CM- Cardiologia Flashcards

1
Q

Quais as principais causas de síncope?

A
  • Reflexa (neuromediada): Vasovagal, síndrome do seio carotídeo.
  • Cardiogênica: Arritmias, isquemias, TEP, doença estrutural;
  • Hipotensão ortostática (postural): Desidratação, disautonomia, medicamentoso.
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2
Q

Qual a cascata que desencadeia o reflexo vago-vagal?

A
  • Redução da pré-carga-> Redução do débito cardíaco -> Redução da PA -> Ativação dos barorreceptores -> Aumento das catecolaminas para aumentar DC e manter PA (taquicardia, sudorese, palidez cutânea por vasoconstrição) * OU SEJA, a parte inicial do reflexo vagovagal é um aumento do tônus simpático.

e ENTÃO:
Com o aumento do tônus simpatico o ventrículo começa bater vigorosamente, no entanto está vazio (pois não houve aumento da pré-carga) -> Estímulo aos mecanorreceptores (ou fibras C) no átrio, ventrículos e artéria pulmonar -> Núcleo dorsal do vago -> Retirada de tônus simpático -> Aumento do tônus parassimpático -> Vasodilatação e bradicardia que leva a HIPOTENSÃO E SÍNCOPE. (REFLEXO DE BEZOLDT-JARISH

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3
Q

Quais os principais fatores a serem analisados no ECG no paciente com síncope?

A
  • 1) Intervalo QT - Síndrome do QT longo, relacionada a Torsades de pointes
  • 2) PR curto com onda delta -> Síndrome Wolff-Parkinson-White;
  • 3) BRD com supra de ST em V1 -> Síndrome de Brugada;
  • 4) Inversão de onda T V1-V3- > Displasia arritmogênica de VD;
  • 5) Outros: Infartos, bloqueios atrioventriculares, sobracarga ventricular;
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4
Q

Qual a indicação de anticoagulação na FA, que independe do CHA2DS2-VASC? Qual o anticoagulante?

A
  • ” FA VALVAR”
    1-> Estenose mitral moderada a importante;
    2-> Prótese valvar mecânica;
    ->Nessas duas primeiras, deve-se OBRIGATORIAMENTE anticoagular com warfarina, pois os DOACs não foram liberados;

No entanto, 2 outras situações que anticoagulamos independente do CHA2DS2-VASC são : Aqui podemos utilizar os DOACs;
1- Cardiomiopatia hipertrófica;
2- Hipertireoidismo descompensado;

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5
Q

Qual o controle de FC indicada na FA?

A
  • MANTER FC<110BPM
  • B-bloqueador;
  • Bloqueador de canal de Ca++ (não diidropiridínico) - ATENÇÃO, NÃO UTILIZAR SE FE REDUZIDA;
  • Digoxina;
  • Amiodarona (preferir em indivíduos que já apresentam um remodelamento cardíaco importante);
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6
Q

FA com instabilidade hemodinâmica, conduta?

A
  • Cardioversão elétrica sincronizada, INDEPENDENTE DO TEMPO DE INÍCIO DO QUADRO;
    120-200J
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7
Q

Qual o mecanismo de taquicardia por reentrada nodal?

A
  • No nó atrio-ventricular existem 2 vias, a rápida e lenta. Ocorre que quando há uma extrassístole supraventricular, que “pega” a via rápida em período refratário, seguindo pela via lenta, no entanto, quando a mesma chega próxima ao feixe de HIS, a via rápida já está apta a conduzir o estímulo, assim o mesmo volta pela via rápida gerando um mecanismo de reentrada.
    -> Tal mecanismo implica em uma onda p negativa, pós QRS, tendo em vista que há uma despolarização do ventrículo e após despolarização atrial, chamada onda P retrógrada.
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8
Q

Qual o mecanismo de taquicardia por reentrada da taquicardia atrioventricular?

A
  • Dá-se por uma via acessória, de natureza congênita, que faz um circuito de macrorreentrada. Assim também tem-se uma onda P retrógrada, pós QRS, no entanto, diferente da reentrada nodal, temos um intervalo R-p’ (r p linha) > 70ms.
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9
Q

Quais as diferenças de forma simples, da TRN para TAV?

