DERMATOVIROSES: OUTROS Flashcards
O herpes-zóster representa a primoinfecção. V ou F?
F. A varicela é a primoinfecção pelo VZV, enquanto o herpes-zóster é a reativação do vírus. O VZV, tal como o HSV-1 e HSV-2, permanece latente nos neurônios ganglionares
O herpes-zóster respeita limites de dermátomos. V ou F?
A diferença é que qualquer gânglio da medula espinhal e mesmo gânglios dos pares cranianos (trigêmio e geniculado) podem conter o vírus. A partir desses gânglios, o vírus desce pelos nervos periféricos ou pares cranianos para novamente acometer a pele, sempre respeitando um determinado dermátomo.
O herpes zóster é mais comum de crianças. V ou F?
F. O herpes-zóster ocorre vários anos depois do episódio de varicela . É mais comum após os 40 anos de idade, especialmente nos idosos. O quadro se manifesta em um dermátomo unilateral (esta é a principal característica da doença!!
Característica clínica comum do herpes-zóster:
Dermátomo unilateral, dor em queimação que pode ter febre antes do aparecimento, vesículas agrupadas com base eritematosa, as lesões tornam-se crostas, podendo sumir em 2-4 semanas, podendo haver infecção secundária de pele.
Nervos mais atingidos pela herpes zóster:
Intercostais (50%), vindo, em seguida, trigêmio (15%), cervical, lombar e lombossacro.
Complicação principal do herpes-zóster:
Neuralgia pós-herpética, ocorrendo em 10-15% dos casos (mais comum nos idosos).
Definição de neuralgia pós herpética:
Persistência (> 30 dias) de dor em queimação e disestesia na área afetada após o desaparecimento das lesões. Pode persistir por meses ou anos se não tratada e, eventualmente, é bastante limitante.
O herpes-zóster oftálmico atinge a região do ramo oftálmico do trigêmio, acometendo também a córnea e por vezes outras estruturas do olho, com risco de amaurose V ou F?
V.
Sinal de Hutchinson:
O envolvimento do ramo nasociliar leva à formação de vesículas no lado ou na ponta do nariz.
Síndrome de Ramsay-Hunt
O território do gânglio geniculado é contemplado, surgindo lesões: Ouvido externo; Paralisia facial periférica; Sintomas vestibulococleares (vertigem, zumbido, hipoacusia).
são complicações que podem advir do herpes zóster: Guillant-Barret e pupila de Argyll-Robertson. V ou F?
V.
Diagnóstico da herpes zóster:
O diagnóstico é clínico ou confirmado pelo método de Tzanck. O tratamento específico só é indicado se iniciado até 72h após o início dos sintomas.
Tratamento da herpes zóster:
As doses são dobradas em relação ao herpessimplex. As opções são: Aciclovir VO 800 mg 5x/dia por 7-10 dias; Fanciclovir VO 500 mg 3x/dia por 7 dias; Valaciclovir VO 1.000 mg 3x/dia por 7 dias.
Prednisoa pode ser usada para evitar neuralgia pós-herpética, embora anda não provado 100 %.
Tratamento da neuralgia pós herpética:
Tratada com anticonvulsivantes (carbamazepina 200 mg 2x/ dia) e aplicação tópica de creme de capsaicína 0,025-0,075%.
Diferença da herpes zóster da aids e transplantado para a população normal:
Manifesta-se com acometimento extenso por mais de um dermátomo e tende a ser recorrente. Aciclovir IV 10 mg/kg 8/8h por 10-14 dias. O corticoide está contraindicado.
Local que o vírus Epstein-Barr costuma afetar:
É um vírus de distribuição universal, sendo que mais de 90% dos adultos apresentam sorologia positiva para EBV. A primoinfecção ocorre na infância, e a localização do vírus na faringe e glândulas salivares permite a excreção pela saliva e disseminação viral. Além de ser o agente etiológico da mononucleose infecciosa, uma virose exantemática da infância, o EBV causa a leucoplasia pilosa oral, caracterizada pelo surgimento de lesões filiformes esbranquiçadas na cavidade oral, geralmente na face lateral da língua, assintomáticas.
Tratamento da leucoplasia pilosa do Epstein-Barr:
Está quase sempre associado à Aids e faz diagnóstico diferencial com a candidíase oral. Ao contrário desta última, as placas brancas não saem com a espátula. O tratamento antirretroviral do HIV costuma ser suficiente para regredir a lesão. Terapia tópica com podofilina ou isotretinoína é eventualmente usada.
O que causa a PITIRÍASE RóSEA DE GILBERT?
Herpesvírus subtipos 6 e 7, sazonal.
Público mais comum da pitiríase rósea de Gilbert?
Jovens.
Características clínicas da ptiríase rósea de Gilbert:
Inicia-se por uma lesão eritematoescamosa arredondada, de crescimento centrífugo, atingindo, em média, 2-8 cm de diâmetro, localizada em geral nos membros ou no tronco – é a lesão-mãe, também chamada de medalhão . Depois de aproximadamente duas semanas, surgem lesões menores, eritematoescamosas , com predominância no tronco, e certa frequência nos membros; a descamação é mais nítida na parte interna da borda da lesão. O prurido é quase sempre discreto, e não há sintomatologia geral; a involução ocorre dentro de 8 a 12 semanas
Drogas que podem causar ptiríase rósea de Gilbert:
Isotretinoína, isoniazida, metronidazol, captopril, β-bloqueadores.
Diagnósticos diferenciais da ptiríase rósea de Gilbert:
Os principais diagnósticos diferenciais são com sífilis secundária, farmacodermia, tinea corporis e psoríase
Tratamento da ptiríase rósea de Gilbert:
Expectante; pode usar corticoide oral se extensos.
Doença causada pelo maior vírus já encontrado:
Molusco contagioso.