Clínica médica - Hematologia Flashcards

(79 cards)

1
Q

Quando consideramos que os reticulócitos estão aumentados? No que isso implica?

A
  • Se > 2% no valor relativo ou > 100mil no valor absoluto;
  • Utilizamos o referido dado para classificar a anemia em hiperproliferativa e hipoproliferativa;

De forma geral:
Hiperproliferativas: Hemolíticas / Sangramentos
Hipoproliferativas: Carenciais (Fe, B12, AF) / deficiência de EPO / Distúrbios medulares

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2
Q

Quando devemos corrigir o valor de reticulócitos?

A

Fazemos a correção quando o valor é dado em percentual (%).
Duas formas de se corrigir:
Ret Corrigidos: %ret x Ht/40 OU Ret corrigidos: %ret x Hb/15.
ATENÇÃO: QUANDO RETICULÓCITOS FORNECIDOS PELA QUESTÃO EM NÚMERO ABSOLUTO, NÃO É NECESSÁRIA CORREÇÃO.

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3
Q

Quais as doenças que se associam com o achado de macrocitose?

A

Alterações no metabolismo do DNA:

  • Deficiência de B12;
  • Deficiência de ácido fólico;
  • Medicamentos (MTX, Azatioprina, Hidroxiureia, AZT);
  • Reticulocitose
  • Anemia hemolítica
  • Síndrome mielodisplásica;
  • Doença hepática
  • Hipotireoidismo;
  • Alcoolismo;
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4
Q

Como se caracteriza a reação leucemóide?

A
  • CAUSAS: Infecções bacterianas graves, necrose tecidual, TB, insuficiência hepática,etc.
  • Geralmente leuco< 50.000
  • Resolução após condição desencadeante cessar;
  • Ausência de basofilia;
  • Plaquetas normais ou baixas;
  • Fosfatase alcalina elevada;
  • Granulações tóxicas ou vacúolos citoplasmáticos;
  • AUSÊNCIA DO CROMOSSOMO PHILADELPHIA;
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5
Q

Como diferenciar LMC da reação leucemóide?

A

Na LMC:
- Geralmente leuco> 50.000
- Presença de sintomas constitucionais;
- Presença de basofilia (geralmente > 5% SG periférico do paciente);
- Plaquetas normais ou aumentadas;
- Fosfatase alcalina normal ou diminuída;
- Ausência de granulações tóxicas;
- Presença DO CROMOSSOMO PHILADELPHIA;

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6
Q

O que pensar quando se suspeita de pseudoplaquetopenia?

A
  • Relacionado a coleta, algumas pessoas tem anticorpos contra EDTA, tubo de coleta normalmente utilizado porque altera pouco as conformações celulares do sangue. Sendo assim, há a formação dos grumos plaquetários.
  • Nesses casos, solicita-se a coleta em tubos de citrato.
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7
Q

Qual a definição de anemia pela OMS?

A
  • Gestantes < 11g/dL
  • Mulheres <12g/dL
  • Homens < 13g/dL
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8
Q

Qual o padrão ouro para diagnóstico de anemia ferropriva?

A
  • MIELOGRAMA
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9
Q

Quais os exames da cinética do ferro, utilizados para efetuar o diagnóstico?

A
  • Ferritina: Estoque, é também uma proteína de fase aguda, fator pelo qual está aumentada em infecções.
  • Fe sérico: Quantidade;
  • ## Sat transferrina: Carreadora, o quanto a mesma está saturada;
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10
Q

O que é a síndrome de Plummer-Vinson?

A
  • Membranas esofágicas obstrutivas, causadoras de disfagia, que surgem secundária a deficiência de ferro.
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11
Q

O que é síndrome de Peterson-Kelly?

A
  • Mesma coisa que síndrome de Plummer-Vinson.
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12
Q

Quando nos deparamos com um quadro de anemia ferropriva, com ferritina baixa, como estarão os demais exames da cinética do ferro?

A
  • TIBC(total iron binding capacity) alto;
  • Saturação de transferrina: Baixa
  • Ferro sérico: Baixo
  • RDW alto (presença de anisocitose);
  • Ferritina BAIXA;
  • Hepcidina Baixa.
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13
Q

Quando nos deparamos com uma anemia ferropriva, quais as três causas que devemos pensar?

A
  • Má absorção;
  • Sangramento (1ª causa de anemia ferropriva em ADULTOS, disparado);
  • Baixa ingestão (países de 3º mundo);
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14
Q

Adulto com suspeita de sangramento, conduta?

