechamento de tubo neural;
- B12 (Cobalamina): Anemia megaloblástica e manifestações neurológicas;
A utilização de vitamina D é indicada para quais crianças?
- TODAS CRIANÇAS DE 0-2 ANOS;
0-1 ANO: 400U/DIA
1-2 ANOS: 600U/DIA
Como se dá a cascata da vitamina D?
- Precursor -> Exposição solar -> Vitamina D2/3 -> Fígado -> 25OHVitD -> RIM -> 1,25OHVitD (Calcitriou, forma ativa).
Doença de Kawasaki, definição?
-> Doença febril aguda, decorrente de vasculite, que acomete preferencialmente artérias de médio calibre, preferencialmente as coronárias, atentar quanto a aneurismas, ectasias, etc.
-> Provável etiologia infecciosa e predisposição genética, em paciente com desregulação imune.
-> Idade < 5 anos geralmente, sexo masculino, etiologia asiática, em especial, descendentes japoneses.
Doença de Kawasaki, manifestações clínicas?
- Fase aguda: 1-2 semanas de duração;
-> FEBRE + Sinais clínicos de doença aguda; - Fase subaguda: 3 semanas de duração
-> Descamação (periungueal), trombocitose, AAC.
-> Risco elevado de morte súbita -> Naqueles que desenvolvem aneurisma de artéria colunar; - Fase de convalescença:
-> 6-8 semanas de doença;
-> Sinais clínicos desaparecem
-> VHS elevada
-> PODE HAVER REGRESSÃO DOS ANEURISMAS;
Quais as manifestações clínicas da fase aguda?
1- FEBRE > ou = 5 dias;
2- Alteração em membros: Eritema/edema , descamação periungueal (subagudo);
3- Erupção cutânea polimórfica:
> Eritema maculopapular, escarlatiniforme ;
> Predomínio em tronco e região inguinal;
4- Alterações em lábios e cavidade oral;
> Fissura e eritema orais;
> Lingua em framboesa ou morango;
> Hiperemia oral e faríngea;
5- Linfadenopatia cervical
> Unilateral, pelo menos 1,5 cm de diâmetro;
6- Hiperemia conjuntival
> Bilateral, bulbar e não exsudativa.
O que é necessário para rastreio de aneurisma após diagnóstico de Doença de Kawasaki?
- ECOTT até 2 semanas do diagnóstico;
- Repetir em 6-8 semanas do início do quadro;
Qual a forma incompleta da doença de Kawasaki?
- Febre > ou = 5 dias + 2 ou 3 critérios clínicos;
- PCR ou VHS elevados;
- > ou = 3 alterações propedêuticas:
Albumina;
Anemia;
Elevação da ALT;
Plaquetas após 7 dias > ou = 450.000;
Leucócitos > ou = 15.000/mm³
Leucócitos EAS > ou = 10/campo;
Doença de Kawasaki, TTO da doença aguda?
- Imunoglobulina endovenosa (2g/kg) + AAS altas doses (80-100mg/kg) ou doses moderadas 30-50mg/kg;
- Instituir o + rapidamente o tratamento após o diagnóstico;
> Transição para convalescença:
- Doses anti-inflamatórias do AAS -> Doses antitrombóticas (3-5mg/kg/dia);
- Após o paciente ter permanecido afebril por 48h;
- Até o 14º de doença
- Por seu efeito antitrombótico até 6-8 semanas da doença;
- Interrompida se ecocardiograma normal;
O que é a vasculite por IGA?
- Conhecida também por Púrpura de Henoch-Scholein;
- Vasculite primária mais comum na infância;
- Vasculite de pequenos vasos;
- Deposição de IgA:
> Pele, articulações, TGI e glomérulos;
Vasculite por IgA, qual a epidemiologia?
- Acomete qualquer faixa etária;
- 90% dos casos: 3-10 anos;
- Sexo masculino;
- Populações brancas e asiáticas;
- Maioria dos casos seguem IVAS documentada: - S.pyogenes, S.aureus, adenovírus e mycoplasma.
Vasculite por IgA, manifestações clínicas?
- 1: Dermatológico: Púrpura palpável (Critério obrigatório, na ausência de coagulopatia e trombocitopenia);
> Manifestação característica;
> Predomínio em MMII;
> Edema subcutâneo; - 2: Musculoesquelético:
> Artrite / artralgias 80-90% dos casos.
> Oligoarticular: MMII;
> Autolimitada;
> Sem sequelas; - 3: TGI:
> Dor abdominal;
> Vômitos, diarreia, íleo paralítico e melena; - Até 70-80% dos casos;
> Intussuscepção e perfuração < 5% dos casos; - 4: Renal
> 10-50% dos casos
> Mais grave, determinante para prognóstico;
> Hematúria microscópica, proteinúria, hipertensão, nefrite franca, síndrome nefrótica e injúria renal aguda e crônica;
> Rara progressão para doença renal terminal. - 5: SNC
> Hemorragia intracerebral, convulsões, cefaleias e alterações de comportamento; - 6: Outras:
> Orquite / Orquiepididimite - 20% dos casos
> Também chamada de púrpura de Henoch-Schönlein
Quais os achados laboratoriais da vasculite por IgA?
