Osteoartrite (Resumo Cavalinho) Flashcards
A osteoartrite é..
artropatia crônica caracterizada pela ruptura e potencial perda da cartilagem articular, juntamente a outras alterações articulares, como hipertrofia óssea (formação de osteófitos).
Os sintomas incluem
o desenvolvimento gradual da dor
agravada por atividade
rigidez que dura < 30 minutos ao acordar e após inatividade
edema articular ocasional.
Diagnóstico ocorre por
RX
O tratamento engloba..
O tratamento engloba medidas físicas, reabilitação, orientação do paciente e fármacos.
As principais características fisiopatológicas são a
ruptura e a perda da cartilagem articular e a hipertrofia óssea.
Confirmar o diagnóstico com
os resultados radiológicos como osteófitos marginais, estreitamento do espaço articular, aumento da densidade do osso subcondral, remodelamento ósseo e às vezes formação de cistos subcondrais e derrame articular.
Tratar principalmente com medidas
físicas que envolvem reabilitação, dispositivos de suporte, exercícios de fortalecimento, flexibilidade, resistência, educação do paciente e modificações nas atividades da vida diária.
A cartilagem é composta por
Matriz:
Colágeno tipo II
Proteoglicanos
A osteoartrite, também chamada de osteoartrose ou artrose, é a
forma mais comum de artrite.
Resulta de eventos mecânicos e biológicos que desestabilizam a
relação de degradação e síntese da cartilagem articular pelos condrócitos, matriz extracelular e osso subcondral.
Osteoartrite é a forma mais comum de artrite e é considerada uma
Doença articular degenerativa
Cartilagem hialina características
avascular, aneural e alinfática - composta por água e matriz extracelular (com ácido hialurônico, proteoglicanos e glicosaminoglicanos - 95%), e somente 5% por condrócitos, que são responsáveis pela manutenção da matriz e pelo controle metabólico da cartilagem; sua nutrição depende do osso subcondral (bastante vascularizado) e do líquido sinovial.
Funções da cartilagem hialina
diminuição do impacto durante a movimentação e a lubrificação da articulação.
Na osteoartrite ocorre
degeneração da cartilagem articular
com o aparecimento de fibrilação
fissuras
ulceração
afinamento de toda a superfície articular.
O resultado final anatômico é a degradação cartilaginosa, eburnação do osso subcondral, remodelação óssea e sinovite.
Não existem terminações nervosas na cartilagem hialina, mas
o paciente sente dor por conta do desgaste dos ossos e estruturas próximas.
Epidemiologia osteoartrite
com frequência apresenta sintomas entre 40 e 50 anos de idade, sendo quase universal (embora nem sempre sintomática) por volta dos 80 anos de idade.
Classificação clínica pode ser
Idiopática (causa desconhecida) : pode ser localizada (em mãos, pés, joelhos, quadril, coluna e outros) ou generalizada.
Secundária: pode ser causada por trauma, doenças microcristalinas, outras doenças ósseas e inflamatórias (ex: artrite reumatóide), doenças endócrinas (ex: hipotireoidismo e diabetes), artropatia neuropática e problemas congênitos; localizada ou generalizada
Fatores de risco
Fatores sistêmicos:
idade avançada (existe uma menor hidratação da cartilagem), sexo
Fatores biomecânicos: são o dano articular, obesidade, deformidades em articulações e fraqueza muscular.
A obesidade é um fator de risco extremamente importante não somente por conta da sobrecarga mecânica, mas principalmente por conta do estado pró-inflamatório e ação do hormônio leptina sobre os osteoblastos e condrócitos (existem receptores de leptina na membrana sinovial).
Sinais e sintomas osteoartrite
é a dor articular com característica tipicamente mecânica
com rigidez matinal de curta duração (menos de 30 minutos)
dor que piora com exercícios físicos. Além disso, a dor parece desencadeada por alguma movimentação específica (dor protocinética = ocorre no início do movimento e melhora depois).
Ademais, artralgia pode ser acompanhada de hipotrofia muscular (porque a dor leva à pessoa a ficar em repouso), dor à palpação, crepitação (estalos ou rangido causado pela fricção de ossos uns contra os outros), alteração da marcha, desalinhamento e instabilidade articular, limitação do arco de movimento, derrame articular e inflamação discreta.
Na osteoartrite há menor produção de
Colágeno tipo II e proteoglicanos
Na radiografia de osteoartrite os encontrados são
presença de osteófitos marginais
diminuição do espaço articular
esclerose subcondral
cistos ósseos
Ultrassonografia é
é útil na avaliação da inflamação sinovial, derrames articulares e osteofitose
Osteófito definição
se refere à hipertrofia óssea perante a um desgaste ou sobrecarga
Diagnósticos diferenciais OA
Deve-se fazer o diagnóstico diferencial de osteoartrite com doenças microcristalinas (ex: gota), artrite reumatoide, artrite psoriásica, hemocromatose, ocronose (erro inato do metabolismo da fenilalanina e tirosina), hemoglobinopatias, diabetes, tireoidopatias, alterações sequelares, causas congênitas, causas mecânicas (assimetria de membros, hipermobilidade), entre outras.
Tratamento não farmacológico
envolve a educação do paciente (através da informação sobre a doença), controle de comorbidades, redução do peso corporal, adequação do estilo de vida (com cuidados com rampas e escadas), fisioterapia (com órteses e equipamentos de auxílio à marcha, palmilhas anti-varo e estabilização medial da patela) e exercícios físicos. A combinação de exercícios aeróbicos e de fortalecimento é o ideal, de preferência as modalidades com menor impacto articular e sobrecarga mecânica (ex: hidroterapia e hidroginástica) ou modalidades mais tradicionais como caminhada - o exercício físico está associado ao alívio dos sintomas, proteção articular e prevenção da incapacidade.
Tratamento farmacológico
não é possível refazer a cartilagem, mas podem ser usados sintomáticos e fármacos que atuam no controle e diminuição do processo inflamatório e de degradação articular. Então, as medicações mais utilizadas são os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) tópicos e orais, capsaicina tópica (poucas evidências), analgésicos simples (ex: dipirona ou paracetamol), opioides fracos (ex: tramadol e codeína), antidepressivos (ex: duloxetina, para modulação da dor) e corticosteroides. Os analgésicos e AINEs devem ser usados na menor dose e no menor tempo possível - além disso, quando for utilizar AINE em pacientes com fatores de risco para eventos gastrointestinais, devem ser usados os inibidores específicos da COX-2 ou os outros AINEs associados com inibidores da bomba de prótons;
Tratamento intervencionista
terapia mais aceita é a aplicação intra-articular de corticosteroides (controlam o processo inflamatório e melhor a dor), com evidência favorável para o uso da triancinolona hexacetonida como corticosteroide de escolha. Uma outra opção é a aplicação de ácido hialurônico, que está associado a uma melhora da lubrificação. A aplicação intra-articular de plasma rico em plaquetas (PRP) autólogo também tem sido estudada e vem sendo usada no tratamento de lesões musculoesqueléticas, mesmo sem uma definição exata do mecanismo de ação
Tratamento cirúrgico
é reservado para os casos refratários ao tratamento clínico ou com grave limitação funcional. Exemplos de cirurgias são a artroplastia (troca da articulação), artroscopia (limpeza da articulação com retirada de fragmentos de cartilagem - paliativo), osteotomia (para corrigir desvios de membros) e artrodese (faz a fusão de articulações, o que resolve a dor mas impede o movimento do paciente).
nas mãos, a osteoartrite acomete a articulação carpometacarpal,, enquanto
a artrite reumatóide acomete a articulação metacarpofalangiana.