A
  • AVALIAÇÃO DO TGI OBRIGATÓRIA;
  • Quando colono alterada = 50% neoplasias (especialmente de cólon ).
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15
Q

Qual o tratamento da anemia ferropriva?

A
  • Reposição oral é SEMPRE PREFERENCIAL;
  • 60-200mg de Fe elementar, tomada ÚNICA diária;
  • Se > 100mg (deve ser feita em dias alternados)=> Porque há um pico de hepcidina quando reposto na dose supracitada (ou maiores), sendo que no dia seguinte a absorção fica prejudicada.
  • Efeito adverso: Principalmente trato gastrointestinal.

O tratamento é feito em duas fases:
1º Correção da anemia: em torno de 2 meses
2º Reposição dos estoques 2-3 meses.

Cálculo: Hb desejado - Hb encontrado x Peso x 2,4 + 500

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16
Q

Como fazemos a avaliação da resposta ao tratamento da anemia ferropriva?

A

1- Melhora dos sintomas;
2- Aumento > ou = 2mg/dL da Hb após 3-4 semanas de tratamento;

Quando o resultado não chega perto do esperado:
- Investigar má adesão;
- Dose baixa?
- Tempo curto de tratamento?
- Sangramento persiste;
- Diagnóstico errado?

-> Aumento de reticulócitos a partir de 4 dias de tratamento, com pico de 7-10 dias.

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17
Q

Qual a fisiopatologia da anemia de doença crônica?

A
  • Infecção/Inflamação levando a produção de IL-6, que leva ao aumento de HEPCIDINA (a mesma também é ativada pelo excesso de ferro);
  • Hepcidina:
    > Bloqueia ferroportina-> Promove retenção de ferro nos enterócitos e macrófagos (que leva a redução do ferro sérico e consequente saturação de transferrina baixa ou normal);
  • IL-6:
    > Aumento da sensibilidade do sistema reticuloendotelial-> Diminuição da sobrevida das hemácias;
    # Para diferenciar a anemia de doença crônica da ferropriva:
    > Olhar TIBC e Ferritina
    1- O TIBC vai estar normal ou diminuído na anemia de doença crônica, enquanto na ferropriva estará NECESSARIAMENTE aumentado;
    2- A ferritina estará aumentada na doença crônica e DIMINUÍDA na ferropriva;

Lembrar da peculiaridade da anemia da doença renal: Pacientes a partir do estadio 3-4, já começam ter produção inapropriada de eritropoetina, levando à anemia.

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18
Q

O que é a anemia MEGALOBLÁSTICA?

A
  • Anemia induzida por falta de B12(cianocobalamina) ou B9 (Folato);
    > Ácido metilmalônico&raquo_space; ELEVADO APENAS NA DEFICIÊNCIA DE B12;
    > Sintomas neurológicos: APENAS NA DEFICIÊNCIA DE B12;
    > Homocisteína: ELEVADA EM AMBAS;
  • Causas:
    1ª Disabsorção;
    2ª Nutricional
    3ª Medicamentosa
  • Neutrófilos hipersegmentados (acima de 5 framentos);

> Ácido fólico: Proveniente de vegetais e fígado;
estoque em torno de 4 meses/ Leva à queiilite angular e atrofia de papila, assim como def de b12 e ferro.
Vit B12: Absorção em íleo terminal / Estoque de 5 anos / Presença de sintomas neurológicos / Queiilite e atrofia de papila assim como na deficiência de B9 e ferro.
Principal causa de deficiência de B12: Gastrite atrófica/anemia perniciosa, lembrar de doença de Crohn;

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19
Q

O que é a anemia perniciosa?

A
  • Epidemiologia FEM>MASculino
  • Associação com outras doenças autoimunes (particularmente Hashimoto);
  • Se deve pela produção do Anticorpo anti-célula parietal (Acloridria + redução de FI) e contra o próprio Fator intrínseco. > Anti-cel parietal 84% / Anti FI 54%.
  • Diagnóstico: Biópsia gástrica (gastrite atrófica) ou gastrina sérica elevada;
  • Aumenta o risco de CA gástrico em 2x;
  • A reposição de B12 deve ser intramuscular;
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20
Q

O que é a anemia SIDEROBLÁSTICA?