- Leucocitose moderada;
- Plaquetas NORMAIS ou levemente aumentadas;
- Hematúria, cilindrúria, dismorfismo eritrocitário, leucocitúria, proteinúria;
- Elevação de ureia e creatinina;
- VHS e PCR normais ou discretamente elevados;
- ANA, ANCA e fator reumatoide são negativos;
Vasculite por IgA, qual o tratamento?
- Suporte quando: Ausencia de manifestações renais e TGI graves;
-> Corticoterapia:
- TGI: Dor abdominal intensa, hemorragia digestiva alta, intussuscepção;
- Ulcerações ou necrose da pele;
- Hemorragia pulmonar;
- Vasculite cerebral.
Diagnóstico de febre reumática?
- 1º episódio: Comprovação estreptocócica E 2 critérios maiores OU 1 Maior e 2 menores;
- Recorrência:
- Sem cardite: 2 maiores ou 1 maior e 2 menores;
- Com cardite: 2 menores;
- Evidência de infecção estreptocócica anterior;
Situações especiais
-> Coreia de Syldenham: Manifestação única= diagnóstico;
-> Cardite indolente: Manifestação única = diagnóstico
-> Recidivas de FR aguda em populações de alto risco;
Qual a manifestação mais importante da cardite da febre reumática?
- Valvulite, com regurgitação;
Mitral > aórtica
Qual o tratamento da coreia de Sydeham?
- Haloperidol e ác Valproico;
- Fenobarbital e clorpromazina;
- Corticoterapia;
QUAL A PROFILAXIA SECUNDÁRIA PARA FEBRE REUMÁTICA?
- TEM COMO OBJETIVO EVITAR NOVO SURTO COM CARDITE OU PIORA DA LESÃO PRÉVIA:
PENICILINA G BENZATINA:
-> 600.000 UI, IM , NOS < 20-27KG;
-> 1.200.000 UI, IM, NOS > 20-27KG; - A CADA 21 DIAS;
> FR SEM CARDITE: 5 ANOS APÓS ULTIMO EPISÓDIO OU ATÉ 21 ANOS DE IDADE;
FR COM CARDITE, COM RESOLUÇÃO OU SEQUELA RESIDUAL OU LEVE: 10 ANOS APÓS ULTIMO EPISÓDIO OU 25 ANOS (O QUE TIVER MAIOR DURAÇÃO);
FR COM CARDITE E SEQUELA GRAVE: ATÉ 40 ANOS OU POR TODA VIDA;
FR COM CARDITE E CIRURGIA DE TROCA VALVAR: TODA A VIDA
Quais os 3 principais agentes etiológicos envolvidos na PAC?
- Streptococcus pneumoniae / Staphylococcus aureus / Haemophilus influenzae (do tipo B);
Lembrar que antes de 5 anos, os agentes etiológicos mais envolvidos são virais;
Nas pneumonias atípicas, qual o principal agente?
- Mycoplasma pneumoniae, 10-40% das PAC e 15-18% das internações por PAC.
Pneumonias, agentes de 0-20 dias de vida?
- Estreptococo do grupo B: Sepse precoce, PNM grave, bilateral, difusa;
- Enterobactérias (E.coli, Klebsiella sp, Proteus sp): Infecção nosocomial, geralmente > 7 DV;
- CMV: Outros sinais de infecção congênita;
- Listeria monocytogenes: Sepse precoce;
TTO pneumonia, 2m-5anos e > 5 anos?
2m-5anos: Amoxicilina 50mg/kg/dia, divididas em 12/12 ou 8/8h por 10 dias;
> 5 anos: Pode-se associar macrolídeos em caso de suspeita de pneumonia atípica;
-> Reavaliação em 48-72 horas;
- ATenção: Para crianças de 6-59 meses, a serem tratadas ambulatorialmente, não há diferença do tratamento com altas doses de amoxicilina(80mg/kg/dia) por 5 dias em comparação ao tratamento habitual de 50mg/kg/dia por 10 dias.
Quais os critérios de internação na PAC ?
- Menores de 3 meses;
- Hipoxemia (Spo2 <92%);
- Desidratação ou baixa ingesta hídrica VO;
- Desconforto respiratório moderado ou importante;
- Toxemia;
- Doença de base que contribui com gravidade (ex: Cardiopatia, broncodisplasia);
- Presença de complicações (Derrame, empiema, pneumonia necrosante, abcesso);
- Refratariedade às medidas iniciais e falta de resposta terapêutica em 48-72 horas;
TTO para pneumonia em < 2meses?
