ONCOLOGIA DERMATOLÓGICA: MELANOMA Flashcards

1
Q

A letalidade do câncer de pele melanoma é elevada, porém sua incidência é relativamente baixa (representa apenas 4% das neoplasias cutâneas). V ou F?

A

V.

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2
Q

Idade mais acometida pela melanoma:

A

Este tumor é predominante em indivíduos de pele clara (98%), com maior incidência em áreas equatoriais (sobretudo África do Sul e Austrália), o que revela a importância da exposição solar. Ocorre geralmente em adultos jovens de 20-50 anos de idade.

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3
Q

Localização preferencial do melanoma em homens e mulheres:

A

O melanoma localiza-se predominantemente no tronco, em homens, em contraste com as pernas e o quadril, nas mulheres.

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4
Q

4 critérios utilizados no índice ultravioleta:

A

A espessura da camada de ozônio sobre sua cidade (detectada com o uso de satélites);
• A cobertura de nuvens sobre sua cidade (as nuvens bloqueiam a radiação UV em graus variados);
• A época do ano (no inverno, a radiação UV é mais baixa do que no verão em razão do ângulo do sol);
• A altitude de sua cidade (altitudes mais altas recebem mais radiação UV).

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5
Q

Categorias de classificação do índice de ultravioleta:

A
Baixo < 2 
Moderado 3 a 5
Alto 6 a 7
Muito alto 8 a 10
Extremo > 11
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6
Q

Fatores de risco para o melanoma:

A

Pele mais clara; a exposição solar na infância e a fotoexposição intermitente levando à queimadura são fatores mais importantes para o melanoma do que a exposição contínua sem queimadura (ao contrário do CEC, que depende da exposição cumulativa); bronzeamento artificial;

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7
Q

Homens tem pior prognóstico. V ou F?

A

V.

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8
Q

A maioria dos pacientes com melanoma também tiveram nevos. V ou F?

A

F. A presença de nevos também deve ser destacada, ainda que a maioria dos melanomas não tenha o nevo como lesão pré-neoplásica (apenas 1/4 dos casos apresentam correlação histológica). Indivíduos com nevos melanocíticos apresentam maior risco; sobretudo os congênitos gigantes (> 20 cm). A síndrome do nevo displásico representa um fator de risco para melanoma (dez vezes), geralmente mais precoces e menos espessos. O risco também aumenta se o paciente apresenta mais que 50 nevos.

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9
Q

O xeroderma pigmentoso e albinismo aumentam a chance de melanoma. V ou F?

A

V.O xeroderma pigmentoso, doença autossômica recessiva caracterizada por deficiência no mecanismo de reparo do DNA, apresenta risco até 2.000 vezes maior que a população normal. O albinismo também aumenta a chance de desenvolvimento da neoplasia.

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10
Q

A história familiar por si só aumenta o risco de melanoma?

A

Sim. A história pessoal de melanoma, por sua vez, aumenta a chance de ter outro melanoma em até nove vezes e o paciente deve ser mantido sob vigilância ao longo de toda a vida. Outro fator, a história familiar, tem um risco cinco vezes maior, ainda que apenas 5-10% destas neoplasias sejam verdadeiramente familiares.

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11
Q

As lesões do melanoma costumam ser múltiplas. V ou F?

A

F. Costumam ser únicas e predominam em áreas fotoexpostas, especialmente aquelas com exposição intermitente (ex.: dorso nos homens, porção inferior dos membros inferiores nas mulheres). É importante que ele relate se aquele nevo cresceu, se tem prurido (coceira), se sangra.

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12
Q

Tipo de melanoma mais comum:

A

Melanoma extensivo superficial; Mácula pigmentada ou placa levemente elevada com mistura de cores, bordas irregulares. ; mulheres: pernas , homens dorso superior.

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13
Q

Outros tipos de melanomas:

A

Melanoma lentigo maligno ;
Melanoma nodular;
Melanoma lentiginoso acral;

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14
Q

ABCDE do câncer de pele:

A

Assimetria;
Bordas irregulares;
Cores diversas – maior ou igual a duas cores (preto, azul, marrom, cinza, vermelho, branco) na mesma lesão;
Diâmetro maior que 6 mm;
Evolução (qualquer alteração que tenha ocorrido na lesão – tamanho, formato, novos sintomas)

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15
Q

Utilidade da dermatoscopia no melanoma:

A

Uma ferramenta útil na avaliação de lesões pigmentadas, tornando possível identificar a origem celular da lesão; no entanto, o diagnóstico definitivo é histopatológico.

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16
Q

Como realizar a biópsia no melanoma:

A

A biópsia deve ser excisional com margens de 1-3 mm e coxim de gordura subdérmica, com exceção para tumores maiores ou em locais anatômicos nobres, nos quais realizaremos uma biópsia incisional na área mais suspeita (área mais pigmentada ou mais elevada)

17
Q

Crescimento radial ou vertical. Qual dos dois tem pior prognóstico?

A

Vertical.

18
Q

Quais informações devem estar presentes no laudo histológico do melanoma?

A

Tipo histológico do melanoma, fase de crescimento (radial ou vertical), níveis de invasão (Classificação de Clark), profundidade (Índice de Breslow), número de mitoses por milímetro quadrado, infiltrado inflamatório linfocitário peritumoral/intratumoral, invasão vascular linfática e sanguínea, invasão perineural, ulceração, regressão, satelitose microscópica e margens cirúrgicas.