A
  • TRN: Se visíveis, ondas p estarão após QRS, mas muito próximas dele e invertidas (Pseudo R’ ou S); Aqui teremos uma distância r-p’ > 70ms. Em V1 podemos ver onda p retrógrada positiva.
  • TAV: Aqui a onda P estará mais longe do QRS, também será anterógrada, no entanto, distância r-p’ < 70ms;
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10
Q

Descreva as etapas do pulso venoso jugular interna.

A

a: Contração atrial
C: Fechamento da tricúspide
x: Relaxamento atrial (descenso x)
V: Enchimento atrial
y: Descenso Y, abertura da tricúspide.

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11
Q

O que é Síndrome de Heyde (1958)?

A
  • Hemorragia digestiva + Estenose aórtica
    > Clivagem do fVW, ao se passar pela estenose, facilitando a formação e sangramento das angiodisplasias de colon;
    » TRATAMENTO: TROCA DE VALVA AÓRTICA;
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12
Q

Qual o exame físico de estenose aórtica?

A
  • Pulso parvus et tardus (Carótida): Pulso com pico lento e demora para decair ;
  • Sopro sistólico de pico tardio, abafa B2;
  • Fenômeno de Gallarvardin: Sopro piante em foco mitral. Ocorre porque a vibração do sopro da estenose aórtica, reverbera em foco mitral, irradiando o sopro.
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13
Q

Quais os critérios de gravidade do ECOTT da estenose aórtica?

A
  • Gradiente médio VE-Ao > ou = 40mmHg;
  • Área valvar (AV) < 1cm²
    > Estenose aórtica GRAVE;
  • Atenção para pegadinha: O que veio primeiro, estenose aórtica ou fração de ejeção reduzida?
  • > A fração de ejeção reduzida, pode gerar gradiente insuficiente para abertura total da valva aórtica, levando a uma valva aparentemente pequena < 1cm².
    Para diferenciarmos tais patologias, realizamos um ecocardiograma com dobutamina e realizamos novamente aferição.

Então: FEVE< 40 % + Gradiente VE-Ao < 40mmHg + Ao < 1cm² = Ecocardiograma com dobutamina para diferenciação.

  • Outra pegadinha: Paciente com valva aórtica pequena (<1cm²), FEVE preservada, no entanto GRADIENTE REDUZIDO (VE-Ao<40MMHG), com volume sistólico < 35ml/m² (hipertrofia com redução de cavidade?). Logo, aqui realizamos uma tomografia com escore de cálcio da valva aórtica, para atribuirmos ou não a culpa à valva.
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14
Q

Qual o mantra da estenose mitral?

A
  • A ESTENOSE MITRAL POLPA VENTRÍCULO ESQUERDO.
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15
Q

Quais os critérios de Jones para febre reumática?

A

Critérios maiores:
-> Artrite: Poliartrite migratória
-> Eritema marginado: Poupa face;
-> Nódulos subcutâneos: Superfícies extensoras;
-> Coréia de Sydeham: Diagnóstica sozinha/ Latência muito grande, 6-8 semanas / desaparece ao dormir;
-> Cardite: Pancardite, valvulite + comum (Principal componente insuficiência mitral como manifestação aguda e manifestação crônica estenose);

Menores:
-> Artralgia
-> PR prolongado;
-> Febre;
-> PCR ou VHS aumentados;

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16
Q

Como se dá o diagnóstico de febre reumática?

A
  • Evidência de infecção por streptococo-> Cultura de Swab de orofaringe OU ASLO / Anti-Dnase B OU teste rápido para detecção do antígeno; (se associarmos Anti-DNase B com o ASLO aumentamos a sensibilidade para cerca de 95%)

+
Critérios de Jones (2 critérios maiores OU 1 maior + 2 menores);

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17
Q

Como se faz a profilaxia para febre reumática?

A
  • BZT 15/15 dias por 2 anos e após BZT 21/21dias;
    -> Sem cardite: 21 anos ou por 5 anos após o surto;
    -> Com cardite, insuficiência mitral leve residual, ou resolução da lesão valvar: 25 anos ou 10 anos após o surto (o que for maior);
    -> Cardite e sequela: 40 anos para todos ou vida toda;
    -> Após cirurgia valvar: Vida toda

Penicilina benzatina:
< 25 kg : 600.000 UI
> 25 kg: 1.200.000 UI

Sulfadiazina:
< 25kg: 500mg ao dia;
> 25kg: 1g ao dia;

eritromicina:
250 mg 12/12h

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18
Q

Quais as condições predisponentes para endocardite?

