LESÕES DO MECANISMO EXTENSOR Flashcards

1
Q

Tendinite do mecanismo extensor do joelho (joelho do saltador)

  • Quais as características gerais?
A
  • Comum em atletas de elite e em esportes de salto, mas pode afetar atletas que praticam outros esportes
  • Geralmente ocorre na junção osso-tendão, no polo inferior da patela
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Q

Tendinite do mecanismo extensor do joelho (joelho do saltador)

  • Epidemiologia:
A
  • 40 a 50% em jogadores de voleibol de alto nível
  • 35 a 40% em jogadores de basquete de elite
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Q

Tendinite do mecanismo extensor do joelho (joelho do saltador)

  • Etiologia:
A
  • Tração repetitiva ou “overuse” durante a prática de esportes
  • Microtraumas repetitivos e prolongados resultam na degeneração mucoide focal, desgaste e microrrompimento das fibrilas de colágeno
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4
Q

Tendinite do mecanismo extensor do joelho (joelho do saltador)

  • Quais os principais sinais e sintomas?
A
  • Dor e sensibilidade local, principalmente a extensão
  • Limitação das atividades gerais
  • Pode evoluir com fratura por estresse e ruptura do mecanismo extensor (tendão patelar)
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Q

Tendinite do mecanismo extensor do joelho (joelho do saltador)

  • Qual a região mais acometida?
A
  • Polo inferior da patela
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6
Q

Tendinite do mecanismo extensor do joelho (joelho do saltador)

  • Classificação de Blazina (4 fases)
A
  • Fase 1 → dor apenas após atividade
  • Fase 2 → dor durante e após a atividade, mas nenhum comprometimento funcional
  • Fase 3 → dor durante e após atividades com dificuldade progressiva em um desempenho satisfatório
  • Fase 4 → estágio final da doença, com a fratura por estresse através da patela ou rompimento do mecanismo extensor
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7
Q

Tendinite do mecanismo extensor do joelho (joelho do saltador)

  • Como base na classificação de Blazina, qual o tratamento proposto?
A
  • Fase 1 e 2 → conservador
  • Fase 4 → cirúrgico
  • Fase 3 → variável, se acordo com a sintomatologia
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8
Q
  • O que corresponde a síndrome de Sinding-Larsen- Johansson e qual o principal local de acometimento?
A
  • Tendinose e calcificações no polo inferior da patela que acomete o paciente pediátrico
  • Mais comum em meninos de 10 a 14 anos
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9
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Epidemiologia:
A
  • Causa mais comum de ruptura do aparelho extensor do joelho → fratura da patela
  • 2ª causa mais frequente de lesão do mecanismo extensor → ruptura do quadríceps
    • Mais comum em pacientes > 40 anos (portadores de doenças sistêmicas)
  • 3ª causa → ruptura do tendão patelar
    • Comum em pacientes < 40 anos (atletas)

Bizu: PQP

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10
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Mecanismo de trauma:
A
  • Contração excêntrica do aparelho extensor, joelho semi-fletido e pé com apoio total
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11
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais condições predispõe lesões do tendão do quadríceps?
A
  • LES, DM, gota, hiperparatireoidismo, uremia, obesidade
  • Outras causas associadas → fluoroquinolonas, corticóides, esteroides anabolizantes
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12
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais condições predispõe lesões do tendão patelar?
A
  • Degeneração crônica → trauma repetitivo / Osgood-Schlatter
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13
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Na avaliação radiográfica, o que corresponde ao “sinal do dente”?
A
  • Esporão degenerativo no polo inferior da patela
  • Pode indicar alterações no mecanismo extensor
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14
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • O que levar em consideração na avaliação clínica inicial?
A
  • Dor
  • Edema
  • Histórico de salto, agachamento ou tropeço
  • Estalido pode ter sido escutado
  • Incapacidade de suportar o peso
  • ⬇ da extensão ativa e passiva
  • Defeito palpável pode estar presente
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15
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Qual a lesão associada mais comum em pacientes esportistas de alto nível?
A
  • Lesão do LCA (12,5%)
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16
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • De acordo coma idade, quais são as localizações mais comumente lesionadas no tendão quadricipital?
A
  • > 40 anos → junção osso-tendão (osteotendínea)
  • < 40 anos → junção músculo-tendão (musculotentínea)
17
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Qual a zona de fraqueza do tendão quadricipital?
A
  • 1 a 2 cm proximal a patela
    • Área de reabsorção óssea e ⬇ vascularização
18
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Qual a localização mais comumente lesionada no tendão patelar?
A
  • Polo inferior da patela (proximal com avulsão óssea)
19
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais exames de imagens podem ser realizados?
A
  • RX → posição patela
  • USG → hipoecogenicidade entre os cotos
  • RNM → lesões negligenciadas ou associadas
20
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais achados podem ser evidenciados no RX de lesões do quadríceps?
A
  • Patela baixa
    • Medir através dos índices patelares (membro afetado e contralateral)
  • Calcificações
  • Avulsões ósseas
  • líquido intra-articular
  • Massa supra patelar
21
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais achados podem ser evidenciados no RX de lesões do tendão patelar?
A
  • Patela alta
  • Medir através dos índices patelares (membro afetado e contralateral)
  • Calcificações
  • Avulsões ósseas
22
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais os principais índices para avaliação da altura patelar (3)?
A
  • Caton-­Deschamps
  • Insall-­Salvati
  • Blackburne-Peel
23
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Como é o obtido o índice Caton-Deschamps para a avaliação da altura patelar?
A
  • É a relação entre a margem inferior da superfície articular da patela até ângulo anterossuperior do contorno da tíbia (AT) e o comprimento da superfície articular da patela (AP)
  • = AT ÷ AP → normal entre 0,6 e 1,2
  • > 1,2 → patela alta
  • < 0,6 → patela baixa