A
  • Anemia causada por herança genética (Ligada ao X) ou forma ADQUIRIDA (Sindrome mielodisplásica, álcool, deficiência de cobre, toxicidade por zinco e medicações: Rifampcina, isoniazida e linezolida);
  • É causada por uma deficiência da incorporação da protoporfirina , que se liga ao ferro para formar o HEME, sendo assim nós temos o acúmulo de ferro (porque este é pobremente excretado em situações normais) e produção inadequada de Hb;

Manejo: Correção de causas reversíveis; / Na de causa hereditária: Piridoxina (40-60 % dos casos respondem, não se sabe ao certo porque) / Suporte transfusional / Quelação do ferro.
- A eritropoese ineficaz leva ao aumento da absorção de ferro;
- Presença do achado sideroblasto em anel (ferro envolvendo o núcleo da célula vermelha);

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21
Q

O que é a anemia aplástica?

A
  • Trata-se de uma anemia autoimune, que cursa com falência medular, PANCITOPENIA em pacientes jovens, ANEMIA MACROCíTICA, AUSÊNCIA DE ESPLENOMEGALIa.
  • Associação com hepatite autoimune;
    >DIAG: Biópsia de medula óssea.
    » TTO: IMUNOSSUPRESSÃO
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22
Q

Quando houver uma redução quantitativa dos precursores eritroides, o que temos que pensar?

A
  • Lembrar do parvovírus B19
  • Leva a uma anemia aplásica por toxicidade do vírus às células precursoras eritroides.
  • Leva a uma anemia temporária em pessoas normais, mas em pacientes com anemias hemolíticas compensadas pode levar a um quadro grave.
  • Antígeno P;
  • Causa na infância o eritema infeccioso;
  • Uma vez pego, tem imunidade humoral garantida.
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23
Q

Quais são os marcadores de prova de hemólise?

A
  • Reticulócitos aumentados ( 2% - corrigido OU > 100mil de valor absoluto);
  • Haptoglobina - Liga-se à Hb livre, tendo em vista que tal molécula é danosa quando livre na circulação;
  • Aumento de DHL;
  • Aumento de bilirrubina indireta;
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24
Q

O que são as AHAI?

A

Anemia hemolítica autoimune, trata-se de uma hemólise mediada por autoanticorpos.
- Causada por anticorpos IgM, IgG e IgA, sendo este último raro.
- Diferenciada por Quente (IgG) e Fria (IgM);
- 50% dos casos são secundários (neoplasias, infecções- EBV, micoplasma);
- Forte associação com doenças linfoproliferativas;

