Espondiloses Flashcards

1
Q

Causas Espondilogênicas:

A

Traumática (acidentes)
Mecânica (laboral)
Inflamatória (espondilite anquilosante)
Congênita (sifose, escoliose, meningomiolocele)
Metabólica (osteoporose)
Infecciosa (uso de drogas ilícitas, tuberculose óssea da coluna)
Neoplásica

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2
Q

Causas Não Espondilogênicas:

A

Não estão relacionadas com a coluna, podendo ser:
Neurológica (neurinoma, meningioma)
Vascular (infarto póstero-posterior, dissecção de aorta)
Viscerogênica (úlcera, pancreatite, cólica renal, derrame pleural)
Miofascial (estiramento muscular)
Psicogênica (farsa/fraude, quadros psiquiátricos)

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3
Q

Red flag

A

Para Tumores ou Infecções:
Idade: maior que 50 e menor que 20 anos
Histórico de câncer
Febre e perda de peso
Dor em repouso
Imunossupressão e uso de drogas IV (risco de infecção)
Dor óssea localizada (sobretudo em indivíduos com menos de 20 anos)
Dor visceral

Para Fraturas:
Trauma menor em idosos
Queda da própria altura
Queda de baixo impacto
Trauma maior em pessoas de demais idades
Quedas
Acidentes

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4
Q

SINAIS DE ATENÇÃO - YELLOW FLAGS:

A

Insatisfação ou litígio no trabalho
Atestados de afastamento repetidos
Problemas emocionais
Atitudes inapropriadas
Esses sinais são indicativos de problemas pessoais e emocionais e não de algo orgânico

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5
Q

A hérnia de disco ocorre mais comumente em

A

L4-L5 e L5-S1

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6
Q

PRINCIPAIS SÍNDROMES DOLOROSAS DO ESQUELETO AXIAL

A

Lombalgia aguda

Cervicalgia agudas

Hérnia discal lombar

Hérnia discal cervical

Espondilose lombar

Espondilose cervical

Estenose de canal lombar

Mielopatia artrósica

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7
Q

LOMBALGIA MECÂNICA COMUM:

A

A lombalgia tem início súbito ou agudo, acomete indivíduos da faixa etária dos 20-40 anos, afeta mais os homens e é desencadeada por esforços (ex: levantar peso), tosse ou espirro.

A dor é localizada na lombar, se agrava com o decorrer do dia, em pé e ao curvar-se, melhora com repouso (a dor é mecânica), não há evidências de sofrimento radicular e ocorre contratura muscular paravertebral (espasmo muscular, visando a proteção da estrutura que sofreu a dor; a musculatura se contrai para limitar o movimento e proteger a medula).

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8
Q

Tratamento

A

Repouso

Analgésico (deve-se evitar os opioides e opiáceos, pois podem gerar complicações, como a obstipação intestinal)

Descontraturante (relaxante muscular)

Anti-inflamatórios também podem ser usados, visando o efeito analgésico

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9
Q

HÉRNIA DE DISCO LOMBAR:

A

Mais comum em homens de 30 a 50 anos

É decorrente de compressão e radiculite provocadas por herniação do disco intervertebral

Surge 2 ou 3 dias depois de um esforço do tipo levantar peso, que provoca lombalgia comum, seguida por típica irradiação em um metâmero, correspondente à raiz afetada.

A sensação de dor é agravada quando a pessoa se curva, senta-se ou com aumento da pressão intrarraquídea (ex: manobra de Valsalva) e com manobras específicas para distensão ou compressão da raiz nervosa (ex: manobras de Laségue e Romberg). Romberg positivo (reflexo): paciente tira o pé do chão por conta da compressão nervosa

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10
Q

Melhor exame para detecção de hérnia de disco

A

Ressonância magnética

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11
Q

A hérnia de disco ocorre mais comumente em

A

L4-L5

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12
Q

Quadro clínico hérnia de disco

A

dor, dormência, formigamento e falta de força

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13
Q

O nervo ciático é formado por dois ramos principais, que são

A

o L5 (superior) e S1 (inferior)

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14
Q

Trajeto da dor que comprime a raiz L4 (entre L3 e L4)

A

começa como dor na lombar, desce pela parte anterior da coxa e chega no pé

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15
Q

Trajeto da dor que comprime a raiz L5 (entre L4 e L5):

A

começa como dor na lombar, desce pela face póstero-lateral da perna e chega no hálux.