- Ampicilina + aminoglicosídeo;
Quais os valores de corte para Frequência respiratória?
- < 2 meses: FR< ou = 60ipm;
- 2-11 meses completos: FR< ou igual 50ipm
- 1-4 anos completos : FR< ou = 40ipm
- > 5 anos: FR< 20ipm
Qual a definição de bronquiolite viral?
- Primeiro episódio de sibilância em criança menor que 2 anos com quadro compatível de infecção viral e sem outra causa provável;
- DIAGNÓSTICO CLÍNICO;
O que não há evidência do TTO de bronquiolite que pode ser utilizado como fator de confusão na prova?
- Teste terapêutico com B-2 agonista;
- Solução hipertônica;
- Corticóide, é CONTRAINDICADO
- Fisioterapia respiratória, MESMO se achados como atelectasia.
O que é o palivizumabe?
- Imunoglobulina específica contra o VSR para reduzir taxas de doença grave pelo vírus em pacientes de alto risco.
-> Aplicação de doses subsequentes, 15mg/kg, IM, 30/30 dias, no total até de 5 doses, sem ultrapassar o período de sazonalidade do VSR.
> INDICADO EM: Crianças prematuras nascidas com idade gestacional < ou = 28 semanas e 6 dias, que tenham < 1 ano de idade
OU
Crianças com idade inferior 2 anos(até 1 ano 11 meses e 29 dias) com doença pulmonar crônica da prematuridade ( displasia broncopulmonar) ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada.
Como se desenvolve a coqueluche?
- Causada pelo bacilo gram-negativo Bordetella pertussis;
-> Fase catarral:
1- 2 semanas, sintomas gripais, quadro leve, febre/coriza/tosse -> Que progridem para o paroxismo
-> Fase paroxistica:
2- 6 semanas, afebril ou febre baixa
Tosse paroxística: Súbita, incontrolável e sem pausa -> Apneia, cianose, vômitos e som específico à inspiração: Tosse em GUINCHO;
-> Hemorragia conjuntival e petéquias em face são comuns;
-> Fase convalescença:
2- 6 semanas
Agora já sem paroxismo, mas que pode voltar a ocorrer caso ocorra novo estímulo (infecções virais);
Tosse muda de padrão e fica mais branda.
Quais as condutas frente a um quadro de coqueluche, caso necessite de internamento?
- Isolamento respiratório (gotículas);
- ATB com macrolídeos ou Bactrim;
- O2;
- NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA ao CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica);
- Coleta de sorologia / PCR para Bordetella pertusis;
Qual o quadro mais comum de APLV em provas?
- Proctocolite eosinofílica
> Sexo masculino;
> Primeiros 6 meses de vida;
> Sangue nas fezes sem alteração de consistência;
> Bom peso e estado geral;
> 50% em aleitamento materno exclusivo;
Qual a conduta na suspeita de APLV?
- Diagnóstico: Padrão ouro: Teste de provocação oral
> 2 semanas com restrição à proteína da vaca e então leva-se a criança à unidade de saúde, sob monitorização médica, onde será administrado leite de vaca em doses crescentes e anotando sintomas;
Nas APLV mediadas por IgE: Teste cutâneo (Prick test) -> Pápulas > ou = 3mm / Dosagem de IgE sérica específica.
-> Dieta de restrição:
* Se em aleitamento materno exclusivo: Dieta da mãe sem leite ou derivados;
* Se uso de fórmula: Extensamente hidrolisada;
Quando se usa a fórmula de aminoácidos na APLV?
- Quando existe refratariedade dos sintomas mesmo com a fórmula extensamente hidrolisada OU pacientes com reações graves - Enterocolite (FPIES- Food Protein-induced enterocolitis Syndrome).
Qual o teste que tria a fibrose cística?
Tripsinogênio imunorreativo (IRT) => Encontra-se aumentado na fibrose cística, e se positivo, deve ser repetido em 30 dias. Caso hajam 2 testes positivos deve ser feito o teste de cloro no suor, e se estiver aumentado, fazemos o diagnóstico de fibrose cística.
Qual a peculiaridade da vacina HPV para imunossupressos?
Ao invés de duas doses, realizamos 3.
Qual a conduta frente a uma asma em indivíduo < 5 anos?
- STEP 1: B-2 agonista inalatório de resgate;
- STEP 2: Corticoide inalatório em baixa dose diário;
- STEP 3: CI em dose dobrada;
- STEP 4: Encaminhar para especialista;
Perguntas iniciais na Reanimação do neonato em sala de parto?
- ATENÇÃO (MUDOU EM 2022): IDADE MAIOR OU IGUAL A 34 SEMANAS? RESPIRANDO OU CHORANDO? TÔNUS EM FLEXÃO?
