Infeciologia_Hepatites Virais Flashcards
Hepatites de transmissão fecal e oral
Hepatite A e E
AMBOSS:
🧠Vowels (A and E) are bowels (transmitted fecal-orally) and usually only cause AcutE hepatitis.
Hepatites de transmissão parentérica ou sexual
Hepatite B, C e D
Nota: também tem havido casos do vírus da hepatite A (principalmente HsH e toxicodependentes)
Vírus da hepatite A causa doença aguda ou crónica?
Doença Aguda
Hepatite B nos países desenvolvidos encontra-se associada a que tipos de transmissão?
Nos países desenvolvidos (como Portugal) → associada, habitualmente, à via de transmissão sexual e eventualmente parentérica.
A via de aquisição da infeção é, geralmente, nas idades dos adultos jovens, o que tem implicações, porque normalmente quando um adulto jovem adquiri a infeção por vírus da hepatite B tem uma elevada probabilidade de cura.
Hepatite B nas áreas de elevada endemicidade encontra-se associada a que tipos de transmissão?
- Uma das maiores vias de transmissão é a vertical ou nas crianças na primeira infância associada aos contactos orais.
- Muitas vezes, estes bebés são imaturos do ponto de vista imunológico e acabam por se tornar portadores crónicos do vírus da hepatite B e assim perpetuar a infeção nestas áreas do globo.
Causas do aumento de prevalência do HBV nalguns países Europeus?
- Migrações de países com infecção endémica elevada
Causas da diminuição da prevalência do HBV nalguns países endémicos?
Porque razão há muitos casos de Hepatice C subdiagnosticados?
- Em >75% dos casos evolui para cronicidade, havendo muitas infecções crónicas que na maioria das vezes são assintomáticas
- A manifestação clínica mais frequente da hepatite C é apenas uma elevação ligeira das transaminases.
Zonas com maior prevalência do vírus da Hepatite E
Índia, Sul da Ásia e África
Quando existe, a hepatite viral aguda tem um quadro clínico clássico:
- Febre não é muito alta, ou não existe febre
- São considerados dois períodos:
- período pré-icterícia (queixas vagas - astennia, adinamia, anorexia, seguido de urina escura e icterícia)
- período pós-icterícia
Manifestações atípicas dos vírus das hepatites
- Pancreatite
- Derrame pleural
- Infeções do SNC
Manifestações extra-hepáticas dos vírus das hepatites
Estas manifestações extra-hepáticas provam que a patogenicidade destes vírus não advém somente do efeito patogénico direto do vírus sobre as células, mas também da resposta imunológica:
- Crioglobulinémia mista;
- Glomerulonefrite;
- Algumas vasculites/purpura
- Poliarterite nodosa (que têm estado associadas aos vírus das hepatites, principalmente hepatite B e C);
- Porfíria cutânea tarda
- Neuropatia peripérica;
- Artralgias
Indicadores laboratoriais da hepatite viral aguda
- Elevação marcada das transaminases (melhor indicador de doença hepática aguda ), que pode ir até 100x o normal
- Elevação das bilirrubinas (directa e indirecta)
- AST/ALT < 1
- Hb, leucograma e plaquetas normais ( por vezes ligeiras leucopénia/linfocitose, anemia, trombocitopénia)
- Albumina e globulinas normais;
- V.S. normal.
- T. de protrombina normal (excepto nos casos graves);
Nota: É importante salientar que, algumas análises que traduzem, normalmente, a função hepática, como por exemplo, a albumina e o tempo de protrombina estão, habitualmente, normais nos casos de hepatite aguda. Portanto quando estão alterados sugerem mais ou complicações ou casos de hepatite crónica arrastada.
2 complicações da hepatite viral aguda?
- Hepatite fulminante
- Hepatite colestática
Caraterísticas de uma hepatite fulminante
Definição: encefalopatia hepática e/ou discrasia hemorrágica, que ocorre dentro de 8 semanas após o início dos sintomas.
Risco:
- Em geral, baixo (1%).
- 30-40% casos causados por VHB ou coinfecção B e D.
- mais elevado nas grávidas (++ 3º trimestre) com VHE (15%), com mortalidade de 5%
- VHA: muito raro:<0,1%; (o risco aumenta com a idade e a presença de doença hepática prévia).