A
  • Lesões valvares pré-existentes (Principalmente as regurgitantes);
  • Cardiopatia congênita (CIV, T. de Fallot);
  • Prótese valvar;
  • Outros dispositivos intracardíacos (MP, CDI);
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19
Q

Quais são os critérios de Duke?

A

Critérios MAIORES:
- EVIDÊNCIA MICROBIOLÓGICA TÍPICA: 2 Hemoculturas positivas para microorganismos típicos (S. viridans, S. bovis, S. aureus, grupo HACEK, enterococcus) ou sorologia positiva para Coxiella burnetti.
- ACOMETIMENTO ENDOCARDÍACO: Novo sopro regurgitante ou ecocardiograma sugestivo (Vegetação, deiscência de prótese ou abcesso);

Critérios menores:
- Febre: Tax>38ºC;
- Predisposição;
- Fenômenos vasculares: Infarto séptico pulmonar / Embolia arterial / Aneurisma micótico / Hemorragia intracraniana / Hemorragia conjutival / Lesões de Janeway.
- Fenômenos imunológicos: Glomerulonefrite / Nódulos de Osler / Manchas de Roth / Fator reumatóide positivo;
- Evidência microbiológica: Hemoculturas que não preenchem os critérios maiores ou sorologia positiva para microorganismo compatível com Endocardite infecciosa.

DIAGNÓSTICO:
> 2 MAIORES;
> 1 MAIOR E 3 MENORES;
> 5 MENORES;

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20
Q

Qual o esquema terapêutico para endocardite?

A
  • Valva nativa ou EI de prótese tardia (> 1 ano):
    > Ampicilina 2g IV 4/4h ou Ceftriaxone 1 g 12/12h + Oxacilina 2g IV 4/4h + Gentamicina 3mg/kg IV 24/24h (SE FOR PRÓTESE, APENAS);
  • Prótese VALVAR precoce (Cirurgia < 1 ano):
    > Vancomicina 15mg/kg 12/12h + Rifampicina 300mg VO 8/8h + Gentamicina 3mg/kg 24/24h;
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21
Q

Devemos realizar profilaxia para endocardite em pacientes com condições predisponentes?

A
  • SIM, pacientes com prótese valvar, cardiopatias congênitas cianóticas não corrigidas, endocardite prévia, dispositivos intracardíacos e valvopatias nativas;
    > Procedimento odontológicos: Amoxicilina 2g 1h antes do procedimento;
    > TGI ou TGU:
    Ampicilina 2g IV + Gentamicina 1,5mg/kg IV 30 min a 1h antes do procedimento + Ampicilina 1G IV 6 h após;
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22
Q

Quando está indicada cirurgia precoce?

A
  1. Infecção não tratada;
    - Febre persistente (antibioticoterapia guiada);
    - Abcesso/Fístula/complicações locais;
    - Fungo ou bactéria multiR- S. aureus em prótese;
  2. IC
    - Choque cardiogênico / EAP;
  3. Embolização
    - Embolização recorrente a despeito do tratamento;
    - Vegetação > 30 mm;
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23
Q

O que é BAV avançado?

A
  • É um BAV com prognóstico ruim, risco de morte súbita, no entanto não chega a ser um BAVT, tendo em vista que há uma regularidade das ondas P, há uma condução relacionada às mesmas, e elas tem um padrão, 2:1 p ex.
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24
Q

=>Diagnóstico de HAS?

A
  • PA> ou = 140x90mmHg em 2 consultas.
    OU
    PA> ou = 140x90mmHg e alto risco cardiovascular.
    OU
    Medida isolada > ou = 180x110mmHg
    OU
    MRPA ou MAPA com média > ou = 130x80mmHg;
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25
Q

O que é HAS resistente e HAS refratária?

A

-> HAS resistente: + 3 drogas para tratamento de hipertensão;=> Relacionada com hipervolemia persistente, associar espironolactona;
-> HAS refratária: + 5 drogas para tratamento de hipertensão;=> Associada à hiperativação adrenérgica, associar B-bloqueadores, alfa bloqueadores ou simpatolíticos centrais.

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26
Q

Feocromocitoma, diagnóstico e quadro clínico?