QUANDO UTILIZAR CPAP EM SALA DE PARTO?
- RN COM FC> 100BPM, RESPIRAÇÃO REGULAR, PORÉM COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO E/OU SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO FORA DO ALVO PARA OS MINUTOS DE VIDA, DEVERÁ SER INICIADA CPAP EM SALA DE PARTO.
O QUE MUDOU NOS PASSOS INICIAIS DE REANIMAÇÃO DO NEONATO NA SALA DE PARTO?
ASPA
Diretriz para RN > ou = 34 semanas 2022 (SBP).
- aquecer - SECAR - posicionar - aspirar se necessário. Secar veio como segundo passo, considerando que o estímulo tátil favorece a ventilação espontânea do RN.
O que pode ser utilizado como alternativa à cânula traqueal no bebê + 35 semanas?
Máscara laríngea.
Como se faz o rastreamento das cardiopatias congênitas na gravidez?
USG morfológico no primeiro e 2 trimestre de gestação, se houver algum sinal, ECOCARDIOGRAFIA FETAL com 20 semanas;
Qual a diferença entre cardiopatia congênita crítica e grave?
- Crítica: Cirurgia até 30 dias do nascimento
- Grave: Cirurgia até 01 ano do nascimento.
Quais os shunts que se fecham ao nascer?
- Ducto arterial: Estrutura que liga a artéria pulmonar à aorta, mantida aberta por prostaglandinas produzidas na placenta.
- Forame oval: já que a pressão no período gestacional nas câmeras direitas são maiores, o fluxo de sangue vai do átrio direito ao átrio esquerdo. Com o nascimento, a resistência pulmonar diminui e e resistência vascular periférica aumenta, fazendo com que haja o fechamento do forame oval.
-> O fechamento funcional dos shunts ocorrem em 10-15 horas de vida, e o permanente entre 2-3 semanas;
Qual a fisiopatologia da persistência do canal arterial e seu quadro clínico?
- Camada média muscular incompetente, insensibilidade ao O2, resposta inflamatória (vasodilatadora). Mais comum -> É CC?
- Shunt E-D
-> Aumenta o risco de:
. Displasia broncopulmonar;
. Enterocolite necrosante;
. Hemorragia intraperiventricular;
Quais medicações para estimular o fechamento do ducto arterial?
- Indometacina e ibuprofeno.
> Contraindicações: - Hemorragia nas últimas 24 horas;
- Oligúria ou aumento de Ur/Cr;
- Plaquetas <100.000/mm³
- Enterocolite necrosante.
- Paracetamol: Contraindicado em caso de alteração de enzimas hepáticas;
- Fechamento percutâneo: Se falha ou contraindicado o medicamentoso;
Quais as cardiopatias congênitas com Shunt E-D?
Comunicação interventricular
Taquipnéia (não causa cianose)
- CC mais comum quando excluido PCA;
- 70% dos casos é perimembranosa;
- Quanto menor o orifício, mais amplo o sopro;
CIA: (TAQUIpnéia, não causa cianose)
- Prolongamento do esvaziamento do VD -> Desdobramento fixo e amplo da segunda bulha;
- Sopro sistólico mais audível em foco pulmonar;
Defeito do septo atrio-ventricular total:
- Frequente associação com síndrome de Down;
- Pressões equilibradas nos átrios e ventrículos-> Sopro discreto ou ausente;
- Não tem sopro, pois o defeito é tão grande da parede que não há turbilhonamento do sangue;
O que ocorre se não corrigirmos as cardiopatias de shunt E-D a tempo?
- Progressivamente há hipertensão pulmonar, fazendo com que surja então uma inversão do Shunt, agora direita esquerda, fazendo com que haja cianose.
ALTO RISCO DE MORTE SÚBITA
TTO: Transplante de coração e pulmão combinados;
Qual a doença genética que frequentemente se associa com coarctação de aorta?
Síndrome de Turner.
Quais as circulações sistêmicas dependentes do canal arterial?
-Aorta obstruída: Baixo débito sistêmico / Perfusão periférica ruim, redução da amplitude dos pulsos, hipotensão e palidez cutânea.
- Atresia aórtica: Síndrome de coração esquerdo hipoplásico: Atresia de aorta, atresia de válvula mitral, extremamente dependente do fluxo tronco pulmonar -> Aorta através do ducto arterial
- Coarctação da aorta: Diferença e PA entre membros superiores e inferiores -> Cianose RN ou hipertensão tardia; Pode causar cianose diferencial, ou seja, cianose de membros inferiores e MMSS normais-> Frequentemente associada a síndrome de Turner.
Quais as situações em que a circulação pulmonar depende do canal arterial?
