HANSENÍASE Flashcards

1
Q

Agente etiológico:

A

Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen.

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2
Q

Baixa infectividade e elevada patogenicidade. V ou F?

A

F. O contrário.

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3
Q

Uma importante diferença morfológica com o bacilo da tuberculose (BK) é que o BH, quando em grande quantidade nas lesões, forma aglomerados bacilares, denominados globias. V ou F?

A

V.

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4
Q

O bacilo de Hansen pode ser cultivado in vitro. V ou F:

A

F. Difícil.

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5
Q

Gosta de regiões de alta temperatura. V ou F?

A

F. Baixa.

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6
Q

Regiões brasileiras com coeficientes mais altos:

A

Norte, Nordeste e Centro-oeste.

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7
Q

Países com maior número de Hanseníase:

A

Brasil, Índia e Indonésia.

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8
Q

Reservatórios naturais do bacilo do Hansen:

A

O homem é considerado o único, embora o tatu tenha sido relatado.

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9
Q

Principal via de transmissão da hanseníase:

A

As vias aéreas superiores provavelmente constituem a principal via de inoculação e eliminação do bacilo. Soluções de continuidade na pele eventualmente podem ser porta de entrada da infecção. Secreções orgânicas como leite, esperma, suor e secreção vaginal podem eliminar bacilos, mas não possuem importância na disseminação da hanseníase.

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10
Q

Quais faixas etárias atinge a hanseníase?

A

A hanseníase atinge pessoas de todas as idades, ambos os sexos, no entanto raramente ocorre em crianças abaixo de cinco anos de idade.

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11
Q

Quem é o principal transmissor da hanseníase?

A

Multibacilor.

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12
Q

Fatores genéticos relacionados a Hanseníase:

A

Os fenótipos HLA-DR2 e HLA-DR3 estão relacionados à forma paucibacilar; e o fenótipo HLA-DQ-1, à forma multibacilar da doença.

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13
Q

Período de incubação da hanseníase:

A

O período de incubação é longo, em média de dois a cinco anos, podendo ser de meses a mais de dez anos. Isso ocorre em virtude do M. leprae ser um micro-organismo “lento”, que se reproduz por divisão binária simples a cada 14 dias, sendo necessários muitos anos para que o organismo possua uma carga bacilar capaz de expressar-se clinicamente.

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14
Q

Tipo de imunidade envolvida na hanseníase:

A

Imunidade celular.

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15
Q

Na forma paubacilar qual o tipo de resposta?

A

Predomínio de linfócitos Th1, produzindo IL-2 e IFN-gama.

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16
Q

Na forma multibacilar qual o tipo de de resposta?

A

O predomínio é de linfócitos T supressoras e Th2, produzindo IL-4, IL- 5 e IL-10.

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17
Q

Classificações da hanseníase:

A

A classificação de Madri (Congresso Internacional, 1953) é a mais utilizada no Brasil. Consideram-se dois polos estáveis e opostos (virchowiano e tuberculoide) e dois grupos instáveis (indeterminado e dimorfo), que caminhariam para um dos polos, na evolução natural da doença.

A classificação proposta por Ridley e Jopling (1962), divide a hanseníase em forma Tuber
culoide (TT), casos borderline ou dimorfos que são subdivididos em Dimorfo-Tuberculoide (DT), Dimorfo-Dimorfo (DD) e Dimorfo-Virchowiano (DV), Virchowiano-Subpolar (VVs) e Virchowiano (VV).

A classificação operacional da OMS se dá pelo número de lesões; quando até cinco lesões, é classificado como paucibacilar, e quando apresentar mais de cinco lesões, é classificado em multibacilar.

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18
Q

Característica principal da hanseníase indeterminada:

A

Caracteriza-se pelo aparecimento de mancha(s) hipocrômica(s), anestésica e anidrótica, com bordas imprecisas. As lesões são únicas ou em pequeno número e podem se localizar em qualquer área da pele. Não há comprometimento de troncos nervosos nesta forma clínica, apenas ramúsculos nervosos cutâneos.

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19
Q

A baciloscopia na hanseníase indeterminada é:

A

Negativa.

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20
Q

Considerada a primeira manifestação clínica da hanseníase:

A

A HI é considerada a primeira manifestação clínica da hanseníase; e, após período de tempo que varia de poucos meses até anos, dependendo da imunidade, ocorre evolução para cura ou para outra forma clínica, quer seja paucibacilar ou multibacilar. A sua histopatologia apresenta infiltrado perivascular e perineural.

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21
Q

Diagnósticos diferenciais da hanseníase:

A

Pitiríase alba, pitiríase versicolor, vitiligo, pinta, leucodermia gutata, nevo acrômico, nevo anêmico, hipomelanose idiopática do tronco,

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22
Q

Principal diferença entre hanseníase e outras doenças:

A

Sensibilidade.

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23
Q

Como é a hanseníase tuberculoide?