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25
Qual a diferença da AHAI a quente e a frio?
- A quente (> ou = 37ºC): Chamada desta forma por intensidade máxima nessa temperatura. Hemácia é opsonizada, com IgG na sua superfície, é reconhecida no sistema reticuloendotelial pelos macrófagos, sendo destruída, que caracteriza hemólise EXTRAVASCULAR (predominantemente). - A frio (0-4ºC): Chamada desta forma por intensidade máxima nessa temperatura. IgM se liga às hemácias, ativando complemento e levando ao complexo de ataque à membrana, havendo destruição do eritrócito. Também se associa a neoplasias, mas principalmente relacionada à infecções, como EBV, TB, Micoplasma. Para lembrar: a Guente (a quente, causada por IgG): coMplemento (A frio causada por IgM).
26
Se suspeitando de uma anemia hemolítica autoimune, qual a conduta diagnóstica?
- Primeiro provas de hemólise (haptoglobina, bilirrubinas, reticulócitos, DHL) e COOMBS DIRETO (= TAD- Teste da antiglobulina direta);
27
Como é a constituição da hemoglobina normal?
Eletroforese de Hb normal do adulto: - HbA (a2b2) - 95-98% - HbS(a2bS2)- 0% - HbA2(a2delta2) - 2-3% - HbF(a2y2) - <2%
28
Qual a causa mais comum de procura do hospital pelos pacientes falcêmicos?
- Crise álgica; Isquemia tecidual (hipóxia, acidose); Desencadeantes: Infecção, acidose, desidratação, frio, hipóxia. - Manejo: Hidratação (principal medida); Analgesia escalonada (incluindo opióides); Oxigenioterapia se SPO2< ou = 92%. Investigar e tratar o fator desencadeante ( se possível); NÃO TRANSFUNDIR EM CASOS SIMPLES
29
Qual a principal causa de óbito nos falcêmicos, e qual seu tratamento?
- 50% dos pacientes terão pelo menos 1 episódio; * Mais em crianças; Fatores de risco: HbF menor, comorbidades e inverno; Triggers: Infecção, infarto pulmonar, embolia gordurosa. Principais agentes: Pneumococo, Mycoplasma pneumoniae, vírus respiratórios. Diagnóstico: Imagem pulmonar + 1 dos critérios abaixo: - Tax > ou = 38,5ºC - Queda SPO2>3% - Taquipnéia; - Esforço respiratório; - Dor torácica; - Tosse; - Sibilos - Estridor respiratório Manejo da STA: -> Controle álgico e monitorização; -> Suporte ventilatório: O2, VNI ou IOT; -> ATB: TODOS, azitromicina + ceftriaxona OU quinolona respiratória. -> Considerar transfusão se gravidade: PaO2<70mmHg / Queda de 25% do nível basal de PaO2 / ICC ou IC direita aguda / Pneumonia rapidamente progressiva / Acentuada dispnéia com taquipnéia. -> Manejo hídrico cauteloso; -> Profilaxia antitrombótica;
30
Quais as peculiaridades da profilaxia de AVC dos pacientes falcêmicos?
- Profilaxia primária: Crianças, controlar com Doppler transcraniano, se alterado (>200cm/s) coloca-las no programa de transfusão crônica (STOP trial) - Profilaxia SECUNDÁRIA: Manter HbS<30% na eletroforese de Hb para reduzir recorrência de AVC, tendo em vista que se não houver redução da HbS, 70-90% irão ter AVC novamente. - 11% terão AVC até os 20 anos e 25% até os 45 anos. - 2-15 anos: Mais AVC isquêmico - Adultos: Mais AVC hemorrágico
31
O que é o sequestro esplênico?
- Hemácias ficam represadas no BAÇO - URGÊNCIA; - Esplenomegalia Aguda; - Reticulocitose; - Hidratação e transfusão - Geralmente causa hipovolemia;
32
O que é a crise aplástica?
Infecção pelo Parvovírus B19 é a principal causa; Sem Esplenomegalia; Reticulocitopenia (medula com precursores eritroides prejudicados por toxicidade direta do vírus, através do antígeno P); CD: Suporte clínico, recuperação dentro de 2-14 dias (transitório);
33
Quais os achados da eletroforese de Hb da talassemia?
- Marco das talassemias é que a HbA2 (a2delta2) > 3,5%.
34
Qual o espectro clínico da B-talassemia?
- b-b: normal - b0/b0 e b0/b+ : b-talassemia MAJOR; - b+/b+: b-talassemia intermedia; - b0/b ou b+/b: b-talassemia Minor
35
Qual o espectro clínico da a-talassemia?
- aa/aa : Normal --/--: Hb de Bart, 4 cadeias gama, incompatível com a vida; - a-/--: Doença da hemoglobina H, 4 cadeias beta; - a-/a- ou aa/--: a-talassemia Minor; - aa/a-: a-talassemia minima;
36