Não há abolição do reflexo calcâneo

Perda de força da dorsi-flexão do dedo

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16
Q

Trajeto da dor que comprime a raiz S1 (entre L5 e S1):

A

começa como dor na lombar, desce pela face póstero-lateral da perna e chega na sola do pé, acometendo até 4º e 5º dedos.

Há abolição do reflexo calcâneo (aquileo)

Paciente não consegue tirar o calcanhar do chão

17
Q

Exame físico hérnia de disco

A

Manobra de Lasègue: examina-se o indivíduo deitado e pede-se para ele elevar a perna e sustentar o peso dela

Entre 30 a 45° ele se queixa de dor e em 60° a dor diminui ou desaparece, pois a inervação não é mais feita pela coluna lombar

Manobra de Romberg: flexiona-se a coluna lateralmente do indivíduo para a direita e para esquerda

Se flexionar para o lado igual ao da dor alivia a compressão no nervo ciático e não dói, enquanto que, se flexionar para o lado contralateral vai comprimir mais o nervo e o indivíduo tira o pé do chão por conta da dor (o sinal só é positivo se o paciente tirar o pé do chão)

18
Q

Teste da força dos membros:

A

haverá diminuição da força do hálux nas hérnias que comprimem a raiz de L5 (o paciente não consegue fazer a dorsiflexão adequadamente)

19
Q

Tratamento

A

Analgésicos (ex: dipirona)

Corticosteróides (principalmente, pois reduzem o edema).

Geralmente se utiliza prednisona 20-40mg numa cascata de 3-4 semanas, reduzindo a dose em 1-2 meses.

Os anti-inflamatórios são pouco eficazes, pois não tratam a inflamação da raiz nervosa.

Quanto ao tratamento cirúrgico (menos de 5% dos casos), os critérios para a realização da cirurgia são:

Dor intratável (não melhora com analgésico, opiáceos, bloqueio epidural ou anti-inflamatório).

Dor intensa, que não melhora com nenhuma modalidade de tratamento.

Síndrome da cauda equina (ex: anestesia em sela, incontinência/retenção esfincteriana ou déficit motor progressivo)

Sintomas de disfunção do sistema neurológico

20
Q

por que a hérnia de disco dura tanto?

A

Porque ocorre compressão aguda e radiculite (degeneração Walleriana), o que leva à desestruturação da raiz nervosa e isso leva meses para retornar à normalidade.

21
Q

Quanto ao tratamento cirúrgico, os critérios para a realização da cirurgia são:

A

Dor intratável (não melhora com analgésico, opiáceos, bloqueio epidural ou anti-inflamatório).

Dor intensa, que não melhora com nenhuma modalidade de tratamento.

Síndrome da cauda equina (ex: anestesia em sela, incontinência/retenção esfincteriana ou déficit motor progressivo)

22
Q

ESPONDILOSE LOMBOSSACRA

A

Ligeiramente mais comum no homem, principalmente depois dos 50 anos.

A queixa é decorrente da formação de osteófitos (bico de papagaio), espessamento dos ligamentos amarelos, protrusão central dos discos (em um ou vários interespaços) e artrose da articulação zigoapofisária e interapofisária.

A queixa mais característica é a dor que se agrava no final do dia e se exacerba com a extensão da coluna e flexão lateral.

Não há déficits neurológicos (se tiver déficit neurológico, muito provavelmente é hérnia de disco).

O raio X em oblíquas demonstra estreitamento da fenda articular das interapofisárias, presença de esclerose e osteófitos.

Espondilolise com espondilolistese: conjunto das vértebras “escorrega” para frente, por conta de um defeito congênito.

23
Q

ESTENOSE DO CANAL LOMBAR

A

Pode ocorrer no centro do canal, no recesso lateral ou no forame de conjugação.

A estenose ocorre em pessoas com mais de 60 anos e com dor nas pernas à deambulação (falsa claudicação arterial, por estreitamento dos espaços da coluna), que melhora quando o indivíduo se senta ou flexiona o corpo para frente (mas não é doença vascular, pois os pulsos do paciente são normais).

Para ocorrer estenose, é necessário haver uma exposição longa + espondilose estabelecida.

A dor é unilateral se a estenose ocorrer no recesso lateral, na posição vertical.