A

A HT surge a partir da HI não tratada, nos pacientes com boa resistência.As lesões são bem delimitadas, em número reduzido, eritematosas, com perda total da sensibilidade e de distribuição assimétrica. Descrevem-se inicialmente máculas, que evoluem para lesões em placas com bordas papulosas, e áreas de pele eritematosas ou hipocrômicas.. Seu crescimento centrífugo lento leva à atrofia no interior da lesão, que pode, ainda, assumir aspecto tricofitoide, com descamação das bordas.

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24
Q

No polo de resistência, a hanseníase tuberculoide caracteriza a forma clínica de contenção da multiplicação bacilar, dentro do espectro da doença. V ou F?

A

V.

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25
Q

Duas formas da hanseníase tuberculoide:

A

A variedade infantil e a forma neural pura. A primeira manifesta-se em crianças conviventes com portadores de formas bacilíferas e localiza-se principalmente na face . Pode se manifestar como nódulos, placas, lesões tricofitoides ou sarcoídicas. Portanto, é uma forma paucibacilar (a baciloscopia é tipicamente negativa), cujo foco foi um paciente multibacilar.

A neurite normalmente se apresenta com um quadro agudo de dor intensa e edema, sem que haja, a princípio, comprometimento funcional do nervo. Contudo, a lesão se torna crônica e passa a evidenciar o dano, identificado por anidrose e ressecamento cutâneo; alopecia; alteração sensitiva (na ordem em que é perdida: térmica, dolorosa e tátil) e motora, cursando com dormência e perda da força muscular. Se não tratado, o acometimento neural pode provocar incapacidades e deformidades. Em alguns casos, as alterações de sensibilidade e motricidade podem aparecer sem os sintomas agudos de neurite (neurite silenciosa). Outra forma é a forma neural pura, quando não se encontram lesões cutâneas, mas encontramos espessamento do tronco nervoso e dano neural. precoce e grave.

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26
Q

Sinal da raquete da hanseníase tuberculoide:

A

Emergindo da placa o espessamento neural.

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27
Q

Principais síndromes dos nervos periféricos:

A

Ulnar: mão em garra e atrofia de interósseos.
Mediano: mão do pregador
Ulnar + mediano: mão simiesca ou garra completa. Radial: queda do punho.
Ramo trigeminal do facial: lagoftalmo.
Fibular comum: queda do pé.
Tibial posterior: Mal perfurante plantar, deformidade em garra de artelhos.

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28
Q

Hanseníase tuberculoide possui possibilidade de cura?

A

Apesar da possibilidade de cura espontânea na HT, a orientação é de que os casos sejam tratados para reduzir o tempo de evolução da doença e o risco de dano neural.

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29
Q

Quais as duas formas ´paubacilares da hanseníase?

A

Indeterminada e tuberculoide.

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30
Q

O que é a hanseníase Virchowiana?

A

Polo de baixa resistência imunológica ao bacilo. Pode evoluir a partir da forma indeterminada ou se apresentar como tal desde o início. Caracteriza-se pela infiltração progressiva e difusa da pele, mucosas das vias aéreas superiores, olhos, testículos, nervos; podendo afetar, ainda, os linfonodos, o fígado e o baço (hepatoesplenomegalia).

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31
Q

Como podem ser as lesões na hanseníase virchowiana?

A

Na pele, descrevem-se máculas, pápulas, nódulos e tubérculos. A infiltração é difusa e mais acentuada na face e nos membros. A pele torna-se luzidia, xerótica, com aspecto apergaminhado e tonalidade semelhante ao cobre. Há rarefação dos pelos nos membros, cílios e da cauda da sobrancelha.

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32
Q

Como é a típica face leonina da hanseníase?

A

Infiltração da face e pavilhões auriculares, com madarose sem queda de cabelo

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33
Q

Na hanseníase virchowiana o comprometimento nervoso é precoce. V ou F?

A

F. O comprometimento nervoso ocorre nos ramúsculos da pele, na inervação vascular e nos troncos nervosos. Tardio.

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34
Q

Sinais precoces de Hanseníase virchowiana:

A

São sinais precoces de HV a obstrução nasal, rinorreia serossanguinolenta e edema de membros inferiores

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35
Q

Um subtipo de HV, com infiltração difusa da pele, mas sem nódulos ou placas, é denominado.

A

Lepromatose difusa ou lepra bonita.

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36
Q

Variedade histoide da hanseníase tuberculosa

A

lesões nodulares que se assemelham com dermatofibromas (caracterizado por histiócitos fusiformes).

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37
Q

Consequência sexual da hanseníase virchowiana:

A

O acometimento dos testículos pode levar à diminuição da produção de testosterona, ocorrendo aumento do FSH e LH com queda da libido e eventualmente ginecomastia.

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38
Q

Consequência ha hanseníase na área ocular:

A

Afeta câmara anterior do olho e pode resultar em glaucoma e formação de catarata. A insensibilidade da córnea pode levar ao trauma (triquíase) e infecção secundária.

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39
Q

Consequência da hanseníase virchowiana na área nasal:

A

Perfuração de septo nasal e desabamento nasal.

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40
Q

Hanseníase virchowiana é paubacilar ou multibacilar?