A
  • Hipertensão paroxística com cefaléia, sudorese e palpitações;
  • Diagnóstico: Metanefrina plasmáticas livres (IDEAL) Ou metanefrinas + catecolaminas urinárias (mais acessível), TC e RNM.;
  • TTO: Cirúrgico.
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27
Q

Síndrome de Cushing, diagnóstico?

A
  • Cortisol urinário 24h > 55mcg
  • Teste de supressão: Cortisol basal e matinal após dexametasona > 1,8mcg/dL.
  • RNM.
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28
Q

Paciente em descompensação aguda de IC, em uso de diurético com piora de função renal, o que fazer?

A
  • 2 situações possíveis:
    > Melhora da congestão com piora de função renal, se esta for transitória, temos um bom prognóstico: Manter diurético, buscar ativamente sinais de congestão, ajuste intensivo do diurético.
    > Congestão persistente, ou piora clínica, associado a piora de função renal, temos um prognóstico ruim: Culpa da doença que progride a despeito do tratamento;
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29
Q

Após alta do paciente com descompensação de IC, em quanto tempo deve ser o retorno?

A
  • IDEALMENTE em até 7 dias, tendo em vista que o período de 30 dias após a alta é um período de vulnerabilidade, com altas taxas de admissão (30%), com 10% de mortalidade.
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30
Q

Após alta do paciente com descompensação de IC, em quanto tempo deve ser o retorno?

A
  • IDEALMENTE em até 7 dias, tendo em vista que o período de 30 dias após a alta é um período de vulnerabilidade, com altas taxas de admissão (30%), com 10% de mortalidade.
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31
Q

Quais as classificações da insuficiência cardíaca conforme sua fração de ejeção ventricular?

A
  • ICFer< ou = 40%;
  • ICFemr OU INTERMEDIÁRIA: 40-49%;
  • ICFep > ou = 50%;
  • ICFe MELHORADA (< ou = 40% e aumentou para > 40% após o tratamento) => MANTER MEDICAÇÕES;
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32
Q

Qual a classificação da IC conforme a ACC?

A
  • A: Risco para desenvolver IC (DAC, cardiotóxicos, HF de cardiomiopatia);
  • B: PRÉ-IC (Alterações estrutural ou de pressão de enchimento, e/ou aumento de troponina e BNP) no entanto SEM SINTOMAS;
  • C: Sinais e sintomas de IC;
  • D: IC refratária (avançada), ou seja, não responde mais ao tratamento clínico;
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33
Q

Quais os critérios de Framingham, e como se dá o diagnóstico de insuficiência cardíaca?

A
  • 2 maiores e 1 menor OU 1 maior e 2 menores.

Maiores (7):
Pulmonares
> Estertores creptantes;
> Dispnéia paroxística noturna;
> Edema agudo de pulmão;

Cardíacos:
> Presença de B3 ao exame físico;
> Cardiomegalia ao rx tórax;

Congestão venosa visível:
> Refluxo hepatojugular;
> Turgência jugular a 45º;

Menores (5):
Tosse noturna;
Edema de tornozelo bilateral;
Dispnéia aos mínimos esforços;
Derrame pleural;
Taquicardia;

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34
Q

Quais exames devem ser solicitados na avaliação ambulatorial do paciente com IC?

A
  • NT-PRO-BNP e BNP: Biomarcadores que inferem sobre o prognóstico do doente, atentar para situações onde há o aumento dos mesmos (idade avançada, DRC e anemia) e para situações onde há uma redução do mesmo (Obesidade);
  • Ecocardiograma: Denota alterações estruturais do coração e funcionais (como aumento das pressões de enchimento, disfunção diastólica, aumento de PSAP);
  • Radiografia de tórax;
  • ECG;
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35
Q

Qual a classificação da IC conforme a NYHA?

A

Classe 1: Sem limitação de atividade física;
Classe 2: Leve limitação da atividade física, confortável em repouso;
Classe 3: Limitação acentuada da atividade física, confortável em repouso, mas menos que a atividade normal leva a sintomas;
Classe 4: Limitação severa e desconforto com atividade física. Sintomas presentes mesmo em repouso, sintomas aos mínimos esforços.

> Já que é uma escala de sintomas, se aplica apenas aos estágios C e D;

36
Q

Qual o tratamento não farmacológico da IC?

A
  • Evitar sal: < 7g ao dia;
  • Reabilitação cardiovascular (exercício aeróbico), para ICFer em classes funcionais III-IV (NYHA), para melhora de qualidade de vida e capacidade funcional;
  • Vacinação (influenza e pneumococo);
37
Q

Qual o tratamento farmacológico da IC?