- Atresia pulmonar: depende do canal arterial para irrigar os pulmões, caso haja fechamento deste ducto arterial, haverá cianose refratária a O2 / Sopro sistólico em foco tricúspide (insuficiência tricúspide associada ao aumento atrial direito).
- Tetralogia de Fallot, é a cardiopatia congênita cianótica mais comum.
> Comunicação interventricular (CIV)
> Obstrução de saída de VD (dita a gravidade);
> Dextroposição da aorta;
> Hipertrofia do VD
:> Radiografia : Em bota
O que fazer nas síndromes hipercianóticas da tetralogia de Fallot?
- Ocorrem por espasmo da musculatura da via de saída do ventrículo direito, levando à cianose.
Ocorre nos primeiros 2 anos de vida.
TTO:
> Manter volemia;
> Posição genupeitoral
> Oxigênio;
> Morfina;
> B-Bloqueadores;
Escabiose, TTO?
SARCOPTES SCABIEI VARIANTE HOMINIS
- Ivermectina oral (200mcg/kg/dia VO dose única e repetir em 7 dias);
> Contraindicado < 15 kg e < 2anos;
- Permetrina loção 5% (1ª escolha) - Aplicar em corpo inteiro, em adultos poupar região cefálica, em crianças passar em couro cabeludo por 1-3 noites seguidas. Lavar o corpo na manhã seguinte, repetir esquema em 7 dias.
Para MENORES DE 2 MESES- Enxofre precipitado (manipular em vaselina): Aplicar no corpo todo (poupando região cefálica) por 4 noites seguidas.
PEDICULOSE, TTO?
PEDICULUS HUMANUS CAPITIS
- PERMETRINA 1%: APLICAR NO CABELO ÚMIDO, LIMPO, REPETIR DE 10-14 DIAS. > 2 MESES.
- IVERMECTINA VO(200MCG/KG): DOSE ÚNICA, SE > 15KG.
LARVA MIGRANS CUTÂNEA, TTO?
- TIABENDAZOL 15%;
SISTÊMICO: IVERMECTINA 200MCG/KG/DIA POR 3 DIAS.
ANCYLOSTOMA BRASILIENSIS
TUNGÍASE, AG ETIOLÓGICO E TTO?
- TUNGA PENETRANS (PULGA), PENETRAÇÃO PELA PELE, ATRAVES DE AREIA, ZONA RURAL,ETC.
- PRURIDO, DOR, PÁPULA ESFÉRICA BRANCO AMARELADA COM PONTO NEGRO CENTRAL (SEGMENTO POSTERIOR CONTENDO OVOS), REGIÃO PLANTAR E PALMAR.
» EXTRAÇÃO DA PULGA COM AGÚLHA ESTÉRIL, SE MÚLTIPLAS IVERMECTINA OU TIABENDAZOL TÓPICO.
IMPETIGO, QUADRO CLÍNICO E TRATAMENTO?
- INFECÇÃO SUPERFICIAL DA PELE, NÃO DEIXA CICATRIZ.
- ETILOGIA: S. AUREUS OU S.PYOGENES
- TRANSMISSÃO: INTERPESSOAL EM CONTATO PRÓXIMO
- CLÍNICA: FORMA CROSTOSA / FORMA BOLHOSA (S.AUREUS)
- DIAGNÓSTICO: CLÍNICO, CULTURA SÓ SE IMUNODEFICIÊNCIA, DIFICULDADE DE TRATAMENTO OU RECORRÊNCIA.
TTO:
> ATB TÓPICA: LESÕES LOCALIZADAS, POUCA QUANTIDADE, SEM COMPROMETIMENTO SISTÊMICO: MIPIROCINA, ÁCIDO FUSÍDICO, NEOMICINA + BACITRACINA 5-7 DIAS;
> ATB SISTÊMICO: GRANDE NÚMERO DE LESÕES (>5), COMPROMETIMENTO SISTÊMICO, MAIS DE UMA REGIÃO, BOLHOSO: CEFALEXINA, AMOX + CLAVULANATO, CONSIDERAR BACTRIM OU CLINDA SE SUSPEITA DE S.AUREUS DE COMUNIDADE.
> LEMBRAR QUE GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA OCORRE A DESPEITO DO TRATAMENTO.
PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA, DIAGNÓSTICO E TTO?
- ERITEMA E FISSURAS: BOLHAS GRANDES E FINAS QUE SE ROMPEM E LIBERAM FLUIDO PURULENTO.
- ETIOLOGIA: EXOTOXINAS A E B DO S.AUREUS FAGOTIPOS 1,2,3 NA CIRCULAÇÃO (NÃO SOMENTE NA PELE);
- CLÍNICA: SINAL DE NIKOLSKY POSITIVO (PELE DESPRENDE AO SER ESTICADA PRÓXIMA DA UMA BOLHA);
> NÃO ENVOLVE MUCOSAS;
> SINTOMAS SISTÊMICOS PRESENTES;
DIAGNÓSTICO: CLÍNICO, CULTURA DE BOLHA É NEGATIVA;
DIAG: CLÍNICO
TTO: OXACILINA + CLINDAMICINA (INIBE SÍNTESE DA TOXINA);
VANCO SE SUSPEITA DE MRSA
ECTIMA QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO, TTO?