A dor é unilateral e persistente, independentemente da posição, se ocorrer no forame.

As alterações de exame físico ocorrem somente durante a presença dos sintomas.

Exames:

A radiografia demonstra alterações de processo degenerativo semelhante ao item anterior (espondilose), que podem ser observadas também em pacientes assintomáticos.

A tomografia computadorizada identifica a espondilose e o estreitamento do canal e sua deformidade.

A ressonância magnética reconhece o local correto das compressões nervosas.

Tratamento:

Deve ser feito com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), fisioterapia, infiltrações da interapofisária e infiltrações epidurais com corticosteróides (1x por semana, de duas a três vezes)
A cirurgia deve ser feita em pacientes totalmente incapacitados pela dor (paciente frequentemente deve ser operado)

24
Q

HÉRNIA DE DISCO CERVICAL

A

Ocorre entre os 30 e 50 anos, como uma nevralgia cervicobraquial que se irradia para o ombro, braço e mão
A dor tem início súbito, com exercício ou ao levantar peso
O local mais comumente acometido é entre C5-C6
O principal sinal de compressão nervosa é o sinal de Spurling (quase em desuso), em que o médico faz uma compressão súbita sobre a cabeça do paciente flexionada para um dos lados, o que causa dor radicular
Se o paciente tiver hérnia discal a direita, flexiona-se a cabeça primeiro para a esquerda, para que paciente não sinta dor, e comprime a cabeça para baixo. Depois, flexiono para o lado da dor e comprimo a cabeça e o paciente refere dor no braço
Em desuso, substituído por exames de imagem
O paciente também apresenta déficit sensitivo-motor (ex: formigamento, queimação e dor) e alterações de reflexos
A ressonância magnética é o melhor exame para detectar o local da compressão
A eletroneuromiografia (ENMG) avalia o grau de sofrimento das vias nervosas
Essa hérnia pode durar 3 meses, pois o nervo é mais curto
O tratamento é feito com corticosteroides (em cascata = vai diminuindo a dose), analgésicos e repouso
No entanto, neste caso 20% dos pacientes são operados, pois a dor é mais intensa que a da hérnia lombar
Casos não tratados com medicamentos ou paciente com déficit neurológico são encaminhados para cirurgia

25
Q

ESPONDILOSE CERVICAL

A

Ocorre em pacientes com mais de 50 anos e caracteriza-se pela presença de osteófitos de apófise unciforme (ponto em que os dois ossos se tocam; fica atrás do corpo vertebral) e interapofisárias, além de estreitamento das fendas e esclerose
Há uma redução da altura dos discos C5-C6 e C6-C7 e osteófitos
O indivíduo se queixa de dor difusa no pescoço, nuca, ombros interescapulares e peitoral
É uma dor mecânica que piora com o movimento
Também pode ocorrer a síndrome de Barré-Liou ou do simpático cervical posterior, que se caracteriza por parestesias da face, borramento da visão, vertigem, zumbidos e queda tipo “desmonte” (crise em desmonte), sem perda de consciência
Ao fazer a extensão da cervical (olhar para cima), há um mau enchimento das artérias vertebrais e o paciente tem queda tipo desmonte (!)
O tratamento é feito com analgésicos, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e fisioterapia
Os corticóides não são recomendados.

26
Q

MIELOPATIA ARTRÓSICA

A

É a sequela mais grave das espondiloses cervicais, que é decorrente da estenose do canal cervical e causa o maior número de disfunções da medula espinhal em indivíduos com mais de 60 anos
Ocorre sofrimento vascular da medula quando o diâmetro for inferior a 10mm
O paciente se queixa de parestesias de mãos, fraqueza, incoordenação, hipoestesia em bota nos membros inferiores (o paciente anda arrastando os pés e refere pernas pesadas), espasticidade e movimentos espontâneos, sensação de quedas e incontinência urinária (bexiga neurogênica)
O exame neurológico confirma a espasticidade e fasciculações, hiperreflexia, clônus e sinal de Babinski positivo (sinais de liberação neuromotor)
Exame neurológico de liberação extra piramidal
O raio X e a ressonância magnética avaliam a extensão da compressão
A cirurgia deve ser feita antes das lesões (antes do paciente ter uma mielomalácia, em que a medula fica “mole”)
Se o paciente não for operado, pode levar a tetraparesia ou tetraplegia
O tratamento é cirúrgico