Qual o quadro da b-talassemia MAJOR?
- Anemia grave desde a infância a partir dos 6 meses de vida (redução de HbF), com dependencia transfusional; - A partir dos 6 meses de vida; - Icterícia; - Hemólise crônica; - Baixa estatura, disfunções endocrinológicas; - Hepatoesplenomegalia; **FASCIES DE ESQUILO (crescimento ósseo fascial por novos sítios de hematopoiese);
37
Qual o quadro clínico da b-talassemia intermédia?
- Maioria com esplenomegalia e expansão óssea; - Hb entre 8-10g/dL; - Sobrecarga férrica; - Crescimento e desenvolvimento preservados; - Maior risco trombótico em alguns estudos; - Transfusão geralmente em situações de risco / maior demanda;
38
qual o quadro clínico da b-talassemia Minor?
- Em geral assintomáticos; - Anemia microcítica leve (Hb entre 9-11g/dL); - Dicas para o diagnóstico: Microcitose (geralmente VCM<70fL), hipocromia, hemácias em alvo em esfregaço periférico; -
39
Diagnóstico de B-talassemia?
- Eletroforese de Hb>> B-talassemia; - Aumento de HbA2 (b2delta2); - aumento de HF; - Redução de HbA; -> Tríade clássica da b-talassemia + história familiar e descendência mediterrânea.
40
Qual a clínica da doença da hemoglobina H?
a-/-- - Clínica variável, anemia moderada, icterícia, esplenomegalia; - 70% tem complicações relacionadas à hematopoiese extramedular e eritropoiese ineficaz;
41
qual a clínica da a-talassemia minor?
- a-/a- ou aa/-- -> Anemia leve, hipocromia, microcitose;
42
Clínica da a-talassemia mínima?
aa/a- -> Carreador silencioso, assintomáticos com discreta hipocromia;
43
Como se faz o diagnóstico da a-talassemia ?
- Teste genético é o PADRÃO OURO.
44
O que é a esferocitose hereditária?
- Doença hereditária, autossômica dominante, onde ocorrem alterações no citoesqueleto da hemácia, perdendo sua forma e sua flexibilidade; - Isso gera uma redução da sobrevida e leva a hemólise EXTRAVASCULAR; - São osmoticamente frágeis; - Maioria é autossômica dominante (75% dos casos);
45
Como se da o diagnóstico da esferocitose hereditária?
- Clínica + microesferócitos; > HF positiva; - VCM normal ou pouco baixo, CHCM alto (células mais desidratadas que o normal), RDW alto; - TAD (COOMBS): Negativo; - Teste de fragilidade osmótica: -Sensibilidade de 68%- Curva desviada para direita; - Teste Eosina-5-maleimida (EMA): Sensibilidade de 93%; clínica de anemia hemolítica crônica + microesferócito + CHCM alto = Esferocitose até que se prove o contrário.
46
TTO da esferocitose?
- Suporte transfusional + quelação do ferro; - Reposição de ác fólico 1mg/dia; - Esplenectomia nos pacientes sintomáticos (após os 5-10 anos de idade, com VACINAÇÃO contra germes encapsulados 2 semanas antes da cirurgia e profilaxia com penicilina V oral após);
47
O que é a deficiência de G6PD?
- Eritroenzimopatia mais comum (400milhões de pessoas); - Mais comum em NEGROS; - Transmissão hereditária ligada ao X (mais em Homens); - Na doença, ocorre a precipitação da Hb nas hemácias, formando os famosos CORPÚSCULOS DE HEINZ, o que fazem essas hemácias sofrerem hemólise, principalmente intravascular. No entanto podem ser vítimas dos macrófagos do sistema reticuloendotelial, sofrendo hemólise extravascular. Nem sempre são completamente fagocitadas, gerando o conhecido aspecto à hematoscopia de Byte Cells (células mordidas). Mas afinal, o que é a G6PD? Enzima com papel importante na prevenção de dano celular pelos radicais oxidativos. Sendo assim, com a deficiência dessa enzima, nossas células sangúineas ficam mais suscetíveis à oxidação da Hb, levando a sua precipitação. Logo situações que aumentam o estresse oxidativo (infecções e drogas) aumentam a propensão à hemólise em última instância. -Drogas comumente cobradas em prova: Antimaláricos (primaquina) / Sulfametoxazol / Sulfonas (dapsona) / Nitrofurantoína / Naftaleno. - Diagnóstico: Dosagem enzimática de G6PD. Redução da exposição aos fatores desencadeantes, crises autolimitadas durando de 5-6 dias.
48
O que é PTT?