TIPO DE IMPETIGO ULCERADO, CAUSADO PELOS MESMOS AGENTES (S.PYOGENES).
TRANSMISSÃO: INTERPESSOAL
CLÍNICA: LESÃO MAIS PROFUNDA, ULCERADA, RECOBERTA POR CROSTA MARROM ENEGRECIDA, COM HALO ERITEMATOSO/VIOLÁCIO ELEVADO. DEIXA CICATRIZ.
TTO: SISTÊMICO SEMPRE (CEFALEXIA PRIMEIRA OPÇÃO).
FURUNCULOSE DE REPETIÇÃO, DIAGNÓSTICO TTO?
- 6 EPISÓDIOS EM UM ANO OU DE 3/3 MESES;
- CULTURA DA LESÃO SE POSSÍVEL;
- CUIDADOS LOCAIS COM HIGIENE: SABÃO ANTISSÉPTICO, BANHO COM HIPOCLORITO;
- TTO COM ATB PARA QUADRO AGUDO;
DESCOLONIZAÇÃO: MUPIROCINA TÓPICA EM NARINAS 2X AO DIA POR 5-10 DIAS;
CELULITE ORBITÁRIA E PERI-ORBITÁRIA, QUAL A FISIOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TTO?
- PACIENTE COM SINUSITE (HAEMOPHILUS, PNEUMOCOCO) OU COM PORTA DE ENTRADA NA PELE (S.AUREUS, S.PYOGENES.
PRÉ-SEPTAL: PERIORBITÁRIA
PÓS-SEPTAL: ORBITÁRIA
PRÉ-SEPTAL:
EDEMA PERIORBITÁRIO, DOR LOCAL, ERITEMA, PODE TER FEBRE, LEUCOCITOSE. RARAMENTE COMPLICA;
IMAGEM?=> SOLICITAR SE SINTOMAS DE CELULITE PÓS-SEPTAL, AUSENCIA DE MELHORA APÓS 24 HORAS OU DIFICULDADE DE AVALIAÇÃO - TC DE SEIOS E ÓRBITAS COM CONTRASTE;
TTO: SE QUADRO LEVE, AMOXACILINA+ CLAVULANATO, CEFUROXIMA 5-7 DIAS.
SE SINAIS DE COMPROMETIMENTO SISTÊMICO, MENORES QUE 1 ANO, AUSÊNCIA DE MELHORA APÓS INTRODUÇÃO DO TRATAMENTO -> TRATAMENTO COMO PÓS-SEPTAL.
PÓS-SEPTAL (ORBITÁRIA):
PROPTOSE, DOR A MOVIMENTAÇÃO OCULAR, DIPLOPIA, BAIXA DE VISÃO, SINTOMAS SISTÊMICOS + SINTOMAS DE PRÉ-SEPTAL.
COMPLICAÇÕES: ABCESSOS ORBITÁRIOS E SUBPERIOSTEAIS, TROMBOSE DE SEIO CAVERNOSO, ABCESSO CEREBRAL.
TC: CONFIRMA DIAGNÓSTICO E VÊ COMPLICAÇÕES;
TTO: PARENTERAL SEMPRE: OXACILINA + CEFTRIAXONA
> MANTER TRATAMENTO EV ATÉ 48H AFEBRIL, COM MELHORA DO ESTADO GERAL E DO ASPECTO DA LESÃO;
> PODE TERMINAR O TTO POR VIA ORAL, TOTAL 14-21 DIAS.
TÍNEA CAPITIS, QUADRO CLÍNICO E TTO?
- ALOPÉCIA LOCALIZADA COM FIOS TONSURADOS, DESCAMAÇÃO E ERITEMA. GRAU MÁXIMO DE INFLAMAÇÃO: KERION CELSI
TRANSMISSÃO: FÔMITES DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
DIAGNÓSTICO: MICOLÓGICO DIRETO E CULTURA
TTO: SISTÊMICO
> GRISEOFULVINA (PARA MICROSPORUM SP)
> TERBINAFINA (TRICHOPHYTON SP)
QUAIS OS FATORES QUE NOS FAZEM PENSAR EM ICTERÍCIA NEONATAL NÃO FISIOLÓGICA?
- ICTERÍCIA PRECOCE<24H;
- BT> OU = 12 OU NECESSITE DE FOTOTERAPIA;
OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS; - ICTERÍCIA PROLONGADA;
- AUMENTO DE BD - COLESTASE
QUAL A CLASSIFICAÇÃO DE HIPERTENSÃO NA PEDIATRIA?