A

A HV apresenta baciloscopia fortemente positiva (multibacilar) e representa, nos casos virgens de tratamento, importante foco infeccioso ou reservatório da doença. A histopatologia demonstra aglomerado de bacilos nas camadas profundas da derme (globias).

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41
Q

Na hanseníase virchowiana o bacilo pode ser isolado em qualquer área. V ou F?

A

F. Exceto no pulmão e SNC.

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42
Q

Característica da hanseníase dimorfa ou boderline:

A

Este grupo é marcado pela instabilidade imunológica, o que faz com que haja grande variação em suas manifestações clínicas, seja na pele, nos nervos, ou no comprometimento sistêmico. As lesões da pele revelam- se numerosas e a sua morfologia mescla aspectos de HV e HT, podendo haver predominância ora de um, ora de outro tipo.

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43
Q

As lesões neurais na hanseníase dimorfa são precoces ou tardias?

A

A infiltração assimétrica da face e dos pavilhões auriculares, bem como a presença de lesões no pescoço e nuca, é elemento sugestivo desta forma clínica. As lesões neurais são precoces, assimétricas e, com frequência, levam a incapacidades físicas.

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44
Q

Três subclassificações da hanseníase bordeline tuberculoide:

A

Bordeline bordeline, bordeline tuberculoide e boderline virchowiana.

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45
Q

Como diferenciar a bordeline tuberculoide da boderline bordeline da bordeline virchowiana.

A
  • Borderline Tuberculoide (BT): placas ou manchas eritematosas, por vezes anulares, de maior extensão, distribuição assimétrica, pouco numerosas ou com lesões satélite. A baciloscopia é negativa ou discretamente positiva.
  • Borderline Borderline (BB): lesões bizarras, semelhantes ao “queijo suíço” (“esburacadas”), também descritas como anulares ou foveolares, com limite interno nítido e limites externos imprecisos, com bordos de cor ferruginosa. As lesões são mais numerosas que a BT, mas de distribuição assimétrica. A baciloscopia geralmente é moderadamente positiva.
  • Borderline Virchowiana (BV): múltiplas lesões elevadas eritematoinfiltradas, algumas de aspecto anular . A baciloscopia é francamente positiva (tal como na hanseníase virchowiana).
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46
Q

Achados comuns na hanseníase dimorfa:

A

Em alguns casos, o quadro reacional evolui com neurite, orquite, epididimite, irite, iridociclite, artralgia ou artrite, linfadenopatia generalizada, proteinúria e dano hepático. Edema de membros inferiores, pré-tibialgia e febre acompanham esta reação. Às vezes, a febre alta e prolongada domina o quadro clínico.

Leucocitose (incluindo reação leucemoide), com desvio para esquerda, anemia normocítica normocrômica, VHS bastante elevado e proteína C-reativa aumentada são achados frequentes. Títulos altos de fator reumatoide e FAN podem ser encontrados, confundindo o diagnóstico com o das colagenoses. As reações do tipo 2 repetem-se e evoluem indefinidamente em surtos subentrantes.

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47
Q

O que é uma reação de hanseníase?

A

Os surtos reacionais são definidos como episódios inflamatórios que se intercalam no curso crônico da hanseníase. Muitas vezes podem chamar mais atenção do que as próprias lesões primárias da hanseníase, pela riqueza de sinais e sintomas. Ao contrário da apresentação esperada para uma hanseníase, possuem evolução aguda.

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48
Q

Causas de reações hansenianas:

A

infecções intercorrentes, vacinação, gravidez e puerpério, medicamentos iodados, estresse físico e emocional.

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49
Q

Os quadros reacionais, às vezes, antecedem o diagnóstico da hanseníase, surgem durante o tratamento ou após a alta. V ou F?

A

V.

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50
Q

A reação tipo I é típica de qual tipo de hanseníase?

A

Dimorfa.

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51
Q

A reação do tipo 1 tende a surgir mais precocemente no tratamento. V ou F?

A

V. Entre 2-6 meses.

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52
Q

Clínica da reação tipo I hanseniana:

A

Caracteriza-se pela exacerbação das lesões preexis tentes, que se tornam edemaciadas, eritematosas, brilhantes, semelhante à erisipela; podem surgir novas lesões, embora pouco numerosas . Os sintomas sistêmicos variam (geralmente uma febre baixa). Surgem lesões novas à distância e as neurites mostram-se frequentes e graves, podendo ser a única manifestação clínica. Se não tratadas precocemente, deixam sequelas.As neurites podem ser silenciosas, ou seja, o dano funcional do nervo se instala sem quadro clínico de dor e espessamento do nervo. Os nervos mais comprometidos são os ulnares e medianos nos membros superiores, fibular comum e tibial posterior nos membros inferiores e facial e grande auricular no segmento cefálico.

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53
Q

A reação tipo I é considerada imunidade…… :

A

Celular.

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54
Q

A reação tipo II é mais comum em quais tipos de hanseníase?

A

Observada nas formas multibacilares (virchowianas ou dimorfas), em geral, após seis meses de tratamento.