A
  • IECA/BRA / B-Bloq / Espironolactona;
    > B-BLOQ (Carvedilol, succinato de metoprolol e bisoprolol para ICFer): Redução de mortalidade global, morte por IC e morte súbita, além da melhora de sintomas e redução de reinternações por IC;
    > IECA (Principalmente Enalapril 10mg 12/12h): Lembrar que caso o paciente mesmo assim mantenha-se sintomático em uso das 3 medicações (IECA + ESPIRONOLACTONA + B-BLOQ), podemos TROCAR o enalapril por sacubitril-valsartana (Paradigm- HF); - aguardar 72 horas da administração de IECA e então trocar para sacubitril-valsartana (entresto).
    > Espironolactona: CF> ou = II, associado ao IECA e BB, para reduzir morbidade e mortalidade. Espironolactona 25mg 1x ao dia. Indicado também em pacientes CF 1 com FEVE<40%;
    > Ivabradina: pacientes com terapia otimizada (sacubitril-valsartana + B-bloq em dose máxima tolerada + espironolactona) ainda sintomáticos EM RITMO SINUSAL E FC< 70bpm => Reduz mortalidade;

Estudos: US carvedilol / CIBIS II / MERIT-HF.

38
Q

Quais os B-bloqueadores seletivos e não seletivos?

A
  • Seletivos B1: Bisoprolol e Succinato de metoprolol (ICFer), atenolol e nebivolol;
  • Não seletivos: Carvedilol (ICFer) , pindolol e propanolol;

CI:
> BAV 1º grau com PR> 240ms, 2º ou 3º grau;
> Choque , hipotensão grave;
> ASMA/DPOC grave (Especialmente os não cardiosseletivos );
> DAOP crítica (Especialmente os não cardiosseletivos);

EA: Broncoespasmo, hipotensão, bradicardia, fraqueza/sonolência (primeiros dias), piora da DAOP;

39
Q

Se o paciente com ICFEr estiver em terapia tripla e ainda sintomático, qual medicação indicada?

A
  • Adicionar o inibidor de SGLT-2 para redução de mortalidade na ICFEr CF> ou = II.
    > Dado importante é que a redução de mortalidade independe de se ter diabetes ou não;
    > Estudos : Emperor-Reduced / DAPA-HF;
40
Q

Paciente com IC ISQUÊMICA(I) e não isquêmica (IIa) + FEVE<35%, qual a conduta?

A
  • Lembrar, que o paciente deve estar em tratamento clínico otimizado associado a FEVE<35%;
    > Indicamos o cardioversor-desfibrilador implantável (CDI), pois o mesmo reduziu mortalidade, não importando se há ou não presença de arritmias;
41
Q

Como realizamos a troca do IECA por sacubitril-valsartana?

A
  • É necessário um período de 36 horas entre a última dose do IECA e a primeira do ENTRESTO, pelo risco de ANGIOEDEMA;
42
Q

Como se dá o diagnóstico de ICFep?

A
  • H2FPEF:
    H2:
    > Hipertensão (2 ou mais AHOS): 1 ponto
    > Heavy (IMC>30kg/m²) : 2 pontos;
    F: Fibrilação atrial (Paroxística ou persistente): 3 pontos;
    P: Hipertensão pulmonar (PSAP>35mmHg ao eco): 1 ponto;
    E: Elderly (idade avançada >60 anos): 1 ponto
    F: Pressões de enchimento (Filling pressures, E/e’>9) : 1 ponto;

. 2-5: Intermediário
. > ou = 6 -> Diagnóstico de ICFEp;

43
Q

O que é TINOCA?

A
  • Do inglês: Troponin-positive nonobstructive coronary arteries;
    > Contempla:
  • MINOCA;
  • Causas cardíacas: Miocardite, Takotsubo e outras cardiomiopatias;
  • Causas extracardíacas: Embolia pulmonar, sepse e AVC.
44
Q

Qual a definição de emergência hipertensiva?

A
  • PAS > 180 OU PAD >120 mmHg + Lesão de orgão alvo;
45
Q

Qual a meta de redução pressórica na emergência hipertensiva?