1-13 ANOS:
NORMOTENSO < P90;
PA ELEVADA P90-P95
HAS ESTÁGIO 1 > OU = P95
HAS ESTÁGIO 2 P95 + 12MMHG
> OU = 13 ANOS
NORMOTENSO < 120X80MMHG;
PA ELEVADA 120-129 / <80MMHG;
HAS ESTÁGIO 1 130X80MMHG
HAS ESTÁGIO 2 > OU = 140X90MMHG
QUANDO ENCAMINHAR PACIENTE HIPERTENSO PARA EMERGÊNCIA?
- SE O PACIENTE ESTIVER SINTOMÁTICO, OU PA>30MMHG ACIMA DO P95 OU > OU = 180X120MMHG NO ADOLESCENTE.
QUAL A CONDUTA FRENTE A UMA CRIANÇA COM PA ELEVADA?
1ª CONSULTA: MEV E RETORNO EM 6 MESES;
2ª CONSULTA: SE MANTER PA ELEVADA
> MEDIR PA EM MMSS E MI, RETORNO EM 6 MESES
3ª CONSULTA: SE MANTER PA ELEVADA
> EXAMES + CONSIDERAR CONSULTA COM ESPECIALISTA.
Quais as principais causas de insuficiência cardíaca em crianças?
- CARDIOPATIA CONGÊNITA
- Miocardite, cardiomiopatia, valvopatia adquirida (febre reumática);
- Arritmia;
- Aumento de demanda (anemia, tireotoxicose,etc)
Quais os principais achados de ICC em lactentes?
- Cardiomegalia, hepatomegalia e taquicardia.
Não é comum edema de MMII, edema facial, estase jugular.
O que é a perda de fôlego do lactente?
- Síncope reflexa pelo choro -> Não são crises epilépticas.
Choro e apneia -> Cianose/Palidez hipo ou hipertonia -> Perda de consciência. - Não aumenta risco de morte súbita, atraso de desenvolvimento ou quaisquer outros problemas.
Qual a conduta frente a um caso de síncope?
- ECG para TODOS!
-> Objetivo: Eliminar etiologia cardiogênica da síncope.
Quais as causas não infecciosas de diarréia aguda?
- APLV (inclusive podendo causar o quadro de proctocolite inflamatório), intolerância a lactose, apendicite, intoxicações.
Qual é o plano A para reidratação?
TRO profilática
- 1: Oferecer mais líquido que o habitual
a) Líquidos caseiros OU SRO após cada evacuação;
b) Quantidade: <1 a: 50-100mL / 1-10a: 100-200mL / > 10 anos, a vontade.
- 2: Manter alimentação habitual para previnir desnutrição;
- 3: Sinais de alerta para reavaliação:
a) Piora na diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue nas fezes, redução da diurese;
b) Sem melhora em dois dias;
- 4: ZINCO
a) Até 6 meses: 10mg/dia
b) > 6 meses: 20mg/dia
Qual o plano B de reidratação oral?
- TRO reparadora no serviço:
1- SRO: Quantidade- conforme a sede, iniciando 50-100mL/kg em 4-6 horas, continuamente , até não haver mais sinais de desidratação;
2- Manter somente aleitamento materno;
3- Reavaliar hidratação:
a) Sem sinais - Proceder ao plano A
b) Se continuar desidratado, com Vômitos , ou IR (índice de retenção) < 20%, passar sonda nasogástrica;
c) Se desidratar gravemente: Plano C;
IR: (Peso atual - peso inicial) x 100 / Volume ingerido
Após 2 h: IR>20% -> Sucesso / <20% -> Risco de falha
Solução de manutenção para paciente internado?
- Deve ser isotônica ao plasma.
Logo, deve-se ter: (EM 1000ML DE SG5%).
> 25 meqs K+ em 1L (10mL KCL 19,1%)
> 136 meqs Na+ em 1L (40mL NaCL20%);
Paciente de 6 meses com diarréia persistente (fezes líquidas, progredindo há 02 dias com vômitos e manutenção da diarréia), em uso de formula infantil há 04 meses.
- Qual a definição de diarréia persistente?
- Qual a conduta frente a esse caso?
Diarréia persistente: > 14 dias <30 dias.
- A conduta é trocar a formula utilizada por uma sem lactose, tendo em vista provável quadro viral, com lesão do epitélio (onde fica a lactase).
Qual a definição de diarréia crônica?
- > 30 dias EM ALGUMAS REFERÊNCIAS.
- No entanto, algumas referências subdividem a diarréia crônica em persistente(14-30 dias) e crônica (>30 dias);
Quais os malefícios do uso de SUCOS DE FRUTA na alimentação complementar?
