DERMATITE VESICANTE POR PAEDERUS (POTÓ) Flashcards
Agente etiológico do potó:
O agente etiológico é o paederus sp. Pertence a classe do Insecta, ordem coleóptera, família Sthaphilinidae, subfamília Paederinae e gênero Paederus. Atualmente, existem mais de 80 espécies de Paederus no mundo. No Brasil predomina o P. Brasilienses.
Onde os potós costumam ficar?
Frequentemente abriga-se em regiões rasteiras nas margens de rios e lagos, debaixo de folhas secas, pedras, cascas de árvores e plantações de milho, feijão, arroz, batata, cana-de-açucar e outros, variando conforme a região. Algumas espécies penetram nos lares devido o desmatamento e a atenção da luz. Voam em pleno sol, mas são mais ativos a noite.
Substância liberada pelo potó:
Liberam uma substância irritante, vesicante, liberado mediante uma agressão ou toque, chamando-se assim de pederina.
Distribuição geográfica do potó:
Os coleópteros responsáveis pela doença se distribuem por todos os continentes, no entanto, há um predomínio na América do Sul e na África. São encontrados em diferentes regiões brasileiras, sendo encontrados epidemias no Nordeste, onde ganhou o nome de Potó. A dermatite de contato observada pelo potó é observada em determinados períodos do ano, variando de região a outra, conforme os períodos de chuva e estiagem.
Clínica do potó:
Após a liberação do líquido vesicante (pederina), quando o inseto é tocado ou esmagado há prurido, com concomitante eritema, vesículas, vesiculopústulas, bem como crostas variáveis: lineares, numulares ou radiadas. São mais frequentes nas áreas expostas. Quando associado com febre, calafrios e prostração pode haver contato com múltiplos insetos. O quadro costuma regredir em 7 a 12 dias, podendo prolongar em presença de infecção bacteriana secundária.
Complicação do potó:
Infecção bacteriana secundária, irite, úlcera de córnea, blefarite.
Diagnóstico do potó:
Leva em consideração os dados clínicos e epidemiológicos. O exame histopatológico demonstra bolha intra-epidérmica multilocular, com necrose de epiderme, edema inter e intracelular, com raras células acantólicas, derme com infiltrado inflamatório. A imunofluorescência é negativa em qualquer fase da dermatite.
Diagnóstico diferencial do potó:
Herpes simples, herpes zoster, dermatite seborreica, dermatite de contato, impetigo, fitofotodermatose, pênfigo foliáceo ou vulgar e queimaduras.
Tratamento:
Deve ser realizado conforme a evolução da doença. Na fase aguda: banhos e compressas úmidas, seguidas de aplicação de cremes ou pomadas com corticoides ou antibiótico. Nos casos complicados com infecção bacteriana extensa: antibióticos sistêmicos. Na presença de lesões oftalmológicas: banhos ou compressas com água boricada a 1% ou solução fisiológica, além do acompanhamento com o especialista.