A
  • 10-20% na primeira hora;
  • 5-15% nas próximas 24h -> Atingir em torno de 25 % de redução;
  • Posterior normalização se possível;

> Lembrar da exceção, que são as lesões vasculares, tais como dissecção aguda de aorta, que devemos ter um controle mais intensivo da PA e frequência cardíaca.
Exceções:
1- AVC isquêmico em janela de trombólise, em que devemos controlar a PA < 185x110mmHg para ser realizada, se não for o caso de trombólise, tolerar até 220x110mmHg;
2- Dissecção aguda de aorta: Baixar PAS até 100-120mmHg;
3- AVC hemorrágico (HSA por exemplo): Normalmente manter entre 140-160mmHg de PAS.

46
Q

Quais as classificações de dissecção aguda de aorta?

A
  • Stanford:
    Tipo A: Pega aorta ascendente (Aorta ascendente apenas- Debakey 2 e aorta ascendente e descendente- Debakey 1);
    Tipo B: Aorta descendente;
  • Debakey:
    Tipo 1: Ascendente e descendente;
    Tipo 2: Ascendente apenas;
    Tipo 3: Descendente apenas;
47
Q

Quais as contraindicações clássicas à nitroglicerina na emergência hipertensiva?

A
  • Utilização de inibidores de fosfodiesterase;
  • Hipertensão intracraniana, Síndrome PRES*;
48
Q

Como devemos reduzir os níveis pressóricos na dissecção aguda de aorta?

A
  • Introduzir inicialmente os b-bloqueadores venosos, preferencialmente o esmolol, e após introduzimos o vasodilatador arteriolar direto (nitroprussiato de sódio).
  • Fazemos essa transição tentando evitar que haja taquicardia reflexa, uma vez que o controle de duplo produto na dissecção aguda de aorta é essencial.
49
Q

Pesquisar questão 88 simulado de clínica para confecção deste flashcard.

A
50
Q

Quais as doenças associadas à hipertensão renovascular?

A
  • Displasia fibromuscular- Geralmente pacientes jovens, mulheres com sopro abdominal.
  • Aterosclerose;
51
Q

Qual a valvopatia mais frequente da febre reumática?

A
  • Estenose mitral isolada: Sopro diastólico com estalido de abertura, com sopro em ruflar e reforço pré-sistólico.
52
Q

Qual a etiologia da pericardite?

A
  • Até 80% dos casos são idiopáticos = Etiologia viral presumida na maioria;
  • SOROLOGIAS VIRAIS NÃO SÃO FEITAS DE ROTINA;
  • OUTRAS CAUSAS: Doenças reumatológicas, tuberculose, pós infarto transmural imediato e tardio (Sd Dressler), neoplasia.
53
Q

Qual o quadro clínico da pericardite?

A
  • Dor torácica (> 90% dos casos) -> Pleurítica;
  • Irradiação para trapézio E, Soluço (irritação do nervo frênico que passa perto);
  • Aliviada POR INCLINAÇÃO PARA FRENTE;
  • PIORA com o DECÚBITO;
54
Q

Quais as alterações típicas de pericardite?

A
  • Supra de ST DIFUSO SEM IMAGEM EM ESPELHO;
  • Infra de PR difuso;
  • AVR apresentando exatamente o oposto, SUPRA DE PR + INFRA DE ST (As vezes V1);
55
Q

Como se dá o diagnóstico de pericardite?

A

2 ou mais:
- Dor típica;
- Atrito pericárdico à ausculta;
- Alterações no ECG típicas de pericardite;
- Derrame pericárdico novo ou piora do derrame prévio;

56
Q

Qual o tratamento da pericardite idiopática?

A
  • ASSOCIAR:
    > AINE: Ibuprofeno 600mg 8/8h por 10-14 dias;
    > Colchicina (0,5mg VO 1x ao dia ou 12/12h) POR 3 MESES (Prevenção de recorrência);

> ATENÇÃO: Corticóide apenas se caso reumatológico ou pericardite recorrente;

57
Q

Qual o quadro clínico da miocardite?

A
  • Quadro clínico MUITO variável;
  • Pródromo viral + Febre + Taquicardia <> Choque cardiogênico;
  • Pode ou não estar ASSOCIADA A PERICARDITE (MIOPERICARDITE);
  • ECG: Taquicardia sinusal, alterações inespecíficas da repolarização ventricular, se associado à pericardite podem estar presente as alterações típicas dela.
  • Então como diferenciar pericardite de miocardite? : Se troponina positiva = miocardite;
  • TTO maioria das vezes: Suporte;
58
Q

O que é o Escore ADD-RS?