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55
Q

O que é o eritema nodoso?

A

O eritema nodoso hansênico é uma paniculite (inflamação da hipoderme) lobular (predomina nos lóbulos), acompanhado de vasculite.

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56
Q

Qual o motivo da resposta imunológica na reação tipo 2?

A

É uma síndrome desencadeada por depósito de imunocomplexos nos tecidos e vasos, mas a imunidade celular possui importância em etapas iniciais do processo. Há aumento de citocinas séricas, como o fator de necrose tumoral alfa e o interferon gama sem, contudo, haver mudança definitiva da condição imunológica do paciente.

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57
Q

Neurite que mais acomete a reação tipo 2?

A

Ulnar.

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58
Q

Clínica da reação tipo 2?

A
  • Febre e linfadenopatia;
  • Neurite – nervo ulnar é o mais comumente acometido; - Uveíte;
  • Orquite;
  • Glomerulonefrite.
59
Q

Característica dermatológica da reação tipo 2:

A

Se caracteriza por lesões eritematosas, dolorosas, de tamanhos variados incluindo pápulas e nódulos localizados em qualquer região da pele. Os nódulos evoluem para ulceração, e é chamado de eritema nodoso necrotizante. O eritema poliforme também pode acompanhar a reação tipo 2. Às vezes, a febre alta e prolongada domina o quadro clínico. Leucocitose (incluindo reação leucemoide), com desvio para esquerda, anemia normocítica normocrômica, VHS bastante elevado e proteína C-reativa aumentada são achados frequentes. Títulos altos de fator reumatoide e FAN podem ser encontrados, confundindo o diagnóstico com o das colagenoses. As reações do tipo 2 repetem-se e evoluem indefinidamente em surtos subentrantes.

60
Q

O que é o fenômeno de Lúcio?

A

Ocorre antes do tratamento em poucos pacientes com hanseníase virchowiana, especialmente naqueles com a forma “lepra bonita” ou lepra de Lucio. Lesões maculares equimóticas (necróticas) que se ulceram podem ocorrer em pequeno número ou por uma área extensa da pele, sendo observada mais comumente em extremidades inferiores.

61
Q

Complicação temida do fenômeno de Lúcio:

A

No caso de lesões generalizadas, o paciente pode comportar-se como um grande queimado, e a infecção secundária das lesões por Pseudomonas aeruginosa é uma complicação temida. A histo patolo gia demonstra necrose isquêmica da epiderme e derme superficial, parasitismo intenso de células endoteliais, proliferação de células endoteliais e formação de trombos em grandes vasos das porções profundas da derme. . O tratamento consiste na poliquimioterapia, medidas de suporte, antibioticoterapia e transfusões de troca. Os glicocorticoides e a talidomida não são úteis. Ainda se discute se pode ou não ser considerada uma reação.

62
Q

Qual tipo de reação costuma ocorrer após 6 meses de tratamento?

A

2.

63
Q

Qual tipo de reação as lesões preexistentes não se alteram?

A

2.

64
Q

Qual tipo de reação não costuma causar sintomas sistêmicos?

A

1.

65
Q

Qual reação possui evolução mais rápida?

A

2.

66
Q

Diagnóstico da hanseníase:

A

Esta é uma etapa essencialmente clínica e epidemiológica, com base na história e condições de vida do paciente.

67
Q

Exame físico na hanseníase:

A

(1) Inspeção dos olhos, nariz, mãos e pés;
(2) Palpação dos troncos nervosos periféricos;
(3) Avaliação da mobilidade articular;
(4) Avaliação da força muscular; e
(5) Avaliação de sensibilidade nos olhos, membros superiores e membros inferiores.

68
Q

Sequelas da hanseníase que podem ser observadaas:

A

paralisia facial do tipo periférico unilateral ou bilateral, ou paralisia do ramo orbicular do nervo zigomático, provocando o lagoftalmo, epífora (escoamento de lágrimas devido à obstrução do canal lacrimal) e exposição da córnea; mão em garra (garra do quarto e quinto quirodátilos ou garra completa); mão caída; pé caído, garra de artelhos, que pode ser acompanhada do mal perfurante plantar.

69
Q

Exame complementar mais útil na hanseníase:

A

Baciloscopia.

70
Q

Quais os locais para realização da baciloscopia?

A

Deve ser feito com a linfa obtida em pelo menos quatro locais (lóbulos das orelhas direita e esquerda, cotovelos direito e esquerdo) e em lesão cutânea.

71
Q

A baciloscopia costuma dar negativo e positiva em quais tipos de hanseníase?

A

A coloração é feita pelo método de Ziehl-Neelsen e apresenta-se o resultado sob a forma de Índice Baciloscópico (IB), numa escala que vai de 0 a 6+. A baciloscopia mostra-se negativa (IB = 0) nas formas tuberculoide e indeterminada, fortemente positiva na forma virchowiana e revela resultado variável na forma dimorfa.