BIZU → maior ÷ menor

24
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Como é o obtido o índice Insall-Salvati para a avaliação da altura patelar?
A
  • É a relação entre o comprimento do ligamento patelar, indo da TAT até o polo inferior da patela (CL) e o maior diâmetro sagital da patela (CP)
  • = CL ÷ CP → normal entre 0,8 e 1,2
  • > 1,2 → patela alta
  • < 0,8 → patela baixa

BIZU → maior ÷ menor

25
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Como é o obtido o índice Blackburne-Peel para a avaliação da altura patelar?
A
  • É a relação entre o comprimento da linha perpendicular projetada na tangente do platô tibial (A) até o polo inferior da superfície articular da patela e o comprimento da superfície articular da patela (B)
  • = A ÷ B → normal entre 0,5 e 1,0
  • > 1,0 → patela alta
  • < 0,5 → patela baixa

BIZU → maior ÷ menor

26
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais as principais indicações e cuidados para o tratamento conservador?
A
  • Lesão parcial → mecanismo extensor preservado
    • Depende da extensão da lesão
    • Depende da ocupação e das atividades esportivas do paciente
  • Protocolo PRICE
  • Gesso em extensão 6 semanas (carga conforme tolerância)
  • Reabilitação gradual → ganho de ADM + fortalecimento muscular
27
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Qual a principal indicação para o tratamento cirúrgico?
A
  • Lesão completa
28
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais as principais técnicas de reparo cirúrgico para rupturas agudas do tendão quadricipital?
A
  • Se presença de coto distal, sutura boca-a-boca → técnica de Krakow
  • Suturas através de túneis na patela ou reparo com âncoras ou RAFI
  • Reforço → cirurgia de Scuderi
  • Reparar assim que possível (até 72hrs → evitar retração)
29
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Qual a opção de reparo cirúrgico para rupturas distais do tendão quadricipital (polo superior da patela) ?
A
  • Suturas através de túneis na patela ou reparo com âncoras ou RAFI
30
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • O que consiste a técnica de Scuderi para reparo / reforço de rupturas agudas do tendão quadricipital?
A
  • Sutura boca-a-boca dos cotos + incisão em “V” invertido de espessura parcial + rebatimento para distal e sutura com 30° de flexão do joelho

Bizu: SCUDeri → “eSCUDo” da sutura

31
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais as principais técnicas de reparo cirúrgico para rupturas crônicas do tendão quadricipital?
A
  • Se conseguir sobrepor os cotos → cirurgia de Scuderi
  • Se defeitos > 2,5 a 5 cm → reparo com fáscia lata
  • Se GAP muito grande (> 5 cm) → alongamento do tendão quadriciptal pela técnica de CodiVila (V-Y)
  • > 6 semanas de evolução → o reparo é mais difícil
32
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • O que consiste a técnica de CodiVila para reparo de rupturas crônicas do tendão quadricipital?
A
  • Codivilla / CodiVYlla / VY
  • Sutura boca-a-boca dos cotos + incisão em “V” invertido de espessura total + rebatimento + alongamento e sutura em “Y”
33
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais as principais técnicas de reparo cirúrgico para rupturas agudas do tendão patelar?
A
  • Boca-a-boca (Krakow) → substância
  • Túneis transósseos → polo inferior da patela
  • Reforço com flexores → TAT
34
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais as principais técnicas de reparo cirúrgico para rupturas crônicas do tendão patelar?
A
  • Aloenxerto do tendão calcâneo
  • Tendões flexores (ex.: semitendídeo)
  • Reconstrução com flexores → técnica de Ecker
35
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • O que consiste a técnica de Ecker para reconstrução de rupturas crônicas do tendão patelar?
A
  • Reforço com semitendíneo e grácil através de túneis na patela e TAT
36
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • O que consiste a técnica de para reconstrução de rupturas crônicas do tendão patelar?
A
  • Zetaplastia de encurtamento patelar e alongamento quadriciptal + reforço com enxerto semitendíneo e grácil
37
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais os principais cuidados pós operatório?
A
  • Gesso em extensão → carga conforme tolerância
  • Exercícios de levantar a perna em extensão com 3 semanas
  • Retirar gesso com 6 semanas
  • Brace articular + exercícios até 45°
    • Aumenta 15° por semana
38
Q

Lesões do mecanismo extensor

  • Quais as principais complicações?
A
  • Perda do ADM
  • Irritação de material de síntese
  • Altura patelar alterada
  • Infecção (rara)