A
  • Trata-se de um escore para guiar o diagnóstico de uma síndrome aórtica, cada tópico vale 01 PONTO;
    1. Condição de alto risco? - Marfan, Hx familiar, manipulação recente de aorta, aneurisma de aorta, valvopatia de aorta;
    2. Dor de alto risco? - Dor torácica, abdominal ou em dorso, ABRUPTA, DE FORTE INTENSIDADE OU EM RASGANDO.
    3. Exame físico de alto risco? - Sopro novo de insuficiência aórtica, diferença de pulsos, sinais neurológicos focais, CHOQUE/Hipotensão;

0-1 : D-dímero
. < 500 => EXCLUÍDA DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA;
. > ou = 500 => ANGIOTOMOGRAFIA DE AORTA

2-3: DIRETO PARA ANGIOTOMOGRAFIA DE AORTA

59
Q

Como se faz o diagnóstico definitivo de síndrome aortica aguda?

A
  • Estável: Angiotomografia de aorta total;
  • Instável: Ecocardiograma (Preferencialmente transesofágico);
60
Q

Qual a profilaxia para endocardite utilizada para procedimentos dentários orais, respiratórios ou esofágicos?

A
  • AMOXICILINA 1Grama, via oral, 30-60 minutos antes do procedimento.
  • Opção: Ceftriaxone 30-60 min antes do procedimento.
61
Q

Como classificar a dissecção aguda de aorta, conforme acometimento da dissecção?

A
  • Stanford e DeBakey

Stanford:
A: Acomete aorta ascendente;
B: Não acomete aorta ascendente;

DeBakey:
I: Aorta ascendente e descendente;
II: Aorta ascendente apenas;
IIIa: Descendente acima do diafragma.
IIIb: Descendente com dissecção abaixo do diafragma.

62
Q

Qual o tratamento da dissecção aguda de aorta?

A
  • Stanford A: Mortalidade 1-2 % por hora, até 50% nas primeiras 48h : Cirurgia de EMERGÊNCIA;
  • Stanford B: Cirurgia de urgência: Só se sinais de rotura iminente, dor refratária, isquemia de órgão ou membro. Se não houver nenhum destes fatores, estabilizar e programar cirurgia eletiva.
63
Q

Quais os achados eletrocardiográficos da doença cardíaca de chagas?

A
  • Bradicardia sinusal, BAV 1 grau, BRD+BDAS, taquicardia ventricular NÃO SUSTENTADA;

BDAS: Desvio do eixo para esquerda + SD3 > SD2

64
Q

Quais os graus de retinopatia hipertensiva?

A

I: Estreitamento arteriolar;
II: Cruzamento arterio-venoso patológico;
III: Exsudato duro algonodoso e hemorragias retinianas;
IV: Papiledema;

65
Q

Quais os efeitos colaterais que a metildopa pode causar E quando esta é indicada como primeira linha?

A
  • EA: Anemia hemolítica a quente (IgG), cefaleia e tontura;
  • Indicada como primeira linha na gestação;
66
Q

Quais as causas endócrinas de HAS secundária?

A
  • 2 pescoço: Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo;
  • 2 cabeça: Síndrome de Cushing e Acromegalia;
  • 2 abdome: Hiperaldosteronismo primário e feocromocitoma;
67
Q

V ou F?
Devemos iniciar tratamento farmacológico para HAS se o doente apresentar ALTO RISCO cardiovascular e PA> ou = 130x80mmHg;

A

VERDADEIRO
Se baixo risco, apenas iniciar se PA > 140x90mmHg (SE já tentadas medidas farmacológicas por 6 meses);

68
Q

Quais exames laboratoriais sugerem hiperaldosteronismo primário?

A
  • Relação Aldosterona/Renina > 30 e aldosterona sérica > 15ng/mL;
69
Q

Quais alterações costumamos encontrar no quadro de hipertensão acelerada maligna?

A

Geralmente ocorrendo em níveis de PA > 220x120mmHg, encontramos lesões vasculares progressivas com arteriosclerose hiperplásica com necrose fibrinóide, RETINOPATIA hipertensiva graus III e IV, cefaléia, tontura, vômitos, hematúria, azotemia, proteinúria E ANEMIA MICROANGIOPÁTICA;

70
Q

A partir de qual valor o LDL ISOLADAMENTE dita ALTO RISCO CARDIOVASCULAR?