72
Q

Critérios utilizados para o diagnóstico da hanseníase:

A

• Mancha e/ou área(s) da pele com alteração (perda) de sensibilidade, característica da hanseníase;
• Acometimento de nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
e • Baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico.

73
Q

Em caso de dúvidas, exames complementares não clássicos:

A

Em caso de dúvida, pode-se lançar mão de provas complementares, que são o teste da histamina (ausência do eritema secundário) e da pilocarpina (anidrose).

74
Q

Como é feito o teste de histamina?

A

O teste de histamina é feito colocando-se uma gota de solução de cloridrato de histamina a 1:1.000 sob a pele. Com uma agulha fina fazse uma escoriação embaixo do líquido, de modo que não haja sangramento. O esperado normalmente é que ocorra a tríplice reação de Lewis: a) eritema inicial no local da picada, no máximo com 10 mm, 20 a 40 segundos após a picada; b) eritema pseudopódico com 30 a 50 mm após aproximadamente um minuto, devido à vasodilatação arteriolar por ato reflexo axônico; e c) seropápula, dois a três minutos após a escarificação. É um exame útil para auxiliar no diagnóstico de manchas hipocrômicas hansenianas iniciais, pois nestas falta o eritema pseudopódico. Não se realiza este exame na raça negra devido à dificuldade de leitura. O teste é classificado em completo e incompleto.

75
Q

Como é feito o teste de pilocarpina?

A

No teste da pilocarpina utilizamos injeção intradérmica de cloridrato de pilocarpina a 1%. Normalmente ocorre sudorese na área picada dois minutos após. Nas lesões hansênicas ocorre anidrose.

76
Q

Quais as áreas devem ser feitas o teste de pilocarpina e teste de histamina?

A

Os dois testes acima devem ser feitos em áreas sadias e doentes, preferencialmente simétricas

77
Q

Funcionalidade do teste de Mitsuda?

A

Classificação da doença e prognóstico.

78
Q

O teste de Mitsuda serve para diagnóstico?

A

Não, Já que a maioria das pessoas teve contato.

79
Q

Onde é realizado o teste de Mitsuda?

A

O teste consiste na aplicação intradérmica – na superfície extensora do antebraço direito – de 0,1 ml de um preparado que contém 40 a 60 milhões de bacilos mortos por mililitro .

80
Q

Quais as reações a curto e tardio do teste de Mitsuda?

A

Após cerca de 48 a 72 horas da injeção, observa-se uma reação localizada (semelhante à reação tuberculínica), denominada reação de Fernandez, de significado incerto. Depois de 28 a 30 dias pode ocorrer uma segunda reação tardia à mitsudina ou lepromina: é a reação de Mitsuda. Esta consiste na presença de uma pápula ou nódulo, que pode ou não ulcerar.

81
Q

Quando a reação de Mitsuda é considerada positiva?

A

Acima de 5mm. Abaixo é negativa.

82
Q

Na lepra de Lucio a reaçã de mitsuda positiva?

A

Sim. Precisa apenas de 6 horas e não 28 dias.

83
Q

Antígeno que pode ser medido na hanseníase:

A

O antígeno glicolípide fenólico-1 (PGL-1) é específico do M. leprae e leva à formação de anticorpos das classes IgG e IgM. Os títulos de IgM correlacionam-se com a forma clínica e a atividade da doença. Níveis aumentados do anti-PGL-1 têm sido descritos na hanseníase virchowiana e tendem a decrescer com o tratamento. A hanseníase tuberculoide tende a não apresentar alteração.

84
Q

A PCR é realizada rotineiramente para diagnóstico da hanseníase. V ou F?

A

F. Pode , mas não.

85
Q

Os casos não classificados quanto à forma clínica serão considerados, para fins de tratamento, como …. :

A

Multibacilares.

86
Q

Na hanseníase ….. não há comprometimento de nervos, não ocorrendo problemas motores:

A

Indeterminada.

87
Q

Na hanseníase ….., afora as lesões dermatológicas e das mucosas, ocorrem também lesões viscerais:

A

Virchowiana.

88
Q

Baciloscopia positiva classifica em multibacilar. V ou F?

A

V.

89
Q

As formas indeterminada e tuberculoide são paubacilares. V ou F?

A

V.

90
Q

As formas virchowiana e dimorfa são multibacilares. V ou F?

A

V.

91
Q

Drogas usadas no esquema padronizada da PQT:

A

Rifampicina; dapsona e clofazimina.

92
Q

Esquema terapêutico da hanseníase paubacilar:

A

Adultos:
Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada. Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada e dose diária de 100 mg autoadministrada. Criança
Crianças:
Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração supervisionada. Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada e dose diária de 50 mg autoadministrada.

93
Q

Quando o esquema paubacilar é considerado positivo?

A

O tratamento estará concluído com seis (6) doses supervisionadas em até 9 meses; na 6ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física, antes de receber alta por cura.

94
Q

Esquema terapêutico para multibacilares:

A

Adulto:
Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada. Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada e uma dose diária de 100 mg autoadministrada. Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50 mg autoadministrada.
Criança:
Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração supervisionada. Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada e uma dose diária de 50 mg autoadministrada. Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150 mg (3 cápsulas de 50 mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50 mg autoadministrada em dias alternados.