- Púrpura trombocitopênica trombótica: Trata-se de uma anemia hemolítica microangiopática (hemácias sendo lesadas por redes de fibrinas depositadas nos vasos), com presença de ESQUIZÓCITOS em sangue periférico, COOMBS direto vai ser NEGATIVO. - No quadro haverá trombose nos capilares e arteríolas terminais , e o cerne da doença surge na deficiência de ADMST13, que cliva o FvW, não havendo essa clivagem os multímeros de Von Willenbrand continuam grandes, e sabemos que os mesmos são extremamente protrombóticos. - É adquirida em 95% dos casos, podendo em 5% dos casos serem hereditários; - Extremamente grave, podendo haver > 90% de mortalidade se o tratamento não for instituído de forma precoce; - Quem impede a ação da ADAMST13 SÃO AUTOANTICORPOS;
49
E
50
QUAL O QUADRO CLÍNICO DA PTT?
PLAQUETOPENIA + CONFUSÃO MENTAL + ANEMIA + PROVAS DE HEMÓLISE ALTERADAS + COOMBS NEGATIVO = PTT ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO LEMBRAR DA PÊNTADE CLÁSSICA DA PTT: DISFUNÇÃO RENAL + ANEMIA HEMOLÍTICA MICROANGIOPÁTICA + FEBRE + SINTOMAS NEUROLÓGICOS + PLAQUETOPENIA (<5% DOS CASOS DE PTT)
51
O QUE É A SÍNDROME DE EVANS?
- QUANDO TEMPOS DUAS CITOPENIAS IMUNES ASSOCIADAS;
52
O QUE É O PLASMIC SCORE?
SÓ PODE SER APLICADO SE PLQ <150.000 E ESQUIZÓCITOS PRESENTES. - É UM SCORE UTILIZADO PARA SE ESTIMAR A POSSIBILIDADE DE ESTARMOS DIANTE DE UMA PTT, TENDO EM VISTA QUE OS EXAMES DEMORAM A SAIR P- PLATELET COUNT (<30.000) L- hemoLysis (RET> 2,5%, HAPTOGLOBINA INDETECTAVEL, BILIRRUBINA INDIRETA >2MG/DL); A- ABCENSE OF ACTIVE CANCER S- ABCENSE OF STEM-CELL OR SOLID-ORGAN TRANSPLANT; M- MCV (VCM<90) I- INR (RNI<1,5) C- CREATININA (CR>2) => TEM ALTO VALOR PREDITIVO NEGATIVO; NÃO CONFIRMA DIAGNÓSTICO, MAS TEM ALTO VALOR PREDITIVO NEGATIVO, OU SEJA, SE VIR BAIXO AS CHANCES DE SE TRATAR DESTA DOENÇA SÃO BAIXOS. CADA ITEM PONTUA 1 0-4 PONTOS: BAIXO RISCO 5 RISCO INTERMEDIÁRIO 6-7 ALTO RISCO
53
QUAL O TRATAMENTO PARA PTT?
- PLASMAFÉRESE - REMOVE ANTICORPOS ANTI-ADMST13 + REPOSIÇÃO DE ADMST13 - IMUNOSSUPRESSÃO- REDUZ PRODUÇÃO DE NOVOS AC: CORTICÓIDE + RITUXIMAB SE POSSÍVEL.
54
Quais as características dos linfomas NÃO-HODKIN?
- 10 % de todos os linfomas; - Geralmente apresentam-se com LNM dolorosas cervicais; - Sintomas B são frequentes; - Maioria dos pacientes são curados com QT; - Distribuição bimodal; > 1ºpico: ~ 20 anos; > 2º pico: ~ 70 anos; - Neoplasia derivada de linfócitos B; - Célula maligna é a célula de Reed-Sternberg (Elas expressam: CD30, CD15 e PAX-5; - Dividido em LH: > Clássico; > Não clássico;
55
Como se faz o diagnóstico do linfoma Hodkin?
- Biópsia EXCISIONAL do gânglio suspeito;
56
Quais os fatores de risco para o linfoma Hodkin?
- Infecções virais (EBV, HIV...); - Imunossupressão crônica; - Doenças autoimunes;
57
Qual o linfoma mais associado a síndrome da lise tumoral?
- Linfoma de Burkitt, tumor altamente agressivo, que apresenta SLT inclusive ESPONTÂNEA;
58
Quais as células características da anemia megaloblástica?
- Macroovalócitos;
59
O Anticoagulante lúpico tem que efeito sobre os exames de coagulação?
- Alarga TTPA, efeito "anticoagulante" apenas in vitro, não sendo observado no corpo, tendo um efeito de fato contrário, pró-coagulante.
60
Após encontrar TTPA alargado, quais os próximos passos de investigação?
- Refazer exame, caso venha alterado novamente prosseguir com o "TESTE DA MISTURA" que consiste em: > 1/2 do plasma do paciente + 1/2 plasma de um paciente normal e realizar o TTPA em 0, 60 e 120minutos. Avaliamos então, se há correção ou não do TTPA. > Houve correção = Deficiência de fator; > Não houve correção = Inibidor circulante 1. Anticoagulante lúpico = Dosar / Avaliar história de trombose prévia; 2. Inibidor adquirido = Mais comum é o fator VIII;
61
Qual a diferença primária entre PTI e PTT?
- Lembrar que PTT há ANEMIA HEMOLÍTICA MICROANGIOPÁTICA, com os comemorativos de anemia hemolítica, como reticulocitose, aumento de bilirrubina indireta, LDH, ETC. - Já a PTI, não há comemorativos de anemia hemolítica.
62
Quando iremos tratar a PTI?