A
  • LDL-c > ou = 190mg/dL;
71
Q

Qual a orientação da KDIGO quanto ao controle pressórico do paciente com DRC? Qual a diferença da SBP?

A
  • SBP: Controle igual aos pacientes de ALTO RISCO CARDIOVASCULAR ( PAS < 130mmHg);
  • KDIGO: PAS < 120mmHg (Estudo SPRINT);
72
Q

Quais as contraindicações ao uso do prasugrel?

A

AVC ou AIT prévio, lembrar que pacientes com idade > ou = 75 anos e peso <60kg deve ser feito ajuste da dose para 5mg, mantendo ataque de 60mg.

73
Q

Quando NÃO realizar o pré-tratamento com ticagrelor ou clopidogrel na SCA sem supra?

A
  • Em pacientes classificados como muito alto e ALTO risco, tendo em vista serem submetidos a CATE em 2-24h respectivamente;
74
Q

Qual a conduta dos pacientes que tiveram SCA sem supra e fibrilação atrial frente ao uso de antiplaquetários e anticoagulantes?

A

Terapia dupla com clopidogrel/ ticagrelor e ANTICOAGULANTE (rivaroxabana, dabigatrana, apixabana) por 12 meses e então manter apenas o anticoagulante.

75
Q

Qual o tempo padrão de DAPT no paciente com SCA INDEPENDENTE da abordagem que foi submetido?

A
  • 12 meses
  • 1 ano
    365 dias
  • Enfim, lembra que independe e a duração DEVE SER DE 1 ano;
76
Q

Quais os pacientes considerados de ALTO risco na SCA sem supra?

A
  • Troponina positiva / Alterações dinâmicas do ST e Score GRACE > 140;
77
Q

Quais os pacientes considerados de MUITO ALTO RISCO na SCA sem supra?

A
  • Instabilidade hemodinâmica e/ou choque cardiogênico / Angina recorrente ou persistente / Arritmia ventricular maligna ou PCR / Alterações dinâmicas do segmento ST RECORRENTES / Complicações mecânicas e insuficiência cardíaca aguda;
78
Q

Quais são os pacientes considerados de intermediário risco na SCA sem supra?

A
  • DM, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, angina pós infarto, angioplastia prévia ou RM prévia, SCORE de GRACE 109-140, sintomas recorrentes OU TESTE FUNCIONAL POSITIVO;
79
Q

V ou F?
Caso se decida após o CATE pela ICP pode-se abordar todas as artérias doentes, sendo a exceção a regra no choque cardiogênico, onde abordamos apenas a artéria culpada.

A

Verdadeiro
OBS: Pode-se fazer todas ou de forma escalonada, no momento abordando apenas a culpada e antes da alta abordar novamente as não-culpadas com indicação.

80
Q

O que é a estratégia farmacoinvasiva após fibrinólise que preenche os critérios de reperfusão?

A

Trata-se do CATE de 2-24 horas após a fibrinólise bem sucedida com angioplastia da artéria culpada.

81
Q

Qual a conduta ao se ter um TTO para ICC otimizado com 3 drogas e ainda assim haver sintomas?

A
  • Trocar o IECA/BRA em uso por Sacubitril-valsartana, no entanto aqui tempo um porém:
    > Em caso de uso de IECA aguardar 36 horas antes da introdução da droga;
82
Q

Como classificamos a dor anginosa?

A
  • ANGINA PECTORIS 3 fatores:
    1. Retroesternal EM APERTO;
    2. Precipitada por esforço ou emoções;
    3. Melhora com REPOUSO ou NITRATO.

Se 3 positivos: Típica
Se 2 Positivos: Atípica;
Se 1 positivo: Não ANGINOSA

83
Q

Quando em um paciente com DAC devemos indicar revascularização?

A
  • Disfunção ventricular evidenciada;
  • Angina mesmo em tratamento clínico OTIMIZADO;
  • Anatomia GRAVE: Estenose de Tronco > 50%, DA proximal, artéria derradeira;
  • Área isquêmica GRANDE (>10%);
84
Q

Qual o acometimento agudo e crônico mais comuns da febre reumática?

A
  • Agudo: Insuficiência MITRAL;
  • Crônico: Estenose MITRAL;
85
Q
A