95
Q

Critério de alta para pacientes multibacilares:

A

O tratamento estará concluído com doze (12) doses supervisionadas em até 18 meses. Na 12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física, antes de receberem alta por cura.

96
Q

O esquema padrão muda na coninfecção com HIV. V ou F?

A

F. única diferença é que pode ter reações hansenianas mais fortes.

97
Q

Como tratar hanseníase e tuberculose concomitante?

A

Iniciar o padrão da tuberculose e:
• Para os casos PB, acrescenta-se a dapsona;
• Para os casos MB, acrescenta-se a dapsona e a clofazimina até o término do tratamento da tuberculose, quando deverá ser acrescida a rifampicina do esquema padrão da hanseníase;
• Para os casos que não utilizam a rifampicina no tratamento da tuberculose, por contraindicação dessa droga, utiliza-se o esquema substitutivo próprio para esses casos, no tratamento da hanseníase;
• Para os casos que não utilizam a rifampicina no tratamento da tuberculose por resistência do Mycobacterium tuberculosis a essa droga, utiliza-se o esquema padrão de PQT da hanseníase.

98
Q

A gravidez contraindicada o tratamento da hanseníase. V ou F.

A

F. Contudo, mulheres com diagnóstico de hanseníase e não grávidas devem receber aconselhamento para planejar a gestação após a finalização do tratamento de hanseníase. Algumas drogas são excretadas pelo leite, mas não causam efeitos adversos. Os recém-nascidos, porém, podem apresentar a pele hiperpigmentada pela clofazimina, ocorrendo a regressão gradual da pigmentação, após a parada da PQT.

99
Q

Droga da PQT que pode diminuir efeito anticoncepcional:

A

Em mulheres na idade reprodutiva, deve-se atentar ao fato de que a rifampicina pode interagir com anticoncepcionais orais, diminuindo sua ação.

100
Q

Droga da PQT que pode causar hiperpigmentação do bebê:

A

Clofazimina.

101
Q

Os doentes com anterior alergia às sulfonas não devem receber dapsona. Para doentes com anemia grave, o nível de hemoglobina deve ser elevado, mediante tratamento apropriado, antes de se iniciar a terapêutica com dapsona. V ou F?

A

V.

102
Q

Se pertubações no estomago com uso da dapsona:

A

Tomar após refeições.

103
Q

Se insonia com uso de dapsona:

A

Tomar a DDS de manhã;

104
Q

Se Reações da pele (Stevens-Johnson) com uso da dapsona:

A

Parar.

105
Q

Se urticária com uso de dapsona:

A

Tratar com corticoide.

106
Q

Se dermatite com uso de dapsona:

A

Parar com a DDS por uma semana e reiniciar com 50 mg (= ½ comprimido), controlando o doente semanalmente;

107
Q

Se Metaemoglobinemia com uso de dapsona:

A

Parar com a DDS por uma semana e reiniciar com 50 mg (= ½ comprimido), controlando o doente semanalmente

108
Q

Se anemia com uso de dapsona:

A

Pode ter outras causas, que devem ser procuradas (parasitoses intestinais, dieta inadequada, malária). Se for grave, suspender a DDS, administrar sulfato ferroso e controlar a Hemoglobina (Hb);

109
Q

Se Agranulocitose (poucas células brancas). Frequentemente associada com úlceras da garganta e febre alta com uso de dapsona:

A
  • Suspender DDS e enviar o doente ao hospital. A DDS não pode ser utilizada mais (o supervisor provavelmente pode avaliar a possibilidade de utilizar clofazimina).
110
Q

Se hepatite com uso de dapsona:

A

Suspender e enviar ao hospital.

111
Q

Quando houver diarreia intermitente e dor abdominal deve evitar uso de clofazimina. V ou F?

A

V.

112
Q

Efeitos colaterais da clofazimina:

A

Coloração escura, avermelhada da pele, das palmas das mãos, das plantas dos pés, da esclerótica e das urinas (o sol agrava estes efeitos). Coloração escura das lesões da pele. Não é um problema sério. Após terminar o tratamento, a cor regressa lentamente ao normal (em alguns meses);

  1. Secura da pele especialmente na face anterior das coxas. Neste caso devemos untar com óleo a pele seca e continuar com a clofazimina.
113
Q

Pacientes insuficientes renal e hepáticos contraindicam o uso de qual droga?

A

Rifampicina.

114
Q

A rifampicina funciona melhor quando se toma de estomago vazio ou cheio?

A

A rifampicina funciona melhor quando é tomada com estômago vazio (se possível, não comer durante as
6 horas antes da tomada da rifampicina e durante a ½ hora depois de ter tomado.

115
Q

Urina avermelhada (no dia da tomada supervisionada, durante algumas horas); lágrimas e outras secreções avermelhadas é normal após uso de rifampicina. V ou F?

A

V.