- São muito calóricos, favorecem o aparecimento da obesidade, fora que há exclusão das fibras;
- Favorece a satisfação precoce da criança, diminuindo o consumo de outros alimentos;
- Quando a criança toma suco para matar a sede, pode ter dificuldade para beber agua pura, tendo em vista esse ponto, recomenda-se que não sejam oferecidos sucos (mesmo que da fruta) a crianças < 1 ano.
Mãe lactante, com lactente <6 meses, será vacinada contra a febre amarela. Conduta?
- Suspender amamentação por 10 dias, realizar ordenha manual do leite e despreza-lo nesse período.
- É constituída de vírus vivos atenuados, tendo em vista esse ponto, há a chance alta de efeitos adversos graves, logo, recomenda-se suspensão da amamentação.
**ATENÇÃO: PARA LACTENTES MAIORES DE 6 MESES, NÃO HÁ CONTRAINDICAÇÃO A MANUTENÇÃO DA AMAMENTAÇÃO.
Lactante em tratamento de hipertireoidismo com propiltiouracil, qual a conduta?
- Manter medicação. É uma medicação de baixo risco para lactantes.
A janela de oportunidades dos primeiros mil dias, tem como resultados positivos…..??
A melhora da estatura final e redução de doenças crônico-degenerativas como obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2.
Quais as medicações para tratamento de DM2 tem respaldo na faixa etária pediátrica?
- Metformina e insulina.
Quando devemos legalmente quebrar o sigilo no atendimento médico aos adolescentes?
> NECESSÁRIA QUEBRA DE SIGILO:
- Qualquer tipo de VIOLÊNCIA SEXUAL OU BULLYING;
- Uso ESCALONADO de substâncias psicoativas ou dependência;
- Autoagressão , ideações suicidas ou de FUGA DE CASA, TENDENCIA HOMICIDA;
- GRAVIDEZ, ABORTO;
- HIV (comunicar familiares e parceiro);
- Não adesão ao tratamento, agregando risco para si ou outrem;
- Diagnóstico de DOENÇA GRAVE;
Quando devemos manter o sigilo no atendimento ao adolescente?
- Namoro, iniciação sexual;
- Experimentar psicoativos;
- Orientação sexual, conflitos com identidade de gênero;
- Prescrição de contraceptivos;
- IST (DESDE QUE NÃO HAJA VIOLÊNCIA SEXUAL E QUE PACIENTE TENHA CONDIÇÕES COGNITIVAS E PSICOLÓGICAS DE ADERÊNCIA AO TRATAMENTO);
V ou F?
Mãe com síndrome gripal pode doar seu leite, desde que tomadas medidas higiênicas.
FALSO
Nenhuma mãe com síndrome gripal pode doar seu leite. No entanto, findado o quadro, a doação pode ser retomada.
Porque parte das crianças com anemia ferropriva apresentam esplenomegalia?
- Pode estar presente em até 7% DOS PACIENTES, chegando a 50% nos casos severos.
- Ocorre porque o baço torna-se um sítio de hematopoese extramedular.
V ou F?
A puberdade é a fase de maior crescimento.
FALSO
- Aqui se encontra uma pegadinha cobrada em prova senhores, a fase de maior crescimento é intrauterino.
Como é feita a suplementação de ferro na pediatria?
- A suplementação de ferro é indicada para todos até 2 anos de vida, 2 conceitos são importantes:
- Veja que existem situações diferentes que a suplementação é igual, o que diferencia a situação I das demais também é o tempo do início da suplementação (3meses x 30 dias)
> A suplementação do primeiro ano é variável, e depende se o paciente foi a termo, peso adequado para IG, sendo assim:
I - RN a termo, peso adequado em aleitamento materno exclusivo ou não: 1mg/kg/dia de ferro elementar iniciados após os 3 meses até 2 anos;
II - RN a termo, peso<2500g: 2mg/kg/dia de ferro elementar iniciados após 30 dias ATÉ 1 ANO, APÓS 1MG/KG/DIA até 2º ano.
II - RN PRÉ-TERMO peso 1500-2500g 2mg/kg/dia de ferro elementar iniciados após 30 dias ATÉ 1 ANO, APÓS 1MG/KG/DIA até 2º ano.
III- RN PRÉ-TERMO PESO 1000-1500 3mg/kg/dia de ferro elementar iniciados após 30 dias até 1 ano, após 1mg/kg/dia mais um ano;
IV - RN PRÉ-TERMO PESO INFERIOR 1000 4mg/kg/dia de ferro elementar iniciados após 30 dias até 1 ano, após 1mg/kg/dia mais um ano;
Porquê optaram pela mudança das 3 primeiras doses contra a poliomelite viral serem VIP?
Porquê a VOP libera o vírus vacinal no ambiente, com isso pode causar poliomelite vacinal. Portanto, a mesma ficou apenas como reforço.