19
Q

Imunohistoquímica no diagnóstico de melanoma:

A

Capaz de identificar a natureza da linhagem celular, sendo utilizada para a identificação de tumores primários ou metastáticos pouco diferenciados, tumores de células fusiformes, melanomas amelanóticos e no diagnóstico diferencial com outras condições. Os marcadores principais são a proteína S-100 e o HMB-45. Uma limitação do exame é que ele não é capaz de diferenciar a lesão melanocítica em benigna ou maligna.

20
Q

Classificação de Clark:

A
Verifica nível de invasão:
Nível I: in situ (intraepidérmico)
Nível II: derme papilar superior
Nível III: derme papilar
Nível IV: derme reticular
Nível V: hipoderme
21
Q

Classificação de Breslow:

A
Espessura do tumor;  
≤ 1 mm
> 1-2 mm
> 2-4 mm
 > 4 mm
22
Q

Tratamento do melanoma:

A

Excisão se não for metástase,

23
Q

Quantidade de margem a ser excisionada de acordo com a espessura da lesão:

A

In situ 0,5 a 1,0 cm
≤ 1,0 mm 1,0 cm
> 1,0 mm 2,0 mm 1,0 a 2,0 cm
> 2,0 mm 2,0 cm

24
Q

A maioria dos pacientes encontram-se nas fases iniciais no diagnóstico. V ou F?

A

V.

25
Q

Fatores desfavoráveis no melanoma, em relação ao prognóstico:

A

Localização (cabeça, pescoço e tronco), sexo masculino, idade acima de 60 anos, intensidade da infiltração linfocitária, regressão tumoral, tipo histológico, índice mitótico, microssateliose, tipo celular predominante, marcadores imuno-histoquímicos e citomorfometria nucleolar.

26
Q

Como ocorre a investigação linfonodal?

A

A investigação de envolvimento linfonodal regional deve ser feita com linfocintilografia pré-operatória e biópsia do primeiro linfonodo de drenagem (Linfonodo Sentinela – LS ou LNS), poupando os pacientes das extensas dissecções linfáticas do passado. O LS quase sempre corresponde ao primeiro local de implantação tumoral, pois a disseminação ocorre tipicamente de forma ordenada e sequencial. A ideia é a de que, não havendo metástase no LS, há mais de 95% de possibilidade de que não ocorra doença metastática naquela cadeia. A pesquisa do LS, embora deva ser individualizada de acordo com a idade e as comorbidades do paciente, está indicada principalmente para pacientes sem acometimento linfonodal clinicamente detectado com espessura tumoral > 0,8 mm ou < 0,8 mm e ulceração. Pacientes com linfonodos palpáveis ou com biópsia (+) para LS devem ser submetidos à dissecção de todos os linfonodos da respectiva cadeia de drenagens – não exatamente por aumentar a sobrevida (este benefício ainda não está esclarecido), mas pelo fato de melhorar a qualidade de vida do paciente.

27
Q

Indicação de tratamento adjuvante:

A

Para boa parte dos pacientes, a ressecção cirúrgica será suficiente. O tratamento adjuvante, por sua vez, fica indicado para os tumores em estágio IIB, IIC e III, quando se tem um risco elevado de recorrência e óbito. Este é atualmente um campo vasto e em pleno crescimento, interferindo na escolha itens como a presença da mutação BRAF e o perfil de toxicidade. Até pouco tempo, a única possibilidade disponível era o interferon alfa em altas doses. Atualmente, esta interleucina tem sido desencorajada em prol do uso de opções melhores, como a imunoterapia com os inibidores de checkpoints imunológicos, representados pela classe dos inibidores da PD1 (programmed cell death protein 1) – nivolumab e pembrolizumab. Outra opção é o anticorpo monoclonal contra o receptor CTLA4 do linfócito – ipilimumab. Temos também a terapia direcionada contra a proteína quinase ativadora mitogênica (MAPK) com uso do daprafenib, trametinib e vemurafenib.

28
Q

Como deve ser feito o acompanhamento de metástases:

A

O acompanhamento deve incluir a história clínica e exame físico, principalmente no local primário, linfonodos regionais, fígado, baço, pulmão, cérebro (o melanoma é a terceira causa de metástase cerebral). Nos pacientes sem metástases, o seguimento é feito a cada três meses por um ano e depois a cada 6 a 12 meses nos casos de melanoma com espessura menor de 1 mm. Para os mais profundos, a cada três meses por dois anos, a cada seis meses por três anos e depois anualmente. Caso haja suspeita de envolvimento visceral, podem ser realizadas punção aspirativa com agulha fina guiada por exame de imagem ou biópsia aberta da área suspeita.

29
Q

Tratamento para metástases:

A

Metástase solitária ou limitada: ressecção ou terapia sistêmica, principalmente quando há progressão da metástase;

Metástases disseminadas não acometendo o Sistema Nervoso Central (SNC): terapia sistêmica;

Metástases disseminadas acometendo o SNC: cirurgia/radioterapia ou terapia sistêmica.

30
Q

Indicação de quimioterapia:

A

A quimioterapia não mostrou, até o momento, aumentar a sobrevida global, mas se justifica pela paliação de sintomas nos pacientes que não obtiveram resposta com a terapia adjuvante com as opções anteriores. A dacarbazina, temozolomida e carboplatina/paclitaxel são exemplos de esquemas já avaliados.

31
Q

Indicação de radioterapia:

A

Metástases ósseas e cerebrais.