- Sangramentos ou PLQ<30.000; 1ª linha: > Corticóide (pred 0,5-2mg/kg OU Dexa 40mg/dia, 4 dias) - Resposta lenta mas mais sustentada. > IVIG 0,8-1 g/kg/dia, EV dose única, resposta mais rápida em torno de 24-48h, e está reservada para casos de sangramentos ameaçadores.
63
Na doença de von Willenbrand qual exame da coagulação está alterado?
- A via intrínseca estará alterada, tendo em vista que o fator de Von Willenbrand carrega consigo o fator VIII que pertence a via intrínseca.
64
Qual o tratamento para doença de von Willenbrand?
- Desmopressina OU reposição FvW;
65
Trombocitopenia induzida por heparina: Discorra sobre a fisiopatologia e quadro clínico-laboratorial.
> Aparecimento de 5-14 dias após introdução da heparina (raro antes dos 5 dias, a não ser que tenha sido exposto nos últimos 30 dias); > Interação heparina + Fator plaquetário 4 (PF4) => Após 5-10 dias da exposição, formação de anticorpos contra o complexo heparina-PF4; > Complexo imune liga-se à plaqueta, ativando-a e aumentando o risco de trombose (Efeito adverso pró-trombótico paradoxal); > 50% dos pacientes apresentam trombose; > Alta incidência em pacientes com exposição frequente à heparina, especialmente se em doses baixas e do tipo HNF. > Não costuma haver sangramento e sim tromboses; CD: Manter anticoagulação PLENA sem derivados da heparina=> Fondaparinoux / NOACs / Argatroban / Bivalirudina;
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Qual a indicação e a dose de Plasma fresco congelado?
- TP ou TTPA> 1,5x o normal na presença de SANGRAMENTO ATIVO ou necessidade de procedimentos invasivos; - Reversão em caráter de emergência do uso de cumarínicos; - Deficiência de anti-trombina III, proteína C ou S na vigência de eventos trombóticos significativos; - Plasmaférese terapêutica de PTT; - Transfusão maciça; - Tratamento de pacientes com deficiência de MÚLTIPLOS FATORES. DOSE: 10-20mL/kg;
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O que é a HPN?
-Hemoglobinúria paroxística noturna. É uma doença autoimune, adquirida, que ocorre secundário à uma mutação no gene PIGA. - Esse gene normalmente codifica a proteína de ancoragem GPI, que ancora as duas proteínas de identificação CD55 e CD59; - Essas proteínas de identificação servem como o CRACHÁ do próprio, ou seja, com elas a hemácia não é atacada pelo sistema complemento através do complexo de ataque de membrana. - No entanto, como a proteína de ancoragem não é produzida, as hemácias ficam sem o crachá, sendo atacadas pelo sistema complemento, levando à hemólise intravascular, PENIAS (geralmente manifestando-se como anemia, no entanto podendo ocorrer outros défcits de outras linhagens) e TROMBOSES; - A causa de óbito nesses pacientes geralmente é por tromboses e infecções, tendo em vista desregulação do sistema complemento. - TTO: Eculizumabe (inibidor da clivagem de C5 em C5a e C5b- Este último atuando como ancorador do complexo de ataque a membrana).
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Qual o TTO para AHAI?
1ª Linha: Glicocorticóide (1-2 mg/kg/dia); 2ª Linha: Rituximabe OU Imunoglobulina; 3ª Linha: Micofenolato de mofetil, ciclofosfamida, Azatioprina, Esplenectomia.
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Qual o TTO para AHAI?
1ª Linha: Glicocorticóide (1-2 mg/kg/dia); 2ª Linha: Rituximabe OU Imunoglobulina; 3ª Linha: Micofenolato de mofetil, ciclofosfamida, Azatioprina, Esplenectomia.
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Como diferenciar a hemólise INTRAVASCULAR da EXTRAVASCULAR?
- INTRAVASCULAR: > Provas de hemólise alteradas + Hemoglobinemia, Hemoglobinúria e Hemossiderinúria; - EXTRAVASCULAR: > Provas de hemólise alteradas;
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).
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Como é feito o teste de COOMBS direto?
- Colocado 3 tubos com Gel, 1 para detecção de IgG , 1 para detecção de C3d e outro controle. Esse teste irá detectar hemácias sensibilizadas por IgG e complemento (C3d é a porção do complemento que atua mediante IgM).