116
Q

Prurido e pele avermelhada, particularmente na face e couro cabeludo, com lacrimejamento e eritema dos olhos indica encerrar uso de rifampicina. V ou F?

A

F. Efeito transitório, não parar.

117
Q

Como tratar a reação tipo I?

A

Prednisona.
controle de pressão arterial, glicemia, pressão intraocular, parasitoses intestinais, infecções intercorrentes e reposição de cálcio.

118
Q

Droga de escolha na reação tipo II da hanseníase:

A

Talidomida. controle de pressão arterial, glicemia, pressão intraocular, parasitoses intestinais, infecções intercorrentes e reposição de cálcio.

119
Q

Quando a corticoterapia é indicada na reação tipo II?

A

Contraindicações à talidomida;
• Mulheres grávidas ou sob risco de engravidar;
• Presença de lesões oculares reacionais, com manifestações de hiperemia conjuntival com ou sem dor, embaçamento visual, acompanhadas ou não de manifestações cutâneas;
• Edema inflamatório de mãos e pés (mãos e pés reacionais);
• Glomerulonefrite; orquiepididimite; artrite; vasculites; eritema nodoso necrosante;
• Reações de tipo eritema polimorfo-símile e síndrome de Sweet-símile.

120
Q

Após excluir atividade da doença(recidiva) utilizar clofazimina associada ao corticoides ou talidomida. V ou F?

A

V. pENTOXIFILINA É uma opção.

121
Q

Reações hansenianas implica em reinicio de tratamento. V ou F?

A

F.A ocorrência de reações hansênicas não contraindica o início da PQT, não implica sua interrupção e não é indicação de reinício de PQT se o paciente já houver concluído seu tratamento.

122
Q

O que é a recidiva da hanseniase?

A

Após finalizar tratamento ela volta.

123
Q

Não se pode falar de recidiva para os doentes que anteriormente tenham sido tratados somente com monoterapia ou para aqueles que não tenham completado o tratamento (abandonos) e que voltem com novos sinais de atividade da doença. V ou F?

A

V.

124
Q

A recidiva na hanseníase é rara. V ou F?

A

V. Trata-se de um evento raro naqueles tratados regularmente, com os esquemas poliquimioterápicos preconizados e, geralmente, ocorre cinco anos após a alta.

125
Q

Principal causa de recidiva:

A

Tratamentos irregulares (principal!); persistência bacilar (bacilos latentes não são afetados pelos medicamentos); resistência bacilar e reinfecção.

126
Q

Como diferenciar reação hanseniana com recidiva?

A

Reação:Ocorre geralmente durante a quimioterapia ou dentro de seis meses após ter completado o tratamento (mas também em casos não tratados).

Recidiva: Ocorre normalmente muito depois de terminada a quimioterapia, em geral depois de um intervalo de um ano.

Reação: Velocidade de Aparecimento
Rápida, inesperada.

Recidiva:Lenta, gradual, insidiosa.

Reação: Condição geral Às vezes mal-estar geral e febre.

Recidiva:Geralmente sem distúrbios sistêmicos.

Reação:Lesões antigas Algumas ou todas tornam-se eritematosas, brilhantes, quentes e dolorosas, com infiltração.

Recidiva: Algumas podem apresentar bordas eritematosas.

Reação: Lesões novas Em geral várias.

Recidiva: Poucas lesões nvoas.

Reação:Ulceração das lesões Muitas vezes as lesões agravam-se e ficam ulceradas.

Recidiva:Raramente ulcera.

Reação:Regressão Com atrofia da pele (como pergaminho) e descamação.

Recidiva:Não há descamação.

Reação:Neurite Muitos nervos podem ser envolvidos rapidamente, ocorrendo dor e perda de sensibilidade e perturbações motoras (até abscessos nos nervos).

Pode ser limitada a um único nervo; perturbações motoras ocorrem muito lentamente.

Reação: Resposta a esteroides Excelente (geralmente a reação acaba dentro de alguns meses).

Recidiva: Não é importante.

127
Q

A alteração da função neural pode persistir, indefinidamente, se o dano neural ocorrer em mais de 1/3 do nervo. A baciloscopia pode necessitar de um tempo maior para negativar. Isso tudo após a cura. V ou F?

A

V.

128
Q

Critério clínico para suspeição de recidiva:

A

Paubacilar: Paciente que, após alta por cura, apresentar dor no trajeto de nervos, novas áreas com alterações de sensibilidade, lesões novas e/ou exacerbação de lesões anteriores, que não respondem ao tratamento com corticosteroide, por pelo menos 90 dias.

Multibacilar:Paciente que, após alta por cura, apresentar: lesões cutâneas e/ou exacerbação de lesões antigas; novas alterações neurológicas, que não respondem ao tratamento com talidomida e/ou corticosteroide nas doses e prazos recomendados; baciloscopia positiva; ou quadro clínico compatível com pacientes virgens de tratamento.

129
Q

Como tratar as neurites?