Mortalidade: 80% ( na ausência de transplante ).
Caraterísticas de uma hepatite colestática
- Hepatite A, de evolução arrastada
- Única, eventual indicação para corticoterapia nas hepatites virais agudas
Diagnóstico diferencial laboratorial da Hepatite viral aguda
- Hepatite aguda
- Hepatite crónica
- Mononucleose
- Hepatite isquémica
- Hepatite alcóolica
- Hepatite medicamentosa/Tóxica
- Icterícia obstrutiva
Nota: A hepatite isquémica cursa, habitualmente, com valores de transaminases tão elevados como os das hepatites virais.
Não é possível, sob o ponto de vista clínico, fazer um diagnóstico diferencial entre os vários quadros de hepatites virais. A epidemiologia, a idade, os fatores de risco, por exemplo, poderão sugerir um diagnóstico, mas este será sempre laboratorial (serológico).
Evolução da hepatite viral aguda
- Cura
- Hepatite Crónica (persistência do vírus durante, pelo menos, 6 meses) ⇢ Quanto menor a idade, maior a probabilidade de evoluit para hepatite crónica
- Cirrose Hepática (20% dos casos de hepatite crónica poderão evoluir para quadros de cirrose)
- Carcinoma Hepático
Diagnóstico serológico da infecção por VHA
↑ Anti-HAV IgM antibodies: present in patients with active infection
- Usually detectable 5–10 days after exposure and 5–10 days before clinical symptoms develop
- Levels peak commonly ∼ 1 month after infection.
- May persist for up to 6 months after infection (Levels typically become undetectable within 3–6 months post-infection)
- Assessing for the presence of anti-HAV IgM antibodies is the standard diagnostic test for active hepatitis A ⇢ DIAGNÓSTICO INFEÇÃO AGUDA
↑ Anti-HAV IgG antibodies
- Develop during active infection and persist indefinitely after infection or vaccination
- Production begins within 2–3 weeks of infection.
- They are also produced in response to vaccination and are a marker of immunity to reinfection ⇢ (não é possível saber se será por primo-infecção ou vacinado)
HAV RNA can be detected in stool and serum samples in patients with hepatitis A (PCR). This test is not routinely used but can be helpful during outbreaks, as HAV RNA can be detected as early as the first week after infection.
[!] Detection of anti-HAV IgG antibodies in the absence of anti-HAV IgM antibodies indicates immunity against HAV due to prior infection or vaccination
Principais antigénios e respetivos anticorpos do VHB
An infected hepatocyte may also release the hepatitis B envelope antigen (HBeAg), a protein produced by the virus that acts as an indicator of active viral replication.
Diagnóstico serológico da infecção por VHB
[!] Seroconversion of HBsAg to anti‑HBs indicates
🧠 Seroconversion of HBsAg to anti‑HBs indicates acute hepatitis resolution (immune clearance of HBV).
🧠 HBEAg indicates highly Enfectious.
Comportamento do HBeAg e anti-HBe na evolução para cronicidade da infeção por HVB
HBeAg :
- A modified form of hepatitis B virus core antigen (HBcAg) that is present between the lipid envelope and the nucleocapsid ⇢ Protein secreted by infected hepatocytes into the bloodstream
- Unlike HBcAg, HBeAg is present in blood.
- Indicates active viral replication and thus high transmissibility and a poor prognosis
- HBeAg loss indicates immune clearance. Development of anti-HBe marks the transition to an inactive carrier state.
- Approx. 20–30% of inactive carriers undergo spontaneous reactivation of hepatitis B and, in rare cases, develop liver cancer
- HBeAg is a prognostic marker in patients with chronic hepatitis B infection (i.e., ↑ HBsAg and ↑ IgG anti-HBc), with increased HBeAg levels indicating active viral replication, and therefore a poor prognosis.
Anti-HBe:
- Indicates long-term clearance of HBV and thus low transmissibility
Teste de algoritmo de diagnóstico VHB
- *Screening:** measure HBsAg and anti‑HBc IgM
- *If HBsAg is positive:** measure HBeAg and HBV DNA to determine transmissibility
During the window period, anti-HBc IgM and anti-HBe may be the only markers available to diagnose an acute HBV infection.
Nomenclatura da fase crónica da infeção HBV em função da presença ou ausência de HBeAg