A

A dor neuropática (neuralgia) pode ocorrer durante o processo inflamatório, associada ou não à compressão neural, ou por sequela da neurite. Pacientes com dores persistentes, com quadro sensitivo e motor normal ou sem piora, devem ser encaminhados aos centros de referência para o tratamento adequado. Poderão ser utilizados antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina), fenotiazínicos (clorpromazina, levomepromazina) ou anticonvulsivantes (carbamazepina, oxicarbamazepina, gabapentina, topiramato). Para pacientes com quadro neurológico de difícil controle, as unidades de referência poderão também adotar protocolo clínico de pulsoterapia com metilprednisolona endovenosa, na dose de 1 g por dia, até melhora acentuada dos sinais e sintomas.

130
Q

Indicação de cirurgia para neurite:

A
  • Abscesso de nervo;
  • Neurite que não responde ao tratamento clínico padronizado, em quatro semanas;
  • Neurites subintrantes;
  • Neurite do nervo tibial após avaliação, por ser, geralmente, silenciosa e, nem sempre, responder bem ao corticoide. A cirurgia pode auxiliar na prevenção da ocorrência de úlceras plantares.
131
Q

Formas de classificar grau de incapacidade na hanseníase:

A

Grau 0: significa que nenhuma incapacidade foi encontrada;

Grau 1 significa que se observou perda de sensibilidade nas mãos ou nos pés (aos olhos não é dado grau 1). Perda de sensibilidade nas mãos ou nos pés significa que um dos principais troncos nervosos periféricos foi lesado pela hanseníase.

Olhos: logoftalmo e/ou ectrópico; triquíase; opacidade corneana central; acuidade visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6 cm de distância. Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída. Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do tornozelo.

132
Q

A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo território nacional e de investigação obrigatória. V ou F?

A

V.

133
Q

A detecção ativa de casos de hanseníase prevê a busca sistemática de doentes. V ou F?

A

V.

134
Q

O que fazer em menores de 15 anos?

A

Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase em Menores de 15 Anos” (PCID – < 15) e, se confirmado o caso, remeter esse protocolo à SMS, com a ficha de notificação do Sinan, anexando cópia no prontuário do paciente.

135
Q

Vigilância de recidivas:

A

“Ficha de intercorrências pés-alta por cura” e, encaminhar o caso para a unidade de referência mais próxima.

136
Q

Como proceder a vacinação de BCG em contactanes intradomicilares de hanseníase?

A

Em cicatriz: Prescrever uma dose;
Com uma cicatriz de BCG: Prescrever uma dose;
Com duas cicatrizes de BCG: Não prescrever nenhuma dose.

137
Q

Contatos intradomiciliares de hanseníase com menos de um ano de idade, já vacinados, não necessitam da aplicação de outra dose de BCG. V ou F?

A

V.

138
Q

Na incerteza de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intradomiciliares, recomenda-se aplicar uma dose, independentemente da idade. V ou F?

A

V.

139
Q

A indicação de rifampicina profilática está bem exemplificada pelo Ministério da Saúde . V ou F?

A

F. Recomendou-se a incorporação da quimioprofilaxia (ou profilaxia pós-exposição – PEP) de contato de doentes com hanseníase com rifampicina 600 mg (2 cp. de 300 mg), em dose única, a ser administrado no segundo mês de tratamento do caso índice. Em crianças acima de cinco anos de idade, será administrado 450 mg de rifampicina (01 frasco de 150 mg/ml e 01 cápsula de 300 mg); e em crianças ou adultos com peso inferior a 30 kg, administrar rifampicina de 10 a 20 mg/kg.

140
Q

Detecção de casos novos de hanseníase: quando é considerado alto?

A
Hiperendêmico:  ≥ 40,0/100.000 hab.
muito alto:  20,00 a 39,99/100.000 hab.
Alto:  10,00 a 19,99/100.000 hab. 
médio:  2,00 a 9,99/100.000 hab. 
Baixo:  < 2,00/100.000 hab.
141
Q

Como saber para medir a força de transmissão recente?

A
Media de 0 a 14 anos.
Hiperendêmico:  ≥ 10,00/100.000 hab. 
muito alto:  5,00 a 9,99/100.000 hab. 
Alto:  2,50 a 4,99/100.000 hab. 
médio:  0,50 a 2,49/100.000 hab.
Baixo:  < 0,50/100.000 hab.
142
Q

Para medir a magnitude da doença:

A

Números de prevalência.
Hiperendêmico: ≥ 20,0/10.000 hab. muito alto: 10,0 a 19,9/10.000 hab. Alto: 5,0 a 9,9/10.000 hab. médio: 1,0 a 4,9/10 000 hab. Baixo: < 1,0/10.000 hab.

143
Q

Proporção de cura entre os casos novos, proporção de casos novos com o grau de incapacidade no diagnóstico, proporção de curados com grau de incapacidade avaliada. Como classificar?

A

Bom: ≥ 90%. Regular: 75-89,9%. Precário: < 75%.

Serve para medir qualidade de serviço.

144
Q

Proporção dos analisados dos contactantes:

A

.

Bom: > 75%. Regular: 50-74,9%. Precário: < 50%.